Há um mês postei um texto sobre Digimon X-Evolution e através dele pretendi começar uma discussão sobre o que é, de fato, uma “obra infantil”. Dentre os comentários, algumas pessoas mencionaram Digimon Tamers e outras disseram que não existe, de fato, algo como uma “obra infantil” ou que Digimon não é infantil.
Esses são pontos interessantes e que me fizeram questionar várias coisas por mais tempo do que esperava. E dessa vez, saindo um pouco do formato normal, vamos voltar falar de Digimon e, ao mesmo tempo, tentar arranhar um pouco mais algumas outras coisas.
Digimon chegou ao Brasil no que pode ser considerado o Segundo Boom do anime no país, ocorrido no final da década de 1990 e início dos anos 2000. Sendo adquirido pela Rede Globo como resposta a Pokémon, a primeira temporada causou impacto desde a sua estreia (mesmo que parte desse impacto tenha sido as clássicas acusações de apologias satânicas…) e rapidamente houve uma polarização entre aqueles que gostavam de Digimon e aqueles que gostavam de Pokémon (e, no meio, um grupo de crianças confusas).
Esse foi, talvez, um dos momentos mais importantes para a definição da subcultura Otaku Brasileira, além de um caso emblemático de algo que viria a ocorrer na cena na década seguinte.
Toda a polarização poderia ser (mal e parcamente) resumida numa discussão sobre o que é superior: uma série mais adulta ou uma mais infantil? Tal questão voltou à tona quando Digimon Tamers estreou na televisão aberta brasileira. Mais séria, sombria e lenta, a terceira animação da franquia foi, por inúmeras razões, um divisor de opiniões. Havia os que a odiavam por tentar ser adulta demais enquanto outros a amavam pelo mesmo motivo.
Tal discussão (não exclusiva ao Brasil) poderia ser generalizada para todos os animes produzidos e eventualmente culminou na dissidência da cena Otaku em dois grupos os chamados “Otacos” ou “Otaquinhos” e os “Otakus” (e aqui abro um parêntese para deixar claro que esses termos são apresentados aqui apenas para fins didáticos, então não me crucifiquem).
Enquanto ao primeiro pertenceriam os fãs de obras mais leves e simples, membros ativos da comunidade e fervorosos seguidores da “filosofia animística”, no segundo se encontrariam os membros mais “underground” ou “cultos”, apreciadores também de obras de outras nações. Como pode ter ficado claro, a divisão foi desenvolvida por aqueles que se designam “Otakus” (ou simplesmente como “pessoas que gostam de animação japonesa”) e deixa transparecer certo “elitismo cultural”.
Porém, ainda assim, parece que a questão central se mantém. A visão de um dos lados do grupo como “infantil” enquanto o outro seria “adulto” ainda está presente. Essa parece ser uma distinção essencial para a identidade do Otaku Brasileiro. Mas o que se esconde por trás disso?
Uma das afirmações feitas nos comentários foi que “Não existe obra infantil”. Será mesmo assim?
Existe atualmente um estigma muito grande com o que se costuma chamar de “rótulos”. Muitas pessoas os vêm em uma luz negativa devido à sua tendência de generalizar e despersonalizar coisas. A atribuição de um rótulo a um indivíduo, entidade ou produto seria, portanto, uma tentativa de simplificá-lo e, assim sendo, poderia ser considerado um desrespeito à obra. Surge então o comentário de que “não existe obra infantil”, carregando em si uma conotação negativa do que significa “infantil”, mas deixemos isso de lado por enquanto.
Essa afirmação deixa passar algo muito importante: animes são produtos e todo produto possui um público alvo. A criação de um rótulo não é somente uma jogada de descaracterização, mas também uma tentativa de apelo a determinado público. Quando algo é divulgado como “um filme de ação” pretende-se com isso atrair para esse filme o público que gosta de “filmes de ação”. Mas ao mesmo tempo em que atrai determinado grupo de pessoas, rótulos também afastam outros grupos.
Quando se escolhe atribuir a um anime o rótulo de “Seinen” espera-se atrair pessoas que gostem de histórias “pesadas” ao mesmo tempo em que se repele indivíduos que buscam uma diversão mais “leve”. Porém, o rótulo “infantil” carrega uma conotação muito diferente, pois o público alvo, as crianças, em geral ignoram tais classificações enquanto muitos são repelidos por obras assim classificadas. O resultado disso é um produto que apela não para o indivíduo em si, mas para os pais e para as lojas, em suma, para o mercado. E esse é um ponto central.
Por não haver um grande mercado dedicado aos produtos da cultura pop moderna japonesa no Brasil, parece ser um costume terrivelmente comum esquecer que todo anime é criado com um propósito comercial e quando se pretende vender um produto, colocar nele o rótulo correto pode definir seu sucesso ou fracasso. Negar que empresas colocam marcadores em produtos para tentar atrair um público para eles é tentar negar a própria realidade comercial. O que se pode — e deve — questionar é o que significam tais marcadores.
O marcador “infantil” pode ser ainda mais complexo e, porque não dizer, pessoal para o público Otaku Brasileiro por um fato simples: existe um estigma social de que animes e mangás são não só obras inferiores, mas também inerentemente infantis. Isso faz com que a sociedade pense toda a subcultura Otaku como uma cena inundada de velhos afligidos pela tão infame Síndrome de Peter Pan. Nesse contexto, o surgimento de um grupo que tenta se afastar de todo o estereótipo Otaku (que, interessantemente, é razoavelmente real) e passa a se identificar de modo diferente, ou a reclassificar o outro grupo.
Toda a questão da infantilidade, porém, parece sofrer de uma terrível síndrome de preto-e-branco, quando o que existe na verdade são, com o perdão do termo, muitos tons de cinza. E nisso Digimon é novamente exemplar. Mesmo a série original trabalhava com temas que normalmente não seriam considerados infantis de um modo sério e Tamers trata de assuntos como a barreira turva entre realidade e ficção e mesmo fé.
De certo modo, Digimon Tamers é uma espécie de Alice no País das Maravilhas (Chiaki J. Konaka, o roteirista principal da temporada, é fã assumido da obra do Professor Dodgson) em que assuntos complexos são explorados sob um manto de fantasia. Mas a falta de uma tradição fantástica no Brasil — infelizmente preso há séculos num realismo que nada mais é que um zumbi centenário — apenas torna toda a questão mais difícil de lidar.
É extremamente comum ver qualquer obra com elementos fantásticos ser tratada como “lixo inferior e infantil” pelos intelectuais e pseudo-intelectuais brasileiros, independente do seu valor estético ou filosófico ou mesmo de sua relevância para a cultura moderna. O que se torna ainda mais grave quando tais obras possuem uma estética tão diferente quanto à estética “animeística” (me lembrem de criar um termo melhor para isso). É assustador ver a dedicação dada a obras que discutem os valores de uma elite social do século XIX enquanto outras que tratam do lugar do indivíduo num mundo dominado pela conectividade são ignoradas simplesmente por pertencerem a uma tradição artístico-cultural diferente.
Nesse contexto, talvez seja possível que a questão do “infantil X maduro” seja convertida numa questão mais comum e típica: o conflito entre o velho e o novo e a negação de toda subcultura emergente. Sim, o que temos no Brasil é a alvorada de um movimento cultural influenciado pela estética pop japonesa, devorada e adicionada à cultura urbana brasileira.
Talvez em nenhuma outra nação no mundo (excetuando-se o Japão) as questões ligadas ao Otaku sejam tão fortes, algo, talvez, devido à própria natureza sincrética do Brasil. E se for esse o caso, toda a discussão que estamos presenciando pode ser o começo da formação da identidade cultural desse novo grupo. O processo de divisão interna e redefinição, comum a toda subcultura, está ocorrendo ao mesmo tempo em que temos tentativas de produção artística. E em tal cenário, a discussão de rótulos e de seu significado é não apenas natural, mas essencial para a evolução da subcultura.
Vou terminar este anômalo texto por aqui, sem oferecer nenhuma resposta e deixando diversas perguntas. Como última mensagem, gostaria de agradecer a todos que acompanharam a coluna e comentaram até aqui. São seus comentários (ou falta de) que me ajudam a tentar — e apenas tentar — entender essa estranha entidade que é o Otaku Brasileiro.
Melhor coluna do JBOX, sem duvidas (:
E sinceramente, não dá nem para julgar esse “social” que criou o estigma, já que tudo que ele veem são Naruto, InuYasha, Pokemon, Sailor Moon… Como não pensar que anime = infantil?
E mesmo por aqui, o interesse é todo em cima de coisas infantis ou juvenis, adulto mesmo só se for hentai. Coisas como Seton, aclamadíssimo na França e Japão, tiveram records de má venda no país. Uma obra séria, de qualidade, de um autor super condecorado e nenhum “otaku”, “otaco” ou “otaquinho” nem olhou duas vezes, e por que olharia? Não tem poderes especiais, passo.
Assino embaixo. Excelente texto, muito reflexivo.
Falando em Digimon… Dvds que foram lançados pela focus agora estão em piscinas de supermercado mas com outra distribuidora
a desconhecida MD Movie.
http://www.mdmusic.com.br/index.php?option=com_virtuemart&category_id=20&page=shop.browse&Itemid=117&limit=20&limitstart=20
Dinossauro Rei e outro títulos da Five Star [Focus/Flashstar]
http://www.mdmusic.com.br/index.php?option=com_virtuemart&category_id=20&page=shop.browse&Itemid=117&limit=20&limitstart=40
Já conhecia esse distribuidora por lançar filmes de DBZ. No verso do dvd está logo da flashstar, escrito “Produto licenciado por Flashstar filmes”. Dúvido que vai dar continuidade na série.
Tbm tem dvd lançado pela própria focus, om Digimon e Tartaruga ninjas no msm dvd…. lançar novidade que é bom.
Brilhante , os poucos que tiveram um minimo de respeito pela cultura que apreciam puderam refletir bastante com seu texto .
Continue com o bom trabalho
Realmente, Seton é uma obra que foi desvalorizada pelos “otakus”; a história daquele lobo é de encher os olhos de lágrimas. Outro mangá que parece não ter prendido a atenção da garotada é Gon, as aventuras daquele dinossauro em miniatura são vertiginosas. De fato, é lamentável o cancelameto de ambas as séries. Sem fugir muito do assunto que o texto nos apresenta, é estranho o fato de que a simples critica construtiva ao atual momento pelo qual passa o mercado de mangás no Brasil causa um frenesi desenfreado. Muitos desses “otakus” ao lerem algo a respeito (não todos, é claro) levam para o lado pessoal, sobem nas tamancas e rodam a baiana, mesmo que o texto não tenha ofensa alguma, eles(as) levam para o lado pessoal e enviam respostas debochadas,irônicas e desnecessariamente violentas e mal-criadas. Uma das argumentações que sempre usam é a seguinte:”devemos respeitar o gosto e opiniões alheias” , isso depois de um monte de desaforo. Acontece que ,por exemplo,no meu caso, que geralmente manifesto uma opinião desfavorável em relação aos mangás não desreipeito ninguém e também não ofendo ninguém, mas mesmo assim sou acusado algumas vezes de estar ofendendo os “otakus”, ora bolas, ou tais seres são sensíveis demais, sejam eles quem forem ou eu não percebo que estou machucando alguém. As pessoas merecem consideração e respeito em qualquer lugar e ocasião, independente de posição social,etnia,credo, etc. O meu trabalho, só para ilustrar a situação, me dá a possibilidade de ter contato com pessoas que estão totalmente à margem da sociedade,excluídas que são do mundo e dos seus semelhantes; isso eu realizo todos os dias,patrulha atrás de patrulha, ronda após ronda, e aprendi e aprendo diariamente uma coisa: ou eu respeito àqueles que sofrem e estão esquecidos ou perco a paz da minha alma. Escolhi respeitar o próximo e manter o meu contato com Deus e paz que esse contato acarreta.Dei as costas para o mau. Então, isso tudo foi só para deixar claro que eu gosto e acato as opiniões alheias. Mas,voltando ao assunto,na minha opinião atualmente vejo com bastante pessimismo o cenário de mangás no Brasil, onde estão AKIRA,SETON,GON,BATLLE ROYALE,A LENDA DE KAMUI,NAUSICAA DO VALE DO VENTO e tantos outros que agregam um público mais maduro? Será que um dia os veremos novamente nestas plagas? E com tratamento editorial da mais alta qualidade? Só Deus sabe… Por enquanto é isso pessoal, desejo sáude e paz a todos. P.S. : parabéns a você que escreveu o texto, está bastante erudito.
façam um post sobre kaleido star por favor :D
Otakus brasileiros em sua maioria acabam contribuindo pra cristalizar esse estigma, seja através das suas atitudes ou através de suas condutas. Com isso o preconceito por parte de outros grupos em relação a essa subcultura tende a aumentar. E os poucos que ainda tem um certo discernimento em relação a isso tudo se constrangem com condutas de “otakismo nacional”.
Com o relator.
E esse é um dos melhores textos do site, sem sombra de dúvidas.
Gostei do artigo, mas independente do anime ser destinado ao público infantil ou não, assisto por diversão, pois é alternativa aos programas policiais,religiosos, novelas e afins (não sou retardado porcausa disso, vide o caso do ex-diretor da Tv Xuxa X Pica Pau)…Off.:Será que a Ministra da (Falta) de Cultura concorda que anime também que anime,sentais,tokus, etc são manifestações culturais a exemplo dos games? Não estou fazendo politicagem, pois sempre me ensinaram que não existe cultura inútil…
Confesso que já li esse texto umas 3 vezes e ainda não entendi direito, então posso estar escrevendo uma grande bobagem. Mas enfim, realmente apenas arranha o tema, então espero que hajam mais textos nesse sentido. Dito isso continuemos.
Acho que faltou uma definição de otaku. Sobre o otaku japonês e o brasileiro, e o sentido que a palavra ganhou aqui. A importância de um anime aqui no Brasil e no Japão são diferentes, acho que faltou definir um pouco mais anime.
Sobre pokemon versus digimon, significa que quem assistiu pokemon pode ser considerado otaku? Esse desenho feito pra aumentar as vendas de um jogo parece não representar bem os animes. Tipo, geralmente uma série de anime tem começo, meio e fim. E aparentemente essa é uma série sem fim.
O rótulo de seinen também vale pra animes, não seria apenas pros mangás?
“O marcador “infantil” …o outro grupo.”
Aqui acho que faltaram algumas referências. Seria estigma social ou esteriótipo? Não sei se é pessoal pro público otaku brasileiro pois isso também acontece com as histórias em quadrinhos, vídeo-games, jogos de computador e desenhos animados.
“Mas a falta de uma tradição fantástica no Brasil — infelizmente preso há séculos num realismo que nada mais é que um zumbi centenário — apenas torna toda a questão mais difícil de lidar.”
Sinceramente não consegui entender o que isso quis dizer.
“É extremamente comum …artístico-cultural diferente.”
Aqui também faltaram algumas referências. Valor estético e filosófico para a cultura moderna ficou meio solto. Sendo bem sincero não entendi essa parte também.
“Nesse contexto, talvez …à cultura urbana brasileira.”
Movimento cultural? Sério?! Mais referências seriam bem-vindas.
“Talvez em nenhuma …a evolução da subcultura.”
Também não entendi essa parte. O que seria essa tentativa de produção artística? Seria a revista Ação Magazine? A Turma da Mônica Jovem? Seria a produção de algum “anime brasileiro”, se é que isso é possível conceitualmente!?
Acho que esse texto cumpriu a função de oferecer nenhuma resposta e deixar diversas perguntas. Vou ver se leio de novo…
O texto ficou perfeito. A questão levantada é um discussão ampla e que levaria horas para ser replicada e concluída. O que acontece hoje, no meu ver, é que aqueles otakus com vida social ativa querem se afastar da designação pejorativa da sociedade àqueles que se auto-ostracizam e vivem relegados à TV e ao computador.
Os animes e mangás são, historicamente, usados como escapismo, desde os japoneses até os ocidentais, e esse mesmo escapismo se confunde com a vida social abalada que muitos de seus aficionados têm, gerando uma visão preconceituosa e hostil das pessoas que se julgam com respaldo o suficiente para estabelecer paradigmas numa sociedade corrupta e decadente.
Aqueles que se julgam mais cultos ou mais maduros que os auto-ostracizados apenas não querem ser comparados a eles e por isso criam uma nova subdivisão para afastá-los.
Tentei evitar transformar o texto numa tese científica. Achei que isso pudesse acabar tornando cansativo e/ou complicado demais. Mas, de fato, talvez algumas referências pudessem ter sido úteis. Sem dúvidas vou levar isso em conta da próxima vez que tentar algo do tipo.
Sobre a produção artística, não falo necessariamente de “animes” e “mangás” – embora eles existam, como Tools Challenge, a Ação Magazine e alguns outros trabalhos relativamente pequenos – mas também a todo produto cultural que use de tropos e estética influenciada pela cultura pop japonesa. Isso é algo bastante visível na literatura de gênero (especialmente da literatura fantástica, como os livros de Eduardo Spohr e a nova onda de Light Novels brasileiras), nas artes visuais (o tal caso da Turma da Mônica Jovem) e mesmo na música (Animetal, The Kira Justice, etc). A impossibilidade conceitual não é tão real quando se pensa que existem ainda hoje trabalhos de literatura épica sendo produzidos como maneira de criação de uma identidade nacional, mesmo séculos após esse gênero literário ter desaparecido (estou pensando no caso da Finlândia). Ao mesmo tempo, a Nouvelle Vague francesa foi reproduzida fora da Europa mesmo sendo algo extremamente Francês. Esse é um dos pontos mais interessantes da arte: ela é mutável o bastante para que uma forma artística tipicamente asiática possa ser reproduzida no Brasil e, possivelmente, se torne parte da cultura nacional. Algo similar ao que aconteceu à capoeira ou à Moda de Viola (que vem das canções portuguesa típicas).
Sobre o realismo, isso seria um pouco mais difícil de explicar sem acabar deixando esse comentário maior que o próprio texto, mas digamos que a crítica cultural brasileira (especialmente a acadêmica) está presa há muito tempo num modelo Marxista de interpretação e numa busca quase alienada da identidade nacional, o que é interessante de se ver numa comparação com a produção cultural de outros países latinos, especialmente da Argentina (se estiver interessado, dê uma olhada nos contos de Cortázar e Jorge Luís Borges).
Ah, acho que acabei me empolgando na resposta. De todo modo, obrigado por comentar.
tem vários animes e mangás aqui no brasil que já sofreram com acusações de apologias satânicas e coisas do tipo
digimon é um exemplo claro pq só a imagem do tal demônio depois de um tempo já chove comentário de nego falando que a família proibiu ele de assistir justamente por causa das apologias satânicas
eu já passei por isso na época em que digimon estreou no brasil
no caso dos mangás se pegam nego lendo algo como ikkitousen, rosario to vampire ou tenjo tenge (me corrijam se eu errar como se escreve esse ultimo) que tem poucas cenas de nudez ou roupas íntimas a mostra, já vão achar q tão vendo pornografia e logo vão obrigar ele a queimar e/ou jogar fora e o pior, proibir de ler e ter mangás
ultimamente tenho ido na liberdade comprar séries de sentai e kamen rider, se por um acaso alguém como meu pai souber q eu compro isso td com meu salário, pode acontecer o que eu falei agora do caso dos mangás, já me proibiu de comprar jogos de ps3 até metade do ano
detalhe: tenho 25 anos, e um pai muito grudento
outro detalhe: sou um “aspie” (aquele que tem síndrome de asperger), leio mangás, assisto animes e tokusatsus desde pequeno e já sofri com perseguição dentro da minha própria família há um tempo com meus tios e a minha avó que falavam que isso é droga pq vicia e já até me chamaram de viciado e idólatra, aquilo me ofendeu gravemente
agora que a megera morreu e o meu tio foi embora, achava q essas perseguições acabaram, mas temo q essas perseguições voltem com força máxima
Tenjou Tenge ou Tenjo Tenge ou Tenjho Tenge… Tanto faz.
E isso é cultural, é claro. Mesmo no japão essas coisas citadas são conhecidas como Ecchi que é um hentai light. No Brasil, não é costume que material infantil tenha calcinha e peitos e mesmo no juvenil, material como esses são raros.
No Japão, muitas das revistas shounen e seinen trazem fotos de modelo em posições sensuais e até nuas, mas tapando com a mãos ou algo. São conhecidas por ser alvo de muita masturbação juvenil. Imagina o nego de 15 anos lendo tenjou tenge fechado no quartinho dele, depois de um capítulo cheio de bunda, calcinha, peito e posição sexuais de luta o cara passa para uma coleção de fotos de modelos… refeição completa…
Se os pais são contra pornô, é claro que terão coisas contra ecchi que é porno juvenil. XD
queria q a disney xd exibi-se denovo o Digimon 2 e o Tamers q eles estao fazendo muita falta. esse data squad é muito mal dublado e esta enjoado demais com tanto reprise sem fim.
Só por essa resposta deu pra sacar que você tinha muito mais coisas pra falar, mas teve que cortar pro texto não ficar gigantesco, penso eu. Já me rendeu umas boas googleadas.
Realmente a arte é mutável e qualquer pode país pode produzir o seu próprio “mangá”, mas o valor da originalidade vai cair vertiginosamente. Como por exemplo, pense o seguinte: o que você acharia de uma banda de pagode japonesa? Causa algum estranhamento? Acho que causa a mesma sensação lá no Japão quando alguém diz que um “mangá” é feito no Brasil, EUA ou qualquer outro país.
Esse caso do Eduardo Spohr não sei se é pra tanto, criação da identidade nacional, acho que tem mais a ver com a mudança no mercado de livros no Brasil. Onde ficou mais fácil publicar seu próprio livro através dessas editoras virtuais. Caso o livro faça algum barulho migra pra editora tradicional e pode atingir mais gente.
Sobre a questão conceitual de um anime ser considerado brasileiro, me deparo com algumas dificuldades. Por exemplo, a produção teria que ser feita no Brasil, o roteiro, os desenhos, teria que ser sobre a história do Brasil? Teria que ter samba ou futebol? E mulheres peladas? Eu acho que nem a cultura nacional é bem definida ainda.
Será que precisamos de um mangá nacional? Talvez fosse mais interessante criar um estilo de quadrinhos com nossas características, algo mais original. Se a produção de quadrinhos nacionais já é uma dificuldade, o que dizer da produção de mangás!?
Sobre crítica cultural, acho que principalmente a acadêmica está muito mais aberta a qualquer coisa. Hoje em dia é possível fazer “estudos” sobre tudo, até de revista em quadrinhos e de filmes baseados em revistas em quadrinhos. O tal conhecimento acadêmico e a própria crítica cultural são bastante superestimados.
Acho que obtive algumas respostas, apesar de tantas perguntas. Tudo que escrevi até agora não teve nada a ver com Digimon ou uma obra ser considerada infantil ou não. Como disse antes, não entendi mesmo esse texto, agora um pouco menos. Queimar determinado material por ser impróprio é tão Idade das Trevas.
:smile: Bom acho que o que se passa no Brasil é uma simples questão mercadológica pois o público algo tem apenas as histórias que fazem sucesso lá fora -vide Naruto,Bleach,Sailormoon,Pokémon,Digimon ente outros,porque aqui desenhos-incluem não só os animes-são feitos para crianças-conforme dito na coluna procuram atingir os pais que compram os brinquedos.Agora e o resto de nós que gostamos da cultura pop japonese e temos algum conhecimento a mais dela?Ficamos a merce de scnas-do qual eu gosto e uitilizo muito-para procurar obra digamos mais adultas e mesmo assim as vezes não conseguimos tais obras.Enfim sim há animes infantis e animes adultos ora como em qualquer lugar,há literatura adulta e infantil mas não só por isso uma deixa de ser melhor ou pior e um exemplo bom de anime infantil que não deixa ninguém idiota é o Hantaro-assim para ter suas concluções- e outra coisa que rola aqui no Brasil-e também nos E.U.A mais lá é por puro protecionismo-é a questão do preconceito da cultura pop japonesa.
um outro caso de anime q sofreu com as acusações de apologias satânicas foi yu-gi-oh, meu irmão mais novo colecionava os cards do anime e depois de um tempo mandaram ele jogar fora justamente por causa dessas apologias demoníacas
mais alguem quer comentar os meus posts aqui???
esses meus posts nessa coluna um dia vai virar assunto pros colunistas daqui do jbox, ah se vai… (já prepara o título pra esse tema que ainda vai dar o q falar)
Olha, na minha concepção otaku aqui no Brasil é simplesmente o cara que gosta de Anime/Mangá e consequentemente cria uma empatia com o Japão.
Na questão da rotulação de infantil, acho que é um tipico caso de preconceito, e não é exclusividade de animes e mangá, animação e quadrinhos em geral sofrem com isso(mas no caso dos cinemas e comix, o problema é bem menos intenso).
Podemos tirar reflexões e lições em boa parte das obras aclamadas pelo público otaku, Dragon Ball, One Piece, Digimon, Pokemon, etc. tudo pode ser visto superficialmente, apenas aproveitando a ação, que é bem legal, ou de forma mais detalhada, pois no Shonen, shojo, seinen, josei, a maioria dos autores se preocupam em deixar um legado para o leitor.
é aquele gilberto barros chamou yugioh de satanico e hoje esta dizendo q funk é cultura nacional. da pra entende isso?
Isso é algo triste na realidade brasileira. A visão do realismo em detrimento do fantástico é uma coisa que sempre esteve presente no Brasil, e é algo que está tão entranhando na porção elitista da sociedadem que dificilmente desaparecerá.
Muitos criticam uma obra só pelo seu conteúdo fantasioso, sem antes analizar o que o autor quis passar com ela.
É a nossa triste realidade.
Mas, mesmo neste contexto, foi na fantasia voltada para o público infantil que surgiram algumas das mais brilhantes críticas ao realismo irreal do Brasil. Monteiro lobato, através de seu Sítio do PicaPau Amarelo, montou um painel irretocável da sociedade brasileira. A boneca Emília, com sua atitude incontrolável e desmiolada que adquire força na história quando aprende a falar-numa clara alusão ás conquistas feministas como o voto, ou seja, o direito da mulher ter voz na sociedade. Até conceitos como casamento por interesse e divórcio foram abordados. E o Visconde, com sua cultura e sabedoria mas sem força para nada, sempre levado nos desvarios de Emília, é o símbolo perfeito da intelectualidade brasileira pré Tropicália, Antropofagia e AI5.
O que isto tudo tem á ver com cultura Otaku!? Oras: Eu acho válido que os otakus brasileiros percebam no mangá e anime ecos desta contestação disfarçada de fantasia inocente que Monteiro lobato destilava. Os primeiros mangás e animes a fazerem grande sucesso no Brasil tinham a marca da polêmica: O “homossexualismo” de Shun, as cenas de “sedução” de Bulma em DragonBall…Até ao “satanismo” presente em Yu-Gi-Oh.Não, aquilo não era diversão para as nossas crianças. Aquilo era diversão para quem tinha visto as obras transgressoras de Go Nagai e os épicos e sentimentais Patrulha Solar e Marcos, entre outros.
Desprezar este público maduro em detrimento do infantil focando o comércio apenas em ítens que adulto não usa foi a ruína deste setor, que levou á tragédia Sailor Moon, um dos animes mais aguardados pelos otakus brasileiros em sua época. E forçasse o mercado brasileiro á investir exclusivamente em Pokemon, com retorno garantido em jogos, Yu-Gi-Oh e seus card games e Beyblade com seus piões ( não me digam que é outra coisa, por favor).
Sabia que um dia chegaríamos a esse Ponto….
Primeiro: Falando sobre Digimon
Digimon foi a grande estrela da segunda “Invasão Anime” no Brasil e na TV Aberta, foi classificado como um desenho Infantil por conter “Bichinhos” e por aí vaí. Mas o Pessoal não contava com a Evolução da Trama:
Vejam, Digimons Vilões MORREM, e Digimons Aliados TAMBÉM MORREM em cenas que são Visualmente Pesadas e Tristes. Depois da saga da Ilha Arquivo vemos Digimons Evoluindo para Formas cada vez mais Humanas e usando ARMAS DE FOGO Pesadas. O próprio WarGreymon que surpreendeu a todos mostrando uma Forma EXTREMAMENTE HUMANA de um Dragão Humano de Armadura Dourada é Responsável por Cenas VIOLENTÍSSIMAS, onde ele rasga o MetalSeadramon de Dentro para Fora e corta o o Mugendramon em vários Pedaços. Isso era Inesperado vindo de um Desenho “Infantil”
Com Digimon 02 vimos uma censura muito Maior causada pelo Impacto do Desenho Anterior. Percebam que na Dublagem Brasileira eles NUNCA falam o Verbo “Matar”, eles usam variantes menos Impactantes como Acabar, Derrotar, Destruir, mas nunca “Matar”. Ken Ichijouji na segunda parte da Trama é considerado “Ainda Vilão” por matar Digimons o que os Novos DigiEscolhidos consideram errado, pois não têm a Maturidade dos Digiescolhidos Anteriores. A Própria Kari diz, perto do Final, que “Se quisermos vencer as Forças das Trevas, temos que estar preparados para tirar Vidas de Digimons” o que é considerado o gesto de maior Maturidade dela. Como a dublagem brasileira não usou o Verbo “Matar” essa cena perdeu o Impacto que teria. Infelizmente….
Digimon Tamers foi Revolucionário por trazer uma História realmente complexa onde o tema Principal é “Digimons são uma Ameaça à Humanidade” da HYPNOS. Segundo Darwin, faz todo o sentido os Digimons são mais Fortes, tem Poderes Especiais, e podem destruir Exércitos Inteiros nos Níveis mais elevados (Perfeito e Extremo). Na parte Final, vê-se a questão do “BioMerge” onde o Digimon e seu Domador unem seus Corpos e suas Almas para atingir a forma Extrema isso era Inédito e extremamente Filosófico. Filosófico demais para uma Obra considerada Infantil. Como Digimon não podia mais ser considerado Infantil, entrou em Declínio a favor de Obras Infantis de verdade como Beyblade e a terceira Fase de Pokemon (Advanced). Mas o fato é que o significado que cada Obra Digimon tenta passar é Único e pertence a ela e SOMENTE a ela. Não existem duas Obras Digimon com o mesmo significado. O Próprio Takeichi Hongo, dono da TOEI, diz que Digimon é sua Obra Favorita pois ela não se concentra num “Personagem” nem num “Cenário” mas num “Universo” que tem Possibilidades Infinitas. Não existe um Digimundo igual a Outro.
Segundo: Falando sobre os Otakus
Otakus são uma Tribo que sofre com o Preconceito e não são Unidos para Enfrentar esse Preconceito. A Tribo Otaku é extremamente Individualista e cada só gosta da série que quer e são criticados pelos Próprios Otakus que gostam de outras séries (Narutards vs OPtards por exemplo).
O Principal é que Otakus tendem a querer sair do estigma Infantil de suas Obras dizendo que ela “Não é Infantil” e querem obras com cada vez mais Violência e Sexo.
Quem lembra que minhas Discussões mais acirradas com o Ultra Redflash são aquelas em que ele xinga(de forma Horrível) Kamen Rider por querer agradar as Crianças e dizendo que Tokusatsus devem ser Sérios e terem Violência Extrema e cenas de Sexo como se vê nos Ultramans que ele tanto gosta. Quando eu chegava defendendo os Kamen Riders dizendo que a Temática da Série é Infantil desde 1971 e todos os Super Heróis são Infantis. Afinal “Mesmo a mais Sombria e Violenta História do Batman vai ter um Figura vestido de Morcego. Não dá para escapar dessa Infantilização sem descaracterizar a Série” (Alexandre Lancaster) e quando eles quiseram descaracterizar Kamen Rider com um Filme EXTREMAMENTE Violento e Perturbador, o Famigerado Shin Kamen Rider, eu fui radicalmente CONTRA essa descaracterização. Os Otakus de Tokusatsu que amam a Violência e Sexo de Shin Kamen Rider me xingaram de todas as formas Possíveis, incluindo todas as vezes que digo que Tokusatsu foi feito para Crianças comprarem Brinquedos. ESSA É A VERDADE!!! Mas Otakus rejeitam o Rótulo de Infantil. Rejeitam não, Pior, ABOMINAM o Rótulo de Infantil. E Odeiam tudo que é Explicitamente feito para crianças como Kamen Rider Fourze e o Atual Kyoryuger. Por que acham que o Ultra Redflash que dizia que o “Super Sentai é a Última Esperança da TOEI” parou de postar quando Kyoryuger estreou???
Eu poderia ficar falando mais de 8000000 caracteres falando mal dos Otakus, e sua maneira de querer ser ADULTOS gostando de Produções voltadas ao Público INFANTIL. Ao consumirem Ecchi e Hentai eles Pensam que são mais Adultos, quando na verdade estão idolatrando a Pior parte da Animação Japonesa, o famoso Superflat que se baseia em “Porrada, Punheta e Kawaii” (Leonardo Kitsune). Isso sim é Assustador……
Terceiro: Falando sobre o Protecionismo Nacional
Engraçado que toda vez que vou ao Cinema, os BlockBusters Americanos são Fantasiosos (como o que fala da Origem do Mágico de Oz) enquanto os “blockbusters” Brasileiros sempre são realistas (“A Busca” com Wagner Moura). Seria a tentativa dos Brasileiros de fazerem filmes mais Realistas para se distanciar da “Indústria do Cinema do Império do Capitalismo”??? Seria esse protecionismo uma forma de valorizar a Obra Brasileira que só encontra Surrealismo no já citado Monteiro Lobato.
Lembram da Lendária FlameWar da Turma da Mônica Jovem com Personagens de Tezuka em que fui cruelmente Massacrado de Xingamentos, mesmo após pedir Perdão. Um desses Xingamentos veio da Admin do Chuva de Nanquim Raquel Hakeru-chan, que me chamou de “Otaku Fracassado que não devia sair de Akihabara”. Aí agora que eu estudei Descartes, Nietzche, Freud, Darwin, e conheci tudo sobre a cultura Americana de Walt Disney que influenciou Tezuka e até Toriyama a fazerem seus Mangás Caricatos mas considerados Obras Absolutas Japonesas…………………. Eu te pergunto Raquel, você que é Fã de Precure (Produto do Gênero Mahou Shoujo) e só analisa Naruto e Bleach (Produto do Produto que é Toriyama): Você não acha que um simples Empresário que não desenha mais NADA, vive de Royalties e ainda MONOPOLIZA o mercado dos Quadrinhos Brasileiros, devia se apoderar da Obra do Gênio que foi Tezuka , um homem que desenhou até o Fim da Vida e estudou tanto, só para ganhar mais Royalties em Produtos??? Isso não é se aproveitar do Esforço alheio??? (Coisa que Maurício faz muito bem desde 1987)
Maurício de Souza é apenas um Empresário que monopoliza o mercado e impede que Novos Talentos aparecem e derrubem a sua “Invencível” Turma da Mônica. É financiado pelo Governo para fazer obras Politicamente Corretas que não questionam, apenas reexplanam coisas que aprendemos no Primário, mas não tem Coragem de fazer uma obra realmente contestadora. Ei, espere….
Financiado pelo Governo??? Isso faz MUITO Sentido , o Governo financia todas as Obras extremamente Realistas da Produção Nacional, dizendo “esse é o Verdadeiro Brasil”. Nossa, pensei que o sucesso tanto de Produções Japonesas quanto Americanas vem da IDENTIFICAÇÃO COM OS PERSONAGENS E NÃO COM O CENÁRIO!!!
Brasil. Um País que tem medo de ousar superar os Americanos e Japoneses. Um país que tem Medo de ousar. Um País que tem MEDO………………..
É o melhor texto q li, e também mostra que não importa se seja um anime adulto ou infantil, o importante é que nós gostamos e que nos divertimos com um anime que nos ensinou, o Digimon foi um anime que eu mais gostei quando era criança, junto com o Pokémon que também me fez uma grande infancia. Apesar de que tem animes adultos que as crianças também podem gostar(depende de qual seja), mas falam que os animes violentos pode prejudicar as crianças(já que não me prejudicou em nada XD) os pais não precisam exagerar sobre o que é ou não recomendavel, mesmo se uma recomendação for pra uma idade maior, nunca mudou o nosso gosto pelos animes. E na parte das vendas, as crianças vão querer os acessórios que os personagens usam, e também pode ter uma parte de comércio e marketing. Esse foi o meu comentário pelo texto que eu gostei de ler e que possa ser compartilhado para todos os sites.
Otaku é sinonimo de retardado, não há necessidade de ser doente pra gostar de anime.
Assim como gostar de anime, não significa ser doente. Tantas pessoas são, isso é falta de porrada.
A dublagem do Data Squad ficou excelente, mesmo em comparação a do 2 por exemplo, que além de ter sido a pior série Digimon, teve a pior dublagem brasileira de uma série da franquia, mas mesmo tendo sido a pior dublagem de uma série Digimon, ainda assim foi uma boa dublagem em comparação a de outros vários animes.
Porém, a nível de mixagem, e até de vozes escolhidas, o Data Squad foi de fato uma série com uma excelente dublagem, então, parem de ser frescos, seus Otakus.
Ah sim, odiar a dublagem brasileira, é algo que é característico de muito Otaku por aí, no Facebook mesmo você acha um monte sem fazer esforço de procurar muito.
Só o que lamento é que a matéria seja tão pequena, este é um tópico tão interessante.
Olha, Digimon, qualquer um que seja, é sim um anime de criança. É a dura verdade. Não vejo nenhuma diferença de Pokémon, a respeito da maturidade.
Mesmo Digimon Tamers. E olha, por mais que insistam em Alice, a maior influência de Tamers foi Evangelion. Neguem o quanto quiser, mas que é um Rip-Off é. É um Evangelion 4 Kids, obviamente, adaptado para seu público para ficar menos confuso e numa ambientação mais amigável. A estrutura de enredo de ambas é a mesma, não tem o que discutir.
a nossa cultura ainda enxerga qualquer tipo de animação como infantil. enquanto não se criar o hábito de exibir na tv algo para um público que não seja o infantil, vai continuar o que houve com samurai x e outros:tirados do ar por serem muito “violentos e tal”.
mas relaxem criaturas, para que tanto burburinho? curtam o que gostam e ponto.
E não é que voltou a comentar…
Primeiro: pensei que não comentaria mais aqui porque tem OTACUS demais. Os seus comentários tem até alguma razão, mas de novo você derrapou ao falar sobre Maurício de Souza. Depois de todo aquele vexame comentando o crossover Tezuka/DeSouza você não aprendeu nada? Mas confesso que fez algumas afirmações interessantes e plausíveis de discussão.
Sobre Digimon. Penso que pelos números do ibope e quantidade de exibições no mesmo dia na época, a grande estrela do segundo boom de animes foi Pokemon, não a mais conhecida “cópia”. E além disso, cada “intelectual” enxerga o que quiser em qualquer anime, seja Alice no País das Maravilhas, Evangelion ou Freud, mas o produto foi criado pra crianças e não acredito que estas tenham repertório suficiente pra enxergar tantas discussões “filosóficas”.
Sobre otakus. Será que todos que curtem Naruto, One Piece ou Bleach são otakus? Eles não podem apenas gostar dessas séries em especial, que por acaso são japonesas? Sobre Superflat, é isso mesmo? Não sei se você entendeu direito e acho que simplificou demais essa possível discussão pós-moderna. Mais de 8000000 caracteres? Por favor não.
Sobre Protecionismo Nacional. Você quer ver o Cascão e o Cebolinha criticando a política monetária nacional? Um plano infalível pra acabar com a corrupção? O Chico Bento criticando os latifundiários? O estúdio do Maurício produz revistas pra crianças, existem outros espaços bem mais adequados pra fazer esses questionamentos. E sobre o cinema brasileiro, mais uma vez reduz e simplifica o tema.
Parabéns pelo texto, trouxe uma abordagem profunda e ampla, mas não-superficial.
Excelente texto.
Para mim, Digimon não é uma franquia infantil, e, depois de 15 anos, percebo que nunca será. Porém, o que torna-a atraente para as crianças é a forma como Digimon é reproduzido no anime, nos games ou nos mangás: é uma franquia light, que trata de assuntos que não seriam viáveis para crianças de um modo indireto. Mas mesmo assim, esses “assuntos” estão ali, bem na frente de todo mundo.
Bom… tirem suas próprias conclusões.
Não entendi exatamente o seu ponto, mas “uma série sem fim” é o que mais existe na industria de animações japonesas, afinal, de um modo geral animes são subprodutos – geralmente as animações autorais e originais que fogem deste conceito e geralmente são as que mal conseguem se pagar.
Muito embora poderia questionar o porque de um obra ter por necessidade questionar alguma coisa, vou apenas deixar este vídeo aqui pra provar que você está equivocado nesta afirmação acima, reflita e capte as sutilezas:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bVis6I4uX5s
O meu ponto, talvez inútil, é que sempre que falam sobre o boom de animes aqui no Brasil, eu fico com a impressão, posso estar errado, de que todos que assistiram esses animes são otakus. E também não estou dizendo que o autor disse. Apenas acho que nem todo mundo que assiste ou compra o mangá do Naruto é otaku. Apenas gosta da série independente de ser japonesa.
Sobre pokemon ser sem fim. Eu pensei que fossem poucos os animes sem fim, que geralmente são inspirados nos mangás. Talvez eu conheça poucos. E lembro que quando a Conrad começou a publicar mangás aqui no Brasil, pregava que uma das maiores diferenças pros comics é que o material japonês tinha fim e não ficava se arrastando por anos a fio, gerando muitas histórias fracas. Será que isso mudou hoje em dia? Não sei.
Talvez visando o mercado internacional, muitos dos mangás/animes atuais são bem esticados e com personagens de características sob medida pra agradar o público americano. E quem antes gostava de anime/mangá justamente pelas características bem nipônicas vai acabar encontrando nos produtos mais atuais algo bem pasteurizado.
Sobre o vídeo azul da mônica. Não adianta tentar explicar que o Maurício escreve histórias sobre amizade e aceitação. Porque algumas pessoas simplesmente não conseguem enxergar isso. Em vez de se divertir com o humor maluco na obra de Akira Toriyama prefere dizer que é um mangá caricato. É capaz do Gabriel entender que o Maurício é contra a cor azul, iniciando uma campanha financiada pelo governo.
Bom, apesar da série inteira do Digimon, é um anime para as crianças de menos de idade.