No Japão os mangás geralmente não são lançados em formato livro logo de cara. Imitando o estilo europeu, os quadrinhos por lá são primeiramente serializados em “revistas” (em japonês pode-se chamar de anthology ou magazine). Cada revista é voltada para um público ou um tema em específico.
Existem centenas delas, cada uma com sua periodicidade (mensal, semanal, semestral, etc), estilo, preço e encardenação, mas normalmente são do tamanho de uma lista telefônica com muitas páginas. O papel usado é horrível, do tipo jornal, a impressão é pobre e fraca, muitas possuem o conteúdo separado por cores (o capítulo vem todo de um tom azul, vermelho, verde, etc) – embora existam algumas revistas mais bem feitas e com melhor material, é algo raro. Essas publicações trazem capítulos de diversas séries, especiais, entrevistas ou o que der vontade. Muito comumente acompanham brindes.
Essas revistas são produzidas por editoras que por sua vez podem possuir “marcas” que são usadas por toda uma linha de títulos. Como a JUMP (da editora Shueisha) que possui as variedades: Jump SQ, Shounen Jump, Young Jump, Super Jump, Ultra Jump, entre outras. As próprias revistas podem ter várias versões, a Shounen Jump, por exemplo, já teve uma mensal (monthly) e atualmente conta com a semanal (weekly). Há também versões ocidentais dessas revistas, como a Jump americana da Viz.
Existe entretanto revistas de outros tipos que lançam um ou outro mangá além do seu conteúdo normal, como é o caso de Paradise Kiss (da Conrad) serializado na Zipper (revista de moda) e alguns mangás na SPA! (revista de negócios, cultura e entretenimento). Ou são apenas yomikiris e podem nunca ver versão encadernada, um exemplo de uma revista que lança isso é a Gothic & Lolita Bible (revista de moda e cultura).
Geralmente os autores fazem contratos com as editoras e passam a ser exclusivos daquela empresa. Dessa forma é muito comum cada revista ter seu “elenco” de autores e ilustradores que atrai o público. Isso é claro não é uma regra, muitos autores como o grupo CLAMP, escolhem aquela revista que lhe oferecer melhores vantagens, sua fama lhes permite isso. Esses autores independentes podem ser chamados de “freelancer”.
Existe também mangakás que vão além, alguns começam a lançar mangás em outros países, às vezes em japonês, às vezes em outra língua (como inglês e francês). Um caso desses é o Jiro Taniguchi (autor de Seton, O livro do vento e Gourmet).
Caso a obra publicada na revista tenha feito sucesso o bastante e tenha páginas o suficiente, ganha uma edição encardenada. Quando a história não tem tamanho o bastante, é lançado alguns extras ou bônus (como imagens, rascunhos, etc). Um bom exemplo de histórias pequenas demais é PxP e Wanted (ambas da Panini). Também é comum que isso aconteça no último volume (como em Samurai X da JBC). Em alguns casos é lançado um tamanho pequeno mesmo, mas é mais raro.
Mas existe obras que nunca recebem um encadernamento. Outras só são lançadas anos depois, caso o autor venha a se tornar famosinho.
Os encadernados japoneses normalmente imitam livros, ou seja, possuem orelhas, contra-capas e aquela capa de proteção (em alguns vira um plástico ou não tem). O que altera de um formato para o outro é o número de páginas, tamanho, se é ou não relançamento e qualidade.
Antes de listar alguns formatos, algumas considerações:
Vocês vão ver que alguns são “bon” e outros “ban”, mas por quê? “Bon” vem da palavra Hon e significa livro. “Ban” vem da palavra Han e significa edição. Tankoubon é um nome bem genérico para o formato livro, já os demais são edições especiais específicas, geralmente relançamento de um tankoubon. Entenderam?
Outro detalhe desconhecido por aqui: no Japão eles raramente chamam apenas “Kanzenban” (por exemplo), eles colocam no final das “edições” a palavra “comics” (sim, em inglês mesmo). Todavia como os americanos não usam isso, por aqui também não pegou. Mas que fique subentendido que cada “ban” na verdade é uma “edição de quadrinhos”. Inclusive revistas e editoras às vezes têm os “comics” no nome também (a caráter de curiosidade).
Continuando, então… Vamos conhecer alguns formatos de encadernados:
O primeiro e mais famoso, o tankoubon, trata-se de uma compilação com cerca de 160~200 páginas, costuma ter o tamanho de um livro de bolso (mais ou menos 13x18cm). Os japoneses utilizam a palavra tankoubon para outros livros além de mangás (livros estes de apenas um volume), mas no exterior o uso da palavra remete a um volume de mangá (ou até manhua, manhwa, etc).
No fundo o tankoubon é uma classificação livre quando usada para os mangás, embora possua o padrão acima citado, não é incomum que séries possuam quase 300 páginas ou tamanhos maiores (tipo A5). É apenas uma nome genérico para um volume, nada de especial ou grandioso.
Algumas pessoas gostam de falar “tankouhon“, pois fiquem sabendo que isso é erro gramatical de americano que usa tradutor do Google. De acordo com as leis ortográficas japonesas, que sinceramente não vou ficar explicando a não ser que alguém aí realmente faça questão, a única variante possível é tankoubon.
Existe também o wideban, waidoban (é a escrita literal, mas tem gente que escreve assim por aí), formato maior que um tankoubon, geralmente próximo ao A4, mais raramente A3 (lembrando que quanto menor o número maior a área do papel, ou seja, A3 é maior que A4 ), pode ter a mesma quantidade de páginas que um tankoubon ou mais, caso seja um relançamento de um mangá já serializado, normalmente tem melhor qualidade. O nome wideban vem da palavra “Wide” (largo em inglês).
Por aqui tivemos um exemplo desse formato, Nausicaä da Conrad. Pela imagem acima você pode ver que se trata do formato original.
O kanzenban, edição de luxo, é um formato normalmente com mais páginas que o tankoubon, maior qualidade e páginas coloridas, mais completo. A palavra Kanzen significa completo ou perfeito. Infelizmente no ocidente fãs começaram a usar a palavra “Kazenban” que não existe!
No Brasil, graças a editora Conrad, nós conhecemos uma versão em kanzenban que por aqui foi traduzido para “edição definitiva”: Dragon Ball. Tentei descobrir sobre Vagabond, mas não encontrei a série em japonês em nenhum outro formato, então não posso confirmar nada. Quem adquiriu Dragon Ball deve lembrar as páginas coloridas e a qualidade das impressões, típicas do kanzenban.
Bunkoban, bunko para os íntimos, é uma copilação com mais de 200 páginas, normalmente se tratando de um relançamento, costuma ter o tamanho de um livro de bolso ou menor (tipo A6). Geralmente o número de volumes da série diminui quando convertida para o formado bunkoban. Bunko significa coleção, ou seja é uma versão para você guardar/colecionar ou para resgatar uma série antiga.
Compare os bunkobans de Ranma ½ e Yu-Gi-Oh!. Pode notar que acima a coleção completa tem menos volumes e capa diferente da versão tankoubon que temos aqui no Brasil.
Aizouban, edição de colecionador, geralmente com maior qualidade, muitas páginas, bem mais caro e com edições limitadas. O nome significa edição de amor ou edição favorita.
Observe a grossura do volume acima. Essa série, Orpheu no Mado, é de 1975, originalmente possuia 18 volumes que foram condensados em 4. Ou seja, imagine que cada volume tinha duzentas páginas inicialmente, o aizouban teria aproximadamente 900 páginas cada. É imenso.
Por fim, shinshouban, é uma versão “remodelada”, shinshou indica algo que foi alterado. Geralmente possui capa nova, novos extras, páginas coloridas, material inédito (como rascunhos), reorganização de capítulos, até novas páginas no mangá, redesenhamento de algo, correções e coisa assim. Basicamente qualquer coisa que faça o pessoal comprar de novo. Parece aqueles filmes “com adição de inéditos 3 minutos!” ou “remasterização digital!”. No fundo tem as mesmas características de um tankoubon, é só uma edição nova lançada depois de algum tempo, por isso é muito difícil de se ouvir falar sobre essa aqui, o pessoal chama só de tankoubon.
A imagem de cima exemplifica o caso de Gourmet, lançado pela Conrad. A primeira edição de 1997 era um tankoubon normal, tamanho A5, 201 páginas. A segunda edição é de 2000, tem tamanho A6 (aproximadamente) e 217 páginas, ou seja é um relançamento mais caprichado e em formato de bolso. A terceira de 2008 foi novamente em tamanho A5, 205 páginas, foi revisado e recebeu nova arte na capa, logo um shinshouban.
Shinshoubans são muito comuns no Japão, os grandes sucessos vivem voltando para as livrarias de tempo em tempos. É muito comum que façam essas novas edições em comemoração de aniversário da série ou ainda pós-morte do autor. Às vezes para estimular a compra da nova edição são lançados capítulos extras ou breves extras em revistas. Gourmet, o caso acima, por exemplo, teve uma “yomikiri” (veja lá embaixo) especial e inédita lançada em comemoração do aniversário da série e mais uma um ano depois. Com o tempo esses extras podem vir a serem adicionados numa próxima edição.
—Edit: Aparentemente o nome “shinshouban” é uma leitura errada de um dos kanjis, o nome mais usado é “shinsouban”, desculpa a informação incorreta. —
Embora raro, os volumes podem acompanhar brindes e penduricalhos. Um brinde especial são os OAD (Original Animation DVD), um tipo de OVA (Original Video Animation), um filme ou um curta, que acompanha o mangá. Desde 2008 esse “brinde” tem ganhado popularidade e ultimamente chove OAD nos mangás.
Além dos formatos que são classificados de acordo com o acabamento e dados físicos, existe outras classificações mais gerais. São classificações para tipo de história ou capítulo:
One-Shot, do inglês “de uma vez”, é uma expressão tipicamente americana para pequenas histórias de poucos capítulos. Essa nomenclatura é utilizada para quadrinhos com apenas um volume ou um capítulo, sendo ambas corretas. No Japão, essas histórias de apenas um capítulo são chamadas de “Yomikiri”. Embora muito usado no Brasil por influência americana, tal nomenclatura não é usual no Japão.
Os yomikiri, que significa “aquilo que você termina de ler em um episódio”, são pequenas história de capítulo único. É possível encontrar também na forma de acrônimo, “Yoki”. Às vezes um curta desses podem vir a ganhar continuação com outro pequeno curta ou até um mangá. Quando isso acontece chamamos o yomikiri de “piloto” (capítulo inicial). Apesar disso, normalmente não tem continuação. Comumente um mangaká inicia sua carreira com um yomikiri, geralmente em concursos de revistas.
As yoki são muito comuns em revistas e bem exploradas no Japão. Em especial os estilos mais sexuais (Boy’sLove, Hentai, Yuri) utilizam muito este formato. Algumas revistas também têm curtas especiais, onde personagens de várias obras são juntados numa só história, a JUMP, por exemplo, adora fazer isso.
Além disso, alguns mangakás costumam interligar yokis, ou seja, criam uma história que une algumas dessas yomikiris inicialmente desconexas. Na verdade isso é muito comum, por causa disso essa “linha” de histórias fica com uma caraterística interessante, emboras conectadas, podem ser lidas separadamente e, muitas vezes, em ordens diversas. Mas ao mesmo tempo pode ser negativo, já que não existe um roteiro claro entre elas.
O piloto é uma pequena história que visa apresentar uma nova ideia para um mangá. Nem sempre um piloto é bem aceito, logo o mangá não é lançado. Um piloto pode ser um prólogo, uma história paralela, ainda uma amostra do tema ou propaganda. É comum que muitos desses pilotos sejam bem diferentes do mangá em si. Um one-shot que faça sucesso pode ganhar continuação se tornando assim um piloto. No fundo um piloto é uma yomikiri especial.
A Shueisha por exemplo, é uma empresa que adora fazer pilotos. Dê uma procurada nos da sua série favorita da JUMP, você verá que existe aqueles com cara de Yoki continuada e aqueles que são muito diferentes e superficiais.
Esses prólogos podem ou não serem encardenados junto com os volumes. Se a história continuou dele, mesmo que um pouco diferente, ela é inclusa no volume como prólogo ou capítulo zero. Às vezes você nem percebe a diferença e passa o resto da vida sem saber que o primeiro capítulo era um piloto. Se é muito diferente, então é mais difícil de ser encardenado. Pode vir a ser incluido em algum volume para completar o número de páginas requerido, como foi o caso de Berserk, já traduzido pela Panini.
Doujinshi, DJ ou Doujin, são histórias, geralmente curtas, feitas por um autor independente (não são lançados em revistas comerciais, são produzidos e impressos pelo autor). Normalmente são baseadas em algum mangá ou obra já existente, mas podem ser também doujinshis originais. São bancados e produzidos por japoneses obrigatoriamente. Quando alguém não-japonês faz um DJ acaba sendo chamado de Fanzine. Um tipo famoso de doujinshi são os Yaoi, embora erroneamente tenham virado sinônimo de Boy’s Love (que é a versão de revista). Para quem quer saber mais, a Panini num volume de Princess Princess falou sobre isso (sei que é velho, mas foi um dos melhores textos que já li do assunto).
Um doujinshi de sucesso pode vir a ser famoso e chamar a atenção de editoras, tendo até remodelamento e capítulos em revistas. Embora oficialmente ele deixe de ser um doujinshi pela definição, é comum que se continue chamando de doujin para especificar que a história nasceu dessa forma. Um exemplo perfeito é o mangá Afro Samurai, da mesma Panini.
Artbook é um livro de imagens e ilustrações de um determinado autor ou obra, pode ser tanto de algum mangá, quanto anime, jogos e até original. Às vezes apenas com imagens, outras com várias informações ou verdadeiras enciclopédias (podendo ser chamados de fanbooks também). Não é muito incomum serem acompanhado de perfil dos personagens, listagem de volumes/episódios, rascunhos e “making-of” (chamado de Guidebook).
Alguns artbooks podem ter yomikiris ou light novels dentro, neste caso é muito comum ser chamado de “gaiden” (algo como complemento). Esse complemento costuma ser sobre histórias paralelas, finais paralelos, passados de personagens não explorados no mangá. Sendo assim embora seja parte da trama original, são apenas extras que não o influenciam. Por causa da quantidade de yokis dentro do volume, pode ser chamado de “Antologia” também, sobre este vou explicar mais a baixo.
Artbook não é uma categoria exata (inclusive no Japão), alguns diferenciam e segmentam os artbooks de acordo com conteúdo e qualidade, outros generalizam. Por isso, às vezes a palavra “artbook” se limita a uma coleção de imagens de ótima qualidade. No fundo os japoneses usam vários algo-book de acordo com o conteúdo desse volume.
No Brasil nos experimentamos alguns fanbooks/guidebooks, mas em formatos mais “baratos”, alguns até em formato tankoubon como Death Note 13.
Adendo, Light Novels, ou só novels, não é um formato, mas já que citei ali em cima decidi falar sobre. São romances, livros, geralmente ilustrados. Existem muitas light novels que geram mangás e animês, assim como animês e mangás que viram light novels. Às vezes existe uma ordem cronológica de tempo entre as versões de mangá e novels, completando um ao outro. Outras vezes são paralelas, sendo a mesma história contada em versões diferentes. Alguns exemplos de novels que são continuações: as de Gravitation e Tarot Café (ambas da NewPOP). Já os que geram mangás e animês temos Guin Saga, Full Metal Panic, Trinity Blood e Bem-vindo à NHK (todos mangás da Panini). Existem os que são versões da mesma história como Code Geass.
O 4-Koma (Yon-koma), “tirinha” japonesa, trata-se de um conjunto de 4 celas na vertical, normalmente satirizando uma obra. Cada conjunto de cela pode possuir um título. Às vezes um mangá pode ser feito todo em 4-koma, cada conjunto de celas funcionam como um “ato”, sendo a história, então, formada por diversos atos em volta de um mesmo grupo de personagens. É comum que a primeira cela de um capítulo/obra pode vir com na verdade 5 celas. Uma cela maior equivalente a metade da página e, abaixo dessa, as quatro celas arranjadas em duas colunas de 2. Um exemplo de 4-Koma por aqui é Hetalia (a NewPOP lançou um texto no site deles sobre isso).
Vou aproveitar e falar de omake. Omake significa extras (não necessariamente de mangá), raramente aparecem nas revistas, são “enche-páginas” dos volumes. Omakes comuns são os 4-komas satirizando a obra, os diários dos autores e os pósfacios.
As antologias são coletâneas de yomikiris. As mais comuns são as por tema ou por autor. Existem também séries de antologias, essas ou são realmente volumes numerados com as obras (como as antologias de Code Geass e Arcana), ou um conjunto de coletâneas que acabam recebendo um nome (como o Watase Yuu Masterpiece Collection).
No fundo o nome antologia significa “grupo de obras”, por isso as revistas também podem ser chamadas de antologia. No caso os “híbridos”, revistas de muita boa qualidade e colorida, que mistura um artbook e uma revista, são geralmente chamado apenas de antologia em vez de revista. Resumindo antologia é sempre uma qualidade melhor se comparado às revistas.
Não podemos esquecer que além de todos esses ainda contamos com os nossos formatos:
“Meio-tanko“, de Meio-tankoubon, é um nome típico brasileiro. É um termo com pouco mais de 10 anos, quando as editoras brasileiras começaram a lançar suas obras num formato similar a metade de um tankoubon. Essa prática, muito usada ainda, é um artifício para diminuir os custos unitários do volume. Como um volume original é dividido ao meio, uma nova capa inédita tem que ser criada, esta geralmente é a da segunda metade, dos volumes de número par. Às vezes o conteúdo original dos volumes é um pouco alterado e melhor equilibrado, chegando a ter casos de um volume extra se formar. Algo como de 3 volumes, formam-se 7 meio-tankos.
Aí temos também o nosso tankoubon, a diferença entre o nosso e o japonês é que para nós ser tankoubon tem a ver com ser como o original. Geralmente apenas no quesito páginas, descartandos o tamanho. Ou seja, é o número de páginas do volume original japonês. Então dizemos ser um tankoubon, como se fosse sinônimo de volume de mangá.
O formato “comic” foi uma prática utilizada nos primeiro mangás que despontaram no Brasil. Nas tentativa de seduzir o público “comic” a comprar as obras, tais eram espelhadas e rearranjadas para o sentido de leitura ocidental. As onomatopeias também eram totalmente traduzidas e os nomes muitas vezes adaptados. Além disso muito comumente a obra era lançada por capítulos. Um ótimo exemplo é Dark Angel (da Mythos).
Fanzine, de fanatic magazine ou Fan’s Magazine, é o termo inglês para produção feita por um fã, sem tamanho ou número de páginas característicos. Normalmente pequenas histórias sobre o mangá ou anime preferido. Seria a versão ocidental dos Doujinshis.
E fim? Sinto dizer, mas não. Ainda tem um nicho que não explorei. Os quadrinhos onlines!
Existem dois tipos básicos, o estilo japonês e o coreano. No Japão existe certas “revistas virtuais” como a Web Spika da Gentosha. O formato e estilo lembram as páginas impressas, mas digitais. É como ler online um mangá de scanlator. Alguns desses webmangá até são compilados em volumes. Alguns autores, após a série ser cancelada, continuam a mesma online. Existe também os que fazem com o formato 4-koma (como Hetalia, que é online) e os que fazem num tamanho e dimensão diferente do tankoubon. É muito comum serem coloridas ou pelo menos feitas com mais de um tom (exemplo, tom preto, vermelho e azul), mas preto e branco continua predominante.
O estilo coreano é um pouco mais esquisito. Nesse não existe páginas, é uma longa imagem, a largura é padrão do site, mas o comprimento varia. Conforme você vai rolando para baixo a história vai aparecendo e acontecendo. Cada imagem dessa equivale a um capítulo. Não existe exatamente um limite vertical, mas os capítulos geralmente não são tão longos.
Alguns desses tem um aspecto muito parecido com tirinha, outros já são inovadores. Aproveitando as características do estilo, alguns autores começaram a trabalhar as imagens de forma diferente. O senso de movimentação conforme você movimenta a imagem chega a ser cinematográfico. Lembra aquelas tiras antigas de filme em que você vê quadro a quadro. Outro ponto explorado é a surpresa. O fato de você não ver aquilo que vai ler num instante causa um maior susto no leitor. Ainda, existe aqueles que quase aboliram os quadros, tendo cenas que se relacionam uma com as outras, numa ligação sem fim. É um estilo muito exótico e ao mesmo tempo muito promissor se bem feito (e se você conseguir ler em coreano).
Existe sites especializados nesse tipo de coisas, como a Naver, Paran Media e Daum. Existe (pelo menos da Daum) uma versão impressa, mas não sei como ocorre a adaptação do tipo web para o papel. Na Coreia esse tipo de comic expandiu muito e virou uma forma alternativa dos autores começarem sua carreira. Algumas séries são famosíssimas e chegam a mais de 500 capítulos. Caso queira ver exemplos, dê uma conferida em Magician e Lost.
E é isso, fim. Antes, um comentários sobre a “romanização” (ato de se transcrever o japonês para o nosso sistema de escrita), no meu texto usei a “oficial” (a mais comum) brasileira, que basicamente se escreve respeitando como eles escrevem mesmo, não como se fala. É comum os fãs também estarem acostumados como a americana simples, onde todos os “ou” viram “ō”. Por ser difícil de fazer esse tipo de sinal gráfico (e como os americanos consideram os acentos algo inútil), o pessoal passou a simplesmente ignorá-los. Então de tankōbon surgiu coisas como tankobon (mesmo com mahō, shōjo, shōnen).
Por último quero lembrar os leitores que muita coisa não tem uma definição exata ou tem mais de uma (como tankoubon). Muitas também são super complexas ou palavras criadas por fãs. Por isso as informações podem variar dependendo da fonte de informação. Para classificar preferi usar as categorias listadas na Wikipédia japonesa, mas até aí não deixa de ser Wikipédia, mas é melhor que site americano (XD).
Muito bom o artigo realmente abordou formatos que eu não sabia que existia. Meus parabéns e continue nos presenteando com artigos de qualidade como esse.
Essa questão de “piloto”, ao menos nas séries shonen (que é onde eu conheço mais) nada mais é que um One-Shot mesmo.
Esse termo “piloto” só surgiu quando as pessoas descobriram que séries como Naruto, One Piece, Death Note, etc, foram um One-Shot antes de serem serializados. São One-Shots que, emboram possuam história auto-conclusiva, deixam margem para uma “continuação”. Esse formato é muito utilizado para se submeter uma história para análise do público antes de decidir se vale a pena serializar ou não. Basta ver a quantidade de One-shots que saem na Shonen Jump durante o ano todo, e no qual alguns deles conseguiram ser serializados (inclusive, na nova leva de 4 estréias previstas pra proximas semanas, dois deles foram One-Shots do ano anterior).
Então, o “piloto” é só um jeito que o publico ocidental resolveu chamar os One-Shots que eles só conheceram depois que a série já era sucesso. Mas na época que foram publicados, eram chamados de One-Shots pela revista, como qualquer outro one-shot. Repito, isso no shonen, que é onde conheço, não sei como funciona nas outras demografias.
E relembrando que um One Shot pode ter várias versões também, normalmente alterado pra satisfazer uma deficiência da versão anterior, ou para se adequar melhor ao gosto do público.
Sim, estranho, mas eles também tem um nome para isso, eles chamam de Joshou. Não é invenção ocidental não. Inclusive tem alguns (como Death Note) que terminam com um quiz, perguntando se gostou ou não, se devia lançar se você tem interesse no troço. É feito exatamente com essa intenção, não é algo que continua se der fama, é feito como propaganda mesmo.
[…] This post was mentioned on Twitter by Jbox, fuu, alex s g, Diego Miyabi, Vorspier Hirata and others. Vorspier Hirata said: RT @jboxtw: A minha esposa Allena se empolgou e fez o GRANDe guia dos formatos de mangá. Vale a pena ler: http://jbox.com.br/a19430 […]
Viram, a conrad, apesar de tranqueira, nos trouxe o kanzenban =D
A JBC deveria fazer o mesmo com FMA. Foi a melhor série que ela chegou a fazer e, com certeza, a que mais lhe rendeu lucro e fama até agora.
Mto bom, as partes de formatos está ótima aprendi mto :laughing:. Bem que pudia ter uma Jump brasileira (ai eu to sonhando algo que será impossivel). Parabéns pela Allena por ter criado este guia que de certo ajudara mta gente :smile:.
Artigo excelente. Tudo bem explicadinho. Continue fazendo artigos como este.
“Essa prática, muito usada ainda, é um artifício para diminuir os custos unitários do volume”.Não entendi essa parte. Meio tanko JBC = 6,90, juntando esses meio tankos para formar 1 volume = 13,80. Volume inteiro panini 9,90 e 10,90 JBC. Se você observar os custos por volume ficam bem maiores no formato meio-tanko. Outra dúvida: As editoras brasileiras são as únicas no mundo a lançar no formato meio-tanko?
Olá Leonardo,
Única no mundo? Acredito que não. Mas confesso que desconheço exemplos, quase não entro em contato com outras versões que não sejam as inglesas, chinesas, francesas, coreanas e as próprias japonesas e, de cabeça, não me lembro de nenhum caso.
Ok, você tem que pensar que existe o preço “unitário” e o “geral”. O preço “unitário” significa o preço de um volume (não o japonês, o brasileiro), ou seja, R$ 6,90. Se você comparar o preço unitário de um volume normal, unitariamente o meio-tankoubon é mais barato que o tankoubon. Embora o preço geral, pela coleção completa seja maior.
Quer um exemplo com outra coisa? Imagine um trilogia de filmes, você pode comprar cada um sozinho aos poucos (conforme for conseguindo dinheiro) ou economizar comprando o Box com desconto. O motivo inicial do meio-tankoubon era igualar o preço aos comics (que era o que a gente comprava).
Muito bom, muito bom!
Eu mesmo só conhecia a existencia dos one-shots e quanto aos relançamentos de angás, sabiam que tinha edições menores, edições deluxo, mas não sabia que tinham essa variedade toda 0.0 Aquele Aizouban mano, gigante!
E sempre tenho dúvida na hora de escrever tankoubon, sempre coloco um “h” ali nomeio xD
Enfim, ótima matéria Allena! Anda escrevendo bastante ultimamente hein? Dá-lhe fôlego!
Marco, estou aproveitando as férias antes de evaporar de novo. Tem pelo menos mais dois textos que eu fiz/estou fazendo.
Wooohh, muito legal sensei Allena Q.Q
Parabéns pela matéria, que venham outras. ^_^ :laughing:
Allena excelente matéria. Poderia deixar fixo no site, pra quando o pessoal tivesse dúvida , achava rapidinho.
A diversidade japonesa de formatos e estilos é enorme. Parabéns pelo melhor tópico de 2011 na minha opinião, pra quem é fã esta bom demais.
Tio Cloud deixa fixo esse tópico na página inicial do site. (sugestão) :tongue:
Morte aos meio tankoubons.
Caramba só agora fui entender a diferença entre os Bunko, Kazen e Wide bans.
Eu sonho em ter os Widebans de Seikimatsu Leader Den-Takeshi (mangá do mesmo autor de toriko, pra quem não conhece) e os Kanzenbans de Hokuto no Ken.
Bem bacana a matéria, Allena.
e Morte aos meio tankoubons.[2]
Consegui ler tudo! \O/
Ai meu Brasil, se a criatura tá feliz por conseguir ler umas 10 páginas, imagino a celebração ao se ler um livro…
muralha da china de palavras auhuehu
São vários os países que utilizam tal prática. Um bom exemplo que posso dar são as edições da editora Ivrea, da Argentina. A grande maioria de seus mangás foram lançados em formato meio-tankohon.
Até o badalado Saint Seiya Episode G foi lançado em meio tankohon, publicando a “história colorida+2 capítulos” na edição impar e “2 capítulos+Extras” nas edições par. O bom desse lançamento é que a Akita Shoten autorizou a editora argentina a utilizar as capas de edições de luxo (lançadas junto com a normal) japonesa nas edições par.
Hoje em dia, por pedido dos fãs, boa parte dos mangás da editora são publicados em takohon, mas o fomato meio-tanko ainda permanece.
Por fim, parabéns Allena, eu achava que sabia bastante sobre formatos japoneses, mas acabei aprendendo mais do eu imaginei. Muito bom o texto.
^^v
TAKOHON? meio-tankohon? Nota 0 para você.
UOW!!!
Muito obrigado!!
Acho que vou imprimir esta matéria e guardar como referência!
Está ótima!
Bem, obrigada pelos elogios, assim até me sinto culpada por não ter me esforçado mais. Esse texto é a união de vários que eu já tinha escrito, mais atualização e exemplos. Um ou outro tópico apenas é novo.
Infelizmente, apesar da extensão, o texto ficou raso e superficial. Existe muito mais detalhes sobre tudo isso. Muitos tópicos merecem uma abordagem mais ampla e detalhista. Tem interesse em ler mais sobre algum desses tópicos? Aceito sugestões.
Allena, qual a sua opinião sobre o material utilizado nos mangás Nausicaä e Buda, da Editora Conrad?
Nunca li o Buda e faz muito tempo que peguei/li o Nausicaä, não me lembro detalhes, e meu volume está a 350km de distância de mim.
Bacana. Gosto quando algum site informa os leitores assim. A última vez que vi algo +ou- nesse tipo foi na… AnimeEx. -_-
Mas passei aqui só pra dar um oi pra Allena.
o/
(Bem bacana o texto. Fica de olho que aposto que vai acabar parando em cantos obscuros da internet brasileira)
Vai escrever assim lá na caixa-prego…
Muto bom o artigo, conheci o Wideban, que para mim não passava de um grande tankoubon (daitankoubon?? ootankoubon? >-p) e o Aizouban (foi só coinciência a edição mostrada por ti ser, pelo menos no traço, shoujo? Tipo, né, Ai – Shoujo…).
De mais a mais, bom artigo, kanpai!
Sugestão:
Alguma hora esse post vai sumir no limbo das páginas passadas. Da uma editada explicando inicialmente “o que é mangá” seguido desse referente aos formatos, e acrescentem na barra do menu como “O que é mangá”.
Se não cabe no menu horizontal, coloquem a esquerda ou rodapé. Se tiverem um tempo façam também sobre anime e outros assuntos abordados.
o/ Aye!!
Manda mais textos bons Allena e mais detalhados se possivel.
Texto pode ser grande , mais tendo 1 boa qualidade você termina e ainda diz, po acabo deveria ter mais coisas. ^^
Kanzenban. :tongue:
Tankoubon (aprendi, uhahhahah) :laughing:
Hetalia axis power é em formato wideban, não é?
A matéria está o máximo Allena. Mas sua réplica do meu comentário deixou a desejar. Se eu realmente estou errado, é melhor corrigir meu erro ao invés de me dar uma nota zero, hehehehe.
Pelo que eu sei, é o seguinte:
TAKOHON foi erro de grafia mesmo, hehehehehe. Mas Meio-TankoHON não.
Desde sempre, usa-se a palavra Tankohon para se referir a edição encadernada dos mangás na web. Tankobon vem sendo utilizada de uns poucos anos para cá.
本 é o kanji do Hon (livro em japones) e está presente em tankohon também (単行本), assim, para se adaptar o kanji para os caracteres ocidentais tanto faz tankoHON ou tankoBON.
Do mesmo jeito, meio-tanko ou meio-tankohon são expressões ocidentais, estando as duas certas.
Se eu estiver errado, por favor me corrija.
^^v
Oi leo, não. Embora Hetalia seja maiorzinho que o normal, na verdade é uma edição especial. É porque o mangá era online, então foi feito em outro padrão que não ficava bom num tamanho tankoubon.
Pior que não falei desse tipo porque não é muito importante, é algo bobinho, mas já que você perguntou. Existe o Tokusouban, literalmente edição especial ou edição personalizada. É algo como, vou lançar um tankoubon mais chique e maior, mas que não chega a virar uma edição que existe, vou chamar de “edição especial”. Então pode ser qualquer coisa.
Davi Jr., a nota 0 foi uma brincadeira, algo como não passou no teste final. Escrevi no meu texto sobre isso:
Mas já que você entrou em gramática. Deixa eu explicar mais.
Tudo conversa fiada, tankouhon é erro de tradução.
Vou te fazer uma pergunta, você já conhece as palavras kami e ori? Papel e dobrar? Juntos você cria a palavra origami. Já ouviu alguém chamar de orikami? Mas por´que então o k vira g? E tankoubon, por que o h vira b?
Isso se chama gramática, essa porcaria veio direta da China, então vamos explicar isso desde a raiz. O mandarin é uma língua maldita cujos fonemas são todos muito parecidos. E lá você tem 4 tipos de “acentos”. Por causa disso tudo, algumas junções não soam bem ou ficam impossíveis de se falar, dá trava-língua (assim, sérios trava-línguas para os chineses, imagina para mim…). Por causa disso existe as regras de transformação de fonemas e até fonemas PROIBIDOS de ser usados juntos, para aliviar essas complicações (Sente o drama?).
Quando os japoneses pegaram os caracteres chineses, junto foi a língua também. O que complicou tudo, um kanji pode ter mais de 6 leituras. Bem, japonês não tem “acento” da forma que conhecemos, mas o ha-ba-pa, ga-ka, sa-za, entre outros são na verdade um fonema alterados pelo uso de diacrítico. Ou seja, no fundo no fundo funciona como sinal gráfico/acento.
Então, resultado, assim como o chinês se certos kanjis aparecerem em certa ordem na presença de certos fonemas eles trocam de som. Origami, tegami, sakuragami, okitegami, etc. Se o kami está no meio da palavra ele ganha o “acento”, chamado de dakuten, ou ten-ten para os íntimos. Se o kami tá no começo, fica na mesma, como kamigata (kami+kata), kamiyori, etc. No caso do kami e do kata, não importa a situação isso acontece.
Aí vamos pro caso mais complicado, o Hon. Para começo de conversa pode ser lido moto, hon ou mato (em nomes). E significa mais de uma coisa. Vamos por partes.
Hon pode ser uma medida para coisas cilindricas (oi, chinês), isso não existe em português e nem sempre é usado em japa. Mas, enfim, dê uma olhadinha na conjugação do troço: (1) Ippon, (2) Nihon, (3) Sanbon, (4) Yon’hon, (5) Gohon, (6) Roppon, etc. Você pode ver que o mesmo hon se conjuga diferente em cada palavra, ほ ぼ ぽ. Isso acontece também com a palavra “minuto”, hun. Nem sei se existe um porquê ou se é assim e pronto por causa da origem da coisa.
Existe inclusive mais de uma maneira de ler certas palavras com certos hons, Japão, por exemplo, pode ser Nihon ou Nippon (de onde você acha que veio o nipônico?).
Mas enfim, quando o sentido de hon é verdadeiro, real, principal e presente; geralmente não se troca o fonema. Tipo kihonmei, o próprio nihon. Mas como livro a coisa é um pouco diferente. Quando você vai nomear coisas que são tipos de livros, o hon vira bon, kikoubon, jouseibon (esse aqui existe a variável jouseihon, embora mais rara), bunkobon, zouteibon, mangabon (pode ser mangahon), koushokubon…
Alguns são até pon: Inpon. Mas existe os que são hon, ihon, tojihon, furuhon.
Como descobrir como é ou não é algo? Resposta: 1. Grave todas as excessões, regras gramaticais e vocabulários ou 2. olhe no Dicionário. Vou no dicionário, tá? xDDD
Aí a gente vai lá, abre aquele livro pesado e enorme, e ele te diz “単行本”, romaji tankoubon. Não possui variável (forma alternativa de se falar). Pronto. É tankoubon.
Você ainda não satisfeito se pergunta: por quê? Mas por que não pode ser tankouhon, seus japoneses?? Bem, fale em voz alta “tankoohon” e “tankoobon”, falar tankouhon (fala-se semelhante a tankoohon) dá uma travada de som por causa do “-oohon”. O mesmo não ocorre com o “bon”. Um teste divertido é colocar pro google tradutor ler “たんこうぼん” e “たんこうほん”.
Seja como for, nenhum japonês fala tankouhon e nenhum dos meus dicionários entende essa palavra (nem meu monstro em formato papel, nem os 2 em cd, nem os 3 onlines). Veredito, não existe essa versão.
Mais uma que eu aprendi.
Essa travada que você falou é bem nítida mesmo, e como a maioria das palavras japonesas não possui esses tipos de entraves, acredito que seja por isso que há essas variações.
E Allena, me desculpe. Eu havia lido o seu texto inteiro ontem e já havia lido a parte do texto que você explicva que era um erro gramátical. Mas o costume de usar tankohon era tão grande que nem notei na hora do post e ainda pedi para você explicar algo que praticamente já havia explicado. Foi mal.
E valeu pela nova aula, hehehehe. Deu para aprender bastante. Me descupe mesmo. Mais uma ve parabéns pelo texto e pela explicação no post.
^^v
Disponha, Davi.
:smile: Muito Bom. Uma Verdadeira aula! Esta é uma das melhores matérias já postadas no Jbox. Merece um Lugar de destaque!
Muito bom, muito bom!
Muito bom esse guia sobre tipos de mangá, até aplaudi do outro lado do PC.
Parabens Allena. :wink:
Ótimo artigo, e muitas informações valiosas memso nos comentários.
Muito Obrigado, é sempre bom aprender mais sobre a língua e a cultura japonesas.
Olá, tinha esquecido daqui, mas voltei. Sobre One-shot e pilotos:
Se na parte que você cita Death Note você se referia ao que vemos “traduzido” internet a fora como Death Note Pilot, ele é um one-shot! Saiu na Shonen Jump como qualquer outro one-shot que eles publicam. E esse quizz que você cita, na verdade são os cartões de votação que vêm em toda edição da Shonen Jump, no qual eles sempre perguntam quais as séries que o leitor mais gostou naquela edição, se gostou do one-shot (quando tem), etc.
Então esse exemplo não foi válido. Se tiver algum outro pra me falar sobre esses “joshou” em shonen, me fale por favor.
O mais próximo de capítulo “piloto” que você cita que eu consigo imaginar é algo parecido com o que foi feito com Doubutsu no Kuni, série atual do autor de Konjiki no Gash (Zatch Bell). Quando a série estava para sair, o autor lançou vários One-shots em revistas diferentes para “preparar o terreno” pra história principal, contando fatos anteriores ao primeiro capítulo. Mas isso eu acho que se parece mais com um spin-off representando um prólogo do que um “piloto”.
E esclarecendo uma parte do meu comentário anterior: quando eu falei sobre one-shots que “deixam margem para uma ‘continuação'”, eu não quis dizer que, se fizer sucesso lançam um capítulo 2 a partir desse one shot; e sim que o one-shot é feito dessa forma pra tentar despertar o interesse do leitor em continuar a história e aí sim, se bem aceito, fazem o lançamento oficial da série, normalmente transformando o One-shot em um Capítulo 1, com as devidas correções e adaptações.
Antes de responder propriamente, uma observação.
Os “pilotos” são sempre oneshots (qualquer coisa curta é uma os) e também são yomikiris (um capítulo que você lê e fim).
A questão do piloto é a intenção. Um autor não faz uma yomikiri pensando em continuar. Se você faz algo pensando em continuar, isso se chama capítulo 1! XD
Uma yomikiri é feita com a intenção de ser única e fechada. Pilotos não. Quando um autor faz um “piloto” ele está testando a ideia. Não é que ele vá continuar, mas como você mesmo disse ele deixa uma possibilidade já.
O pessoal da JUMP raramente faz yomikiris sem a intenção de continuar, algumas one-shots inclusive no final já vem com a propaganda da série que será lançada em breve. Isso é um joshou/piloto/prólogo. O caso do doubutsu também é um desse.
O jushou é a “transformação” do yomikiri. Eu sei um exemplo de cara, o Shin Angyo Onshi. O volume 1 começa desde a primeira página com a oneshot que gerou a série. No índice ela é chamada de “joshou”.
Em todo caso o piloto/prólogo/joshou não deixa de ser uma yomikiri que não deixa de ser uma oneshot. É apenas uma sub-categoria mais específica.
O caso do Death Note o quiz está dentro da próprias one-shot. Veja:
http://deathnotepilot.smackjeeves.com/comics/575750/page-fifty-five/
Inclusive os personagens conversam sobre o quiz e o mesmo existe dentro da históra, duas páginas inteiras dedicadas a isso.
Ou seja, nasceu especificamente para SER um piloto. Venha ele a ganhar continuação (e atingir seu propósito) ou a falhar e ser esquecido.
Outro que eu conheço: Ikioku, o piloto foi lançado deixando claro que haveria continuação. Embora por algum motivo que não conheço não temnha andado para frente.
Anyway naquelas chamada da os tem algo como “conheça a próxima série que sairá taramram” ou “aguarde a história sei que lá” que tem a ver com essa os.
Entende?
Que texto mais inútil!! Para que eu vou querer saber a diferença entre formatos de mangás?!
O que importa é se o material tem uma tradução decente, uma boa edição e que a história seja realmente boa. Sem contar que dá para conseguir todas essas informações pela net a fora com pessoas que realmente entendem do assunto. Esse tipo de coisa só diz respeito a quem mora no Japão ou importa mangá de lá. De boa o JBox deveria se focar em informar o leitor apenas daquilo que realmente interessa e não fica perdendo tempo com bobagens, pois na boa quem não sabe que uma bendita folha de A3 é maior que uma de A4.ou que um kanzenban tem mais folhas que um tankoubon.
Bons tempos aqueles em que o Jbox só tinha o Cloud e o Larc.
Allena: Antipatia em pessoa, que acha que é o umbigo do mundo.
Bem bacana a matéria! :smile: Matérias informativas são sempre bem-vindas.
Além das versões do artigo, eu também incluiria Goukaban (“deluxe”), Renkaban (“paperback”) e Shokai Genteiban (“limited”). Em particular, esse último está aparecendo com razoável frequência ultimamente.
Algumas observações:
1) Não seria “Shinsouban” ao invés de “Shinshouban”? :wink:
2) Com relação ao termo “Bunkobon”, ele também pode ser utilizado para mangás. Afinal, mangá também é um livro! :wink: E ele não é exatamente uma versão para colecionador, muito embora ele possa ser colecionado como qualquer outra versão, obviamente. Um colecionador tende a preferir Aizouban, Kanzenban, Goukaban ou Shokai Genteiban, pelo acabamento, extras etc.
3) Eu entendi o que você quis dizer com “Quando os japoneses pegaram os caracteres chineses, junto foi a língua também. ” Mas é sempre bom deixar claro que a língua japonesa foi apenas influenciada pela chinesa (on’yomi). O idioma japonês propriamente dito não tem NADA a ver com o mandarim ou com outros idiomas chineses. A gramática é diferente, a sintaxe é diferente, é tudo diferente. E a “troca” de som não tem muito a ver com o chinês – isso é característica da língua japonesa propriamente dita. :smile:
Peraí, há um erro de conceito aqui. Acho que você quis dizer que os AUTORES raramente fazem um yomokiri (lançado como One-Shot) pra Jump sem a intensão de continuar. A Shonen Jump lança One-shots pelo menos umas 20 vezes por ano, e muitos desses nunca vêem a luz da serialização simplesmente por não ter conquistado o público. Então, ao menos a Jump não lança um One Shot anunciando a série, porque não faria sentido. Eu acompanho a Jump semanalmente há uns 4 anos e eu já vi vários One Shots virarem séries (um exemplo relativamente recente: Beelzebub), mas nenhum dos one-shots tinha uma “chamada” pra uma série no final deles.
E no caso desse questionário de Death Note, posso ter entendido errado, mas é um questionário de uma revista dentro da história, não algo que o público japonês recortou e enviou pra editora.
Tem algumas coisas a mais, mas eu julguei ser muito conhecimento inútil…
1) Agora que você falou… Esse kanji do meio 新装版, pode ser lido como sou e shou. Procurei feito louca e achei as duas versões. Alguém liga para um japonês e pergunta. -.-‘ Franceses escrevem shinshou, americanos shinsou, japoneses eu ainda não achei em hiragana lol E não tem nos meus dicionários confiaveis.
2) Não exatamente, bunkoban é livro de bolso, mas de romance. Mas é realmente de bolso, é minusculo, tamanho A6 para baixo. Não se usa essa palavra para mangás. Mas existe o mangahon (volume genérico de mangá). Minha amiga comprou um desses e me mostrou faz algumas semanas, o troço era não pequeno que dava menos de um palmo. Quero ver alguém conseguir lançar um mangá naquilo! lol
3) A influência do chinês vai longe, além do “onyomi”. Todos os sistemas de escrita japoneses vem do chinês, muitas palavras vem do chinês, muita gramática, muita leitura e também alguns vícios de linguagem. Sem exagero, metade do vocabulário do japonês é chinês (retirado da introdução do meu dicionário).
Gramática tem influência e semelhança com chinês, a troca de som veio inicialmente do chinês, hon por exemplo é “onyomi”, as trocas de som mais simples costumam ser “kunyomi”. Inclusive, estudos dizem que a “gramática” japonesa é coreana (ambos são quase identicos, é impressionante). Ou seja, japonês é metade chinês, um pouco coreano (que é mais de 70% chinês) e o que restar deve ser japonês. xDDDDD
E por exemplos as medidas, tipo o hon, se você comparar o modo com o hon “reage” e o hon no chinês você vê semelhanças claríssimas. E lembrando que embora em chinês seja apenas tons diferentes, o “ou” e “oo” é a transliteração do primeiro e terceiro tom chinês. Eu já tive os exemplos em mãos, mas para achar isso agora… Tem o 9 que é kyuu, trasliteração de jiu(3) // o 3 indica o tom // O 10 também, juu, ju, ji, vem de shí. Muitos só faz sentido se você falar os dois em voz alta, e fonema chinês é foda de falar lol
E considerando que o chinês também se alterou com o passar dos anos e que os chineses influenciaram o japão desde sempre (arroz, por exemplo, é uma dádiva chinesa) a base japonesa de linguagem mesmo oral é parte chinesa (vários sons foram “roubados” do chinês ou adaptados).
Pessoal da JUMP = Autores e etc da Jump; Erro de conceito?
A Jump não faz isso, mas a Ikki faz (dentre outras). Piloto não é algo exclusivo de JUMP, foi só um exemplo.
Mas como disse, é lançado às vezes como uma oneshot/yomikiri normal. Mas se ganhar continuação essa yomikiri digivolve (?) para joshou.
Você não leu a história do DN, né? Ninguém recortou nada, você envia carta/e-mail pro caras. Aquilo foi um jeito descontraido de fazer o questionário e ver o interesse do público. Leia a história! XD
E vai ler Ikioku, tem em português na net. Ela repete umas 3 vezes que é um piloto xD
Oi Allena,
1) Se você sabe ler hiragana, então fica mais fácil:
Veja ;)
2) Já que você tirou algumas informações do Wikipedia:
Veja a parte relativa a 変遷 :)
3) Cuidado com o que escreve… ;)
Não diria isso por causa do kamiyomoji ;)
Sem dúvida tem influência, agora tente ler 漢文 (textos com a construção chinesa) da forma nipônica para ver o que acontece… ;) Da mesma forma, tente ler os textos em yamato-kotonoha da forma chinesa para ver a tragédia ainda maior que isso dá ;) São coisas totalmente diferentes.
Só não diga isso aos que estudam Linguística e/ou História! :D Afinal, a Coreia passou mais tempo sob a influência da China e do Japão do que se imagina. Portanto, a Coreia é mais semelhante a um “mix” da China e do Japão (principalmente da China) com uma pitada de cultura autóctone. A língua coreana certamente tem semelhanças com a japonesa, dada a proximidade geográfica das duas regiões (o que pressupõe a interação entre si), mas são consideradas linguagens totalmente distintas, assim como o japonês é considerado como uma língua completamente distinta da chinesa e por aí vai. Pensar que japonês-chinês-coreano é semelhante a português-espanhol-galego está bastante errado, creio eu.
Não é beeeeeem assim :D Não pode haver dúvidas que houve muita influência chinesa, assim como há muitos outros estrangeirismos que foram incluídos na língua japonesa – inclusive palavras em português, como “copo”, “capa” e “gibão”. Mas a sua proporção é um tanto quanto exagerada, até porque uma língua não é feita só de vocabulário, como todos sabemos :)
Acho que você está misturando as trocas. Uma troca é a leitura on’yomi/kun’yomi. Uma segunda troca são os diferentes on’yomi, que refletem a época em que foram introduzidos ao Japão. E uma terceira troca é a troca “mais simples” (como você escreveu). Essa troca fonética mais simples (ha para pa/ba, hon para bon etc.) é uma característica da língua japonesa. :)
Paulo, que tal da próxima vez que vc não quiser ler um texto aki vc simplesmente PULAR e ler o proximo, afinal ninguem é obrigado a ler nada que não queira né? se vc já sabe sobre formatos de mangá ou é do tipo que só vê o que é posto a sua frente sem olhar para o contexto, então ignore essa matéria, a Allena tem feito textos ótimos e muita gente tá gostando, e o fato dela ou os outros membros não fundadores do jbox estarem aqui não interfere
ou não deveria interferirem nada na sua vida.1) Isso não significa que não possa virar shinshou, tem que ver como se comporta a zorra do kanji…
2) Ai saco, li bem por cima, mas não vi nada falando de mangá ali o.o
3)
Ah vamos, estou falando dos usados po XDD Não me avacalhe!
Tipo, ortografia é gramática, vai negar que tem um milhão de ortografias vindo da china? xD
Quanto ao coreano, você me entendeu errado xDDD Estudiosos, com direito a sérios estudos na área, acreditam que nos primeiros séculos de vida a Coreia “inventou” o Hyangchal, Gukyeol e Idu. Que são sistema de escrita. O sistema Idu foi usado por muitos séculos, usava combinações de caracteres chineses com símbolos especiais que indicavam as terminações verbais e outras indicações gramaticais (te lembra alguém?). Já o sistema Hyangcha usava os caracteres chineses para representar todos os sons e era principalmente usado para escrever poesias.
Enquanto no Japão eles estavam usando um similar ao Hyangcha, só pro século 8~10 que eles começaram a organizar a língua e usar o hiragana de verdade, curiosamente a “forma” desenvolvida eram combinações de caracteres chineses com hiragana que indicavam as terminações verbais e outras indicações gramaticais. Mera coincidência?
É como português, põe latim, mistura com galego, espenhol, árabe, grego, tupi, francês, inglês, etc, dá uma mexidinha. O jeito como a língua desenvolver é português. Mas a fonte/origem é uma mistura mais de fora que te “dentro”.
Pensa assim, antes não existia kanji, certo? Então palavras que são união de kanji também não existia, logo essas regras de on’yomi também não. As kun’yomi já existiam os vocábulos sem o caractere. Mas enfim, o kami->gami por exemplo deve ser japonês (ou algo que não chinês). Mas as regras de on’yomi seguiram geralmente as chinesas, até porque muita coisa era dita em chinês mesmo, na ausência do troço em japonês (ou tentavam falar em chinês). No fundo era uma mistura.
Em todo caso, é a velha história da coincidência, chinês língua muito mais antiga tem essa particularidade (que lingua ocidental não custuma ter). Outra língua ali do lado começa a usar isso também. Mera coincidência? A única coisa única japonesa são os sons. De onde esses loucos tiraram aqueles sons tão latinos?
P.S: Sempre acho engraçado que seu avatar tem uma cara de homem das cavernas. Seu nick devia ser neolítico.
Quando fiz uma monografia sobre mangás eu pesquisei muito sobre isso, cheguei a citar todas essas variações de edições, explicando o que era cada uma… só pena que na época não achei um texto tão bem explicado sobre o tema, tive que rodar MUITO pra achar alguma coisa (e como não sou fluente em japonês, nem dava pra procurar na ‘fonte’ mesmo…)
Parabéns pelo texto :)
1) Na realidade, não existe a forma “Shinshou”. O dicionário falaria se existisse essa possibilidade.
Mas mesmo se duvidar do dicionário, que tal uma pesquisa no Google sobre “Shinshouban” e “Shinsouban”? :)
Shinshouban: 0 hits
Shinsouban: 4390 hits
2) Ei, está logo na primeira frase… :P
“Originalmente, o objetivo era a disseminação de obras famosas, mas gradualmente mangás e how-tos também começaram a ser publicados, aumentando a gama de conteúdo de um bunkobon.”
3)
Claro que não ;) Mas vai me dizer que gramática se limita a isso? ;) Ela inclui fonética (que mistura chinês com japonês), morfologia (que tem muito mais japonês do que chinês), sintaxe (japonês), semântica (japonês – existem vários falsos cognatos com relação ao chinês), literatura, etimologia etc. etc. etc.
É verdade. Agora, o “problema” é que essas notações são datadas aproximadamente do século 10, juntamente com o início da Dinastia Goryeo. O Hyangchal é usado basicamente em 11 poemas de um texto do século 11 e 14 poemas do Samguk Yusa, que é do século 13. O Gugyeol passou a ser usado também a partir da Dinastia Goryeo, século 10. E o Idu (no sentido strictu sensu) é o mais antigo, sendo creditado ao Seol Chong, um homem que viveu mais ou menos de meados do século 7 ao início do século 8.
Por outro lado, o Man’yô-gana mais antigo já descoberto é do século 5. Como é que uma notação mais antiga poderia se originar de uma notação mais recente? ;) Eu poderia até me inspirar em você e dizer que na verdade foi a “Coreia” (nessa época, ainda não existia a Coreia propriamente dita – eram vários reinos e povos independentes que ora se fundiam, ora se separavam) quem copiou o Japão — “mera coincidência”? ;)
Na realidade, eu acho sim que foi mera coincidência. Afinal, as situações e problemas eram bem similares tanto para os japoneses quanto para os coreanos. Nada mais razoável que surjam soluções também similares, desenvolvidas independentemente – e eu diria que mais ou menos na mesma época.
Mas sem dúvida pode ter existido intercâmbio de informações. Afinal, temos o clássico caso do país de Mimana, na península coreana, que era tipo uma extensão do Japão na Coreia mais ou menos entre os séculos 3 a 6. A influência japonesa na Coreia é bastante antiga e comprovada arqueologicamente, seja por documentos, seja por escavações.
Portanto, dizer que “a gramática japonesa é coreana” não reflete a realidade tão bem assim ;)
Esse é um comentário que depende radicalmente da granularidade (escopo) considerada. É como afirmar que todos somos africanos: não deixa de fazer sentido, já que o berço da humanidade foi supostamente na África. Mas não espere japoneses ou finlandeses de cor negra… oh wait :D
A “mistura” a que você se refere realmente existiu, obviamente, mas dizer que é “mais de fora que de dentro” não reflete muito bem a realidade. A maior prova disso é que um japonês não consegue se comunicar oralmente com um chinês nem com um coreano. São línguas completamente diferentes. “Ni hao” é bem diferente de “Annyon haseyo”, que por sua vez não tem nada a ver com “Konnichiwa”. :)
Por outro lado, se usar a escrita, é possível travar alguma comunicação – prova da “mistura” que você falou, embora a Coreia leve uma certa desvantagem porque os coreanos de hoje enfatizam demais o Hangul e nem todos conseguem ler os Hanja, diferentemente de algumas décadas atrás. 現代?三星? O que é isso? :D
Exato. E o fato de mudar de “hon” para “pon” ou “bon” reflete precisamente essa mistura: é uma prática usada na língua japonesa propriamente dita que é aplicada a pronúncias vindas de fora. Mas tem que ficar bem claro que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. :) Senão, vai ter gente acreditando que o fato de se falar “Tankoubon” e não “Tankouhon” é por causa do on’yomi :)
P.S.: Point made, point taken.
UHAUHAUHA virou neolítico!!!
1) Sim, shisou é a palavrinha lá, só tava me perguntando se existia a possibilidade de mudar para shou.
O hits? aqui aparece vários textos em outras línguas o-o
Mas você deve estra certo… Vou adcionar um edit. Mas eu li shinshouban em algum site… estranho >_>
2) /abre de novo/ Er… em minha defesa eu estava dormindo… xD
Você está correto, só não sei como eles leem aquilo, ajeitar também!
3) Eu puxo a sardinha pro chinês porque aprendi muito do chinês que existe no japonês XDD Mas claro que não se resume, mas chinês no japonês é igual latom e grego no português. Entende?
Essa história da coreia eu não tenho base para discutir. Sei esse “detalhe” por causa que li isso quando estava estudando a história das línguas orientais. As datas e dados dos textos que li indicavam que era o coreano que “nasceu” antes, enquanto o hiragana mal existia. E pera… o Manyougana não é kanjis com carcateres. São os kanjis sendo transformado.
O que eu li era que o estilo de se usar o kanji+algo foi copiado, não a forma escrita em si. Diga-mos a sintaxe foi copiada. Mas sinceramente é inútil discutir comigo, que sou só curiosa no assunto! xD
Desculpa mas isso não prova nada necessariamente, nós temos chuvas de latim, grego e árabe na língua e te garanto que sou incapaz de falar com eles. Na verdade acredito que o correto é considerarmos que as origens da língua e “fontes” são todas externas. Como desenvolvemos essas fontes e origens é que torna a língua português. Dizer que a língua que primeiro se desenvolveu no Japão é japonês é incorreto, japonês como se entende só surgiu “recentemente”. Então considero que nossa “discussão” é “idiota”! Até porque, como já disse, sou só curiosa abestalhada nesse quesito xD Se você me falar que tem absoluta certeza de algo ponho mais fé em você xDD
Sobre os coreanos e o hanja, no final da década de 60 o Hanja foi reintroduzido nas escolas norte-coreanas, onde são ensinados 2 mil caracteres. Já na Coreia do Sul são ensinados 1800 caracteres. Se algum coreano não sabe, é analfabeto xDDD
Isso sim, nada é preto e branco, dizer que é SÓ por causa de algo é meio ridículo. Mas digamos que o hon se complica todo por causa do “splash” de mais de uma “gramática”. Queria que todos os kanjis fossem simples como os hanzís! /sob
Otakemo, eu acho que Jbox deveria se focar em coisas mais importantes, pois essa negócio de saber formato de mangá não tem lá muita relevância. A maior parte das informações do texto não são nenhuma novidade para mim, mas na prática elas não tem lá muita utilidade na minha vida.
Se você olhar por esse lado, mangá, games, anime e tokusatsu não é exatamente coisas importantes, nem úteis e nem relevantes. São meramente entretenimento. Cultura, no sentido de curiosidade, é igualmente entretenimento. Se você quer achar coisas úteis, necessárias, importantes e relevantes, comece abrindo a BBC ou sites do tipo.
Esse assunto é realmente muito interessante, muitos nomes eu já sabia, mas no fundo não sabia sobre o significado muito bem, ou não sabia como eram utilizados no japão.
Parabens pela materia, muito bem escrita e exemplificada, com direito a informações muito bem pesquisadas para uma base mais sólida.Saber mais sobre uma cultura, mesmo que comtemporanea e aparentemente inutil para muitas pessoas ( discordo completamente disso –‘), é muito bom, mais noticias assim seriam muito bom para enriquecer o público.
Paulo, eu vou usar um exemplo absurdo e impossível de acontecre hj em dia, mas que se encaixa perfeitamente, se você nunca leu um mangá, não sabe do que se trata mas tem costume de comprar HQ’s, um dia você vai na banca comprar um gibi e vê um mangá, ele tem um formato, traço, e sentido de leitura diferentes do que você conhece, então você compra, lê e gosta, passa a comprar e acompanhar séries do mesmo formato, você não se importaria de continuar comprando um produto com conteúdo cultural completamente diferente do que o que você conhece sem saber nada sobre ele? eu me importaria, do mesmo jeito, eu quero saber o que eu compro, eu não quero depender de uma editora para saber que tipo de material ela trouxe do exterior, aqui agente compra edições especiais, de luxo ou definitivas, enfim como a editora resolver chamar, e nem sabe do que se trata, se foi somente uma tradução de uma edição diferenciada que já existe no japão ou se é só uma edição com maior qualidade no material, se formos depender do que é divulgado oficialmente agente vai ter uma visão completamente limitada do produto que agente tá comprando, inclusive, quem acessa sites como o jbox (creio eu) é porque não se conforma em apenas saber que o titulo que compra é um mangá e que ele está la na banca bonitinho, esperando você e pronto, acabou, é porque quer saber sobre a origem e conteúdo do material que acompanha. :wink:
Se alguém ter opinião é significa ser antipático, então sou antipático com muito orgulho. E tem outra não me considero o umbigo do mundo, muito pelo contrário, seria muito mais interessante que o Jbox abordasse temas mais próximos da nossa realidade, como todos os aspectos que envolvem a exibição de animes na televisão no Brasil, como a dublagem e a censura, poderiam dissertar sobre a questão envolvendo os scanlators/fansubbers, debater sobre a qualidade dos lançamentos de DVDs no país, entre outros assuntos. Poderia se um texto semanal ou quinzenal abordando um tema Agora ficar postando texto só para dizer que um Artbook é um livro de imagens e ilustrações ou que um Bunkoban é uma compilação de mais de 200 páginas é totalmente dispensável.
Bem essa é a minha opinião, sei que o site é de vocês e fazem o que bem entendem com ele, só acho que seria muito mais proveitoso se o pessoal do Jbox se preocupasse em abordar assuntos mais relevantes do que saber que um One-Shot trata-se de uma expressão oriunda dos EUA para nomear histórias de poucos capítulos.
Allena, quando digo inútil é no que se refere ao temas tratados pelo JBox como mangás, games e animes, pois na minha visão seria muito mais importante abordar coisas mais próximas a nossa realidade como exemplifiquei anteriormente e não se preocupe volta e meia eu costumo acessar os sites da BBC, CNN e da agência Reuters, assim como costumo ouvir a rádio CBN.
Otakemo, de boa eu me preocupp muito mais com a qualidade do produto em si do que saber a origem dele, se eu tiver curiosidade eu dou uma pesquisada.
Você é antipático por achar que o fato de você não se interessar em algo te dá o direito de destratar alguém ou o trabalho de alguém. Você acha que é dispensável e inútil, então não leia. Não precisa ser grosso ou ficar destratando.
Você pode saber ou não ter interesse, mas muita gente tem, engula seu egocentrismo ou ignore o que eu escrevo.
Curta e grossa tsts~ :laughing: gostei…
já entenderam tudo né ^^
bom o que mais se fala e se debate por aqui é isso e eu não me lembro que um dia alguem tenha chegado a uma conclusão incontestável sobre os assuntos, isso só quer dizer que é inútil debater
não que por isso o povo vá se tocar e parar de correr em circulos…isso fora os temas que só se baseiam em suposições por falta de material para sustentar um discussão…Primeiro que eu não curto animê, logo nunca vou escrever sobre isso. Segundo, discutir sobre scanlator? Como? As empresas insistem em não liberar dados de vendas para por haver alguma comparação. As pessoas insistem que scanlator não é pirataria mesmo que esta infrinja as leis de direitos autorais e seja considerado perante a lei ilegal. E ainda tem gente que acha que pirataria é justificavel por causa de preço, qualidade, sei lá mais o que. Conversar sobre isso é impossível.
Eu faço o que eu quiser e quando achar que tiver que criticar eu vou fazê-lo, assim como também vou elogiar quando merecer. Você não é ninguém para dizer o que eu posso ou não fazer.
Ser educado e ter respeito são condutas e regras sociais é o mundo que dita isso. Claramente, então, seus pais, parentes, professores etc. não te deram educação ou ensinaram como se deve tratar as pessoas. Você não tem o direito de ofender ou mal-tratar ninguém, posso até, por meios legais, acusá-lo de calúnia, difamação e/ou injúria. Posso não ser ninguém, mas o resto do mundo e a legislação é “alguém” que diz o que você pode ou não pode fazer. Você precisa aprender a diferenciar crítica de xingamento.
Diga-se de passagem, não vou mais aceitar nenhum comentário seu em que você me chama de estúpida, ignorante, burra, tonta, abestalhada e outros que você já usou. Nem comentários que são agressivos, desrespeitosos ou provocadores, cujo único intuito é a violência a pessoa. Você deve se achar o máximo por ofender os outros e ainda me chamar de “sensível” quando digo que é ofensivo. Se quiser voltar a ser “aceito” sugiro que tenho o mínimo de educação e respeito não só por mim, mas por todos que leem os comentários. Enquanto você mantiver essa postura defenderei meu direito de não ser injuriada publicamente. Diga-se de passagem, os comentários em outro post em que você ofendeu outros comentaristas também não serão aceitos.
[…] Jbox.com.br & […]
Yugioh em Bunko é tão bonito <3 Pena que custa os olhos da cara e nunca vai sair igual no Brasil. :/
Faltou falar do papel do miolo, que é parecido com o nosso pisa-bright mas quando ganha uma versão "de colecionador" ou "de luxo" ganha um papel branquinho mais difícil de se degradar.
Muito boa a matéria..tirou várias duvidas minhas.:smile:
Estava vendo um post do First 4 Figure de sobre uma suposta estatua da Usagi
( https://www.first4figures.com/blog/tt-poll-%23107-sailor-moon.html ), me “deparei com os 18 tankos” de sailor moon e fiquei perdida, já que a da JBC teve 12. A wikipédia só me disse da versão Shinsouban mas foi esse post q me disse a diferença. Um post de 2011 tirando duvidas pra sempre hahahaha ♥
Qual o termo japonês pra revista de mangá (estilo shonen jump, por exemplo) ?
Muito interessante este artigo!