A esse ponto você já deve ter assistido ao primeiro trailer de Os Cavaleiros do Zodíaco, a série que estreia ano que vem na Netflix e reconta mais uma vez o início da saga que foi uma febre no Brasil nos anos 1990. E até aqui você também já deve estar sabendo das mudanças sofridas, mais ainda de uma em específico que causou barulho e se mostrou a escolha inclusiva mais preguiçosa por parte dos envolvidos: Shun agora é uma mulher.
Antes de falarmos sobre isso, vale destacar um ponto importante, pois não é a primeira vez que acontece (ou quase acontece). O anime original, produzido a partir de 1986, nunca teve relevância nos Estados Unidos, o que é uma baita perda para a sua produtora, a Toei Animation. A série só teve uma chance por lá no começo dos anos 2000, quando já estava totalmente datada e quando anime de porrada já não era novidade (eles já conheciam Dragon Ball Z e Yu Yu Hakusho). Soma-se a isso as diversas censuras sofridas. Não deu audiência, saiu do ar, os DVDs foram descontinuados num primeiro momento.
Porém, alguns bons anos antes disso, os Cavaleiros quase ganharam um filme live-action no mercado americano, o que seria a entrada da marca por lá. Um teaser super trash só foi vazado recentemente e nos mostra porque nem o Masami Kurumada (autor da obra) aprovou. E olha que o homem aprovou muita coisa duvidosa depois disso…
O ponto importante da tosquisse desse projeto em live-action mora justamente no Shun. Na época, os responsáveis já tentaram aquilo que agora se tornou realidade, a mudança de gênero do personagem. Isso até poderia fazer muito sentido pra sociedade da época, mas cola de um jeito muito torto nos dias de hoje.
A Netflix e sua parceira no projeto, a Toei, certamente estão preocupadas em emplacar os Cavaleiros nos Estados Unidos com essa nova animação. Junto com o trailer em português, também foi lançado o trailer em inglês e o mesmo não aconteceu no Japão (lá, foi lançado o mesmo trailer em inglês, com legendas em japonês). Além da animação em computação gráfica, tornou-se necessária a inclusão de uma mulher entre os heróis principais da trama, de modo a conversar com a necessidade de representatividade feminina que há em séries de animação ocidentais atualmente. Mudar o Seiya seria drástico demais, é o protagonista que carrega o nome original da série. Eles tinham o Hyoga. Tinham o Shiryu, o Ikki. Mas escolheram o Shun.
No quinteto principal de heróis da série clássica, Shun é o mais emotivo, o mais delicado. Ele evita ao máximo a violência, não lhe agrada a ideia de ferir ninguém. Ele representa a constelação de Andrômeda, uma mulher. Sua 1ª armadura no anime inclusive tem seios, e ainda é de coloração rosa. Obviamente, jogado na cultura ocidental, tornou-se motivo de chacota homofóbica. Um garoto que gostasse do Shun quando criança poderia ser alvo fácil de piadas na escola. A bichinha, a mulherzinha. E nem vou falar da polêmica cena na casa de Libra…
A existência do Shun como ele é era justamente um dos diferenciais positivos e inclusivos por si só. Afinal, vivemos numa sociedade enraizada de machismo, e ter um personagem que mostrava que um homem também poderia ter um aparência frágil, chorar e continuar sendo homem era um ganho enorme na quebra de estereótipos – mesmo que o autor nem tenha pretendido isso. Quando os responsáveis pelo novo anime escolhem Shun para se tornar uma mulher, assumem o preconceito em todos os lados. Um personagem efeminado só pode ser mulher, uma personagem mulher tem que ser a delicada.
Pode até ser que os roteiristas tenham transformado a nova Shun em uma mulher “badass“, valente e pronta pra porrada, mas isso não torna a escolha menos preguiçosa. O trailer nos revela por exemplo, que as amazonas (ou “mulheres cavaleiro”, como denominou nossa antiga dublagem) continuam a usar máscara, uma submissão imposta na história original. Os Cavaleiros do Zodíaco: Ômega (2012) não emplacou, mas se arriscou mais nesse quesito, com uma personagem do elenco principal que questionava seu uso. Antes disso, no excelente Lost Canvas (2006), também tivemos a Yuzuriha, que dispensava a cobertura de seu rosto. Por que não criar uma personagem assim do zero ou arriscar a mudança de gênero nos outros três do elenco? Não, vamos de Shun que é mais fácil.
Ainda falta um bocado pro novo anime ser lançado, ainda há muito o que se discutir até lá. Fato é que essa escolha só vai mexer com quem é fã das antigas e que não parece ser muito o alvo dessa série. Pena pros novos meninos que podem perder um exemplo diferente de homem, como a geração dos anos 1990 teve. Pena também para as novas meninas, que podem ter só uma única heroína com o estereótipo comum. Aliás, para elas, Saintia Shô pode ser algo mais valioso.
A existência do Shun como ele é era justamente um dos diferenciais positivos e inclusivos por si só. Afinal, vivemos numa sociedade enraizada de machismo, e ter um personagem que mostrava que um homem também poderia ter um aparência frágil, chorar e continuar sendo homem era um ganho enorme na quebra de estereótipos – mesmo que o autor nem tenha pretendido isso.
melhor avaliação!!
Desconhecia a existência desse live action, agora sei da onde saiu essa “ótima ideia”.
Fiquei triste com essa mudança no personagem, ele é meu cavaleiro favorito.
E olha que na própria história existe a amazona de bronze June de Camaleão que é praticamente ignorada, ela poderia muito bem ter mais destaque.
cara isso foi bizarro, decisão mais estranha que eu já vi.
Eu to bastante puto como fã , que consome produtos todos os anos, gasto dinheiro e etc, ter que ver o SHUN agora ser mulher. Eu sempre fui de zoar ele, mas sempre comentava nos foruns o quão importante era o jeito do Shun para a série. Ele era um homem diferente, e existem homens diferentes daquela forma. A Netflix ama cagar em obras boas, outra coisa que vão cagar é tirar o brilho das pandora box’s , pra colocar pingentes, usando exemplo da primeira temporada de ÔMEGA( onde isso não emplacou e voltaram com as caixas) e do pior filme da história de Saint Seiya. Eu estou pessimista, e torço pra essa porcaria dar muito errado. Chega de cagar em CDZ, o Kurumada já faz isso demais.
Realmente pareceu uma solução preguiçosa, poderiam ter criado uma personagem nova.
De qualquer forma, a Shun não usa máscara, diferente das outras amazonas.
O que comprova que o Kurumada só inventou isso para manter segredo sobre a identidade da Marin…
Era o que eu estava pensando desde que descobri que o Shun seria mulher. Em A Lenda do Santuário, Milo virou mulher, e eu olhei, pensei, e falei “ok, parece legal”. Mas o Shun? Quem teve essa ideia não assistiu (ou leu) mais do que uma vez, rapidamente, e não pensou direito no que estava fazendo.
Perfeito! Por isso estou tão incomodado. Eu quando era garoto era igualzinho ao Shun e ver aquilo num desenho de porradaria me validava muito. Era importante demais. Aliás, não precisava nem criar uma personagem nova. Eles tem a JUNE DE CAMALEÃO dando sopa ai sem desenvolvimento nenhum, poderiam muito bem terem incluido ela nos protagonistas e seria super bem-vindo. Eu to triste pra caramba.
ainda da tempo de corrigir isso ate a data de estreia, boicote a netflix pra que deixem o shun como homem. mudança de sexo em cdz nao.
Compreendo esse ponto de vista e respeito.
Escolher logo o Shun para ser a personagem feminina, parece uma escolha preguiçosa por ele ser um personagem diferenciado. Porém, me recordo quando eu era criança assistindo cdz na manchete e me questionava por que o Shun de Andrômeda não era uma menina, já que a armadura tinha seios e era regida por uma princesa da mitologia. Me perguntava, aliás, porque não tinha uma menina no grupo principal e pq as que existiam ou usavam vestido e eram salvas (Saori, indo de encontro à real representação mitológica da Atena, que só fui ter conhecimento anos depois) ou uma amazona que tinha que esconder o rosto sob pena de represálias…me sentia excluída como menina. Logo, interpreto essa decisão com um viés positivo.
Hj continuo sendo fã, tenho a mente aberta à novas interpretações, mas vejo muito gente adulta não sabendo lidar com frustração por que mudaram uma coisa ou outra. O Shun como amamos e conhecemos não foi extinto, continua no clássico e presente em obras que estão sendo lançadas. Essa obra é só mais uma adaptação. Nada muda, só acrescenta ao mundo de ss.
Espero que seja uma obra ótima e vou assistir primeiro para poder formar minha opinião.
Conseguiram desagradar a direita e a esquerda nessa. Parabéns pros caras! Mas parabéns mesmo, uniu os dois! Cavaleiros do Zodíaco mais uma vez fazendo história, hahaha!
Benimaru é o próximo
Esse era o diferencial e fora que é unico que tinha namorada oficialmente, transformando em mulher se perde muita coisa e para finalizar como fica hades e a cena do descongelamento será tratada como estupro?
A gente nem sabe se vai chegar até Hades, e muita coisa pode mudar até lá. Consertar a história é fácil. Descaracterizar o personagem foi imperdoável.
O descongelamento só foi erotizado no anime, no mangá é uma cena ok, então de novo, consertar a história é fácil, e nesse caso já tem até de onde copiar.
Poderiam ter mudado qualquer um dos outros cavaleiros. Poderiam criar uma personagem nova. Poderiam colocar em posição de destaque alguma das personagens femininas que já existem.
Escolheram mudar o Shun. O cavaleiro que vive sendo salvo também.
Se tá falando do Benimaru do KoF, fique tranquilo. Apesar da aparência “jojonica”, ele o sujeito mais mulherengo da franquia. Esse num vai sofrer mudança nenhuma.
Mas se tratando de netflix vão monstra possível cena de estupro, mas como consertar hades? Não vejo como.
Nenhum personagem deveria mudar de gênero. Que dessem mais destaque às amazonas já presentes, como a Marin ou a Shaina, ou mesmo que criassem uma personagem feminina nova.
O fato de ser o Shun ou não o personagem transformado em mulher só mostra uma solução preguiçosa de roteiro para abraçar uma agenda.
De uma coisa eu sei: se tivesse mudado o gênero do Seya, Hyoga, Shiryu ou o Ikki, o choro teria sido bem maior. :v
Mana, a questão é que o jeito do Shun é importante. Como já dito no texto, ele quebra estereótipos demais no mundo ocidental. Mesmo sendo menina, já me sentia contemplada pela Marin, June, Shaina e Saori, e sem contar a Pandora que veio mais tarde (mesmo como antagonista). A Shaina era uma puta duma personagem que eu amava.
Essa questão da máscara sempre me incomodou também, mas o fato do Seiya sempre levar os louros mesmo quando não participava de uma luta me enchia o saco; O fato de ver meus colegas de escola zoando o Shun por ser delicado e fofo incomodava demais.
O Shun representa muito na minha vida, e é o personagem que fez eu ter muito mais interesse por personalidades delicadas, gentis e fortes, e por me fazer PERCEBER que não existe só um tipo de MACHO no mundo: Existe os fora do padrão. Isso por si só significa demais.
Então claro que ficarei frustrada. Muito mais fácil colocar a June como uma personagem principal em desenvolvimento, do que mudar JUSTAMENTE o Shun.
Permita-me parabeniza-lo pelo texto excelente!
Shun sempre foi, de longe, dos meus personagens favoritos, justamente por fugir daquela imagem estereotipada do comportamento “machão” – delicado em suas ações e gestos, era um homem de extrema força interior e exterior.
Mas, na lógica inteligentissima deles, pra que ensinar uma nova geração a respeitar todos os tipos de masculinidade, se dá pra “justificar” a fraqueza e a delicadeza como características femininas inatas?
Se vier pro Brasil eu não assistirei, pois me recuso a dar audiência para um negócio grotesco desses!
A impressão é que dá como comentários como estes acima é que alguns fãs QUERIAM que fosse Seiya, Hyoga, Shiryu ou o Ikki o Cavaleiro à ter o gênero mudado, e isto também seria um problema.
Eu entendo o seu ponto de vista mas, neste caso específico, não entendo como sendo uma escolha para abraçar uma agenda, mas para agradar ao mercado americano, onde não protagonistas na pegada do Shun.
Concordo contigo: talvez o caminho não fosse mudar o sexo de ninguém, mas dar a mesma importância para os cavaleiros e a amazonas (afinal, elas não ganharam o status que têm se não tivessem méritos, né?).
Compreendo, Nazu. Respeito sua opinião e concordo com vc da importância do Shun, que dos cinco é o que mais gosto também justamente por suas peculiaridades. Só que a opção de transformarem ele numa menina não anula a existência nem a importância dele como menino em outras obras. Só foi uma releitura. Só acho que não precisava desse auê todo que o fandom está fazendo rs
Ótimo artigo!
Seria um problema por quê?
Existe um problema muito particular em transformar o Shun em mulher, e o artigo disse qual é. Outros tantos comentários aqui reforçam o que diz o artigo.
Acho que fãs não queriam mesmo, mas não é disso que estou falando. Ninguém está falando isso, aliás. O diretor novo quis, e mudou, ponto. Eu só disse que poderia ter mudado um dos outros. Qual seria o problema de um Shiryu mulher, por exemplo?
Matéria perfeita e que faz todo o sentido, se vão alterar o original, então, coloquem uma nova personagem, do zero como disse.
E “reler” um garoto sensível como uma mulher não é um problema, tanto para garotos sensíveis quanto para mulheres?
Discordo complementamente que poderia ser outro bronzeboy, em personagem original não se mexe! Mexeram no Milo e ninguém gostou, pq eles continuam teimando em mexer nos personagens pra agradar um público que nem fã do anime é?! Fala sério! A representatividade feminina já existe no desenho original! Shina e Marin são amazonas de PRATA , estão acima dos bronzeboys, mas sempre foram desvalorizadas, mostradas como fracas e inúteis, pq eles simplesmente não aproveitaram melhor as garotas?! E tem Atena também, que sempre foi mostrada como uma típica princesinha que precisa ser salva o tempo todo! Ela é a deusa da GUERRA justa, mano! Por que não fazer ela com um espírito mais forte e com mais atitude?! Isso sim seria mais fácil ainda, porém completamente digno, pois daria reconhecimento a personagens que já existem e sempre foram subestimadas. Mas não… Vamos mexer no Shun, pq ele incomoda!
Ninguém é exagero. Eu gostei do Miro mulher em A Lenda do Santuário.
Você é uma rara exceção, certamente não é da minha geração.
Talvez eu seja mais velho que você mesmo.
Tem mais de 40?
Te tiver mais de 40 e pensar desse jeito, então você é a exceção das exceções.
36. Você já era adulta formada quando o anime passou na TV pela primeira vez? Ok, está aí algo que eu não esperava.
Sem dúvida. Você sim é a representante da demografia. Fazer pesquisa com fãs de mais de 40 anos é besteira: é só perguntar pra você.
Desde quando ter 40 anos é já ser formado quando o anime passou a primeira vez? Está muito enganado, alguém com 40 anos tinha uma idade confortável para ver e entender o anime quando ele passou a primeira vez. 😘
“Adulto formado” é já ser adulto, só isso. Tem mais de 40 anos e nunca viu essa expressão?
E definitivamente não disse que um adulto não entenderia o anime quando passou no Brasil pela primeira vez. Claro que entenderia, ele foi feito para crianças, afinal de contas. Só não era comum. Se você diz que eu sou hoje exceção da exceção, você assistindo Cavaleiros do Zodíaco em meados da década de 1990 na Manchete era o quê? Padrão é que não era.
Veeeei, isso é sério? O Shun era o diferencial, agora que mudaram o gênero dele só vão estereotipar as mulheres como frágeis, pq o shun é sensível e sempre está sendo salvo pelo os outros(pelo menos no anime), não era mais fácil colocar uma nova amazona ali dentro da equipe? Cadê todas aquelas amazonas que eles fazem questão de deixar sempre de fora? Eu adoraria a Marin ou a Shina ganhando mais importância, só pq elas não são de bronze não significa que não dá pra encaixar, affs
Um adulto?! Estamos falando a mesma língua?! Por que em momento algum eu me referi a ter 40 anos quando o anime passou pela primeira vez, eu perguntei se você tem mais de 40 anos pq na época que o anime passou quem tem 40 anos hoje era adolescente. Ou você está pensando que Saint Seiya é coisa dos anos 2000? Cdz foi lançado em 1986 e lançado em 1994 aqui no Brasil. Eu estava me referindo à criança ter idade suficiente para entender o anime na época.
A mesma língua eu acho que sim, mas a mesma matemática talvez não.
Como você disse “mais de 40”, estou imaginando 40 e alguma coisa. Quem tinha 18 anos (adulto, portanto) em 1994, ano que Cavaleiros do Zodíaco foi transmitido pela primeira vez no Brasil, tem 42 anos hoje. Está aí seu “mais de 40”. E é “mais” um pouquinho só.
Nunca disse que tinha mais de 40 quando o anime saiu. Estou dizendo que quem tem hoje mais de 40 provavelmente já era adulto quando o anime estreou no país. A não ser que tenha apenas exatos 40 ou no máximo 41 anos. É esse o seu caso?
Ou morava no Japão quando foi lançado lá? Ou através de VHS antes de sair na TV quando ainda era criança?
Se tiver só 40 ou 41, portanto ainda não era tecnicamente adulta em 1994, não acho que eu seja de uma geração “diferente” da sua com meus 36 anos, o que torna essa discussão toda mais idiota do que já parece.
Falta de fidelidade com o material original, e com exceção do Hyoga, criaria algumas mudanças bastante drásticas na trama.
O único problema particular do Shun se tornar mulher é que é a solução mais preguiçosa entre as opções possíveis. Não seria “preguiçoso” tornar o Shiryu uma mulher, mas seria problemático também e afetaria todo o relacionamento dele com outros personagens – a não ser que a Shunrei virasse lésbica.
Quando a reclamação se resume em “eu quero que lacrem, mas quero que lacrem do meu jeito” ela perde um pouco de validade, desculpe.
Tornar o Shun claramente homossexual, ainda que na série original ele não seja de fato, teria sido mais interessante em termos de representatividade inclusive do que mudar o gênero dele ou de qualquer outro personagem. Ou então, que simplesmente dessem mais tempo de tela para Marin ou tornassem a Saori mais pró-ativa.
Agora, mudar a identidade estabelecida de um personagem, independente de qual seja, nunca é o melhor caminho.
Também, na verdade. Esta série não tem outro objetivo que não seja popularizar Os Caveleiros do Zodíaco no mercado norte-americano.
O problema é que o Miro, assim como boa parte dos personagens, é um tanto mal escrito e vazio. Então meio que não fez muita diferença.
A diferença dele para com os bronzeboys é o fato destes serem protagonistas.
Hades preocupado com seu receptáculo^^ brincadeira a parte seu comentario foi perfeito.
Calma, calma, é que vocês não deram tempo pros produtores. Na seqüência (se houver….) a Shaun vai fazer “transição de gênero”, daí ela muda o nome pra Shun e vira o personagem que todos conhecem….Eh, eh, eh….
A questão não é “se vier”. Vai vir. É original Netflix e eles postaram o trailer dublado em português no canal deles. É óbvio que virá.
O ideal é que tivessem transformado o Ikki em mulher
Me pergunto o que vai acontecer com o Misty, o Afrodite…
Ai eu me pergunto: Se eles não pretendem mudar a história, mas sim um remake, como vão fazer para o shun mulher ser a reencarnação de Hades?
apoiado, faria mais sentido uma mulher de atitude e decisiva do que uma mulher passiva quando ñ é neutra
Pode me excluir dessa sua sociedade “enraizada de machismo” de discurso chulé de curso de Humanas e me incluir no conjunto unitário dos que preferem que Andrômeda seja uma amazona.
Esse foi o pior texto que li sobre essa polêmica do Shun. Em vez de exigir respeito à mitologia da franquia, veio com chorumela esquerdista. Isso é que é ser “preguiçoso”: usar texto politicamente correto pronto e submeter a própria inteligência à visão política do establishment.
Da minha parte, sou extremamente chato com a questão da fidelidade à franquia – para mim, a verdadeira trilogia sequel de Star Wars é a Trilogia Thrawn e ignoro completamente o lixo da Disney, por exemplo. Mas por incrível que pareça eu concordo com essa alteração do personagem Shun de Andrômeda.
Nunca gostei do fato dos Cavaleiros de Andrômeda, Virgem, Aquário (no anime é uma figura feminina que segura o jarro, embora as representações mais antigas dessa constelação usem uma figura masculina) e Sirene serem homens, dado que são personagens mitológicos femininos. O coerente seria que fossem mulheres, mas os “shonen de batalha” raiz dos anos 80/90 sempre foram “animes de homem” e a violência acima da média do CdZ raiz atesta isso.
Já hoje com a nutellização de franquias oitentistas, essa diferenciação de público caiu por terra e tudo agora é censura e mimimi. Destarte, essa questão pode ser “corrigida” e que personagens femininos usem essa armaduras em versões igualmente femininas, como as Santias que usam vestidos helenizados para ficar mais coerente. Colocar uma mulher numa armadura masculina mudando apenas um detalhe ou outro como fizeram com essa Andrômeda é que é uma solução preguiçosa.
“…quando eu era criança assistindo cdz na manchete e me questionava por que o Shun de Andrômeda não era uma menina, já que a armadura tinha seios e era regida por uma princesa da mitologia.”
Pensei que eu fosse o único que pensava assim. Inclusive acho que isso se aplicaria também às armaduras de Virgem, Aquário (no anime a constelação é representada por uma mulher que segura o jarro) e Sirene.
Só achei preguiçoso mudarem pouco a armadura de Andrômeda, que para ficar coerente deveria ser verdadeiramente feminina como as armaduras com vestidos das Santias ou a de Sirene, que tem até uma saia!
É o “politicamente correto”: pode-se mexer em tudo menos no que já é politicamente correto.
Pelo que estou vendo seria menor, pois se o Ikki virasse mulher ia ser um baita “empoderamento” para essa turma.
Nunca tente cobrar coerência do “politicamente correto”: é perda de tempo.
=D
Nessa altura do campeonato, nem vou rir disso porque pode acontecer de fato.
A princípio não vejo problema dessa mudança, afinal, não sabemos como será a personagem. E qual o problema de uma personagem feminina sensível porém poderosa, como é o Shun? Parece que a moda da protagonista vestida de rosa virou um tabu, ficou datado e agora é necessário seguir outro estereótipo, que é a badass como a mulher maravilha, tanto que vejo gente defendendo que a melhor opção era o ikki por causa disso e iria criar discussões da mesma forma. Melhor assistir para tirar conclusões corretas.
Concordo com sua observação, mas não acho que deva ser uma regra, sabe? Temos a Hilda e Lyfia como representantes de odin e a seraphina de LC como representante de Poseidon, o que quebra esse questionamento que estão fazendo da Shuan não poder ser a representabte de Hades. Só ficar suave e apreciar a obra rs
Mas nutella é mó gostoso.
Também gostei do Miro mulher.
A sua opinião favorável a essa mudança foi muito sensata, assim como a opinião do Rafael que escreveu o texto sendo contra. Eu pessoalmente achei a mudança desnecessária, mas também estou preferindo aguardar para ver como isso vai ser feito para só depois formar uma opinião, e estou curioso.
Não desculpo não, porque você está atacando um espantalho. Ninguém diz “quero que lacre do meu jeito”.
Representatividade é bom. Acho desnecessário modificar uma obra antiga para isso, mas se quiserem fazer, muito que bem. O problema dessa mudança é que ela diminuiu a representatividade, não a acrescentou. Então, mesmo na sua linguagem, isso não é um “lacre”.
E “fidelidade” não é critério de qualidade. Autores de obras vivem mudando, mexendo e deixando que mudem.
O problema é reforçar o estereótipo de que mulheres são sensíveis, homens são brutos. Coisa que o Shun original desafiava.
Shiryu tem a Shunrei só pra constar
Por que diabos o SHUN mulher nao usa máscara já que ela agora é uma amazonas. Tem amar alguém ou matar. Kurumada Como me libera!! Kurumada zoa de mais vai apoiar a continuação de Lost Canvas.
Parabéns pelo excelente texto!
Mas o Shun trata a aquela amazona como namorada realmente.
Com as exatas palavras “quero que lacre do meu jeito” ninguém disse mesmo, mas o sentido do que é dito é exatamente este, por parte de alguns. Não é um espantalho, o sentido é este.
Ter uma mulher ou um afeminado não faz diferença para a representatividade. Representatividade neste sentido é ter qualquer coisa que não seja um homem branco heterossexual cisgênero tendo destaque. Antes havia um homem afeminado, e agora há uma mulher. Para o critério de representatividade, continua na mesma, sem regredir ou aumentar.
E sim, fidelidade é um critério de qualidade. Nunca vi um autor fazer um reboot da própria obra (no máximo autorizar) e alterar gênero de personagem que ele criou há 30 anos atrás.
Enfim, se simplesmente tornassem a Saori mais pró-ativa ou dessem mais destaque à Marin ou Shaina, as coisas seriam diferentes.
Você dizer “o sentido é esse” não muda o sentido. Você dizer “é critério de qualidade” não faz com que seja.
Eu já expliquei e não vou explicar nada de novo. Pense como quiser e passar mal.
Prefiro SHUN mulher, aliás, ja ouvi falar q inicialmente Kurumada desenvolveu SHUN como mulher, mas a editora cagou tudo…
Saintia Sho está péssimo. Parece Sailor Moon. Um mundo paralelo em que as mulheres só podem ser protagonistas porque só tem praticamente mulheres na história. Queria que houvessem transformado o Seya e o Ikki em mulheres.
É verdadeira essa história?
Embora eu não tenha me sentido incomodado ainda com a ideia (e acreditem, eu sou fã do Shun, foi o primeiro personagem da série que conheci), e digo ainda porque vou esperar ver a série, podiam ter incluído a personagem June de Camaleão, uma amazona de Bronze muito interessante e pouquíssimo explorada na série, tanto no mangá como no animê. Com certeza iria agradar ao público de longa data como também ao mais jovem.
Eu acho enjoativo.
Sou da época da bala Soft e do “guarda-chuvinha” de chocolate.
=D
Nos anos 80/90 quase não haviam personagens femininos nos shonen de batalha, exatamente por ser voltado ao público masculino dessa época, que gostava de histórias militarizadas e de combates.
Mesmo assim, sempre achei que as armaduras de Andrômeda, Virgem e Sirene tinham que ser de Amazonas, dado serem personagens mitológicos femininos.
Eu não simplesmente disse ao léu de forma vazia. Eu argumentei. O sentido é esse sim, você quer que lacrem, mas tem que ser do seu jeito. Se não for do seu jeito, você não vai ficar satisfeito.
“Ain, todos podiam virar mulheres, MENOS O SHUN”.
Ah, me poupe. E você me desejar um “passar mal” mostra o quanto você não aguenta debater o contraditório de fato.
Hmm, não, não argumentou? Não sobre a sua leitura da minha mente, “tem que lacrar, mas tem que ser do meu jeito”. Quero dizer, _eu_ expliquei, argumentei, porque não é o caso, e você ignorou e só disse “é isso que eu to falando sim”.
Sobre o outro ponto (fidelidade = qualidade) vá lá, você argumentou: “qualidade é o que o autor fez originalmente porque quando refazem eles não mudam, então deve ser bom”. Mas ignore isso por enquanto (continuo discordando e tenho contra-exemplos ao seu argumento), o anterior, sobre o qual você não argumentou, me interessa muito mais. Vou me repetir aqui, tentando expor meus argumentos de forma mais clara dessa vez.
“Quer que mude mas só se for de um jeito específico”
Bom, de saída, isso é óbvio não é? Todo mundo que quer algo, quer do seu jeito. Se você está com fome, você quer comer, mas não te serve qualquer coisa para comer. Algumas coisas você talvez precise passar fome ao invés de comer.
Mas nem é esse o caso aqui.
Em primeiro lugar, eu não queria que mudasse. Quem quis mudar foi a equipe de produção. E, admitidamente, foi por motivos de acrescentar representatividade.
Então eu expliquei, e explico de novo, porque essa mudança não acrescenta representatividade.
Removeram uma representação masculina que é diferente dos demais protagonistas, cada um deles com suas histórias mas em termos de personalidade não muito diferentes entre si (battle shounens são histórias simples, afinal, nada demais nesse aspecto). Só um era diferente: o Shun. Ele representava algo diferente.
Então o transformaram em uma mulher. Na melhor das hipóteses, mantém-se, no total, a “quantidade de representações”. E assim seria se assim fosse, mas uma mulher no papel do Shun, a não ser que o personagem seja ainda mais modificado, vai ser bem parecida com as que o anime já tem, em particular, a Saori.
A Saori é uma deusa, por favor, ninguém tem nem perto do poder dela, mesmo assim ela vive sendo capturada, precisando ser salva, etc. Em resumo, ela é forte mas não escapa de ser uma donzela em apuros.
O Shun vive precisando ser salvo também. A Shaun vai ser outra donzela em apuros. Não estou nem discutindo se esse é um modelo bom ou ruim, mas o fato é que não se acrescenta nada.
Assim, para aumentar a representatividade, diminuíram a representatividade. E era para alguém ficar feliz com isso?
—
O “passar mal” foi meu auto-corretor.
Se eles forem manter essa tendência de mudar o gênero de personagens afeminados, acho que o Afrodite também vai virar mulher.
Eu argumentei sim. Só não descrevi com extremo requinte de detalhes, mas expliquei o meu ponto. A sua afirmação literal tem o mesmo significado da afirmação que eu atribuí à ela. É a mesma estrutura. Sim, eu argumentei ambos os pontos.
E se você não queria que mudasse, não deveria defender o ponto de que “não haveria problema” em por exemplo, transformar o Shiryu em mulher.
Eu concordo que o Shun tinha características únicas, e talvez fosse o mais bem escrito entre os 5 cavaleiros originais, até pelo próprio roteiro e pelo que acontece na Saga de Hades. Mas mudar qualquer um deles, sendo o Shun ou não, é danoso para a história e cria diversas incoerências que só podem ser consertadas com mais mudanças desnecessárias.
Por outro lado, a Saori só precisa ser salva porque ela não sabe o quanto é forte ainda. E quanto à Shaun, bom, esse reboot vai ter uma série de mudanças, e vai que tornam ela uma mulher forte e independente. Talvez você goste disso, mas eu particularmente acho ruim desde o princípio.
Para mim foi uma decisão coerente, Shun era um personagem que seria melhor representado se fosse uma garota, tanto pela deusa que representa quanto pela feminilidade que ele transbordava. Quando eu era criança e vi pela primeira vez CDZ achei que ele era uma mulher.
Se ele fosse mulher antes, aquela cena com o cavaleiro de cisne Hyoga não ficaria tão estranha HAUSHAUSHUASHAUS
Logo parem de mimimi e pautas progressistas em cima do anime!
Tá bom, Denis, mas só porque você pediu com educação, tá?
Seu argumento é deveras imbatível: você achou que era mulher quando criança, portanto estão a fazer a coisa certa.
🖕
Observação: foi o próprio roteirista quem disse que a mudança de sexo foi motivada por uma “pauta progressista”, vá falar isso para ele! Se não conseguir fazê-lo mudar de opinião, essa caixa que já foi aberta não será fechada apenas porque você quer.
Deveriam ter mudado o gênero do Seiya, assim poderíamos chamar a obra de “Santa Ceia”
é, também não esqueçamos da diferença do Shun do Anime pro Mangá. O Anime classico transformou Shun num “bebê chorão” que sempre é salvo pelo Ikki quando enfrenta um inimigo mais poderoso. No Mangá, isso não acontece, o Shun enfrenta inimigos poderosos, e ele não depende do Ikki para vence-los, e até salva a vida do Ikki. Isso contribui e muito para o preconceito em relação ao Shun, que é o mais forte dos cavaleiros de bronze. Quanto a aparencia feminina do Shun, no Japão é considerado padrão de beleza, para os Japoneses, quanto mais feminino um homem na aparencia, modos, vestuario, mais bonito ele é. Os Japoneses consideram bonitos homens assexuados, que tem rosto e modos femininos. Para nós ocidentais é estranho, mas para os Japoneses é hiper-normal.
Verdade e foi um erro do Kurumada não ter feito um relacionamento entre o Shun e a June, dá para vê no anime que ela tem uma queda por ele e poderiam muito bem incluir ela como uma amazona de bronze entre os protagonistas!!!
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Não curti nem o Miro sendo mulher quem dirá o Shun, acho uma falta de respeito total, mas em fim creio que quem fez isso quis mesmo é polemizar, não tinha outro objetivo que não seja polemizar.
concordo plenamente, não deveria mudar sexo de ninguém, se quisesse destaque pra mulheres que focalizasse nas Amazonas existentes Shina, Marin, June até mesmo Atena.
antes fosse mas nem isso kkkkkkkkkkkkkkkkk
O que? O que vc disse? kkkk Zueira
xi…. é mesmo
Tbm acho que deveria ter explorado mais esse lado dos Bronzeboys, Shun e June, Seiya e Mino, Hyoga e Enri, achei a Enri muito mal aproveitada no filme. O Shyriu e a Shunrei já são aproveitados. Ah, o Ikki e a Esmeralda. Embora acho que o Seiya combina mais com a Saori. Antes que me falam, eu sei que a Enri é filler. Seria bacana tbm o Hyoga com a Freya, irmã da Hilda.
kkkkkkkkkkkk maldade, mas o Seiya só apanha, imagina só ele mulher apanhando xi….
Bem mencionada por você está abordagem sobre os casais, concordo plenamente e realmente Shyriu e Shunrei e o Ikki e a Esmeralda foram melhor desenvolvidos!!!
O Benimaru tem um negócio engraçado…
Numa revista Gamers antiga q eu tinha, havia uma tabelinha de relacionamento dos personagens, que influi no estoque de especiais do trio(vc deve saber o que é). E, por uma sacadinha da SNK, eu notei que o Benimaru era o único personagem do game que tinha bom ou ótimo relacionamento com todas as mulheres. Se eu não me engano, até mesmo as versões Orochi da Shermie e Leona rsrs
Eu lembro q dava pra ver melhor essa mecânica no KoF 98. Mas sim, Benimaru só num pega a própria mãe porque seria demais, o resto ele tenta traçar por igual. :v
Porque não introduziram uma amazona de bronze na estória junto aos cavaleiros, precisava mudar o sexo do personagem. Nas tartarugas ninja 3d introduziram um quinto personagem, não mudaram o Genero de ninguem.