Yuu Watase é uma das autoras de shoujo mais vendidas no Japão e ocidente. Ela nasceu no dia 5 de março de 1970, na cidade de Kashiwada, Osaka. Como a autora usa um pseudônimo, fica difícil descobrir algo sobre sua infância e vida pessoal.
Watase é conhecida pelo seu traço único e bonito, com a presença de muitos personagens masculinos com traços afeminados, sendo por isso considerada uma autora de bishounen. É muito comum a presença de situações fantasiosas em suas obras, como mundos paralelos, seres mágicos e situações sobrenaturais; embora algumas histórias mais antigas sejam bem “cotidianas”.
Também é uma marca de seu trabalho as protagonistas divididas entre dois amores (ou que são disputadas por vários rapazes), amizades que são testadas, geralmente por se situarem em lados opostos, e a enorme presença de comédia.
Seu primeiro trabalho foi “Pajama de Ojama”, um one-shot shoujo, lançado em 1989 na revista Sho-Comic (da Shogakukan) quando ela tinha 18 anos. Comumente no Japão acontecem muitas competições para mangakás amadores que buscam novos talentos, e foi assim que Watase conseguiu sua chance.
A carreira de Watase foi progredindo lentamente com a publicação de mais one-shots e séries de poucos capítulos até que, em 1991, foi lançado o seu primeiro mangá de mais de um volume: Shishunki Miman Okotowari, que teve um total de 3 volumes e algumas continuações.
Mas foi um ano depois, em 1992, que a carreira de Watase mudou completamente: Fushigi Yuugi, seu mangá de maior sucesso, começou a ser publicado pela mesma revista. Foi assim que a jovem de Osaka passou de uma pequenina e desconhecida mangaká para uma mestra de fama mundial. Após Fushigi Yuugi, ela lançou várias séries longas, chegando até a ganhar o prêmio Shogakukan de melhor mangá (categoria Shoujo) em 1998 por Ayashi no Ceres.
Yuu Watase chegou a possuir uma revista própria chamada Fushigi Yuugi Perfect World, na qual eram publicados os novos capítulos de Fushigi Yuugi Genbu Kaiden e relançados os de Fushigi Yuugi, além de várias matérias, reportagens, entrevistas e brindes. Após 14 volumes, Watase anunciou o fim da revista para dedicar-se a seu novo mangá shounen, Arata Kangatari, e Genbu Kaiden passou a ser publicado, em periodicidade irregular, na revista Flowers. A autora também publicou em 2007 seu primeiro (e, por enquanto, único) mangá boyslove (yaoi), Sakura Gari, na revista Rinka.
A autora, embora tenha migrado entre revistas, sempre se manteve leal com a Shogakukan. Atualmente está trabalhando com Arata Kangatari na Shounen Sunday e Fushigi Yuugi Genbu Kaiden na Rinka (que se encontra parado). Além desses, ela já divulgou sua próxima obra shounen chamada Piece of Peace, embora tenha adiado o lançamento.
Abaixo você pode conferir as séries (obras de mais de um volume) de Yuu Watase, em ordem cronológica do início da publicação:
1991 – Shishunki Miman Okotowari (3 volumes)
1992/96 – Fushigi Yuugi (18 volumes)
1993 – Zoku Shishunki Miman Okotowari (3 volumes)
1994/95 – Epotoransu! Mai (2 volumes)
1996/2000 – Ayashi no Ceres (14 volumes)
1997/2003 – Appare Jipangu! (3 volumes) + Hokago Gensou (one-shot)
2000/01 – Imadoki! (5 volumes) + Sunde ni Touch!! (one-shot)
2001/03 – Alice 19th (7 volumes)
2003/05 – Zettai Kareshi (6 volumes) + Shounen Aromatic (one-shot) + Ohoshisama ni wa Sasemasen! (one-shot)
2003 – Fushigi Yuugi Genbu Kaiden (10 volumes, parado)
2007 – Sakura Gari (3 volumes)
2008 – Arata Kangatari (12 volumes, ainda em publicação)
2009 – Piece of Peace (adiado)
Além da séries, a autora lançou muitas one-shots que mais tarde foram agrupadas em várias coletâneas e antalogias:
1990 – Gomen Asobase! (Yuu Watase Masterpiece Collection Volume 1)
Incluso: Gomen Asobase!, Pajama de Ojama, Pajama de Labyrinth, Koori Musume wa Otoshigoro.
1990 – Magical Nan (Yuu Watase Masterpiece Collection Volume 2)
Incluso: Magical Nan, Yamato Nadeshiko Romanesque, Half Boy ni Goyoujin.
1991 – Otenami Haiken! (Yuu Watase Masterpiece Collection Volume 3)
Incluso: Otenami Haiken!, Heart ni Jewel.
1991 – Suna no Tiara (Yuu Watase Masterpiece Collection Volume 4)
Incluso: Suna no Tiara, Hatsuki Triangle, 700 Nichi no Blue.
1994 – Mint de Kiss Me (Yuu Watase Masterpiece Collection Volume 5)
Incluso: Mint de Kiss Me, Genseika, Furimuke Romance!, Nakago Shikkari Shinasai!.
1996 – Oishii Study (YuuTopia Collection Volume 1)
Incluso: Oishii Study, Oishii Brother, Oishii Steady.
1997 – Musubiya Nanako (YuuTopia Collection Volume 2)
Incluso: Musubiya Nanako, Perfect Lovers, Memoir Girl, Nakago Shikkari Shinasai! II.
2000 – Shishunki Miman Okotowari Kanketsu Hen
Incluso: Shishunki Miman Okotowari Kanketsu Hen (Continuação de Zoku Shishunki Miman Okotowari), Couple, Chikyuu no Arukikata.
2008 – Watase Yuu the Best Selection (republicações)
Incluso: Sunde ni Touch!!, Couple, Hatsuki Triangle, Hokago Gensou, 700 Nichi no Blue.
2009– Watase Yuu the Best Selection 2 (republicações)
Incluso: Perfect Lovers, Otome no Jijou, Genseika, Mint de Kiss Me, Pajama de Ojama, Pajama de Labyrinth.
Algumas one-shots de Yuu Watase ainda não foram publicadas em tankoubon:
2006 – Fukugaeru
2008 – Pandora’s Cube (shounen)
2008 – Ayashi no Ceres Gaiden
A autora também se aventurou nas novels, tendo lançado versões de suas principais obras, como Fushigi Yuugi e Ayashi no Ceres. Colaborou também como desenhista em outras obras. Além de tudo isso ela produziu vários artbooks e livros sobre suas séries, como Watase Yuu Illustration Collection e Yuu Watase Post Card Book. Algumas de suas obras tiveram versão em anime, como Fushigi Yuugi, além de CDs e jogos para DS, PSP E PS2.
No Brasil a primeira aparição da autora foi em 2003, com a chegada de Fushigi Yuugi pela Conrad. Na época tal lançamento foi ousado, já que as editoras tentavam publicar mangás com animes conhecidos e também se tratava de um gênero novo no Brasil, o shoujo. Foram 36 volumes lançados ao todo.
Mais tarde, em 2007, a mesma Conrad lançou Zettai Kareshi. Foi um total de 6 volumes que incluiram as one-shots Shounen Aromatic e Ohoshisama ni wa Sasemasen!. Atualmente foi a Panini que se interessou pela autora, licenciando Arata Kangatari que sai este mês com o nome O Mito de Arata.
Por último me dei ao trabalho de traduzir (de forma livre) duas entrevistas: uma antiga lançada no artbook de Fushigi Yuugi, onde a autora conta sobre si e um pouco do seu passado, e uma mais recente para a Viz media, onde ela fala sobre Arata Kangatari (e já que está sendo lançado aqui, considerei relevante). Confira ambas abaixo.
Agradecimentos especiais a PridePanda e Helena.
Entrevista da Yuu Watase no Artbook 1 de Fushigi Yuugi de 2003:
P: “Yuu Watase” é seu nome verdadeiro?
R: É meu pseudônimo. Eu gosto do nome “Yuu”, por isso o escolhi. Mas pensando bem, é um nome bem chique. *risos* Tirei o kanji do meu nome de um personagem masculino de um mangá que eu estava escrevendo na época.
P: Como é a sua vida como mangaká?
R: É um paraíso. Se eu não achasse isso, já teria desistido. *risos*
P: Como você era quando criança?
R: Eu era muito estranha. *risos* Não gostava de coisas infantis como jogos e estava sempre no meu próprio mundo, criando histórias para mangá.
P: Como você era na sexta série?
R: Continuava a gastar a maioria do meu tempo desenhando. Por causa disso não tinha muitos amigos, o que me fazia sentir sozinha.
P: Como você era no final do colegial?
R: Eu era uma molequinha terrível. *risos* Desisti de Educação Física e nunca fiz meus deveres de Economia Doméstica. Eu era aquela pessoa sombria da classe. Mas, no último semestre do ano, fiz amigos e me tornei um pouco mais normal.
P: Se você pudesse se tornar um adolescente de novo, o que você gostaria de fazer?
R: Eu gostaria de namorar um garoto adolescente. *risos* Como eu ia para um colégio feminino, gostaria de ir para um colégio misto dessa vez. Seria muito bom ter uma vida como a de um personagem de mangá shoujo. *risos*
P: Como você se imagina quando tiver 40 anos?
R: Nenhuma mudança. Acho que até lá vou ter perdido mais neurônios. Oops, não acho que isso seja possível. *risos*
P: Quando você tiver 75 anos, o que gostaria de fazer?
R: Enquanto estivesse relaxando numa quieta cidade do interior, me lembrarei dos bons e velhos tempos. *risos* Eu realmente acredito que pessoas mais velhas apreciam mais a vida que as mais jovens. Então é assim que quero ser, filho.
P: Você quer morrer de alguma forma em particular?
R: Gostaria de comer algo delicioso à noite e dizer “Ahhh, estou no Céu!”, então ir para a cama e realmente ir para o paraíso. Mas não quero morrer ainda. *risos*
P: O que você gostaria de ser quando renascesse?
R: Um garoto! Serei um garoto bonito, usarei aqueles uniformes e pegarei garotas! *risos* Então, depois que eu crescer, me tornaria um mangaká de shounen.
P: Qual sua flor favorita?
R: “Gypsy Rose”. Não é muito colorida, mas não se pode fazer um buque sem ela! Gosto do jeito “estrela de fundo” dela, como ela ajuda a embelezar as outras flores.
P: Você já viu um video pornô?
R: Sim, já. E um deles não tinha censura! [NT: No Japão pornografia é censurado por lei.] Aquilo foi simplesmente nojento. Acho que prefiro anime e mangá hentai. Acho que o “falso” pornô não é tão ruim, mas quando é real demais se torna indecente.
P: De que tipo de homem você gosta?
R: Se tiver que pegar um dos meus mangás, acho que seria o Tatsuki ou Chichiri. Meu homem ideal é o tipo que me permite ser eu mesma. Ele pode ter peso e corpo normal, também. Também ficaria com Nakago, mas ele é mais o tipo que eu observaria romanticamente. *risos*
P: Você tem sonhos recorrentes?
R: Eu costumava ter sonhos com os mesmos personagens, mas isso não ocorre mais.
P: Quando foi a primeira vez que você se apaixonou? E como isso terminou?
R: Acho que foi no meu primeiro ano colegial. Me apaixonei por um garoto que era líder de sala comigo. Nunca contei apra ele como em sentia e no final das contas ele mudou de turma, FIM. Mas me lembro quando uma amiga disse que ele tinha namorada, fiquei tão chocada, senti como se alguém estivesse apertando o meu coração. Suponho que realmente o amei. *risos* De toda forma, eu era mais alta que ele.
P: Qual foi a coisa mais triste que já te aconteceu até agora?
R: Provavelmente a morte da minha mãe quando eu tinha 13 anos. Ela era a mais estusiasmada em relação ao meu sonho de me tornar uma mangaká. Queria que ela pudesse me ver agora.
P: Quais seus filmes favoritos?
R: Campo dos Sonhos, O Exterminador do Futuro (1 e 2) e Velocidade Máxima. (Esses são filmes realmente muito bons!)
P: E quais seus livros favoritos?
R: “Replay”, os livros de Nárnia de C.S. Lewis e qualquer coisa de Mure Yoko.
P: Qual sua altura? Você prefere ser mais baixa ou alta?
R: Tenho 1,70. (Isso é bem alto para uma japonesa.) Quando era adolescente queria ser mais baixa porque os garotos me provocavam por causa disso, mas agora quero ser mais baixa por outra razão: não consigo encontrar roupas do meu tamanho! Não consigo encontrar sapatos que caibam! Todas as roupas do meu tamanho tem cara de vovó! Alguém me ajude! *risos*
P: Se você estivesse no lugar da Miaka, o que você faria de diferente?
R: Provavelmente iria aceitar o amor de Hotohori da primeira vez que ele se declarou. *risos* E também não consegiria perdoar Yui e a odiaria. Mas já que Yui teria sido minha melhor amiga, acho que acabaria agindo da mesma forma que Miaka.
P: Você fuma ou bebe?
R: Odeio cigarro. Se é apenas uma pessoa fumando perto de mim tudo bem, mas ficar no meio de vários fumantes me faz passar mal. E eu bebo, mas fico bêbada muito fácil. Só de beber um pouquinho já fico muito tonta e o mundo todo gira ao meu redor.
P: Como você relaxa?
R: Jogando games de lutas em algum console. Mas já que quando eu perco meu nível de estresse aumente mais, prefiro fazer compras. Sinto-me muito melhor quando saio para gastar em livros ou CDs.
P: Existe alguma coisa que você queira em particular neste momento?
R: Doreamon! Assim ele pode transformar minha imaginação em mangá instantaneamente!!
P: Que tipo de shampoo e condicionador você usa?
R: Rejoy. [NT: Marca antiga no Japão.] O tipo que remove caspa. Não dá para viver sem!
P: Você dorme numa cama ou num futon? O que você veste na hora de dormir?
R: Eu durmo numa cama. Depois de terminar meu trabalho, simplesmente desmaio com a roupa do corpo. Mas como meus pais se irritam quando eu faço isso, às vezes fico só de roupa íntima e durmo assim mesmo. Se eu tiver tempo, ponho um pijamas.
P: Diga algo legal sobre você mesma.
R: Tenho orelhas legais. Nunca conheci ninguém com lobos maiores que os meus. Também consigo mudar minha voz.
P: Se seu cachorro Yuu-chan falasse, o que ele diria?
R: … “Me abrace! Me abrace! Me abrace! Me abrace! Me abrace!”. Coisinha adorável.
Entrevista da Yuu Watase na Shonen Sunday em 2010:
P: Considerando seu enorme sucesso no gênero Shoujo, o que especificamente no gênero shounen te fez querer trabalhar com uma obra como O Mito de Arata (Arata Kangatari)?
R: Eu queria tentar a possibilidade de fazer algo diferente do que já havia feito até então. Mangá Shoujo irá inevitavelmente ter uma ênfase em romance e senti que haviam limitações na criação de história centradas nisso.
P: Havia algum estilo diferente de desenho que você quis tentar ou temas que quis explorar que não poderiam ser feitos com o shoujo?
R: Fiz o estilo do desenho e a composição mais limpa. Mais fácil de desenhar. Apenas tive que escrever sobre os laços que unem as pessoas, especialmente amizade.
P: Quais desafios você experimentou enquanto trabalhava n’O Mito de Arata (Arata Kangatari) que você não esperava? (Ou foi tudo de boa?)
R: Trabalhar com a apresentação e estrutura de uma série para uma revista semanal. Antes eu tinha muitas páginas para usar e tempo para construir a história. Apartir de agora terei que aprender como lidar com isso.
P: Estudantes maltratando uns ao outros é um assunto recorrente nas suas histórias (e isso é muito presente para o personagem Arata Hinohara). Existe alguma mensagem sobre maltratos que você deseja passar pelo seu mangá ou é mais uma descrição do que acontece com os estudantes no Japão?
R: Mesmo não sabendo qual a atual situação nas escolas, quando pessoas atacam umas as outras em nível nacional, isso se torna guerra. No nível individual, onde os maltratos podem levar até à morte, isso é algo que precisa ser discutido – ao redor do mundo, não importa o período.
P: Você tem alguma preferência por um dos Aratas? Se sim, por quê?
R: Arata Hinohara. Eu me projetei nele, e diferente de “Arata” que já está completo, Hinohara tem escondido em seu interior o potencial para se desenvolver bem. Aguardo ansiosa para vê-lo ficar cada vez mais forte.
P: Qual o personagem que você mais gosta de desenhar até agora? O que nesse personagem você gosta tanto?
R: Kannagi. Ele não era um personagem que eu notava muito, mas surpreendentemente, ele consegue facilmente ser sério e engraçado. Ele é fácil de desenhar porque parece que ele toma vida sozinho.
P: Que tipo de inspiração artística você utilizou para criar as aparências dos vários Hayagami? Você tem um favorito?
R: Basicamente, procurei nos materiais de referência por armas do mundo todo, mas as criei com a imagem de cada personagem e suas funções em mente. Meu favorito é… Orochi. Acho que fui capaz de recriar minha visão de dor e azar.
P: É interessante ver ambos os mundos, o moderno e o místico, juntos n’O Mito de Arata (Arata Kangatari). Você prefere escrever histórias que acontecem num mundo moderno ou num místico?
R: Na verdade eu prefiro um mundo moderno onde eventos fantásticos ocorrem. Mas se não há nada assim, um mundo moderno é muito conveniente e desinteressante.
P: Você traça o enredo d’O Mito de Arata (Arata Kangatari) com antecedência ou durante a serialização semanal? Você já teve algum bloqueio (de inspiração)?
R: Imagino cerca de dois ou três volumes com antecedência. E em cada capítulo, penso em como posso trabalhar a história para seguir esse enredo.
P: Quando você trabalha n’O Mito de Arata (Arata Kangatari), que tipo de música de fundo ou programa de TV você vê para ajudar no humor e no processo de fazer um mangá? (Ou você prefere o silêncio?)
R: Eu crio histórias a partir de músicas, então músicas que combinam com a minha visão da série é essencial. Frequentemente ouço músicas de video game que possuem instrumentos tradicionais japoneses de artistas como Rin’ e Yuki Kajiura.
P: Que tipo de passatempo você curte fora do trabalho?
R: Assistir filmes. Eu sou muito aficionada na composição e produção de videos e filmes. Raramente tenho tempo, mas quando tenho, prefiro ver filmes no cinema. Além disso, me interesso muito por coisas como os comentários sobre a produção. Posso aprender através deles e gosto de saber do assunto.
P: Você atualmente tem alguma série em mangá favorita que você lê por diversão?
R: Não em particular. Não tenho a oportunidade para ler o trabalho das outras pessoas… Já estou cheia com o meu próprio trabalho.
P: Quando você pensa em todos os mangás em que você já trabalhou, qual deles te faz sentir mais orgulhosa ou tem um lugar especial no seu coração?
R: Meu trabalho mais representativo é Fushigi Yuugi, que veio a ser conhecido mundo a fora. Uma obra que é especial para mim é Sakura Gari, que acabou recentemente. A história e a forma como ela foi retratada são radicais, por isso ela não foi lançada em muitos outros países. Mas em termos de arte e apresentação, sinto que pude me expressar de forma pura e sem restrições. Criei a história como um drama humano com um tema que apresenta certas questões. Foi um ponto de virada para mim como autora, e a partir de agora gostaria de utilizar o que progredi e incorporar no processo criativo intenso de outras séries como O Mito de Arata (Arata Kangatari).
Hã? Vocês faziam esse tipo de coluna antes…? só lembro de ler notícias por aqui….
O site sempre teve certas “colunas” e artigos, como sobre animes, entrevistas e algumas curiosidades ocasionais. O que é o caso.
Aproveito para dizer que MANGRAFIA é uma brincadeira nossa, seria Manga + grafia (como Discografia, Bibliografia, Filmografia…). A ideia é apresentar um pouco dos autores, no que trabalharam e uma lista detalhada de seus lançamentos e trabalhos. Além de ocasionais entrevistas.
Interessante. Gostei dessa “Mangrafia”.
Parabéns Allena, achei ótima a matéria. Esse é o diferencial do Jbox, não só trazer notícias, mas também fazer matérias e coisas do tipo, vocês são o diferencial o/.
Sempre quis ler Fushigi Yugi, mas correr atrás das edições da Conrad ficou quase impensável –“… Allena, como você parece conhecer mais as obras da Yuu Watase, recomendaria o mangá que a Panini está para lançar dela?
Aguardo mais “mangafrias”, :smile: o/.
Aff, era para ter escrito “mangrafias”… vocês entenderam –“.
haha ficou ótimo, parabéns pela matéria
Ótimo artigo. Adorei conhecer mais sobre ela.
Ansioso para ler Arata. :’)
Gostei “pacas” da matéria e espero ver mais “mangrafias” por aqui,o site está excelente,continuem assim!
Parabén Allena, muito legal essa nova coluna ( espero que vc tenha tempo pra mante-la sempre aki kkk). Que tal ai yazawa na próxima !?
Allena: Adicionado no futuros.
Nossa, quantas obras feitas pela Yuu Watase!! :wassat:
Se pude.
Por favor faça sobre o Clamp.
Acho que talvez assim, acabe com a fama de “velhas taradas” que muito as consideram por aqui, por não as conhecerem.
Não farei da CLAMP, passo longe de qualquer autor que sei que os fãs vão chiar por causa de alguma idiotice. Fora que acho CLAMP retardado, sem sentido e entediante. E concordo que elas fazem parte de um gosto japonês que é extremamente pervertido por garotas fofinhas, gays extravagantes e garotas exuberantes com imensos seios.
E por fim, é mais que fácil achar esse tipo de informação sobre CLAMP. Todo mundo gosta delas…
Allena : adicionado a futuros.
Caiu até uma lágrima, hahaha.
Vlw allena
Valeu Allena, uma mangrafia da minha autora favorita! Eu ri bastante da entrevista dela, pois me vi dando uma entrevista (pena que nao sei desenhar). A única coisa que eu nao gostei dela foi Sakura Gari (só li o primeiro volume e nao me deu mais vontade de ler o resto, e olha que eu até que gosto de um BL).
E, como adendo, que bom que as editoras nacionais tem comecado a investir mais em shoujo (ou autoras que normalmente publicam shoujo), como Kimi ni Todoke, Kaichou wa Maid Sama e Gate 7. Mas bem que o pessoal das editoras brasileiras podia comprar Imadoki!, já que a série é curta, apenas 5 volumes, e com comédia e romance bem equilibrados.
Parabéns,Allena,ótima idéia,e a escolha de Yuu Watase foi ótima-mas que tanto ódio do CLAMP!Sabes que tu é a primeira pessoa ligada ao meio que eu vejo falar mal do grupo?O resto é só babação de ovo,parabéns pela honestidade!
Não odeio o grupo, respeito o trabalho delas no sentido de serem dedicadas, máquinas de produção e tal. De explorar meios diferentes. Até acho alguns desenhos bem bonitos, curto as roupas que elas fazem. Mas não gosto dos roteiros, de vários fetiches que elas exploram e tal. Não estou falando mal, estou dando minha opinião, é uma linha bem tênue entre os dois nesse caso.
Quanto a CLAMP o que mais odeio é fã bitolado, não estou falando de ninguém neste post, diga-se de passagem. Mas tem gente que idolatra tanto que é incapaz de perceber que a CLAMP é sim ecchi, e ecchi significa pervertido em outra língua. Não tem conversa. Todas as produções são? Claro que não, mas elas tem várias que são. Logo elas trabalham com isso. Não adianta dar chilique.
Valeu pelo esclarecimento,Allena-adoro essa tua consideração!Fã bitolado é um pela-saco mesmo,seja de CLAMP ou de outro autor.Tente falar de Cavaleiros ou Kurumada com eles pra ver o que acontece!
OMG. Clamp é clamp. Não fale mal das batatinhas que muitos gostam de coração.
Um dos animes que mais gosto e fiquei puto da vida quando meu dvd do movie 2 sumiu (não empresto mais nada, nem pra parente). Sakura Card Captor.
Clamp forever.
Que venha RG Veda, Kobato, Clover, Gohou Drug e qualquer outro mangá das batatinhas.
I love Clamp.
Legal essa mangrafia! E de longe foi uma decisão deveras sábia acrescentar a entrevista. Tomara que nas próximas tenha outras entrevistas também hehehe.
O primeiro shoujo que li foi Ayashi no Ceres lá nos anos 90, então eu tenho um carinho muito especial tanto pela obra quanto pela autora. Nossa, naquela época e até mesmo no ínicio dos anos 2000 o que tinha de fanboy/girl da Watase não era brincadeira! Gosto também de outras obras dela, como Fushigi Yuugi e Alice 19th.
Eu lerei na semana que vem o Arata Kangatari, para ver como a autora se saiu em uma serialização shounen. Considerei o shounen que tinha lido dela, a one shot Pandora’s Cube, bem fraquinho.
Cara to sem tempo pra ler os posts aki no jbox ultimamente, mas gostei da nova “coluna” gosto muito das suas matérias Allena, espero q vc tenha tempo pra mante-la ^^
Nova coluna totalmente aprovada! É legal conhecer mais sobre mangakás. Fico na espera do Mangrafia #2 :smile:
nossa muito boa essa mangrafia, muitas pessoas não sabem nada dos autores japoneses, como eu xD, agora já sei um pouco mais, eu só conhecia os trabalhos mais famosos dela.
Boa iniciativa, ficou muito bom, e espero ansiosamente o próximo.
Obs: eu gostei dessa autora, ela parece bem extrovertida, e também que pergunta esses caras fazem em, eles querem saber se ela já assistiu um filme pornô, esses japoneses em… xDxDxD
Sou fã de CLAMP pela arte e talz, mas sim, tb me irrito com esses pontos de fetiches e várias coisinhas nos “roteiros”, e mesmo q a Allena falasse mal delas q nem ela fala da JBC, eu num daria chilique, pois depois de ‘tanto pensar’ (rsrsrs), a Allena tem certa razão!! ashuahsuhaush
Tipo, todos nós temos direito a gostar de coisas diferentes e expor os pontos de vista, cada um , cada um… Mas os ‘chiliquentos’ realmente irritam!! XD
Outro dia estava falando q OP simplesmente não me desce e detesto a arte / desenho do mangaká e como é parecido com FT (o traço dos desenhos), tb passo longe, e nem vou falar o q eu ouvi, num quero me irritar de novo!! xD
Defender seu gosto não dá direito de vc reclamar ou achar q a pessoa q tem gosto diferente seja inferior a vc!! É complicado, mas… Pode ser preconceio, num to nem aí, mas… Coisas como… Achar Touya e Yukito um ‘casal lindo’… Acabo achando as pessoas q acham isso meio lokas!! XD Eca… Pois é… Difícil não julgar… XDDD
AHHH! Tava esquecendo!!
AMEI A MANGRAFIA!!!! Parabens Allena ^^
Realmente muito boa esta coluna. Parabéns!:laughing:
Alle, sua linda, vi alguém falando que você tinha escrito essa mangrafia e vim ler. Obrigada (ou devia dizer de nada?) pelo agradecimento. <3
Aliás, eu tinha ouvido falar que Piece of Peace seria o nome da one-shot que depois acabou se chamando Pandora's Cube… É um projeto de série mesmo? Ando desatualizada nos detalhes da Watase.
Beijos! ;*
(e, pra deixar esse comentário mais gay ainda, tô com saudades .-.)
Adoro o Mito de Arata,e a Yuu é mto fofa!simpática demais!
:tongue::tongue: