Quando falei de Suzumiya Haruhi no Shoushitsu, comentei em como é difícil para qualquer pessoa dar uma opinião sobre a franquia devido aos fãs xiitas que ela tem. Porém, se existem animes que conseguem ter mais fãs fervorosos que a famosa série da Deusa Colegial, esses são Full Metal Alchemist e o nosso assunto de hoje, Death Note.
Eu normalmente colocaria uma sinopse da série nesse parágrafo, mas, cá entre nós, alguém aqui não conhece Death Note?
O anime foi produzido pelo nosso velho conhecido, o MadHouse, e, sendo honesto, essa foi uma das séries mais bem animadas que o estúdio fez durante um bom tempo. É incrível notar a quantidade de frames colocados numa cena que é, basicamente, o protagonista comendo batata frita enquanto escreve e tem um monólogo mental.
Aliás, a série é cheia desses momentos em que a dramaticidade chega a níveis absurdos. Na já referida cena, a quantidade de movimentos exagerados que Light faz apenas para escrever nomes em seu caderno (mesmo levando em conta o que é tal caderno) é de colocar inveja na transformação de muita Garota Mágica por aí.
Chega a ser cômico como situações e ações extremamente simples se transformam em verdadeiros orgasmos emocionais na série. Só não são mais espantosos que os monólogos gigantescos que Light faz sobre as coisas mais simples como o resultado de uma partida de tênis. Mas disso falo depois.
A culpa (?) desse sentimento exacerbado é de um tal de Tetsuro Araki, o responsável pela direção da série e que viria, anos depois, a dirigir o Burro-Mas-Divertido Highschool of The Dead e o amplamente criticado Guilty Crown (embora a direção seja menos atacada do que o roteiro, nesse caso). Confesso que, apesar de falar desses momentos exagerados da série, o trabalho de direção de Araki é realmente competente. Algumas sequências são extremamente impactantes e o anime tem um ritmo bom na maioria do tempo. Na maioria do tempo. Mas falemos disso mais tarde, aye?
Como um todo, Death Note sucede em ser um thriller policial sobrenatural. Toda a investigação do caso Kira se desenrola de uma maneira muito inteligente e o jogo de gato e rato entre Light e L sustenta bem a trama. A introdução, mais tarde, de outros personagens interessantes à série só melhora isso.
Tal dramaticidade em parte se deve ao ótimo trabalho dos seyuus (como nosso caros colegas japoneses chama os dubladores). O elenco estelar conta com nomes do porte de Mamoru Miyano (o Okarin, de Steins;Gate), Kappei Yamaguchi (o Kuma/Teddie de Persona 4), a polêmica Aya Hirano (a Haruhi de Suzumiya Haruhi e a Konata de Lucky Star), Maaya Sakamoto (a Ryougi de Kara no Kyoukai e até a Rose de Doctor Who!!!), Noriko Hidaka (a Akane de Ranma ½) e etc, todos em ótimas atuações. Death Note seria, sem dúvidas, um dos melhores thrillers que já assisti (e isso considerando filmes, seriados e afins) se não fosse por um problema grave…
Existem dois tipos de obras inteligentes: as que usam de metáforas e imagens para passar ideias complexas e as que jogam as ideias na sua cara para te impressionar. Death Note se encaixa no segundo caso.
Lembram que eu falei dos monólogos da série? Pois é. Eles são o maior problema de Death Note. Vejam, sendo uma história de detetives, é natural que acompanhar o raciocínio das personagens é extremamente importante para se compreender o que está acontecendo, principalmente quando tais personagens são alegadamente gênios.
Esse caráter expositivo do gênero policial existe desde que Poe escreveu Assassinatos da Rua Morgue (um ótimo conto, se me permitem dizer, assim como a obra de Poe como um todo) e foi popularizado pelo Sherlock Holmes de Doyle e pelo Poirot de Agatha Christie, porém, em todos esses casos, os autores sabiam o limite do que deveriam expor sem arriscar se tornarem maçantes e, geralmente, só iam para a exposição após dar ao leitor a chance de descobrir as respostas por ele mesmo. Infelizmente, em Death Note não é assim que funciona.
A série apresentada é inteligente, isso é inegável, mas para provar que o é, usa de diálogos mentais que fariam Duna parecer dinâmico. Isso em parte se deve ao fato de que Death Note é um Shonen e, como tal, tem que ser compreensível por um público relativamente jovem e, teoricamente, com pouca experiência com histórias policiais. Naturalmente isso era esperado, mas o problema é que tais monólogos são absurdamente longos.
Muitas pessoas que assistem Kara no Kyoukai reclamam de como os filmes dão aulas de ocultismo sempre que têm que falar algo (se você está lendo isso, sim, estou falando de você), entretanto, enquanto no caso esses diálogos apresentavam conceitos próprios do universo, sendo, portanto, necessários, aqui eles simplesmente servem para tentar impressionar o espectador e fazê-lo achar que Light realmente é um gênio. É como miojo: vem pré-cozido, embalado e com tempero pronto para que o espectador precise apenas colocar água quente e achar que é um grande cozinheiro.
Chega a ser cômico o desespero com que Death Note tenta impressionar. É como aquele aluno que fica metade da aula discutindo com o professor só para que os outros pensem que ele é um gênio. É chato, é maçante, é deselegante, e, acima de tudo, viola a regra sagrada conhecida no meio dos roteiristas como “Não fale, mostre!”. Naturalmente, isso não incomoda o público alvo da série, entretanto, para alguém com experiência em histórias de detetives isso se torna extremamente irritante. E o fato de que todos com exceção dos gênios prodígios são completos idiotas não ajuda nem um pouco. É sério, que diabos de polícia internacional se deixa ser pega tão fácil?
Outro ponto negativo da série é, no fim, abandonar toda a ambiguidade de morais que vinha criando até então e optar por um final kármico que ignora tudo que estava sendo dito até então. A necessidade de ser politicamente correto, no fim, acaba matando a série. Ainda assim, o fato de ter despertado um debate interessante sobre o que é a justiça já é o bastante para tornar Death Note um dos animes mais admiráveis da atualidade. Mas não é perfeito como muitos costumam dizer. Nada é. Nada menos Plan 9 From Outer Space.
Death Note é um sucesso incontestável em todo o mundo. Ganhou três adaptações para Live-Action (com a Erika Toda no papel de Misa, só para constar), algumas Light Novels, uma das quais foi lançada no Brasil assim como o mangá e o anime (!!!) exibido no não-tão-saudoso Animax e disponível no Netflix, uma centena de figuras, Drama CDs e todas as bugigangas de anime que sempre lançam. Ah, e a série se tornou popular o bastante para os puritanos dos EUA tentarem baní-la das escolas por estimular os alunos a matarem criminosos. Vê se pode, ensinar alunos essas coisas feias?
Enfim, não vou dizer para assistirem a série, afinal tenho certeza de que a maioria (se não todos) aqui já o fizeram. E se alguém está lendo isso e não assistiu Death Note, vá assistir. Garanto que você pelo menos vai rir bastante das poses do Light. Aproveitem e leiam Sherlock Holmes e descubram o que é uma história de detetives que sobrevive sem te chamar de idiota.
Bem, até daqui a duas semanas, e espero que até lá nenhum de nós seja morto por um lanceiro de colã azul.
Título: Death Note
Estúdio: MadHouse
Direção: Tetsuro Araki
Número de Episódios: 37
P.S: Se eu não enviar o próximo texto, é porque os fanboys me mataram.
Concordo com a questão da “idiotice”. Também Death Note está longe de ser a perfeição que dizem. A série começa boa e depois entra num declíneo horrível e se torna sofrível acompanhar até o final.
bom,achei o final da serie muito foda,apesar de preferir a versão do manga…ñ achei dificil ver a segunda parte do anime,ate pq to acostumado por ja ter lido 20 Century boys,quem ja leu sabe disso,o manga é cheio de reviravoltas e timeskip,nem por isso é ruim…
Um dos primeiros animes que vi, então fica dificil julgar, mas por até hj ter uma boa impressão dele (o que não tenho de outros que vi na mesma época, como elfen lied) me faz imaginar que era realmente bom.
Mas… também foi o primeiro anime que não tive saco de terminar, simplesmente pq foi desagradável topar com um spoil do final no site em que baixava, a partir dae não teve mais a mínima graça : /
Death Note é muito bom, e o sucesso que tem fez por merecer;
No começo é excelente, depois pro final fica um pouco mais chato, mas nada que estragasse a série;
Aé;
Sou MUITO fã do Raito e do L xD
Cara, vi boa parte de Death Note, mas não acompanhei tudo. E a principal razão foi-o-L.
Eu não tenho um grande problema com personagens caricatos; não leria One Piece, se tivesse. Mas, quando é DEMAIS, fica difícil engolir.
Da história, por outro lado, eu gostei. E, já que eu consigo gostar de Devil May Cry (que tem o Dante), acho que dá pra deixar a frescura de lado e ver/ler DN inteiro também.
No mais, finalmente alguém que não acha isso a oitava maravilha do mundo e explica o porquê. Povo “do contra” é bem mais fácil de encontrar.
Para falar a verdade eu não conheço Death Note, eu não gostei mto do Anime sabe se lá o porque e depois perdi completamente a vontade de ver.
É sempre bom ouvir opiniões diferentes e respeitosas, principalmente quando são de séries que a gente gosta. E Death Note foi um dos melhores mangás que eu já li, ao lado de Shojo Kakumei Utena (Oi!?) e o primeiro Dororo (restam os outros três,na sequência virão,KKK)…
O principal problema de Death Note na minha opinião foi apelar para saídas fáceis como a submissão de Misa Amane para facilitar a vida de Light.Devia estar difícil para o autor escrever roteiros inteligentes para sua dupla de protagonistas.O fato de “esfregar” na cara do leitor a inteligência do personagem o tempo todo tinha a ver com a personalidade egocêntrica dele, era uma necessidade do roteiro para nos deixar imersos na mente perturbada do rapaz.Algo parecido é feito em “Dexter”.
Falando em Misa: O autor é um misógino,todas as mulheres da série são imbecis,até Naomi Misora,a menos “burra” de todas, também pagou de cretina.
E eu sempre me delicio com as explicações mirabolantes de Light, é um dos meus grandes prazeres na história.
A comparação com Sherlock Holmes é meio descabida,Death Note não é tanto sobre detetives e sim sobre criminosos.Mesmo bem intencionado, Light passou a ser um criminoso á partir do momento em que matou inocentes em nome de suas idéias,como Ray Pember e sua noiva.
O final do mangá foi ótimo,o Light enlouquecido ficou igualzinho o Hitler em seus últimos dias.
Ah, acho que, como o Gustavo falou, o que realmente impacta as pessoas na série é por mexer com uma idéia bem presente na atualidade, que seria “limpar o mundo”, e a série mostra muito bem essa dualidade do “até que ponto alguém é bom/ruim” e como isso se mescla, a ponto de ser muito raro achar alguém que seja essencialmente ruim ou bom, aos olhos de todos.
Fora que mescla coisas que inconscientemente as pessoas buscam: um “justiceiro” que iria salvá-las do que elas consideram ruim para si (mesmo quando falando em sociedade) e que possui um poder/intelecto acima, e isso se refere tanto ao L quanto ao Raito. Acho que essas sacadas que tornam o Death Note o sucesso que é hoje.
Mas apesar de achar bem sacada essas idéias, eu achei legal alguém notar que acabou se tornando caricato e com um final que eu quase chorei de desgosto. Acho que a seqüência Ocean’s Eleven não conseguiria fazer algo mais mirabolante xD
Mas acho que eu só penso assim porque não sou fervorosa quanto a essa série, o que permite que eu a veja de forma mais “saudável”. O que não aconteceria se falassem de FMA pra mim (como o próprio Gustavo teve essa percepção já).
Mas não creio a obra deixe de ser uma boa idéia e de uma boa sacada, apesar de ter derrapado, pelo contrário, o sucesso dela demonstra o quanto é atual a idéia e quantas pessoas pensam da mesma forma – seja pelo Raito, seja pelo L.
Parabéns pelo texto, adorei (:
Engraçado que, para mim, foi justamente o final que estragou tudo. Eu gostava mais do lado ambíguo da série, com o questionamento de quem está certo e quem está errado, sem dar nenhuma resposta precisa. O final, para mim, passou uma ideia clara demais de que o Light estava errado em agir daquele modo. Sobre a comparação… bem, ambos são histórias onde a dedução é a chave de tudo, logo, seguem uma mesma linha.
Sobre Dexter, não sei tanto sobre a série, da qual só assisti a primeira temporada, mas nos livros não há tanta exposição do Dexter planejando, mas dele falando com o Passageiro das Sombras. Na hora de pegar as vítimas, o livro só mostra ele indo lá e tudo mais. Na série, pelo que vi, mostram ele indo aos lugares e planejando, ou seja, mostra ele de fato fazendo algo e não falando o que fez.
De todo modo, valeu por comentar :]
E, sim, a tapadice da Naomi foi irritante.
Realmente, esse ponto de alguns fãs não aguentarem é horrível. A coisa chega ao ponto de eu falar que não achei Death Note o melhor anime que já vi e ser quase espancado em um evento aí. É realmente assustador o nível de obsessão de algumas pessoas por DN e FMA. E o pior é que eu gosto de DN o bastante para ter um bonequinho do Rem, só que isso não basta. Parece que, para algumas pessoas, não adorar Death Note é heresia.
Sendo lógico.
Death Note não presta.
Sendo otaku
Ele tem muitos furos que não se concertam.
Sendo uma pessoa que acompanha de fora
É fraco demais o roteiro, e as motivações pessoais são piores ainda.
O review é interessante, embora o autor pareça ter se preocupado mais em se sobressair e se mostrar mais inteligente q a obra do q de fato em analisá-la.
é legal Death Note…foi o primeiro anime q assiti qnd virei otaku… mas acho q ele ja foi ultrapassado e irrita o qnt ele é modinha por ae…
prefiro 1000 vzs Code Geass( q daria um bom assunto pra um Otaku NeoClasssico)
death note é bom só q ñ tanto.começa muito bom a história dpois vai caindo.
Acho que o autor do texto não entendeu bem a proposta da série, e dentro dela, esses conceitos “caricatos” são necessários. Nunca vi nenhum desenho japonês que não peque em “exageros de expressões”. Raríssimas obras se livram em “termos” de estereótipos.
Ademais os parâmetros de comparação foram péssimos: Holmes é um detetive risível – mais até do que Doyle, que realmente acreditava que “fadas” existiam – , e as obras de Agatha Christie são “pastelões policiais” de péssima qualidade. Poe sim era um gênio. :wink:
Há grandes méritos na construção dos personagens; no roteiro criativo, inteligente e com boas doses de suspense (todas essas qualidades isoladas em determinados momentos, é claro). A única parte questionável e forçada é a segunda metade da série (principalmente após a morte de “L”). A partir dela, a animação realmente torna-se tediosa, forçada e repetitiva. Entretanto, a primeira metade da obra é genial em comparação às demais obras do gênero, portanto um marco na ficção policial (ao menos na minha modesta opinião).
Death Note está mto acima da média dos shonem, o que estraga a série na minha opinião é que qdo o L sai de cena, o near não tem o mesmo carisma de seu antecessor, eu até gosto mto mais do mello.
Um fato curioso sobre a resenha, é que o autor reclama da necessidade que a série tem de se afirmar como algo inteligente, e ele faz o mesmo durante todo o texto rsrsrsrsrs
Mas eu gosto da série…mas realmente FMA….esse é perfeito rsrsrsrs
ainda não assisti, mas assistirei, um amigo ex-otaku (deixou de ser um depois que arrumou namorada) me emprestou os DVDs, eu ainda não devolvi e não assisti até hoje, ele também não pediu de volta, mas amava a série. Coisas que despertam muitas paixões eu sempre fico com um pé atrás, mas tá chegando o dia de assistir, será depois que eu terminar de ver O Vigilante Rodoviário.
Li, achei muito ruim, cansativo e repetitivo esse mangá.
é só minha opinião, não quero causar nenhuma polêmica por aqui rapaziada.
Acho que isso se deve por eles mexerem com sentimentos muito controversos tanto individual quanto coletivamente. Por mais caricatos e fantasiosas suas histórias sejam, as dúvidas, dilemas e dualismos que abordam são temas que “não saem de moda”, pelo contrário, estão sempre em constante mudança.
FMA, por exemplo, assim como obras da Natsuki Takaya, abordaram coisas pelas quais passei, e outras que me fizeram ter outra visão de mundo. Por mais bizarro que possa parecer, quando um mangá te tira da mesmice você dá uma nova perspectiva pra ele. Acaba se tornando uma paixão fervorosa mesmo O:
É o que se pode aplicar ao Paulo Coelho, de forma inversa xD: ele aborda assuntos que são de interesse geral, monta a história como um auto-ajuda sofisticado e pronto, aí está sua fórmula do dinheiro.
Mas eu não deixo de perceber que vou ser exagerada quanto a esse apego lol o problema é quando não percebem que estão exagerando haha
E eu tô estranhando que não veio ainda ninguém querer criticar a sua opinião haha
Respeito suia opinião, porém não concordo.
DN, sem duvidas um ótimo anime, mas, não é o melhor. A hitoria do anime foi bastante original, quem por aqui já não comentou uma vez com alguém que, é melhor bandido morto do que na cadeia? ( agora você deve estar pensando, isso é desumano!) isso se trata em DN e foi uma sacada genial, mas no decorrer da trama se perde-se a ideia de justiceito e passa a ser criminoso, (como o Goldenboy comentou), outro ponto é, em vez de explicar tudo ao publlico, deixar o ar de mistério, onde o espectador tem que pensar e ir descobrindo por sí só, tornando o proprio espectador um detetive, mas talvez isso não foi feito por se tratar de um publuco mais jovem. Em fim o anime é muito bom mas como tudo não é perfeito, uma das coisas que eu achei que seria uma quebra de clichê acabou virando outro clichê isso foi desapontante (spoiler) me refiro ao final, kira morre, é dificil ver protagonistas morrerem em uma serie, mas se tornou clichê pois kira virou um criminoso e vilões sempre é capturado ou mortos.
Só estou dando quote para te parabenizar por conseguir ler um livro do Paulo Coelho. Me dá enjoo só de ver as capas.
Vou me abster de comentar outras coisas ditas nos comentários em geral. Falar mal de Death Note é mais perigoso que falar mal de Xaruto.
Eu li O Alquimista, porque eu sinceramente precisava saber o que aquele cara tinha pra vender tanto xD Mas não é algo que eu me orgulhe de falar lol
Interessantemente, Paulo Coelho está na Academia Brasileira de Letras, assim como Ivo Pitanguy e, um dia, Getúlio Vargas.
Concordo bastante com as suas observações. Perdão pela parte do “risível”, mas sempre achei o personagem de Doyle artificial, todavia não devia ter me explanado de modo tão pouco cortês.
Quanto a Agatha, acho que ela começou a repetir demasiadamente as suas obras para conseguir mais vendas. Não que escrevesse mal, mas sim que a sua escrita acabou se tornando “formular” demais. Ao menos considero Poirot mais tragável literariamente do que Holmes.
Realmente a “criatividade” no aspecto geral não existe mais. Toda a obra, inevitavelmente é subproduto de outra. Por isso que dou certos pontos para Death Note, embora tenha deixado muitas ressalvas. :smile:
Mas ele não deixa de ser “gênio” por isso. Quem mais além dele conseguiu atingir tantas pessoas para ter esse nível de vendas ? Muito poucos. E, tecnicamente, a fórmula dele é simples, mas imitar é muito difícil. É só ver, como um exemplo mais palpável, Crepúsculo: a onda de vampiros tinha começado um tempo antes de Crepúsculo ser lançado, porém a onda atual orbita em torno dessa série. E não deixa de ser infantil o jeito que é transmitida a história, o uso de “imaginação” ao invés de uma real pesquisa sobre o que é um vampiro para a história da humanidade. Mas veja quantos foram lançados depois dele com o mesmo assunto, mesma base de roteiro… Alguém mais fez o que esse livro fez?
O problema da ABL é que falar que um livro é “bom”, que o escritor é um “revolucionário”, um “gênio” é muito subjetivo. E infelizmente às vezes ficamos na dependência do que ELES acham “bom”, mesmo não sendo. Ou às vezes não podemos só olhar o livro, mas toda a sacada que o livro traz para si. Difícil….
E acho muito legal essa discussão que se formou aqui: podemos perceber que é possível considerar mangás com roteiros dignos de discussão que não sejam tão superficiais. Eu gosto porque tira aquela imagem tão pejorativa de quem é fã. É claro que, como comentei antes (não com essas palavras) muitos são histórias para o momento. Mas quando um mangá, um livro, uma música, enfim, a arte consegue atingir uma pessoa mais profundamente, fazê-la observar de modo diferente a sua vida, creio que ela acaba por atingir um objetivo que deveria ser regra, mas acaba sendo uma exceção.
Não que eu queira que tudo seja um FMA, DN e tantos outros na vida. É sempre legal ter algo para te desligar dos problemas da vida xD mas creio que não possa ser SÓ isso. Assim como alguém leu Fruits Basket ou Hoshi wa Utau e passa por eles como algo de distração, é possível – como aconteceu comigo – daquilo se tornar algo realmente importante na vida da pessoa.
E como o “Eu” comentou, DN merece créditos por ter sido uma obra que tentou fazer isso com todos. Com derrapadas, claro, mas só pela tentativa já merece os créditos desse sucesso.
Ah, imagina, eu estava brincando com o que foi comentado pelo Gustavo, de certas coisas serem consideradas “acima de críticas” haha. Eu adoro Sherlock, mas com certeza havia falhas na história. Eu sinceramente acredito que estas vieram da falta de vontade do autor de continuar com as histórias – aquela história de ter matado o Sherlock e ter precisado revivê-lo para agradar um público revoltoso xD. Acabaria, inevitavelmente, ou sendo repetitivo, ou um tanto quanto mirabolante.
Aliás, é isso que mais me revoltava em DN. Aquela seqüência do ônibus, quando o Raito sai para um encontro, e o dois últimos episódios me colocaram numa situação em que eu teria que engolir que aquilo fosse possível. Como o Raito já não tinha terminado a faculdade? Com tanto intelecto, ele deveria ter começado com 12 anos ! /ironia
Quanto a Agatha, eu não cheguei a ler. Comparações seriam inevitáveis entre esses romances policiais, e eu ao invés de ler a história em si, eu acabaria comparando somente com Sherlock e Poe, dizendo o que tem, o que falta. Aliás eu fiz isso bastante em Sherlock, depois que li Poe xDD acabei não lendo mais por isso.
Nesse ponto eu preciso dizer: os filmes serem algo um tanto quanto autônomos deu uma vida a história. Pelo menos teve coisas que eu gostei mais ali do que nos livros.
sherlock holmes,crepusculo…tudo isso é uma porcaria,death note é muito melhor !!!
Cara, respeito tua opinião, mas achei que foi muita maldade por Sherlock Holmes ao lado de Crepúsculo.
afinal, Crepúsculo reina supremo nos anais da literaturaEssa critica é um lixo total se for comentar todos os erros daria um enorme texto. Mas dou um conselho para quem escreveu, cara você apenas quer dar uma de foda colocando pequenos erros do anime, um bom crítico leva em conta toda a obra, saiba que DN foi o primor das histórias pois diferente de Naruto, e One Piece não segue o modelo consagrado de Dragon Ball. Pelo contrario ele é bem inovador. Agora se você acha DN massante e complicado é porque deve ter um QI bem baixo, e vá assistir animes para crianças quem sabe assim você acha mais facil.
O mair erro em Death Note foi continuar depois (atenção, spoiller) da morte do L, os autores parecem ter percebido isso, como podemos ver na sua última obra, Bakuman, em que os personagens principais decidiram terminar seu mangá depois da luta principal, para não cair a qualidade da série
Eu acho que o final deveria ter acabado de forma similar ao Live-action, com L se sacrificando e desmascarando Kira. Mas eu gostei apesar de tudo…
:wink:Gustavo Martins,quem é vc?
aposto que vc é um otaku que só assisti pokemon?
Tsugumi crio o roteiro para pessoas que pensam e tem inteligencia de compriençao ,resumindo seres humanos
se vc é um primata e nao entende o que os personagem passam no anime vai assisti pokemon ou jogar futebol …..
death note e´´ um manga se vc não sabe….
kkkkkk
Oras, mas eu SOU um primata.
Haha, adorei essa do Henrique chamando o autor de primata.
Mas infelizmente tenho que concordar com Likou: Tive a sensação de que o autor da “análise” só queria se mostrar “cult” por ler “Sherlock Holmes” e por ter muita experiência com história de detetives.
Se está claro que você não é o público alvo da série, não deveria criticar exatamente isso. É quase como reclamar que “Pokémon é tão infantil que chega a irritar!”.