Após a estreia de Kamen Rider Black na Band, o canal oficial Tokusatsu TV mudou de nome para Toku Sato (sugestão que nasceu na live do Jbox realizada em junho!) na tarde deste domingo (30/08). E para marcar essa metamorfose (com trocadilho), o canal lançou os dois primeiros episódios com remasterização em HD.
A nova versão do tema de abertura, interpretado por Ricardo Cruz. Curiosamente, ao contrário do que foi divulgado ainda nesta semana, a exibição ocorreu com o tema de abertura original da série.
Também está incluída na versão do YouTube a narração dos previews dos próximos episódios, um conteúdo inédito no Brasil já que na época da dublagem na Álamo, em 1990, esse material não recebeu uma versão brasileira. A narração contou com a voz de Luis Antonio Lobue, narrador oficial da série.
Sato havia anunciado a aquisição da série clássica em maio passado, além de interagir com o público para escolher uma série Kamen Rider da era Heisei para licenciar no Brasil. A princípio, Black seria lançado primeiramente na plataforma de streaming Amazon Prime Video. A imagem também é inédita na nossa TV, já que Black foi remasterizado em HD. O último episódio, inédito no Brasil, será finalmente exibido.
Em tempo, este episódio foi dublado recentemente pelo estúdio Centauro, sob direção de Nelson Machado (a voz de Quico na série mexicana Chaves e a primeira voz do Lion Man laranja). Machado também interpreta o vilão Grande Rei, originalmente dublado pelo falecido João Paulo Ramalho. Élcio Sodré e Francisco Bretas reprisam os papéis de Issamu Minami/Black e Shadow Moon, respectivamente. Luiz Antonio Lobue retorna como narrador.
Episódio 1 – A Metamorfose
Exibido no Japão em: 4 de outubro de 1987
https://www.youtube.com/watch?v=lGnDIOTMX-c
Episódio 2 – A Festa dos Monstros
Exibido no Japão em: 11 de outubro de 1987
https://www.youtube.com/watch?v=z6Q4nY0GfaE
Erros e acertos na TV
Durante a exibição dos episódios de Jiraiya, apareceu uma miniatura anunciando Kamen Rider Black como a próxima atração. Só que quem aparecia no canto da tela era o primeiro Kamen Rider, de 1971 (!). Outro erro foi que a Band veiculou o tema original de abertura (cantado pelo astro principal Tetsuo Kurata), sendo que era esperada a nova versão interpretada por Ricardo Cruz (saiba mais aqui).
Outro detalhe era que a hashtag que a Band utilizou foi #KamenRiderNaBand, sendo que a Sato Company já tinha oficializado #KamenRiderBlackNaBand no dia do anúncio do lançamento na emissora do Morumbi, no dia 16 deste mês. Além disso, os eyecatches (as vinhetas de intervalo com uma linha exibindo o título da série) foram cortados no primeiro episódio. O mesmo não aconteceu no segundo, felizmente.
GALERA! Bora subir a Hashtag #KamenRiderBlackNaBand
Contamos com vocês!!!
— SATO COMPANY (@SatoCompany) August 16, 2020
Apesar dos pesares, vimos pela primeira vez Kamen Rider Black com remasterização em HD, de forma oficial. Além de “Long Long Ago 20th Century“, tema de encerramento jamais exibido pela extinta Rede Manchete. A audiência da estreia se manteve com 1.9 ponto. Um bom número e mantendo a média de Jaspion aos domingos.
Em tempo, Changeman e Jiraiya atingiram 1.2 e 1.5 ponto, respectivamente, mantendo a Band em quarto lugar no Ibope.
Fonte: Toku Sato
Kamen Rider Black foi exibido pelas emissoras japonesas TBS e MBS, de 4 de outubro de 1987 a 9 de outubro de 1988, totalizando 51 episódios (e mais dois para o cinema). Sendo a oitava série da franquia dos motoqueiros mascarados, a proposta inicial era ser um “marco zero”. Ou seja, um novo começo e sem relação com seus antecessores (mas essa ideia logo foi descartada). A trama envolve os irmãos adotivos Issamu Minami (Kotaro Minami) e Nobuhiko Akizuki, que nasceram durante um eclipse solar e foram destinados a disputarem pelo título de Imperador Secular do satânico Império Gorgom. No dia em que completaram 19 anos, Issamu e Nobuhiko foram submetidos a uma metamorfose para se tornarem Black Sun e Shadow Moon, respectivamente. Apenas Issamu consegui escapar, mas adquiriu superpoderes. Como Kamen Rider Black, o jovem enfrenta os monstros da semana enviados pelos sacerdotes de Gorgom. O nascimento de Shadow Moon marca o início da fase final da série, marcada pela morte e ressurreição do “homem mutante”.
Em 1995, a Manchete exibiu sua continuação, Kamen Rider Black RX (de 1988). Issamu Minami ganha novos poderes e passa a enfrentar os invasores espaciais do Imperio Crisis. Durante a trama, RX ganha duas formas: Robo Rider e Bio Rider. Black RX foi adaptado nos EUA para o bizarro Saban’s Masked Rider, que foi exibido no Brasil pelo extinto canal pago Fox Kids, ao mesmo tempo que a versão original era exibida na TV aberta. Atualmente os direitos de Black RX estão expirados desde quando a Disney era a detentora de Power Rangers, VR Troopers e Beetleborgs na década de 2000.
Atuando desde meados dos anos 1980, a Sato Company foi a primeira empresa a licenciar filmes da Toei Animation para o formato de home-video (na época sob o nome de Brazil Home Video). Com o tempo, aventurou-se também no licenciamento para a TV (como com o sucesso Cybercop, na extinta Rede Manchete) e cinema – quando bancou a exibição de Akira, um animê no idioma original, com legendas, em uma época em que só animações infantis da Disney iam para a telona. Na última década, destacou-se como agregadora de conteúdos em serviços on demand, como Netflix e Prime Video.
Com todo o respeito ao trabalho do Ricardo Cruz na abertura, que não ficou ruim na minha opinião, mas ainda assim ficou inferior a versão feita pelo Toninho Ghizzi.
Vale ressaltar que o Lobue tbm dublou as prévias dos episódios! Já dá pra conferir na toku sato.
Eu já achei o contrário, a letra especialmente, ficou muito melhor do que a versão desse primo esquecido do Reginaldo Rossi.
Podiam rebatizar logo o nome do bloco na emissora para TOKUSATO ao invés desse título nada haver de “Mundo Animado”, inserindo nova vinheta e tudo.
Finalmente conheci a nova abertura que não foi ao ar na Band hoje
Agora fiquei decepcionado com a qualidade de vídeo, que pode ser inédita na TV mas que em eps que se pode baixar na internet já tem faz um bom tempo e esperava algo melhor.
Assisti pelo canal da Sato e a imagem parece melhor do que pela TV (afinal o sinal da tv pode variar muito mesmo sendo digital) e sendo que devem disponibilizar os demais e uma opção melhor.
Eu espero, sinceramente, que o Sr. Nelson Sato tenha mais planos para investimento em tokusatsu além de lucro ameno com nostalgia televisiva, se aproveitando da falta de certos programas para ocuparem a grade de uma emissora como a Band nas manhãs de Domingo.
A Tsuburaya tem feito aproximações com o público brasileiro tentando tornar seus Ultramans populares por aqui, a Hasbro deve estar sentindo falta de maneiras de reacender o interesse do público em Power Rangers, e de uma exibição de séries na TV que ajudem nisso, e agora, com a volta de Black Kamen Rider, o público retomará o interesse por uma franquia que a própria Sato Company tem opções à disposição, é pensar grande, conversar com essas empresas e representantes do fandom, e não fazer besteira ou deixar a Bandeirantes também fazer besteira.
achei horrível a versão do ricardo cruz…a do Toninho Ghizzi é muito melhor!!
A Band acertou errando, rsrs! Esse tema em português parece aqueles hinos barulhentos cantados nas igrejas crentes. Agora, uma coisa me preocupou: a voz do narrador não se parece em nada com a da narração de 30 anos atrás. Fico pensando se o Élcio e o Bretas conseguiram entrar na vibe do restante da série, pra não ficar uma parada muito discrepante. De qualquer forma a série é mais que bem vinda de volta à TV, só espero que a molecada nutella tenha estrutura psicológica para o Black.
Eu sempre achei horrível qualquer versão em português para músicas de tokusatus. Se as séries americanas passam com os temas intactos, por que com tokusatsu tem que ter essa palhaçada? Desde a época da Manchete eu tinha birra daquele “Lion Man! Lion Man! sempre vai venceeeeeer!!”
OK.Mas quando vai lancar na Amazon Prime ? Ate agora ninguem falou isso.