Saudações inca-venusianas! (Awika!) O mês tá agitado, tá corrido… Bora fugir um pouquinho dessa onda xarope da política e vamo se atualizar sobre nossos heróis? Mente quem diz que tokusatsu é velho. Tanto é que não existe idade certa para curtir bons clássicos. E como prova disso, a casa terrestre do Ultraman tá preparando um novo projeto voltado para atrair os mais jovens. Simbora, marmanjada!


Renovando público

Para atrair a nova geração de fãs japoneses, a Tsuburaya anunciou nesta semana o projeto ULTRAMAN ARCHIVES. Trata-se de um empreendimento multimídia que contará com vídeos, publicações escritas e produtos comerciais para renovar os clássicos da franquia. A fim de apresentar ao público que não está acostumado com as séries Ultra, o projeto vai contar com acervo de imagens, fotografias, entrevistas com a equipe de produção e críticas e depoimentos de fãs e artistas.

O kaiju Garamon em sua primeira aparição em Ultra Q

ULTRAMAN ARCHIVES (o nome é grafado oficialmente com tudo maiúsculo) será inaugurado às 18h (horário de Tóquio) de 17 de novembro de 2018 no Aeon Cinema Itabashi. Os convidados são o diretor Toshihiro Ijima e o mangaká Naoki Urasawa (20th Century Boys, Monster). Além disso, haverá exibição especial do episódio 19 de Ultra Q (de 1966), “Desafio do ano 2020“.

Confira nos slides os produtos que homenageiam o episódio:

O plano é exibir também episódios de Ultraman, Ultra Seven e O Regresso de Ultraman. Veja o que vem por aí:

https://www.youtube.com/watch?v=wggX3ZKD-9c

Para mais, visite a página oficial do evento.


Fora do ar

As séries Ultraman Leo, Ultraman 80, Ultraman Max e Ultraman Mebius (foto) estão fora do catálogo da Crunchyroll deste o meio-dia deste domingo (14). Uma nota foi divulgada apenas dois dias antes dos títulos serem expirados. A data foi a mesma do lançamento de Ultraman Max em 2014 pelo canal de streaming. O comunicado garante que, pelo menos, Ultraman X ainda estará disponível.

Mais detalhes sobre o caso e também sobre quais séries Ultra ainda estão disponíveis no catálogo nesta notícia publicada aqui no JBox.


Super Sentai via streaming… nos EUA

Enquanto sofremos baixas de títulos por aqui, os gringos são agraciados com mais opções. A Shout! Factory distribui a partir de agora as séries Super Sentai lançadas pela empresa no canal de streaming Tubi.

São elas: Zyuranger (foto), Dairanger, Kakuranger, Ohranger, Carranger, Megaranger, Gingaman e GoGo V.


Dupla temporada

Um documento de produção vazou uma informação sobre Power Rangers Beast Morphers nesta quinta (18). A nova temporada será na verdade duas. Uma em 2019 e outra em 2020, totalizando 22 episódios cada.

Aparentemente, a segunda temporada não terá o prefixo “Super” como acontecia na fase da antiga Saban Brands.


Operação: Mistério

Kaiki Daisakusen, um clássico sobrenatural da Tsuburaya do ano de 1968, vai ganhar uma box em Blu-ray. Apenas o episódio 24 (de um total de 26) não estará incluso na coleção (como acontece há algum tempo também em reprises na TV japonesa). Previsão de lançamento para 6 de março de 2019 na terra do sol nascente.

*Nota da coluna: Saiba mais sobre Kaiki Daisakusen nesta resenha publicada pelo mestre Alexandre Nagado (via Blog Sushi POP).


Kuroto em Kamen Rider Zi-O

Tetsuya Iwanaga reprisará o papel de Dan Kuroto/Kamen Rider Genm, de Kamen Rider Ex-Aid, nos episódios 9 e 10 da atual série. Kuroto se torna um Another OOO, após os Time Jackers notarem sua excessiva sede de poder.


Kaiju do Zodíaco?

A NASA – curiosamente – oficializou uma constelação nesta quinta (18). Seu nome? Godzilla. De acordo com o arquivamento oficial, um aglomerado de estrelas contém (teoricamente) altos níveis de raios gama, bem como a respiração atômica do rei dos monstros. Merecidíssma homenagem!


Kamen Rider incerto no ocidente

Shinichiro Shirakura, diretor da Toei e produtor de Kamen Rider Zi-O, deu uma declaração inusitada sobre a distribuição de Kamen Rider no ocidente. Um fã perguntou (em inglês) via Twitter sobre a possibilidade de haver uma base de fãs suficiente para o mercado de distribuição no Ocidente. A resposta de Shirakura foi negativa:

Eu acredito que não há praticamente uma fanbase de Kamen Rider no ocidente.

Ficou a entender que a franquia atende apenas a um nicho de público por aqui e que não teria a mesma força como no Japão. Questionado pelo público, Shirakura respondeu com outra impressão:

Ok, ok. Apreciando os fãs de Kamen Rider no exterior. Honestamente, estamos apenas conscientes disso, exceto a extensão dos fãs de Super Sentai. Porque sabemos que a aderência de Kamen Rider para o Ocidente falhou de novo e de novo, enquanto Super Sentai conseguiu (êxito/sucesso) como Power Rangers.

Agora, gostaria de saber como podemos atender a franquia Kamen Rider em todo o mundo, diretamente, não sendo adotada (ou de alguma forma) Mas não estamos indo em frente. Por favor, nos dê mais algum tempo.

O fracasso de Kamen Rider no ocidente se refere às adaptações Masked Rider e Kamen Rider – O Cavaleiro Dragão.

Admitindo não ter um inglês fluente, Shirakura acredita que Kamen Rider não teve êxito como Super Sentai, que é conhecida internacionalmente como Power Rangers. Porém, mostrou interesse em encontrar uma maneira de distribuir a franquia de alguma forma. Na ocasião, um fã sugeriu que fosse criado um fã-clube internacional de tokusatsu pela Toei. Shirakura responde:

Tenho certeza de que isso pode ser um avanço.”

O futuro é incerto quanto à franquia Kamen Rider no ocidente. Mas há casos isolados como a exibição de Kamen Rider Amazons pela Amazon Prime e a existência do portal Premium Bandai para compradores estrangeiros. Isso já serve como uma possibilidade para o futuro.

*Nota da coluna: fiz um breve comentário sobre o caso no Blog Daileon.


O último “kikerá”

Mais uma voz da nossa infância se cala para sempre. Maximira Figueiredo nos deixou nesta segunda (15). Nem preciso dizer que ela marcou os fãs de tokusatsu como personagens como Kilza em Jaspion, Aracnin Morgana em Jiraiya e Rainha Pandora em Spielvan. Essas duas últimas personagens foram vividas pela também saudosa Machiko Soga. Aliás, é quase impossível não pensar em Machiko sem imaginar a voz de Maximira. Assim como a atriz japonesa, a dubladora nasceu para ser vilã na história do tokusatsu. No bom sentido, é claro. Maximira interpretou mocinhas e heroínas nas séries do gênero.

Estou muito triste para falar sobre isso e só tenho que agradecê-la pelo legado que deixou a todos que admiram sua carreira, principalmente como dubladora. Jamais existirá outra mulher com a mesma força de interpretação como a dela. O grito “kikerá” agora é de saudades.

Esta edição é dedicada a você, Maximira.

Descanse em paz.