Kekkaishi é o mangá de estreia de Yellow Tanabe e foi publicado nas páginas da Shounen Sunday sendo concluído com 35 volumes no total. O título ganhou o prêmio Shogakukan de melhor shounen em 2007 e teve também um anime que cobriu apenas 13 edições. Um fato interessante sobre a autora é que ela foi assistente de Makoto Raiku (Zatch Bell!) e Mitsuru Adachi.
Kekkaishi é um shounen clássico, sem nada de diferente dos outros do gênero publicados hoje em dia, talvez exceto pelo carisma de seus personagens. É um mangá muito humano onde é fácil se identificar e até se irritar com a obra por causa disso (demora muito para que a ação de verdade comece e isso frustra muita gente).
Yoshimori Sumimura é o 22º sucessor do clã Sumimura, isso significa que ele é um kekkaishi (mestre de barreira), ou seja, ele possui poderes paranormais para criar e explodir barreiras mágicas e assim destruir ayakashis e youkais. Consequentemente ele consegue ver espíritos e até mesmo usar shikigamis (servos “mágicos” criados escrevendo encantamentos em um papel) para realizar tarefas simples.
Mas é lógico que a família Sumimura possui uma missão (já dizia o Tio Ben: “grandes poderes vem com grandes responsabilidades): eles devem proteger Karasumori, uma região de grande poder sobrenatural, da invasão das ayakashis e youkais que infestam a região em busca de poder. Quando um youkai fica durante um tempo no solo de Karasumori suas feridas se regeneram e se passar mais tempo eles ganham força e podem até mesmo evoluir em criaturas mais perigosas.
Segundo a lenda a muitos séculos atrás havia uma família de lordes de grandes poderes místicos chamada Karasumori nessa região. Eles eram constantemente atacados pelos youkais por causa de seus poderes místicos então um dia um famoso kekkaishi exterminador de youkais foi chamado, era Tokimori Hazama e ele protegeu o castelo de Karasumori e seus habitantes até o dia em que caiu doente. Ele ficou de cama por três dias e quando pode se levantar no quarto dia soube que o castelo foi tomado pelas ayakashis e todos os seus habitantes exterminados. Ainda assim o poder dos Karasumori continuou no local e como Hazama não deixou descendentes, seus discípulos herdaram sua função de proteger o local. Só que a família Sumimura não é a única que protege o local, há também a família Yukimura que são seus vizinhos e maiores rivais.
Yoshimori não quer ser um kekkaishi, na verdade ele sonha mesmo em se tornar um patissier (confeiteiro) e adora criar castelos feitos de bolo, mas o seu avô é contra já que ele é o próximo sucessor natural do legado da família. Ele possui um houin (espécie de sinal de nascença em forma de um quadrado que no mangá marca o kekkaishi sucessor) mas é relaxado e apesar de possuir um grande poder não possui força de vontade de aprender a usá-lo corretamente. Bem diferente de Tokine Yukimura (engraçado que somando Tokine + Yoshimori temos Tokimori, pelo visto não é só no Brasil que os pais criam nomes a partir de outro), a herdeira da família Yukimura, que é muito habilidosa e consciente de sua missão – mas em compensação não tem muito poder.
Nesse ambiente de briga de vizinhos temos dois kekkaishis que deveriam ser rivais, mas que apesar de tudo são amigos de infância e cooperam em prol da proteção de Karasumori. Durante o primeiro capítulo Yoshimori, na época com 9 anos, e Tokine com 11, enfrentam uma ayakashi de nível inferior, mas devido ao descuido de Yoshimori, Tokine recebe um grave ferimento, então ele jura para si mesmo que vai treinar duro para que ninguém mais seja ferido por uma ayakashi por sua falta de interesse e dedicação.
Preciso comentar que fico feliz de estar escrevendo essa resenha hoje, quando o mangá já tem 11 volumes lançados. Confesso que assim que comecei a colecionar essa série eu pensava “se eu tiver que dropar uma coleção vai ser Kekkaishi”. Mas o mangá cresce aos poucos, no começo as aventuras são chatinhas, os youkais que tentam invadir Karasumori nos primeiros volumes são fracos e aleatórios e para um shounen de batalha não é legal, afinal o que se busca ao ler um título porradeiro é muita ação e adrenalina, certo?
Mas o diferencial aqui é que Kekkaishi tem uma base sólida, somos apresentados aos personagens, aos seus poderes, ao mundo secreto dos paranormais do Japão nos primeiros volumes apenas para ver essas coisas desmoronando. O Alexandre Lancaster do Maximum Cosmo uma vez me disse em um comentário no blog dele que os mangás da Shounen Sunday têm essa característica de entrarem na sua casa e virarem como membros da sua família, que os personagens ali são como as pessoas que a gente conhece de verdade. Ele não poderia estar mais certo.
Quando a Yellow Tanabe mata um personagem importante no volume 10 todo mundo que eu conheço e lê Kekkaishi ficou chocado com aquilo, todo mundo se perguntava: “Mas fulano morreu mesmo? É sério isso?”. As pessoas se sentiram como se um conhecido seu tivesse morrido, pois o mangá cria esse laço com o leitor sem que ele perceba. E isso me fez admirar mais a série, o departamento editorial e a autora tiveram coragem de matar um personagem importante e que poderia muito bem ser aproveitado até o final da série (e não, isso não é uma indireta pro Tite Kubo, é uma direta mesmo! Que guerra é essa que nenhum “bonzinho” morre?).
Gostei da tradução do mangá, está clara, bem adaptada, sem nenhuma gíria horrorosa, mas ainda assim bastante coloquial. Algumas pessoas reclamam dos comandos que os kekkaishis usam estarem em japonês e em português (marcar alvo, hou; marcar o lugar, jouso; ativar, ketsu; kai, liberar ou metsu, destruir). Na minha opinião se deixassem de colocar o original em japonês reclamariam, mas eu e 99% dos brasileiros não sabe japonês, então o português é necessário também e se colocassem notas nas páginas deixaria o mangá emporcalhado, se pusessem algo tão usado no glossário atrapalharia a leitura, então eu não vejo problemas com a repetição dos comandos.
A edição está muito boa, não vi nenhum erro nos volumes que eu li, mas o que eu mais curti foi as capas brasileiras. A Panini criou um logo muito bacana para a série que muda de cor a cada volume. Nem sempre a editora certa (Dorothea…), mas na maioria das vezes a equipe da Mythos cria capas muito bonitas.
Pra finalizar recomendo Kekkaishi para todos que estiverem procurando um bom shounen de luta e não tiverem medo de pegar uma série de 35 volumes. O mangá pode começar em um ritmo lento, mas evolui de verdade, cresce com o leitor (lembrando que no Japão a série era semanal, então saía uns quatro volumes por ano) e fica mais interessante a cada nova edição.
Título: Kekkaishi – Mestres de barreiras
Autoria: Yellow Tanabe
Formato: 13,7 x 20, 200 páginas
Duração: 35 volumes
Periodicidade: Mensal
Preço: R$9,90
Demográfico: Shounen
Gênero: Aventura, Fantasia, Luta
Disse tudo, estou adorando o mangá!
Futuramente irei comprar! Acho que foi a resenha que mais gostei.
Vlw agora deu uma boa base e ah tira a crase do título pq não existe crase nessa situação:laughing:
dificil e encontrar todas as edições, mas pelo que vi é realmente bom.
Li até o volume 5 e não gostei, se alguém quiser comprar.
Droga! agora fiquei com vontade de comprar… primeira vez que vi eu não me interessei por ser shounen, mas falando assim desse mangá até da vontade de até colecionar ele.
Esse mangá é simplesmente FANTÁSTICO! O ritmo lento dos primeiros volumes realmente incomoda um pouco, mas o traço da Yellow Tanabe somado ao carisma dos personagens me fez continuar a acompanhar, o que se mostrou uma decisão acertada. A morte do “personagem importante” no volume 10 ainda está sendo difícil de acreditar/aceitar, dada a coragem da autora de realizar tal reviravolta na história.
Sem dúvidas um dos melhores mangás atualmente em publicação no Brasil.
Larguei no volume 3 ou 4, justamente pq achei q tava muito lento…
Agora acho difícil voltar.
Também não tinha me interessado na primeira vez, mas pelo review parece muito bom, quem saiba eu não adquira no futuro.
Kekkaishi é muito bom mesmo. Recomendo.
Estou relendo, já estava acompanhando junto com Japão e realmente é uma excelente obra, to seco para reler o volume 13, já e uma das melhores lutas do mangá, pelo menos e a minha preferida.
olha, esse review foi bem vazio e evasivo. é uma coisa meio que constante no site, – e aprofundada com os vídeos-review que o site põe- as críticas e resumos das séries são rasos com pouca reflexão e fazem vergonha a matérias mais elaboradas e pensadas. não sou de tomar partido, mas, na segunda linha, já sabia que não era a Allena a autora do texto, porque não veio um fiapo de pensamento, só um resumo das opiniões gerais da net sobre o mangá.
triste e desapontador isso.
Achei um pouco imteresante!!!!
li o volume 1 e achei cansativo pra caramba, tanto q nem comprei mais, mas tbm sempre vi tantos comentarios bons, o tenso eh querer comprar td de uma vez xD
em qual volume fica “bom”? queria saber pra nao desistir de vez antes da hora ‘-‘
Já li este mangá é muito bom mesmo só que o preço aqui em em Porto Velho é de 10, 90. Gostei muito de Kekkaishi eu fiquei sabendo do mangá é anime através da Viz Media USA.
Quando vi Kekkaishi a primeira vez, comprei logo, me indentifiquei muito com a capa UHSAUHSUAHSU… posteriormente comprava uma edição aqui ou ali, pois as histórias não eram muito convincentes, mais desde que o irmão do Yoshimori apareceu, o mangá tomou um ar diferente, sombrio, o que tenho achado bastante interessante!
Tenho o anime em dvd , me lembra muito o estilo Inuyasha de ser isso é verdade ^^ as batalhas acontecem de maneira devagar mais conseguem ser cativantes não sei quanto ao anime mais a série é bem legalzin
Li só o primeiro volume e achei bem chatinho, talvez dê outra chance mais pra frente. E, realmente, não sei o que acontece com a Panini quando resolve fazer as capas. Enquanto algumas são superiores às japonesas (como Ouran e Vampire Knight) outras são simplesmente horrorosas.
Essa resenha é do Kuroi?
Cara, faz tempo que to afim de ler este mangá, mas comprar 11 edições duma vez não rende hehe e outra, tá difícil achar a primeira edição, mas vou atrás. Valeu
boa resenha, fiquei com vontade de ler, vou ver uns capítulos on-line se for interessante eu compro
boa resenha simples e profundo xD (ambíguo né)!!!:laughing:
Nesse master fim de mundo que eu vivo, até comprar mangá é difícil ;-; Mas Kekkaishi me interessou bastante.
Pô tio Cloud, desse jeito vc me deixa pobre !! Dps dessa resenha, eu quero muito comprar Kekkaishi ! :laughing:
Eu esperava muito por essa resenha pois o título e o início me interessaram muito, mas como era muito lento, fiquei receosa de que não fosse o que imaginava .-. mas agora entendi o porquê hehe
Obrigada pela ótima resenha :]
É sim, nem reparei que o Cloud-chan postou com o nome dele [/aquele que não abre o JBOX há uns 4 meses].
Eu gostava de Kekkaishi até o volume 7, mas só fui amar no volume 8 e ficar ansioso pelos próximos volumes no volume 9. Como disseram a trama engrena de verdade quando o irmão mais velho do Yoshimori aparece. Ultimamente é uma das minhas prioridades e um dos favoritos.
Tio Cloud: OMG sorry Curoy-tcham, nem me atentei pelo detalhe da assinatura do post -_-” Corrigido.
Eu sou da turma que compra mangás atrasados mas só sigo atualmente 3 títulos mensais e Kekkaishi é um deles.Simplesmente recomendo e o mais bacana e muitos que compram o manga não tiveram contato com o anime ou tiveram depois de ler o manga. Ótima resenha como sempre.E o vol 12 está muito bom.
Adorei a review, dá vontade de comprar mesmo!
Pena que já estou com uma leva de séries na bagagem, provavel que eu compre ao fim de alguma delas *o*
Sabia que era do Kuroi!:tongue:
“(e não, isso não é uma indireta pro Tite Kubo, é uma direta mesmo! Que guerra é essa que nenhum “bonzinho” morre?)”
Kuroi, isso também se aplica um pouco ao Masashi Kishimoto
“Quando a Yellow Tanabe mata um personagem importante no volume 10 todo mundo que eu conheço e lê Kekkaishi ficou chocado com aquilo, todo mundo se perguntava: “Mas fulano morreu mesmo? É sério isso?”. As pessoas se sentiram como se um conhecido seu tivesse morrido, pois o mangá cria esse laço com o leitor sem que ele perceba.”
Isso me lembra a comoção que teve em torno da morte do… em Games of Thrones, eu mesmo até hoje não me conformo com a morte de tal personagem, por isso eu imagino muito bem que tipo de sensação que os leitores de Kekkaishi sentiram ao ler essa parte
Sobre Kekkaishi, eu deixei o mangá um pouco de lado justamente pelo ritmo lento nos seus primeiros volumes, porém como eu sempre ouço elogios em relação à obra talvez no futuro eu retome a leitura da história.
Não consigo ler Naruto, simplesmente não consigo.
Eu acho muito chato esse papo de “tal mangá fica bom depois de 750 volumes”, mas isso se aplica muito a Kekkaishi. O que eu posso fazer? Se eu tivesse feito a resenha no volume 1 seria negativa, mas o mangá se desenvolveu muito bem, se encontrou e se tornou um dos meus títulos favoritos. =D
:angry: Apenas um pedido, quando for fazer SPOILER AVISA CARALHO!!!
Qual a parte do VOLUME 1 A 11 NO TÍTULO VOCÊ NÃO LEU?
Shonen é um estilo q me agrada mto, mas…
Eu acabei nem pensando em comprar pq não gsotei do traço dela (é mulher? =/) … Ou seja… Se não gosto da arte, dificilmente consigo sentir o carisma, como esse moço tc aí encima… =/
E desde qdo uma resenha precisa ser diferente??
Não achei nada disso q vc falou… Os volumes estão disponíveis, só procurar, as resenhas não são rpa contar tudo, só pra dar resumos mesmo não?!
Q coisa ‘-‘
Kuroi tb escreve bem, e Allena tb, cada um de sua forma, seu estilo e gostos, nem sei pq vc foi falar isso!!
Se não é da Allena vc não lê? Q coisa estranha viu…
Ele simplesmente deu seu parecer, e vc tb, mas… Sei com quem eu concordaria nesse aspecto ‘-‘
Por mais que não pareça, o ritmo lento no começo não me deixou chateado! Pq eu não me senti sendo enrolado, senti apenas sendo apresentado ao universo de Kekkaishi. O traço é muito bonito, os personagens são muito legais (TODOS ELES, até os mais filhos das pootas), o traço é limpo e muito bom nas lutas (parece um pouco com o de Norihiro Yagi em Claymore…) e bem, tem um certo suspense em alguns detalhes q nao vou entrar. xD
É uma obra muito bem feita, e que não foi rumo ao infinito. Diria que é perfeito…
To gostando de acompanhar Kekka, e boa resenha!