Ansiosamente aguardado pela legião de fãs do animê que revolucionou a programação infantil da TV brasileira nos anos 1990, Os Cavaleiros do Zodíaco: Bravos Soldados – exclusivo para PS3 – foi lançado oficialmente em 28 de novembro no país. Com o preço salgado de R$ 199,00 na maioria das lojas, oportunamente esperamos o preço baixar para adquirir o game, jogar e fazer esse review.
Sim amigos: o jogo não vale o que cobram. É divertido e nostálgico, mas abusaram do valor – o mesmo cobrado por jogos do calibre de The Last of Us e GTA V. Mesmo que esse seja um preço “padrão” pros lançamentos para PS3 no Brasil, é difícil pensar em popularização do console no país com essas palhaçadas.
Tudo bem que a Sony pouco liga pra nosso mercado, mas desperdiçar uma oportunidade de ouro dessa, que só a força da marca Os Cavaleiros do Zodíaco consegue ter por aqui, é uma burrice tão grande quanto atacar um cavaleiro duas vezes com o mesmo golpe…
Sem qualquer cacareco dentro da caixa, desses que qualquer fã adora guardar, o jogo acompanha um DLC (conteúdo para download, se você não é habituado com o mundo contemporâneo dos games) do personagem Shion de Áries com armadura de ouro. Algumas lojas disponibilizam também um box – azul ou vermelho – com um pacote de temas personalizados dos Cavaleiros do Zodíaco para enfeitar sua interface de navegação do PS3.
Em tiragem limitada, está à venda também uma edição especial do jogo com um Cloth Myth do Seiya versão OCE – Original Color Edition. A bagatela de R$ 449,00 não compensa – a não ser que você tenha um salário de mais de 8000…
Mesmo com a oportunidade de fazer “o jogo definitivo” da série, a Namco Bandai safadamente resolveu compilar as três fases oficiais da história no game. Temos assim os capítulos Santuário, Poseidon e Hades. Asgard foi solenemente ignorada, com os produtores preferindo colocar várias versões de um só personagem como selecionável do que desenhar uns nove extras (oito guerreiros deuses + Hilda) e uns cenários a mais. E olha que um DLC do Seiya com armadura de Odin foi lançado!
De longe o cavaleiro de Pégaso é o que tem mais “versões” no game. Há o Seiya com três versões da armadura de bronze, com armadura de Sagitário e com sua armadura divina de Pégaso. Além do já citado DLC da armadura de Odin, há outros do cara com cores do mangá (OCE), roupa de treinamento, roupa civil… As armaduras divinas dos demais cavaleiros de bronze foram ignoradas (!), mas ao menos é possível comprar DLCs do Shun com armadura de Virgem e Ikki com armadura de Leão.
Uma coisa que não entendemos na cabeça desses produtores é quais critérios eles levam em consideração na hora de escolher os personagens que terão num jogo. Na fase Poseidon fizeram duas versões do Kanon (uma com capacete e sombra nos olhos e outra sem o capacete) mas ignoraram a Tetis de Sereia. Dos chamados cavaleiros de bronze menores (aqueles figurantes que os bonecos nunca chegaram no Brasil pra vender :P), somente Jabu de Unicórnio e Ichi de Hidra foram sortudos.
A saga de Hades foi a que contou com mais “corte de pessoal”. Tudo bem que Massami Kurumada desenhou personagem pra K7, mas novamente fica na mente aquela sensação de “poderiam ter deixado de lado esse ou aquele outro e colocado mais uns espectros…” ou então “porque não usaram isso como um skin?”.
Deixando de lado a chorumela de fã, vamos ao que interessa: os aspectos técnicos.
Na parte gráfica, qualquer fã da série se emociona: é tudo muito bonito e fiel até onde é possível. Alguns personagens são lindos e até uns sem graça (como a Marin e o Cavalo Marinho =P) se tornaram legais de se jogar. E por incrível que pareça, a Saori vestindo aquela sua alegórica armadura divina consegue se mexer bem – só pra correr que é ruim pra caramba :P. Os cenários estão com um visual ótimo, mas os que são referentes a fase de Hades deixaram a desejar no tocante de “espaço útil”.
Uma coisa MUITO decepcionante foi o uso de uma espécie de “slideshow” legendado para posicionar o jogador do evento no game equivalente ao anime. Enquanto as máquinas Pachinko contaram com animações refeitas da série original, resolveram utilizar células da animação para preencher a história do jogo entre uma luta e outra. No começo você até acha nostálgico e tals, mas depois fica de saco cheio e começa a pular essas partes sem pensar duas vezes.
A trilha sonora reciclou as utilizadas nos jogos para PS2 e do anterior (Batalha do Santuário). Saint Seiya foi um anime cheio de defeitos, mas não há como criticar sua trilha sonora e esse é um aspecto que ainda fica muito a dever nos games da série.
O nível de dificuldade do jogo não é nem um pouco desafiador, e o estilo “esmaga botões” permite que qualquer pessoa consiga assimilar em poucas partidas a manha da jogabilidade. Os combos são simples de serem feitos e o uso da “velocidade da luz” durante as batalhas é imprescindível para zerar o jogo. Diferente do joguinho de PS2, aplicar os “especiais finais” (ataques Big Bang) não está muito fácil – tem que acumular muito cosmo e estar a uma distância curtíssima do personagem.
Completando as lutas alcançando uma série de “missões” anunciadas, você vai conquistando troféus e preenchendo uma galeria de coisas inúteis que você acha no menu do jogo. Tem cards da coleção cruzade, fotos de Cloth Myths, modelos dos personagens, vídeos dos especiais big bang e os orbes. Os orbes são itens que você adquire de acordo com a “qualidade” da sua batalha. Eles podem ajuda-lo a “roubar” (hihihi) durante as batalhas melhorando o desempenho do seu personagem. É bem interessante se você for usar em batalhas online na PSN =P.
Sim… Você pode disputar com outros jogadores online. É legal pacas e será uma das duas coisas que motivará você a continuar com o jogo depois de zerá-lo. A outra coisa que lhe dará motivação é juntar os amigos que já devem estar chegando à casa dos trinta (ou já estão definitivamente) para jogar uma partida de PS3 na frente de sua TV de alta definição. O que vai ter de neguinho gritando os golpes em português com uma empolgação infantil…
Bravos Soldados consegue fazer isso: despertar o lado criança que existe dentro de toda uma geração. Bonito de se ver, relativamente fácil de se jogar, o jogo supera de longe o (já esquecível) Batalha no Santuário e lembra aqueles divertidos jogos de Naruto pra PS2. A tradução em português é um item que está muito bom, mas há umas concordâncias incoerentes, e frases que ficam broxantes na hora da vitória (como as da deusa Atena :P). Quem não for muito íntimo do universo da série poderá achar que o termo Sobrepeliz, referente as armaduras dos espectros, foi traduzido erroneamente. Na verdade o erro se deu na versão brasileira – que chamou as armaduras de Sapuris.
No mais, não ter uma versão de Pegasus Fantasy é um pecado que esperamos não ser cometido num vindouro jogo da série… Ou você realmente acha que não farão mais um para preencher as brechas desse? E tomara que os produtores não deixem de fora uma versão dublada em português, que seguramente se tornaria o jogo mais vendido da história no Brasil – em nossa humilde opinião..
Realmente o joguinho é bem agradável de se jogar com os amigos (como a maioria dos jogos “VS”) e realmente transforma qualquer fã em criancinha outra vez… XD
eu acho aquele lance de troféus uma coisa desnecessária, mas nesse jogo eu fiz questão de arranjar o troféu platina. ^^
e sim, o jogo é muito fácil, não me recordo de ter tomado Game Over nenhuma vez no modo história (a não ser pelo troféu de levantar 10x ^^)
Por falar em Cavaleiros, o Netflix vai adicionar toda a Saga de Hades no acervo deles dia 22 de Janeiro. Link aqui: http://filmes-netflix.blogspot.com.br/2014/01/videos-nao-disponiveis-e-futuros.html#more
Jogos atuais do calibre de The Last of Us ou Beyond saem custando 149, por isso Bravos Soldados foi muito salgado e realmente, não vale o preço, no mais, ótima resenha o/
A Focus Filmes faliu? Cadê o Samurai X(BD e DVD), A Princesa e o Piloto(DVD), A Princesa e o Cavaleiro(DVDs restantes), e mais um monte de coisas que ela disse que ia lançar??
Também estou aguardando o Robô Gigante(DVD) com áudio original, e O Oitavo Homem(DVD), ambos da Cult Classic.
Lembrei também de Saint Seiya Omega em Blu-ray. Chegou janeiro, e nada. Acho que a Playarte vai abandonar a série logo logo.
Galera, sei que isso não tem muito a ver com esse post, mas alguém aí tem notícias desses e de outros lançamentos em Home Video, que estão sem paradeiro?
Bem eu realmente não tenho interesse nesse jogo, não joguei esperando exatamente as criticas. E bem nenhuma delas me agradou, pois assim como vc destacaram que o jogo é somente pra fãs, e de jogo dos Cavaleiros somente pra fãs já basta o ultimo,que ao meu ver é bem decepcionante.
Sobre o Preço se não me engano o Batalha do Santuário,o jogo anterior, foi vendido no lançamento a 149,90 agora pq raios deram um Level up nesse preço no novo nunca saberemos.
Só comprei esse jogo porque tem um pessoal vendendo a cópia digital no Mercado Livre por meros R$ 60,00. Aí sim acho justo pelo que apresenta. Achei a resenha excelente, para mim os pontos fracos do jogo são os mesmos que foram citados, falta os personagens da saga Asgard e muitos outros que seriam muito mais uteis que as infinitas roupas adicionais, a trilha sonora também é broxante, lembra de longe as da série de Tv e o modo história sendo contando no modo power point é de muita vadiagem mesmo. No resto dá pra se divertir muito com o jogo se você for muito fã da série (pelo menos se você pagou o que eu paguei não tem do que reclamar hehe). Os gráficos estão bem semelhantes ao visual do anime e os golpes são pura magia. Parabéns pela crítica JBOX.
Aguardo agora uma continuação foda com a saga de Asgard e os personagens dos filmes incluídos também não seria mal, se possível também a trilha sonora original do anime e as animações do remake para o Pachinko seria o máximo do máximo. Pela vadiagem e falcatrua desses japas, acredito que a dublagem nunca vá acontecer….mas se esse milagre do sétimo sentido vier…haverá um novo big bang.
Sobre Saint Seiya Ômega, ainda é dia 05 de Janeiro, deveremos ter confirmação de algo só daqui a umas 2 semanas, ou uns 10 dias pelo menos. Não que sua suposição não tenha chances razoáveis de acontecer, mas é meio cedo pra pensar nisso ainda.
E sobre o jogo, concordo com o que foi dito, se fosse mais barato, valeria mais o preço.
Colocaram o ichi só porque ele apareceu num game de psp ai aproveitaram as vozes e largaram ele no jogo
Eu já esperava que esse game fosse bem fraco, pois eu tenho o outro que saiu pra PS3, não vale mais que 50 pilas, e vc tem que ser muito fã pra comprar… infelizmente…
Como gostaria que o jogo de PS2 fosse localizado por aqui com as vozes brasileiras…
Só uma coisa me incomodou: porque no modo história eles ainda cismam em fazer como nos 16 bits? Colocar imagens estáticas dos personagens com texto embaixo é desperdício de espaço de Blu Ray. Porque não colocaram vídeos do anime com legendas ou até mesmo como foi em Hades do PS2 com gráficos poligonais atualizados.
É um jogo que caça níqueis para nostálgicos meio que feito as pressas em certos pontos. Mas o tratamento da adaptação da série no game ficou aquém de Naruto e Dragon Ball em certos pontos.
Parabéns gostei muito da Resenha: CDZ – Bravos Soldados
Jogo bem ruim isso sim, estava na maior ansiedade e depois que zerei o jogo já encostei, a mecânica do jogo é tão ruim que não existe a competitividade,jogar online é algo tenebroso,dificilmente se consegue quebrar a defesa do adversário ou mesmo fazer um mísero combo completo,isso por que a barra de cosmo quase sempre enche rapidamente após algumas porradas.
Sem falar que o jogo é basicamente um reciclagem do primeiro para o PS3, tudo chupinhado,DLCs,personagens e especiais, só tiveram trabalho mesmo é de adaptar a câmera e criar meia duzia de personagens para a saga de poseidon…
Resultado, jogo encostado a muito tempo….