Uma das coisas que mais me enchem o saco aqui no JBox é a galera que vive me pedindo pra fazer reviews de jogos de Tokusatsu. Primeiramente, acho que essas pessoas não sabem usar a barra de busca do site, pois se usassem, veriam que falei de Justirisers, All Kamen Rider: Rider Generation, V.R. Troopers, Power Rangers Movie: The Fighting Edition e Uchuu Keiji Tamashii. Claro, eu poderia simplesmente reciclar alguns textos antigos meus de jogos de Tokusatsu, mas prefiro criar conteúdo novo.
Enfim, se você é um jovem na casa dos vinte e poucos ou já passou dos trinta e tantos, possivelmente você assistiu aos Tokusatsus na Manchete, não? Ou na Record, Globo, Gazeta, SBT, etc, etc, etc. Estou correto? Pois bem, na época onde o mertiolate ardia e o Biotônico Fontoura era o único contato de crianças normais com o álcool, e se permitia tudo (como bonecos de ação de Rambo), era normal que nós, seres infantes, pequenos exus, brincássemos de lutinha, fazendo nossos próprios tokusatsus, certo? Nos anos 1990 isso não mudou muito, pois muita gente brincava de Power Rangers… O que tecnicamente é a mesma coisa, já que tudo não passava de uma desculpa esfarrapada pra batermos em nossos amiguinhos e eles ainda gostarem da gente. Sim, não me olhe com essa cara que você também era assim, viu? O fato é que adorávamos fingir que éramos nossos heróis favoritos. E um jogo recém lançado nos dá a chance de criarmos nossos próprios heróis. Falo é claro, de Chroma Squad, jogo brasileiro que permite a criação de um Super Sentai… Será que ele vale a pena?
Explicando parece ser complicado, mas fique calmo que tudo funciona de maneira tranquila e cada recurso novo que expliquei no parágrafo anterior é introduzido gradualmente no jogo, de modo que você não fique perdido.
Os personagens podem trabalhar em equipe, e essa colaboração inclusive é necessária para o golpe finalizador (cês sabem, aqueles que explodem coisas). Tudo funciona de maneira simples e intuitiva.
As batalhas de Mecha são bem simples de se executar, mas complicadas de explicar. Elas se passam em turnos. Há um icone de ataque e um de defesa, além dos golpes especiais, que podem ter um ou mais ícones na tela (dependendo dos upgrades de seu mecha). Ligado ao seu ícone de ataque, há uma porcentagem (de acerto) e um multiplicador (de dano), quanto mais ataque, maior o multiplicador e menor a porcentagem (diminui 10% a cada hit), e esse multiplicador de dano também serve para o boost de defesa do mecha, e para o dano causado pelos golpes especiais. O turno acaba quando o seu mecha erra o ataque, o ataque especial é desferido ou a defesa é ativada.
Graficamente, apesar de ser 8-bits, possui cenários muito bonitos (levando-se em conta a limitação da pixelização), e apesar de a princípio eles serem um tanto repetitivos (questão de orçamento da meta linguagem do jogo, quanto maior seu estúdio, maior a variedade de cenários), eles passam a variar mais nas temporadas finais. Cada personagem possui uma característica visual única e muitas vezes pode remeter a alguém famoso, seja ator, esportista ou personagem fictício. Quanto à disposição das cores, quem cria é você, sendo tradicionalista ou maluco (sei lá, tem gente que quer fazer sentai com roxo, laranja, marrom, branco e verde) e isso se reflete no seu uniforme, que vai se alterando conforme os novos equipamentos vão sendo comprados.
A trilha sonora é muito foda, sério, não tem outro adjetivo. Ótimos chiptunes que casam com cada momento do jogo. Seja ele tenso, tranquilo ou de reviravolta. O tema disponível não decepciona. E ainda temos dois temas cantados no jogo: o tema de abertura, “Power of Love, Chroma Squad!”, cantado por Shuu Koyama (vocalista da banda japonesa Scoobie Do), e o tema de encerramento, “Be Brave”, cantado por Hitomi Go.
E caso você seja um fã de longa data de Tokusatsu, espere ver um monte de referências a séries do gênero (e a outras coisas da cultura pop) durante a sua jogatina, além do que, há uma campanha extra inspirada por outro gênero, no caso o Kamen Rider, que estende ainda mais seu tempo de jogatina.
Finalizando, Chroma Squad é fantástico. Seja como meta jogo, seja como jogo. Ele entrega uma história simples, mas que se torna grande com o decorrer da jogatina. Eu, que não costumo gostar de RPG’s táticos, mergulhei absurdamente nesse mundinho. Se você é fã de Tokusatsu, faça um favor a si mesmo e compre.
Nota final: 10
Chroma Squad está disponível para PC por R$ 27,99, e futuramente sairá para XBox One, Playstation 4 e PS Vita.
Akibarangers the game? :) (Tá, tá, sei que pareço um fã chato… :tongue: )
Parece interessante. Depois vejo como é o jogo. :laughing: Falando nisso, não deixou o link com referência onde comprar, ou é só no Steam e não tem mais nada externo?
otimo site e aproveite o embalo e mande este site para o saban começar a fazer seus sentais 100 por cento norte – americanos e para de fazer adaptações dos sentais japoneses como vem ocorrendo desde o incio da decada de 1990 e se ate paises como a frança e china temos seus sentais 100 por cento originais pq a saban ñ pode fazer assim nos stats não é senhor saban?????
hehehe Eu havia comentado sobre este jogo semana passada e me avisaram que uma matéria já estava em andamento! Eu sou um que já pentelhou aqui pedindo matéria de jogos da minha franquia preferida que é do Ultraman que tem título para quase tudo o quanto é console e arcade. A maioria é fraca, mas tem títulos que se destacam (ao menos se destacaram em sua época).
Sobre Chroma Squad, lembrando o que o Eduardo comentou, ele sofreu uma ação da Saban quando começou a aparecer versões de testes em diversos sites, tanto é que o jogo teve que citar a referência em Power Rangers, mesmo que aqui no Brasil a gente sabe que nossa referência esta mais ligada ao Sentais originais da Toei.
[spoiler on] Aliás, li em uma análise do jogo que em um momento do jogo, existe uma brincadeira sobre o efeito substituir cenas com os atores sem uniforme exatamente como a Saban faz. [spoiler off]
Em outra matéria com os desenvolvedores brasileiros, foi comentado uma coisa interessante. Eles conseguiram um bom apoio financeiro no Kickstarter, mas o valor que eles realmente receberam foi bem menor do que o original arrecadado devido as taxas e impostos pagos no exterior e especialmente aqui no Brasil para receber o dinheiro.
O visual esta mais para um 16bit SD do que 8 bit.
8 bit não tem tantas cores nem detalhes, os pixels são maiores. Este jogo esta mais para um conversão mal feita de jogos 8 bit para 16, que eram comuns na época da guerra Snes X Mega.
Mas isso não importa pois o visual ficou bacana e a diversão é garantida! Jogar em português traz textos bem divertidos, vários clichês as adaptações que nossas versões brasileiras precisavam efetuar na dublagem. :smile:
Já vão fazer isso no filme reboot da série, tanto que Dino Ninjas será o sucessor dele.
Saban é ridícula, eles se acham os criadores do genero.
Seria foda se vcs comentassem, tipo, sobre o jogo…
Pq toda análise de jogo que aparece, rola off-topic :angry:
Interessante. Um simulador/RPG de Super Sentai, boa idéia…@Makoto: a Saban infelizmente representa os sentais no ocidente porcausa da mutreta entre a Bandai e a Toei…em último apesar de quem deveria se manifestar em relação ao jogo seria a Toei (criadora dos gêneros Super Sentai)…alias as gerações mais velhas se lembram de Changeman, Flashman, Google V e Maskman (as únicas sentais “puras” exibidas aqui e que serviu de base ao Chroma Squad)…as gerações mais novas a referência são os Powerful Rangers (Akibarangers, não resisti a piada), ou melhor dizendo Power Rangers…Off.: O povo reclama, mas podia ser pior, podia ser Os Jovens Tatuados de Beverly Hills (Barrados/Malhação + Sentais- Qualidade)…ou simulador religioso onde você constroi uma igreja,templos, coleta dizimos, conversa com o povo, dá apoio moral,compra emissoras de tv e afins até chegar a templos monumentais,etc…