Imagino que para a maioria esse assunto é extremamente simples, o que há para se falar sobre isso? Bem, começemos definindo a palavra “onomatopeia”. Segundo o dicionário Michaelis: Vocábulo cuja pronúncia lembra o som da coisa ou a voz do animal etc. Segundo o Houaiss: formação de uma palavra a partir da reprodução aproximada, com os recursos de que a língua dispõe, de um som natural a ela associado; onomatopoese. Ou seja, são palavras que, usando os sons e fonemas da língua, imitam um som real. Exemplos: Hahaha, Auau, Shua, Arf Arf, Trim trim, Bam, Tic-Tac, etc.
E onde eu quero chegar com isso? Pare e pense em todas as “onomatopeias” que você já viu num mangá. Desde quando raiva, corar, susto, piscar, sorrir e silêncio fazem qualquer tipo de som audível? Até faz som, o estalar da pele, das palpebras, os vasos sanguíneos bombeando em nosso rosto, mas audível?
Está para existir um quadrinho que tenha mais “onomatopeias” que os mangás. Pense nos comics, quadrinhos europeus, turma da Mônica, ninguém consegue chegar aos pés deles. Alguns títulos tem tanto efeito sonoro por página que chega a ser horrível de se ler, uma poluição imensa.
Mas na verdade nem todas as “onomatopeias” de um mangá são de fato uma onomatopeia. E esse efeito sonoro é uma das principais características que definem o estilo, mil vezes mais importante que a ordem de leitura invertida (que é meramente um estilo de leitura japonesa e não do mangá em si).
Esses efeitos são chamados no Japão de “Onyu” (lê-se On-yu) que significa literalmente metáfora sonora ou som simbólico/metafórico. Nem todos esses onyu podem ser considerados onomatopeias, porque como dito acima elas não reproduzem um som real. Eles são na verdade divididos em 3 categorias (às vezes 2, outras 4 dependendo do estudioso).
Infelizmente os nomes dessas categorias não existem em português e se existe é algo tão específico que não aparece nos maiores dicionários do Brasil (sim, chequei todos) e nem em site algum. Então tomei a liberdade de criar palavras, baseadas nas inglesas e em nossos radicais (estou me sentindo um Guimarães Rosa…).
A primeira categoria é as onomatopeias ou “fonomimia“, em japonês são divididas em dois as Giseigo (palavra que imita um som/voz) e as Giongo (palavra que imita um som/barulho).
As giseigo são os sons feitos por coisas vivas, como risadas, sons de animais e gritos. As giongo são os sons de coisas inanimadas, como um som de uma carro, avião, tilintar de copos e arrastar de móveis. Essa categoria é a que temos no ocidente, onde usamos os fonemas para tentar imitar os sons dos seres e da natureza ao nosso redor.
Vale a pena notar que embora a origem de todas as onomatopeias seja o mesmo som real, a interpretação do som muda e muito de acordo com a língua do local. Por exemplo, para nós os cachorros fazem “auau”, o mesmo é entendido como “woof woof” em inglês, “wang wang” em mandarim, “bau bau” em italiano, “meong meong” em coreano, “gav gav” em russo e “wan wan” em japonês. Por causa disso entender uma onomatopeia não é exatamente uma coisa fácil.
A segunda categoria é a “fenomimia“, em japonês é chamada de Gitaigo (palavra que imita uma ação/atitude). São as palavras que representam ações e as destacam, como piscar, sorrir, brilhar, reluzir ou qualquer outra que indique um movimento do corpo como reverenciar, concordar, estufar o peito, abaixar, apertar, etc.
Em geral são verbos representados por um “som”. Mas são duas palavras diferentes, existe o verbo e um efeito sonoro. Ao contrário das traduções para inglês, por exemplo, onde as traduções são os verbos.
Em japonês existe alguns bem famoso, como o “gatah” (quando um objeto é movido), o “pasah” (abrir os olhos) ou o “nih” ou “niya niya” (sorrir). Muitos desses inclusive são passados para os animês. Force a memória e lembre as transformações da Sailor moon, cada transformação fazia um plim plim danado, inclusive quando ela abria os olhos e girava. Se você parar e pensar, mudar de roupa não faz nenhum barulho, magia também não costuma fazer barulho, girar e abrir os olhos então… Aquilo é um destacador, para dar um “tcham” maior para a transformação. Agora compare as transformações dos americanos (tipo Mulher Maravilha) e Power Rangers, era só um bum e tava todo mundo vestidinho.
A terceira e última é a “psicomimia“, em japonês também chamado de Gitaigo (palavra que imita uma ação/atitude) ou Gijougo (palavra que imita uma emoção). Ou seja, são palavras que representando um estado psicológico. Como envergonhado, assustado, triste, depressivo, raivoso, feliz, apaixonado, etc.
Esse aqui também tem a versão animê, não preciso nem procurar exemplo, qualquer um aí deve visualizar milhões de cenas onde aparece o “som” de depressão, raiva, tristeza, amor e etc do personagem. Inclusive se foca no ser e aparece aquele fundo temático para aumentar ainda mais o destaque.
Nem sempre os Gitaigos e os Gijougos tem alguma lógica fácil de entender, afinal, como criar um som que nem existe? Nós temos algo um pouco parecido (mas bem pouquinho) no cinema, as músicas de fundo. Pegue certos tipos de filmes, como os de suspense, a música passa uma tensão que é meramente o modo como interpretamos certos sons e tons. Suspense não tem um “som”, mas nós elegemos aquela música como um modelo de suspense.
O mesmo fazemos para as cores, dizemos que o azul é frio e o vermelho é quente, uma cor nunca pode ter uma “temperatura”, mas interpretamos as cores usando outras ideias como o fogo e o gelo/água, passando de um lado a outro características metafóricas. É mais ou menos assim que funciona para os japoneses.
Aí você se pergunta de onde vem tudo isso? É fácil entender como e por que surgiu as onomatopeias, mas e o resto?
Se você conhece a história do mangá, deve se lembrar que em dado momento (principalmente com o Tezuka) o mangá passou a supervalorizar a expressividade e movimento dos personagens. Não bastando os olhos, bocas e sobrancelhas exagerados, as alternâncias de plano e enquadramento, sentiu-se a necessidade de exaltar ainda mais essas expressões e movimentos. Surgindo assim os primeiros efeitos sonoros apenas para destaque.
No começo isso foi muito lento, mas conforme o mangá evoluiu alguns autores mais ousados começaram a “inventar” seus próprios sons. Estes serviram de modelo para a próxima geração de autores que os usou e passou adiante. Atualmente a quantidade de onyu é imensa (alguns dizem mais de 1200 excluindo as variáveis) e cria-se mais a cada segundo. Existe vários dicionários na web feitos por fãs, um deles mais especializado em Shoujo tem atualmente quase 1500 onyus (incluindo as variáveis).
Alguns autores são conhecidos por sua “ousadia” e inovação. Kumeta Kouji, por exemplo, é o criador do som “meru meru” (som relacionado a receber mensagens pelo celular), dentre outros. Araki Hirohiko criou, para seu mangá Jojo’s Bizarre Adventures, o som de tensão “gogogogogogo” que é largamente usado hoje em dia não só para tensão, como para raiva, aura assustadora, dentre outros. Às vezes os sons nascem de outras origens, como o grito “Uooooo” vindo do horizonte que apareceu pela primeira vez em um drama (dorama).
Todos esses onyu acabam fazendo parte da cultura e cotidiano dos japoneses, na verdade desde pequenos eles são bombardeados com elas, estimulados pelas mídias, quadrinhos e livros infantis. Muitas dessas palavras estão simplesmente arraigadas na comunidade e pouco se sabe de onde surgiram, é como pesquisar quem inventou o “auau”. Mesmo adultos esses onyu continuam na vida dos japoneses, mas em menor quantidade.
Algumas curiosidades sobre os onyu: geralmente são escritos em katakana, mais raramente em hiragana, mas nunca, jamais, em kanji. Embora algumas vezes prefere-se escrever em katakana os sons bruscos, crus e fortes e em hiragana os sons suaves, leves e gentis.
Resumidamente podemos dizer que existe dois motivos para um onyu não ser escrito em kanji. O primeiro motivo é que kanjis são caracteres ligados a sentidos e ideias, não aos sons e fonemas; o segundo é que muitos kanjis tem mais de uma leitura. Se usassem kanji os onyu teriam, além do som, sentidos e várias possibilidades. Fora que isso limitaria os sons possíveis e tornaria a leitura dos troços impossível para crianças.
É muito comum que os “sons” sejam representados por uma repetição de som, como “doki doki“, “jiro jiro“, “pon pon“, “kira kira“, assim como em português onde falamos comumente “au au”, “trim trim”, “arf arf”, “tim tim”. Também é muito comum se usar esses onyu no dia-a-dia como advérbios, adjetivos ou até verbos, ao contrário de nós que usamos como substantivo: “O auau”, “o shuáshuá”, “o háháhá”, etc.
Embora alguns mangakás não usem muito os onyu, é muito expressivo a importância desses nos mangás voltados mais para o romance e comédia, como shoujos e shounens. Geralmente os gêneros infanto-juvenis possuem muito mais onyu que os gêneros adultos.
Alguns desses efeitos se tornaram extremanente específicos, outros muito vagos, sendo que nenhum deles tem tradução literal para nosso idioma. Talvez agora dê para imaginar o trabalho que os tradutores de japonês tem para traduzir as onomatopeias e como as coisas às vezes se resumem a um “achismo”.
No fundo o estilo mangá e o idioma japonês é um dos únicos a usarem esse tipo de metáfora, sendo uma característica única da cultura japonesa. Cultura esta comumente ignorada pela maioria dos seus fãs ou que se torna tão comum que fica difícil de se perceber o quão estranho e incomum é. Vale a pena saber que a Coreia também tem isso, mais em uma proporção muito menor e provavelmente fruto da influência japonesa.
Gostei, tô adorando essa reportagens Cult no Jbox.
Bom demais! Parabéns pela matéria!
[…] This post was mentioned on Twitter by Jbox and Asuna Hatsune, Bruno Oliveira. Bruno Oliveira said: RT @jboxtw: Mangá: O Grande Guia das Onomatopeias: http://jbox.com.br/a19992 […]
Muito bom,essas matérias estão cada vez melhores.Parabéns. :smile:
Muito bom adorei!!
Bem informativo, adoro a allena, ops as matérias da allena xD dese o tsu.. ops =P
como sou um otaku chato e irritante só
tenho uma coisa pa dizer pa Allena:
parabens pela matéria, otima como sempre.
continue assim Allena
[pena que tiraram as caretinhas..]
Uma curiosidade idiota, as onyu no topo são todas de dois títulos, code geass: Lelouch e Suzaku.
Excelente artigo, Allena!
Confesso que nunca tinha parado para pensar nisso, nem tampouco sabia dessa curiosidade. Excelente trabalho :wink:
Sempre trasuço minas onomatopeias.
Pode ficar meio ridiculo para os mias puristas.
Mas é o que faço.
Alguém traduza o que a pessoa disse aí em cima.
Boa! Sempre acho que perco um pouco por não entender alguma onamatopéia.
Mas pensei que fosse ter ilustrações…
Eu sei o doki doki e mais alguns! xD
Sempre trasuço minas onomatopeias.
Pode ficar meio ridiculo para os mias puristas.
Mas é o que faço
Alguém traduza o que a pessoa disse aí em cima
tradução otaka: trasuço = traduzo
2 minas onomatopeias= se não for MINHAS onomatopeias,
então o cara sofre de tesão por sons de quadrinhos e mangás.
assim disse onario..
“Sempre traduzo as minhas onomatopéias, pode ficar meio ridiculo para os mais puristas, mas é o que eu faço.”
sempre á disposição :laughing:
muito legal a matéria, sempre que via uma onomatopéia não traduzida, por não conhecer muito bem katakana e hiragana, eu sempre achava que estava em kanji, então eu sempre ignorava, agora vai ser mais facil saber do que se trata, vlw Allena :wink: :laughing:
Parabéns por mais esse incrível post allena, sempre todos muito acima do esperado, muito bom mesmo…
Agora sei que nem é lugar para pergunta, mas alguém sabe do Kuroi? nunca mais vi post dele por aqui….
Matéria bem legal. Eu não sabia que tinha sido o Kumeta que tinha criado o “Meru Meru”, mas o do Araki com o “gogogo” eu sabia (Ainda mais por Jojo ser o meu mangá favorito).
Um que seria interessante citar é o “Zawa Zawa” (ざわ ざわ) que o Nobuyuki Fukumoto (Kaiji, Akagi, Saikyou Densetsu Kurosawa) usa pra indicar atmosfera tensa ou sombria.
A matéria legal como sempre, só por citar o Hirohiko Araki já valeu a leitura! XD
Ele tá por aí, só tirou umas feriazinhas, em breve vai ter coisas dele.
Eu ia citar uma lista enooooorme, mas aí me toquei que NINGUÉM (praticalmente) entende japonês u consegue ler ou conhece… Que tipo de utilidade aquilo teria? ><
Obrigada, Otakemo e Otakumania, sempre preciso de ajuda para entender esses dialetos alternativos… Para não falar outr coisa.
Se eu fosse ensinar ia ter que ensinar katakana, hiragana e caligrafia (porque alguns autores SÃO péssimo em escrever e você só saca se souber caligrafia). Muito trabalho apra nada ><"
verdade, :laughing: depois de ler o post, eu fui traduzir algumas onomatopéias por aki que eu tinha deixado passar antes, tem cada coisa bizarra, procurei alguns caracteres que simplesmente não existem, tive que pensar muito sobre o caso para descobrir oque era, caligrafia bizarra, fora algumas viagens de uma pagina ter katakana, outra hiragana, as vezes na mesma,a página, só falta caso de mistura em uma mesma expressão, que eu tive sorte de não topar, e espero que de fato não exista:tongue: :laughing:
Bem interessante esta matéria!
Nem imaginara que haveria mais de 2000 onomatopéias. o_o
Otakemo, a questão é que a maioria avassaladora desenha as onomatopeias. Então aparece a caligrafia e abstrações do autor. Tem uns autores que até quem sabe um bom japonês tem que parar e pensar “que porra é essa?”. Se uma frase tiver os dois kanas não é uma onomatopeia, é uma frase.
:smile:
Parabéns pela matéria ‘-‘ Muito, muito bem feita, eu nunca dei muita atenção pra isso pq a maioria não da pra a gente entender mesmo =X
Mas gostei muito da explicação, e vou prestar mais atenção nisso ^_^
Só acho que podia ter algumas imagens pra mostrar tipo a diferença de uma escrita com Katakana, e Hiragana, ou pelo menos algumas das mais conhecidas.
Pô, bem legal não sabia e nem ouvi falar sobre isso. Engraçado que quando eu olhei o texto todo, pensei ”P(*), que m(*) é essa?! Tá me zoando, né?! Não, só pode ter enche-linguiça nisso aqui!!” mas vi que pelo contrário todo o texto era explicativo. Parabéns ótimo artigo!
Eu ainda tenho que me acostumar a isso. Se eu for pensar direito é o tamanho normal dele mesmo.^^ Gostei!!
Outra matéria da hora, parabéns Allena. Esta é a penúltima, né? Acho que na anterior tu disseste que teria mais duas ou três antes de “sair de férias”….
Onyu é um pé pra traduzir e pra explicar pra outra pessoa (tipo, às vezes tento explicar pra minha esposa que o que é o “jiiiii” ou “gogogogoooo”, mas nem sempre rola…).
Máximos, meu objetivo era explicar o que são e como surgiram. Fazer um dicionário é besteira, antes de aprender onomatopéia é importante aprender os sistemas de escrita e caligrafia. Fazer imagens com os dois não ajudaria ninguém, é como eu fazer uma imagem em letra de forma e outra em cursiva ou imprensa, existe milhões de fontes e caligrafias, é impossível identificar algo assim. Existe fontes e desenhos tão abstratos que só simulando o número de traço e ordem para advinha o que é ou conhecendo como é dito normalmente. Fora que existe efeitos lingüísticos como o traço que indica a continuação do som, o tsuzinho que indica a pausa forte, as ondinhas, etc.
A não ser que a criatividade me ilumine a cabeça.
Mas vai ter mais uma extra do Kuroizinho também, muito bem feitinho.
P.S.: Adorei suas tirinhas (a maior parte pelo menos).
Uma coisa que eu estava pensando e achei muito legal a Allena citar foi a parte sobre as músicas. Nunca tinha pensado nisso, mas ela está certa: as músicas elas não tem um “significado”, elas são apenas sons que se agrupam para formar um outro. Eles não tem um sentido. Somos nós, seres humanos que atribuimos sentidos a eles.
Spider, não me entenda mal, mas essa é a coisa mais obvia que ninguém nunca nos conta. A filosofia passa a eternidade nesse assunto, mas todo mundo ignora. Quando você percebe o quanto nos carregamos o mundo com sentidos e interpretações que não realmente existem, você percebe o que diferencia realmente o ser humano dos outros seres vivos. Isso existe para qualquer lado, um gato é só algo que chamamos de gatos, escolhemos classificações, segmentamos seus semelhantes, criamos lendas e religiões em cima deles, tudo isso vem tudo da nossa cabeça. E é exatamente por isso que as coisas mudam o tempo todo e exatamente por isso que todos os seus professores sempre começaram as aulas falando de como era no passado. E o pior, provavelmente mais da metade que você “sabe” já é passado para as pessoas especializadas na área.
Não levo, não hehe
E, sim, eu sei que costumamos atribuir certos sentidos as coisas, mas como eu disse nunca parei para pensar. É uma daquelas coisas que estão na sua cara e que você ignora simplesmente por causa da correria do seu dia a dia.
Bem, mas aí que entra o lance da melhoria continua. E do porque o mercado de trabalho estar como está. Mas isso já é outro tema.
Oks, a Allena já foi elogiada d+, então vou ver se comento a outra face disso tudo, sem querer me gabar…
Sendo uma matéria explicativa, eu vi q ela simplesmente organizou o q eu ja tinha visto nas várias pesquisas q fiz e matérias q li sobre o assunto. Não q não tenha mérito por isso, ficou organizado, mas até certo ponto, pra mim, as únicas novidades foram as “classificações” japonesas, mas depois de tanto ler mangá e ver um poko sobre escrita e talz, tem mta coisa óbvia na matéria, é como alguns comentaram, estava tudo lá na pg do mangá, só precisavamos q “alguém” parasse pra pensar e observar, e eu, como amo observar os mangás, já tinha sacado tipo 85% dessa matéria…
Oks, não sou boa em escrita japonesa, mas depois de pegar a forma q o mangaká se expressa na sua obra, fica tudo mais fácil de “entender”.
Poxa… Nem pude acreditar q teve gente falando q não sabia nada disso, mas oks, cada um cada um… E outra… Confundir Kanji com katakana e até hiragana… Putz… Desculpem mesmo, mas isso num é coisa de fã… Péssimo!! Tá-tá-tá, confundir é possível, eu tb já fiz isso, mas depois de mais de uma década em contato com o “Mundo dos Mangás”, fica mais fácil de distinguir né?? Por favor, assumam q confundir agora é vergonhoso…
Allena, obrigada pela matéria, não estou falando q foi inútil, está boa, só quis deixar claro q não foi tanta novidade qto o povo antes do meu comentário falou… Alias, pra vc conseguir explicar assim deve saber disso a eras e agora só colocou pra “ajudar” a nova geração né?… Só pod ser isso, pq os mais “interessados / curiosos / pesquisadores” tb já devem saber de mtas dessas coisas, se não nem teria os tais sites q vc falou de fãs com “listas de onomatopéias”, né? ^^?
Era isso, Allena, continue sempre nos ajudando! \o/
E os q não sabiam, aprendam e não esqueçam, já q temos mtos anos de mangás pela frente (sabem a matéria sobre OP, então, bem por aí… rsrsrs)
Fui! /o/
Minha intenção nunca foi criar novas informações, mas exatamente mostrar essa curiosidade para os fãs. Principalmente aqueles que você pergunta: “Qual as particularidades de uma mangá?” e ele te responde: “E lido da direita para a esquerda e é em japonês”.
Dalila, ser fã de mangá/animê não implica em saber o idioma. Apenas fã mais hardcores chegam a esse nível de aprender o idioma mãe. Eu, por exemplo, adoro quadrinhos franceses e italianos e nem por isso sai atrás para aprender essas línguas. Acho lindo música alemã e russa e nem por isso saio atrás disso.
E muita gente que acha que sabe na verdade se enrola com coisa elementar, principalmente quando se escreve a mão, porque não aprendeu todo o processo, pulou direto para a comparação entre tabelas. E não funciona bem assim em japonês. Em japonês a ordem de escrita é mais importante que o visual final, ou seja, algumas coisas ficam são abstratas que apenas simulando os traços é possível reconhecer. As fontes e estilos digitais também influenciam, deixando muita gente doida. Essa imagem por exemplo mostra uma mesma palavra escrita em várias fontes: http://www.asiasecondhand.com/wp-content/uploads/Japanese%20Calligraphy_3.jpg
Tem uns que são assombrosos, dá uma olhada no do meio: http://www.synapseadaptive.com/japanese_kanji_translation/images/Font.gif
Isso piora exponencialmente para kanjis: http://www.thejapaneseconnection.com/images/font_master_2.gif
E você nem queria ver a caligrafia chinesa (que não dá a mínima para ordem de traço). http://images02.olx.co.nz/ui/1/91/61/f_1289061_4.jpg << Desse nível para pior… Era um desafio entender o que a professora escrevia…
Tem gente que não sabe onde pesquisar, tem gente que nunca se tocou disso. E list ade onomatopeia não é feito porque alguém entende que as onomatopeias são segmentadas ou diferentes. São feitas para quem traduz ou lê japonês que não é do Japão. Por exemplo, às vezes eu leio uma onomatopeia que não faz sentido, vou lá e dou uma olhada.
E (ps:) nunca iria escrever sobre algo que não conheço realtivamente bem. Se eu fizesse isso seria um copi cola de qualquer informação, tornando tudo uma grande cópia sem valor ou sem segurança e garantia de qualidade. o.o
onde você encontra essas listas de onomatopeias, Allena? E essa informação sobre qual autor criou determinada onomatopeia?
Obrigada por não ficar com Copy-Coly mesmo! rsrsrs
Quem digita com sua forma de escrever e comentar mtas vezes até consegue explicar mto melhor q mto livro “completo” e fica mais fácil de entender qdo se fala a “nossa lingua diaria”! hehehe \o/ Vlw aí Allena! ^^
Só a penultima linha q eu confundiria… xD
Os q achei péssimos: nº65, 69, 70 e 71… xD
Mas eu achei q o 60 = 91 e o 94 é praticamente igual ao 95…
Aí, bom… 69 = 100 / 70 = 101 / 71 = 102
Nem tenho mto mais o q dizer… Mas…
Apesar de tudo, ainda bem q não preciso ler esses kanjis aí da ultima imagem!! xD hehehe
Oi Milena, existe livros em especial sobre isso. Se você for procurar tenta algo como “sfx japanese” e vai aparecer uma centena de sites com coisas. Se quiser algumas listas legais, só pedir que te mando.
As informações de quem criou o que é bem mais complicado, as coisas recentes é fácil de descobrir. Como o Gyabbo da Nodame. Outras são famosas, como o gogogogogogo do Jojo’s. Tinha um som que era muito usado em “city hunter”, mas agora eu não me lembro. T_T
Alguns são marca registrada de um autor ou obra, outros são tão usado por um dado personagem que acaba pegando para todo lado. Em todo caso, além de livros, você pode encontrar isso em alguns sites, wikipédia japonesa (onde se você souber onde procurar tem uma lista de “particularidades” sobre obras e autores onde coisas assim são citadas), mas o melhor jeito que eu conheço é perguntar para um japinha otaku, porque isso é uma cultura popular muito específica.
_______________________
Ah, e só me toquei agora:
Zawa zawa é aquela situação em que você ouve uma multidão sussurando. Nunca li nada desse indivíduo, mas não vi em nenhum lugar essa possibilidade.
Alguns exemplos, você acabou de brigar com sua namorada em público e as pessoas a sua volta estão te olhando e julgando, elas fazem zawa zawa.
Ou você está no meio de uma festa chique, tentando chegar até as mesas de comida, as pessoas fazem zawa zawa.
Ou seja, é um som que indica vozes e conversas que você não consegue reconhecer, aquele som de milhares de vozes misturadas.
Esqueci de falar… Realmente, a tal fonte “do meio” q vc falou é bemmm diferente… xD
Olhe o último kanji do 60 e do 91, A parte de cima dele, que parece uma “casinha” é diferente. O kanji do meio, o quadrado (kou) na parte direita é mais pontudo.
94 e 95 são muito diferentes, mas não o estilo da letra em si, o design da letras, mas o efeito.
69 e 100, tem diferença de efeito. Não sei o nome disso, também não lembro em inglês, mas tem a ver com a pressão, o meio é mais forte e o em volta é mais fraco.
70 e 101, 71 e 102 tb, é o mesmo acima.
E você tem que pensar como isso aí são kanjis relativamente simples, com 2~3 radicais, 7-10 traços. Imagine a diferença e esquisitice de um com muito mais radicais e 2x mais traços.
Adoro essas noticias. Bem legal isso.
Dessenterrando os comentários xD
Allena, poderia dar o endereço de algum desses dicionários? o/
Clauro! Só uma coisa, nem sempre está completo e existe “sub significados” de acordo com a tribo. Então sempre olhe em mais de um para confirmar.
http://thejadednetwork.com/sfx/
http://www.lolikon.org/misc/soundfx.html
http://www.angelfire.com/geek/tetrisnomiko/sfx.html
http://jpsfx.wikia.com/wiki/Main_Page
http://www.eudict.com/?lang=japeng&word=giseigo
http://kyoh.monkey-pirate.com/sfx/SFX.pdf
http://www.nihongoresources.com/dictionaries/onomatopoeia.html
http://z3.invisionfree.com/Starry_Heaven/index.php?showtopic=770
http://www.coolslang.com/in/Japan/PeraPera.php
Dicionário reverso: (para japoneses entenderem em inglês)
http://www.badguy.jp/onomato/onomato_f.html
Tem mais um super dicionário, mas tá fora do ar o-o”
Vou descobrir com meus contatos americanos se eles sabem o que aconteceu… Se eu achar mando aqui, ou or e-mail.
Uou!! Qtos!! Como tava só curioso fico até sem graça por tamanha atenção!:sad: Vlw!
A dificuldade em usar esses dicionários (para um ignorante em japonês como eu xD) é passar o onyu que quero traduzir pro site, seja olhando pra ver semelhanças ou digitando(??) por isso achei o reverso legalzin o/
Mas o assunto é bem espinhoso msm, melhor deixar pra quem estuda jp ~.~
Obg, Allena! :laughing:
[…] -Onomatopeias Outro desafio são os efeitos sonoros japoneses, que são mais variados que os ocidentais. O que obriga o tradutor a inventar sons, traduzir como verbos ou simplesmente arrancar os cabelos e por um som genérico. Você pode ler mais sobre este assunto no texto “O Grande Guia das Onomatopeias“. […]
Excelente matéria!!
Uma matéria bastante informativa. Muito obrigado;Cheguei até ela pesquisando onde eu poderia ler mangás online com onomatopeias traduzidas.
quero sabe se tem uma lista de sfx em portugues…sou tradutor e to tendo problemas coma onomatopeias …..