Segundo a edição desta quinta (4) da coluna P de Pop, do jornalista Rodrigo Fonseca, do jornal Estadão, Kamen Rider Black voltará ao Brasil via streaming, pelo Amazon Prime Video. Exibido pela extinta Rede Manchete entre 1991 e 1994, o clássico de Shotaro Ishinomori está sendo adquirido pela Sato Company.

No último dia 10 de maio, Nelson Sato, presidente distribuidora, realizou uma live onde havia comentado sobre a possibilidade de licenciar duas séries Kamen Rider, de acordo com a escolha do público (leia mais aqui).

Por enquanto, não há previsão de lançamento para a plataforma. Tampouco se sabe ainda se haverá exibição na TV brasileira. O que se sabe até o momento é que a dublagem original, realizada pelo extinto estúdio Álamo, está sendo resgatada. O último episódio de Black jamais foi exibido no Brasil e o caso gerou algumas lendas urbanas no fandom de tokusatsu, sobre a possibilidade da dublagem ter acontecido ou não.

Kamen Rider Black foi exibido pela emissoras japonesas TBS e MBS, de 4 de outubro de 1987 a 9 de outubro de 1988, totalizando 51 episódios (e mais dois para o cinema). Sendo a oitava série da franquia dos motoqueiros mascarados, a proposta inicial era ser um “marco zero”. Ou seja, um novo começo e sem relação com seus antecessores (mas essa ideia logo foi descartada). A trama envolve os irmãos adotivos Issamu Minami (Kotaro Minami) e Nobuhiko Akizuki, que nasceram durante um eclipse solar e foram destinados a disputarem pelo título de Imperador Secular do satânico Império Gorgom. No dia em que completaram 19 anos, Issamu e Nobuhiko foram submetidos a uma metamorfose para se tornarem Black Sun e Shadow Moon, respectivamente. Apenas Issamu consegui escapar, mas adquiriu superpoderes. Como Kamen Rider Black, o jovem enfrenta os monstros da semana enviados pelos sacerdotes de Gorgom. O nascimento de Shadow Moon marca o início da fase final da série, marcada pela morte e ressurreição do “homem mutante”.

Em 1995, a Manchete exibiu sua continuação, Kamen Rider Black RX (de 1988). Issamu Minami ganha novos poderes e passa a enfrentar os invasores espaciais do Imperio Crisis. Durante a trama, RX ganha duas formas: Robo Rider e Bio Rider. Black RX foi adaptado nos EUA para o bizarro Saban’s Masked Rider, que foi exibido no Brasil pelo extinto canal pago Fox Kids, ao mesmo tempo que a versão original era exibida na TV aberta. Atualmente os direitos de Black RX estão expirados desde quando a Disney era a detentora de Power RangersVR Troopers e Beetleborgs na década de 2000.

Atuando desde meados dos anos 1980, a Sato Company foi a primeira empresa a licenciar filmes da Toei Animation para o formato de home-video (na época sob o nome de Brazil Home Video). Com o tempo, aventurou-se também no licenciamento para a TV (como com o sucesso Cybercop, na extinta Rede Manchete) e cinema – quando bancou a exibição de Akira, um animê no idioma original, com legendas, em uma época em que só animações infantis da Disney iam para a telona. Na última década, destacou-se como agregadora de conteúdos em serviços on demand, como Netflix e Prime Video.


Fonte: Estadão