A AnimEigo, uma das pioneiras em lançamentos de animes para home-video nos EUA obteve sucesso numa campanha do Kickstarter para lançarem um box especial com os OVAs originais de Bublegum Crisis em Blu-ray.
Inicialmente, precisavam de US$75.000,00, mas no final conseguiram só através do Kickstarter um total de US$154.014,00, onde metade será utilizado na produção e a outra metade será dividida entre a AnimEigo e os donos japoneses.
Apesar de a arrecadação do Kickstater já ter se encerrado, ainda é possível contribuir e reservar a sua cópia através do site da própria AnimEigo, pagando através do Paypal.
Depois de todo esse blablabla, chegamos finalmente ao ponto interessante: além das legendas já garantidas em Inglês e Francês, que terão uma nova revisão da versão produzida anteriormente, o Blu-ray ainda tem “espaço” para legendas em mais 14 idiomas, então estão procurando por voluntários que estejam dispostos a traduzir os episódios para a sua língua nativa, para que essas legendas possam ser incluídas no disco.
Quem estiver interessado em ajudar nas legendas em português (ou talvez conhecer alguém que fansubou o anime e que quisesse ceder a tradução…), é só dar um toque no fórum do projeto.
O método ideal seria como foi feito no Blu-ray de Eve no Jikan, onde contrataram uma tradutora profissional para cuidar das legendas em português, mas ainda assim é uma oportunidade para que tenhamos mais um Blu-ray lançado internacionalmente com legendas em português.
Se toda as ações de fansubbers fossem assim, provavelmente o mercado de animês seria outro :)
O problema é que você fazer a tradução de graça pra ajudar outros fans é uma coisa, agora fazer a tradução de graça pra ajudar uma empresa… sei lá… ai depende do pensamento de cada um.
Concordo. O que falta nesse mercado é seriedade, não existe isso de trabalhar de graça em prol de algo que nem ao menos é lançamento oficial do seu país. Sinceramente, não vejo muita diferença desse produto para um pirata não, apesar de haver um licenciamento para o mercado americano, é algo sem credibilidade,
uma vez que o trabalho de tradução se realizado para o português, pode acontecer de ser feito por um total ignorante.
Acho muito interessante a questão, porem traduzir algo para um empresa de graça é loucura (ou não, dependendo do ponto de vista), pois acho que ninguém trabalha de graça, ainda mais no tempos de hoje cuja finalidade de uma empresa é apenas R$$$$$$$$$$$$.
Ajudar na tradução para a inclusão do nosso idioma eu acho espetacular, mais fazer isso de graça, ainda mais para uma empresa que depois irá lucrar sobre o produto, e ainda mais por ter um idioma a mais eu acho demais, ajudar sim mais trabalhar de graça não
nunca ouvi falar desse anime sera que e bom.
Entendam o seguinte e tentem se imaginar como um profissional da área: animês, mangás, e não só eles como qualquer mídia, são produzidas conforme a disponibilidade dos criadores / desenvolvedores, da audiência (incial e resposta) e outros fatores alheios ao que conheço.
Eu sinceramente e sem hipocrisias digo que em partes sou usuário dos serviços de fansubber (para não falar outro termo um pouco mais feio), mas sei que é um trabalho que mesmo que “di gratís”, ainda assim existe algum prejuízo ao autor.
Cada audiência “di gratís” é centavos a menos na conta de um Hayao Myazaki, na conta de um Akira Toryama, na conta de uma Madhouse. E esses centavos juntados viram milhares, que viram milhões (dependendo da audiência), que poderia ser revertido em novas séries, que podem ser bacanas ou podem ser uma porcaria total. Este é o mercado da arte.
Se no começo das “fansdubaggens” alguém pensasse em uma forma de distribuição diferente, de forma que todos (fansdubbers, criadores e audiência) ganhem, como este exemplo, as coisas mudam. Ajudamos a quem gostamos, (talvez) ganhamos um dinheiro ou até um DVD da série para nossa coleção (um trabalho de tradução sei que é difícil, mas como muitos podem traduzir, então é um trabalho de valor diluído), enfim…
Só agora surgiu uma Crunchyroll, um Kickstarter e outras formas de curtir as séries favoritas pagando um preço em conta (eu não tenho grana para isso ainda, infelizmente :crying: )
Admitam: se vocês trabalhassem em algo que não desse um retorno esperado, provavelmente vocês desistiriam, certo?
Sim, eu também acho sacanagem uma empresa usar de trabalho voluntário para ganhar dinheiro, mas eu também acho que pelo menos nesse caso, que desde o início se mostrou como um projeto “comunitário”, fundado graças a ajuda dos participantes do Kickstarter (pois hoje em dia a AnimEigo não tem cacife suficiente pra lançar algo assim por conta própria) e da forma que estão levando bastante a sério as opiniões dos que participaram da campanha, eu daria um desconto.
Talvez eu tenha escolhido mal as palavras para o título, pois acredito que seja bem mais pro lado de “AnimEigo Aceita Voluntários Para Tradução…”, porque eles se disponibilizaram a abrir esse espaço caso alguém queira participar, se ninguém quiser, deve ficar até mais fácil pra autoração deles.
E acho que quem sairia no lucro mesmo com isso seriam justamente os verdadeiros fãs brasileiros que de fato pagariam para ter o anime e receberiam um track com legendas em português, pois tenho minhas dúvidas se só as legendas em pt-br conseguiriam vender o suficiente para cobrir os US$500~1000 de custos de pós-produção/autoração da mesma, acho que dificilmente a AnimEigo iria conseguir encher os bolsos com nossas dilmas se utilizando desse serviço voluntário.
Mas como eu disse, o ideal seria contratar um profissional, mas se isso não é viável, pelo menos abriram espaço para uma alternativa que eu pessoalmente acho interessante, principalmente se algum dos grupos que já legendou o anime (por ter gostado do mesmo) resolvesse ceder seus scripts.
A diferença principal é que aqui os japoneses que criaram o anime ganharão uns trocados a cada unidade vendida, independente de qual lado do mundo esteja o comprador, enquanto nos piratinhas todo o $$ fica pro dono da lojinha/evento/site. =P
Esse conceito (tirando os brindes =P) é utilizado no Viki, onde o site adquire legalmente a licença de streaming de vários animes, dramas, novelas etc, mas a legendagem para outros idiomas ficam a cargo de voluntários da comunidade.
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Acho que me empolguei no comentário. lol
Entendam o seguinte e tentem se imaginar como um profissional da área: animês, mangás, e não só eles como qualquer mídia, são produzidas conforme a disponibilidade dos criadores / desenvolvedores, da audiência (incial e resposta) e outros fatores alheios ao que conheço.
Eu sinceramente e sem hipocrisias digo que em partes sou usuário dos serviços de fansubber (para não falar outro termo um pouco mais feio), mas sei que é um trabalho que mesmo que “di gratís”, ainda assim existe algum prejuízo ao autor.
Cada audiência “di gratís” é centavos a menos na conta de um Hayao Myazaki, na conta de um Akira Toryama, na conta de uma Madhouse. E esses centavos juntados viram milhares, que viram milhões (dependendo da audiência), que poderia ser revertido em novas séries, que podem ser bacanas ou podem ser uma porcaria total. Este é o mercado da arte.
Se no começo das “fansdubaggens” alguém pensasse em uma forma de distribuição diferente, de forma que todos (fansdubbers, criadores e audiência) ganhem, como este exemplo, as coisas mudam. Ajudamos a quem gostamos, (talvez) ganhamos um dinheiro ou até um DVD da série para nossa coleção (um trabalho de tradução sei que é difícil, mas como muitos podem traduzir, então é um trabalho de valor diluído), enfim…
Só agora surgiu uma Crunchyroll, um Kickstarter e outras formas de curtir as séries favoritas pagando um preço em conta (eu não tenho grana para isso ainda, infelizmente :crying: )
Admitam: se vocês trabalhassem em algo que não desse um retorno esperado, provavelmente vocês desistiriam, certo?
Eu provavelmente desistiria sim, caso estivesse na posição de profissional e não tivesse retorno financeiro. No entanto, estaria como profissional e não em uma condição frustante de pedir “ajuda” alheia para lançar algo, pois não acredito em mercado que funcione como o descrito nesta matéria. Quando o produto é bom, ele não precisa de artifícios pra ser lançado, pois se não houver interesse de empresas independentes, a proprietária acaba se instalando e comercializando suas obras. isso é o que empresas poderosas fazem, a Disney é um exemplo, e mesmo com a pirataria acaba tendo retorno. Não conheço o anime citado, mas imagino que não deve ser um dos favoritos (melhores) dos americanos, uma vez que lá existem pencas de títulos lançados em bluray a preço compatível com a situação dos otakus (não é tão caro como no Brasil). No mais, a licença torna o produto original nos estados unidos e não no Brasil, de forma que considerando a mentalidade mercantil de quem produziu a animação, a cópia lançada nos estados unidos afeta a receita que pode ser gerada no mercado local. O que quero dizer é, se querem lançar, lancem, mas não peçam dinheiro e montem um circo para parecer que estão sendo bons e fazendo um favor. Bem que o valor arrecadado acima do esperado poderia ser doado para alguma instituição que precise, já que a proposta da arrecadação é conseguir pagar a licença, produzir e distribuir os discos. Contudo, será dividido entre os japas e os caras que brincam de profissionais.
A Naoko Takeuchi tá certíssima em colocar imposições acerca da dublagem e licenciamento da sua obra, Sailor Moon. Cada palhaçada mundo afora!
Não se empolgou não, deu uma excelente resposta :)
No caso de profissionais de tradução, penso o seguinte: existem diversos tipos e necessidades de tradução. Para fazer trabalhos de mídia, imagino que uma comunidade aberta de tradução (como o Viki citado por ti, e se não estou errado, o Duolingo) é uma boa pedida. Bastando a tradução básica por iniciantes, depois com revisão feita por mais veteranos ou profissionais, imagino que o custo de tradução fique em conta ou de graça, mas pelo menos recompensando de alguma forma quem ajudou na tradução.
Cara, “bom” e “mau” é subjetivo muitas vezes. Eu curto “Battle Programmer Shirase”, “Akibaranger” e “Shirokuma Café”, e outros não. Um artista faz uma obra para o público. Se agrada “todos”, é o sonho realizado de muitos.
No caso da Naoko, em partes ela está certa, mas em outras ela acaba sendo um pouco “fresca”. Ela acaba perdendo oportunidades de ganhar mais com a obra também, mas claro, o interessante é que as obras dela procuram manter um padrão.
Pedir ou aceitar ajuda, ao meu ver, não é humilhante. Grande parte de pessoas que produzem para a internet solicitam doações para manter seus trabalhos. Para isso nasceu Kickstarter, Cartatase, entre outros sistemas de financiamento eletrônico de trabalhos. É uma forma segura de doar um dinheiro para aquele que fez uma obra da qual achou bacana, e ter a certeza que caso não dê certo ou desista no meio do caminho, o dinheiro volta em suas mãos.
E quanto a questão de licença, apesar das regras locais, o dono da obra é o dono da obra no mundo inteiro.
PS: cara, favor usar parágrafos. :)
Eu acho que eu só conheço o Bubblegun Crisis Tokyo 2014 (Exibido pela extinta Locomotion).
Eu fui uma das pessoas que contribuíram para essa campanha no Kickstarter, e quando soube dessa possibilidade de haver legendas em mais idiomas nos Blu-rays, pensei em me voluntariar para fazer uma tradução inglês-português. Porém, não fiz isso porque ainda tenho esperança de que alguém que fale japonês ofereça seus serviços, e sempre prefiro traduções diretas do idioma original.
Hum rum, são subjetivos sim. Obrigado pela observação sobre usar parágrafos, visto que a utilização deles faria total diferença em provas como o ENEM e tal (risos). se escreve tão truncado em comentários que nunca imaginei que chamariam minha atenção por algo parecido.
Também não acho humilhante pedir ajuda, só parece que acabou fugindo do proposito neste caso. sobre a licença, existem restrições sim, de forma que este produto torna-se legal dentro dos estados unidos, país onde os direitos foram adquiridos. isso não quer dizer que não possa haver legendas em português, muito pelo contrário, servir até mesmo como espelho, mas no final das contas, não existe autorização legal para distribui-lo dentro do Brasil, além do risco da mercadoria ser apreendida e tal. quem compra fora com frequência sabe direitinho como funciona isso tudo. :tongue:
Como mostrado no site dos caras, eles tem autorização para vender para o mundo todo, excluindo apenas Japão, Taiwan e China.
Sobre um DVD/Blu-ray ser apreendido ao ser importado… creio que também não seja o caso.
Dos 450 discos que tenho aqui, 55% deles foram importados de vários cantos do mundo e nunca tive nenhum problema com compra apreendida (e isso desde 2007, quando comecei a importar coisas).
Um ou outro foi tributado, o que é normal, mas nunca apreendido.
Que eu saiba, os únicos itens que são apreendidos ao entrar no Brasil são réplicas/simulacros de arma de fogo/munições (incluindo bb-guns), produtos não autorizados pela Anvisa e outras coisas do tipo (pelo que parece, coisas que “ferem a moral e bons costumes” também não são bem vindas).
Agora em geral, CD, DVD, BD, algumas bugigangas eletrônicas são entregues de boa, bastando se pagar os devidos impostos de importação, mas como a alfândega daqui é falha, a maior parte dos produtos acaba passando batido sem a cobrança desses impostos (e nossos bolsos agradecem por isso…).
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@Starro, queria deixar público aqui que eu continuo invejando a sua coleção. :laughing:
Mas mesmo se for um fluente pleno ou nativo japonês para traduzir para português, imagino que haveria problemas, pois gírias, palavras e conceitos inexistentes seriam meio problemáticos.
O seu conceito é legal, mas aí seria mais legal ainda se fossem pessoas que cobrasse um preço da qual não encareça muito o produto final ( o preço da tradução / dublagem tem peso na hora de trazer pra cá) .
Então este caso é uma exceção, pois se tratando de empresas independentes não se compra para distribuir mundo afora (eles não teriam dinheiro para tal), até por questão de logística, mas duvido que tenham mesmo os direitos como dito por você. Em relação a ter os discos apreendido é totalmente possível sim, eu mesmo tive compra (Tom and jerry) que nunca recebi feita na amazon dos estados unidos, devido a ação “maré vermelha”. então não é bem verdade que blurays entre outros produtos são certeza de serem entregues, apesar de no atual momento existir a cobrança antecipada dos tributos, fazendo com que os produtos cheguem mais rapidamente aqui no Brasil, uma vez que não são barrados.
:laughing:
Talvez tenha relação a época do licenciamento original, que foi feito no início da década de 90, e como eles foram um dos primeiros em negociar para fora do Japão, acabaram tendo uma boa relação com os produtores, mas realmente não se sabe.
Mas de qualquer forma, pra mim (e numa opinião totalmente pessoal), o mais importante mesmo são os japas que criaram esses animus receberem seus trocados, independente de eu ter comprado a edição do Japão, dos EUA, Alemanha, Coreia ou mesmo Hong Kong (já que no Brasil eles quase não são lançados).
Claro que comprando do próprio Japão a fatia deles é bem maior, mas os preços dos releases de lá também são absurdamente mais caros, então tenho que apelar pros outros países. =(
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Sobre a Maré Vermelha, realmente tem muita coisa dessa época enroscada na alfândega, mas pode ser que não esteja tudo perdido, porque há 3 semanas mesmo eu recebi aqui uma notificação de tributação e quando fui buscar eram meus Blu-rays de Yu Yu Hakusho, comprados na Amazon em Janeiro (!) de 2012 (!!) e que até então tinham se perdido na Maré.
Demorou 22 meses, mas acabou chegando. lol
Segundo o aviso que colaram na embalagem, a demora ocorreu porque a Amazon não colocou a etiqueta informando o que continha dentro, etiqueta essa que realmente não está presente nesses pacotes da Amazon e que geralmente todas as outras lojas colocam (e na verdade, não tinha nem etiqueta de remetente nesse pacote da Amazon), porém não sei se compras de outras lojas que continham essa etiqueta certinha também se enroscaram na Maré Vermelha ou não.
Esta versão classica da Bubblegun Crisis, não teria trazido ao Brasil, mas isso foi somente foi lançado nos EUA em VHS e DVD. Só falta mesmo é lançar em Blu-ray. E podia mesmo é lançar o Bubblegun Crisis Tokyo 2040, em Blu-ray.