A edição de janeiro de 2020 da Vogue Italia – que chegou nas bancas italianas nesta semana – não se parece como normalmente imaginamos uma revista de moda. Pela primeira vez em 55 anos de publicação, as luxuosas fotografias que estiveram gravadas na sua história não estão mais presentes e, ao invés disso, esta edição trouxe apenas pinturas e desenhos feitos a mão por astistas famosos e emergentes, substituindo as tradicionais sessões de fotos que geram custos ambientais em todo o mundo.
Esta ideia, inclusive, parte de um conceito beneficente e de sustentabilidade, num momento em que a revista parece tornar-se mais sustentável. “A equipe italiana queria mostrar que a arte e deslumbrantes imagens de moda podem ser criadas sem causar custos – viagens, remessas ou resíduos – ao meio ambiente”, disse o grupo Condé Nast em comunicado.
Além disso, a nova edição conta com 7 capas diferentes, sendo uma delas criada pelo ilustrador japonês Yoshitaka Amano, que é famoso por suas artes nos livros de Vampire Hunter D, além de ter desenhado vários personagens para os jogos da série Final Fantasy. Para a capa da Vogue Italia, Amano desenhou a modelo norte-americana Lindsey Wixson vestindo uma peça azul da Gucci. O resultado você confere abaixo:
Desde a invenção da fotografia, esta é a primeira vez que uma Vogue é publicada sem fotos. “(…) A Vogue Italia teve uma capa ilustrada e, até onde sei, nenhuma edição foi impressa sem que a fotografia fosse o principal meio visual”, disse o editor-chefe Emanuele Farneti. No ano passado, os consultores da McKinsey & Company comunicaram que até 2050, a indústria global de vestuário seria responsável pela emissão de um quarto do carbono (CO2) na atmosfera, e desde dezembro, editores da Vogue se comprometeram em contribuir para a preservação do planeta.
[Via USA Today, Metrópoles]
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