Neste mês de julho, aconteceu em São Paulo mais uma edição do Anime Friends, o maior evento da América Latina a tratar de cultura pop japonesa.
Deixamos mágoas passadas de lado (leitores antigos entendem) e estivemos lá na segunda semana, nos dias 17, 18 e 19, registrando os destaques da convenção.
Nessa primeira parte da cobertura, trazemos um compacto das palestras das editoras NewPOP e Panini, focando nos anúncios e um ou outro assunto pertinente (lançamento de JoJo não está nessa pauta…).
Confira no vídeo acima e assine o canal para não perder a 2ª parte (com Bandai, Crunchyroll, Tetsuo Kurata e os shows!).
As editoras comemoram eufóricas as vendas mas ainda não perceberam que a bolha vai estourar e vai estourar pra valer. Será que os caras não perceberam que a economia brasileira está em retração? Euforia é o primeiro passo para a crise.
Eu prefiro a jbc, falando nisso jbox bem que vocês poderiam colocar meu rosto como capa do site.
“Maior da América Latina” Cara, com que fontes se afirma isso? A propósito quando dar mais ou menos de público o Anime Friends?
Há muito tempo que se afirma isso.
E creio que as fontes simplesmente sejam o fato de não haver outro evento de mesmo porte na região.
“Deixamos mágoas passadas de lado (leitores antigos entendem)”
Não sou um leitor das antigas e gostaria de saber: qual foi a treta de vcs com o AF? :wink:
Eu queria saber que vendas são essas com a divulgação ruim que elas tem? Afinal, quem consome são novos leitores ou os que viveram a vibe dos animes na era de ouro? Hoje em dia com a concorrência de tanta mídia não sei como ainda mantém mercado de mangás…
Toda vez que falam do Anime Friends , sempre anunciaram dessa forma seja aqui ,seja na GLOBO, seja na Record seja onde for ele sempre foi anunciado como o maior evento de cultura pop japonesa da América latina.
Parabéns pela reportagem JBOX ficou muito foda ,estive la os 2 dias 18 e 19 e foi muito bom os shows do Flow e do Home made Kazoku, aguardando a 2 º parte da reportagem ^^….. e Tirar a foto com o Tetsuo Kurata é algo que jamais vou esquecer *-*
Aff Essa Beth é muito grossa e seca… Nem dá vontade de comprar mais nada da Panini cada vez que ela fala alguma coisa… se não tem como ser simpática arranja um porta-voz melhor para a empresa… tá loco…
Você deve ser um economista de renome pra afirmar isso com tanta propriedade, até hoje aguardo a “bolha imobiliária” do Rio de Janeiro estourar e nada, tendo em vista que o mercado imobiliário é muito mais instável que o editorial, como você afirma isso?
O mercado de mangás está super aquecido, deviam se basear mais em fatos e menos em achismos.
Eu não sou dessa era de ouro infelizmente, porém conheci ambos pela própria internet, então não acho que não vá ter novos fãs por isso, é simplesmente achar, gostar e continuar, foi o que eu fiz, conheci os animes e posteriormente os mangás por acidente e não parei mais até hoje, então tudo é possível!
Obs: óbvio que assisti naruto, Dragon Ball, CDZ na TV porém conhece-los com anime mesmo foi somente na internet!
Crise de cu é rola, nos anos 90 tínhamos 15% de desempregados, 30 milhões de famintos, o salário mínimo era inferior a 100 dólares e nenhuma espectativa de melhora, o que tínhamos de mangá no Brasil era notícias na revista Herói, o Brasil melhorou demais em 13 anos, tudo bem que o último ano e meio ta cagado, mas se comparar aos anos 80 , 90 até 2002 ta bem melhor. Quanto a bolha dos mangás, se eles apostam é porque o risco ta sendo menor que os lucros, editoras choram e são covardes, se estão publicando é porque a situação ta ótima, quando a coisa perigar serão os primeiros a cagar no pau…
Sobre distribuidoras, por que estas editoras não se ajuntam e criam uma alternativa?
Quando alguém lançar Konjiki no Gash Bell, ai que o negocio vai ficar bom de verdade. :smile::wink:
Você faz parte da parcela dos usuários curiosos que descobriram os animes na internet. É uma parcela considerável e não ampla. Que divulgação temos dos animes e mangás. Você por acaso vê algo de porte notável sendo feito externamente tipo “Naruto na Netflix” dizer que um canal tem uma anime e uma editora tem um mangá e soltar a nota em sites de nicho não é atrair novos leitores, propaganda boca a boca e eventos ajudam, mas não resolvem o problema de captação de novos leitores totalmente. Você pode até achar que quando você mora numa grande metrópole onde esses grandes eventos acontece que o produto anime (ou mangá) é consumido amplamente, mas é só uma noção territorial que você tem.
Eu poderia citar outros problemas, mas estou cansado.
Caro Calvin, felizmente não sou um economista, mas posso te garantir que todas às vezes em que determinado setor do mercado vive um momento de superprodução, a fase posterior é de crise com a ostracização deste. A História está aí para nos provar isso. A Crise de 29 que o diga. Moro no ABC e vejo como os mangas por aqui vivem cada vez mais encalhados nas bancas, e olha que é uma região de elevado potencial econômico. Na verdade, acredito que as editoras devam ser mais sensíveis e menos excitadas. Essa ideia que venho abordando aqui já há um tempo é também partilhada por um dos maiores especialistas de mangás do Brasil, Sérgio Peixoto, editor da extinta Animax. Ele já em certo momento destacou em uma publicação a questão do processo da saturação do mercado de mangás.
Como vc sabe disso? Animes e Mangás são fenômenos no mundo todo, na América Latina, não somente no Brasil.
Sou da época em que não existia divulgação de anime e mangá ( que troço é este!?) em lugar NENHUM, eles eram usados como tapa- buracos em emissoras estatais e, quando tinham tratamento decente, era por ter feito sucesso na Europa, como foi o caso de MARCOS- apresentado no SBT logo após o Show de Calouros todo domingo…
Na época em que AKIRA estreou nos cinemas, fiquei eufótico, mas era criança e não mandava no meu bolso… Mangá, então, eu só sabia que exisitia este eu m tal de “Mai, a garota sensitiva” (!?) porquê lia as resenhas no jornal- sim, eu era uma criança alfabetizada num lar de gente analfabeta e tinha de ler o jornal e o dicionário para os adultos, o que moldou minha cultura, kkkk… Lobo Solitário, então, para mim era só uma versão charta e japonesa de Tex, que só os adultos liam. Hoje, sei que era uma obra-prima. Ainda é.
Por tudo isto, fiquei muito feliz com a chegada dos Cavaleiros do Zodíaco e o primeiro boom de venda de produtos licenciados neste setor. Já trabalhava nesta época e comprar a revistinha de divulgação “Herói” era sagrado, tirasse de onde fosse o capital (honestamente, of course). Logo, eu “evoluí” para a Japan fury e, posteriormente, a Anime Do, que me abriram os olhos para a indústria do entretenimento japonês de forma mais substanciosa que a pioneira e seus intermináveis resumos de episódios dos Cavaleiros do zodíaco “atualizados”…
Foi com imensa alegria que acompanhei Dragon Ball Z pela Band “Kids” e os primeiros mangás no sentido oriental de leitura da Conrad. Naquela época eu tentava comprar de um tudo que era lançado nas bancas: Evangelion, Ozanari Dungeon… Estranhava os cortes e erros de diagramação, mas como tudo era uma novidade, eu achava eu era assim mesmo no original.
Logo se tornou inviável colecionar tanta coisa, mas este era um problema meu, não do mercado como um todo. Fiquei anos fora deste universo, até poder voltar a investir e encontrar na JBox uma fonte divertida (adorava ler os comentários!) e confiável de informação nesta era de Internet. Infelizmente, devido á problemas pessoais, tive de me afastar de novo deste maravilhoso mundo, justo num momento tão profícuo desta indústria, em que até light novels já são lançadas em português. Mas nunca deixo de acompanhar este incrível site para ficar por dentro do que eu NÃO VOU ADQUIRIR agora- mas que no futuro poderei buscar nos balaião da vida e promoções dos sites pacotes inteiros…
O que eu quis dizer com estas historinhas da vida? Muitas coisas: Que quem investe neste mercado se vira apesar da crise; que não existe só a internet para se divulgar e se informar; e que a relação de amor do brasileiro com as artes japonesas vem de muito antes dos cavaleiros do Zodíaco e companhia, baby… Não subestimem os tiozinhos. Até porquê, geralmente são eles quem pagam as contas todas.
Confesso que achei graça quando no fim da palestra o Cassius levanta e anuncia a vinda de Orange e sai “I like boss”, embora pessoalmente o anúncio da publicação de Akame Ga Kill pela Panini tenha me agradado mais.
Acredito que o nervosismo contribuiu para que ela tivesse esse comportamento mais ríspido, por assim dizer, embora eu prefira que a Beth seja direta da forma como foi nessa palestra do que ficar sendo evasiva com relação a situação dos títulos na “geladeira”.
Nunca houve divulgação decente do material nipônico porque os estúdios donos destes materiais entregavam pra qualquer um e dependia da sorte pra cair no gosto popular.
Vivi tudo isto também, mas Cavaleiros teve sucesso na exibição porque era uma época diferente: a Televisão era o principal meio de comunicação do povo na época então valia a pena trazer essas produções porque eram baratas e davam grande retorno com produtos licenciados.
Nunca teve um investimento de qualidade: somente tivemos uma época menos pior.
A época das revistas informativas morreu faz um tempinho.
Paulo e curiosos. Estima-se que o público do AF atinja, durante os 6 dias um público de 200 mil pessoas, sendo o último dia o responsável por cerca de 1/4 do público total.
Não tenho uma fonte, mas já li alguns reviews de evento em algum lugar que não me lembro. Sem contar que, quem já foi sabe o porte do evento, impossível ter um evento maior, tanto em pessoas ou número de atrações, na América Latina.
^^v
A BGS também é o maior evento de games na América Latina. Brasil \o
Estava me lembrando disso, quando tinha meia dúzia de mangás por R$3,90 nas bancas tinha muita gente que tinha dificuldade em comprar. Não era opção escolher apenas o que se queria como fazem hoje que compram mangás aos baldes todos os meses.
Quando essa última crise mundial estourou para valer anos atrás em outros países houve o registro de aumento de vendas de consoles e jogos, então crise não significa necessariamente menos vendas em alguns setores. O risco não é de as pessoas por aqui deixarem de comprar mangá, o risco é continuarem lançando novos títulos em grande quantidade, disputando com as outras editoras quem coloca mais títulos na bana, sem variar e atrair novos consumidores. Isso inevitavelmente vai chegar em um limite de vendas, o que é inevitável. Queria ver outros títulos por aqui, sou daquele tipo que raramente fica empolgado com um lançamento. Aliais, dólar alto é uma boa desculpa para trazer alguns títulos “diferentes” (Utsubora :sad:), porque muitos vão preferir comprar aqui do que importar como já fazem.
Engraçado é que quanto se tinha menos títulos por aqui não tinha dificuldade nenhuma em encontrar. As editoras foram começar a querer abraçar o mundo que começou a ficar complicado achar alguns exemplares, isso sem contar editoras com distribuição porca como NewPop e Nova Sampa que fazem o trabalho usando setorização.
Se continuar assim vamos ter logo um efeito Conrad em breve.
Como a Beth comentou na palestra, existe apenas uma distribuidora no Brasil. A culpa nesse caso não é tanto das editoras não… Em trecho que não foi pro vídeo, o Junior da NewPOP inclusive comenta sobre pacotes de mangás que retornam sem sequer terem saído do lacre. Ou seja, às vezes a própria banca não põe o que recebe à venda. O melhor jeito nesse caso é pedir pro jornaleiro o título na banca respectiva…
Se não põe o que recebe é porque não tem procura ou a procura é fraca. Aqui quando chega algo da Newpop só encontra-se em um local – que é uma livraria recém aberta e só volumes de Madoka. Pra que expor um produto que não tem divulgação direito com produtos com maior saída?