Neste domingo (30), os fãs de tokusatsu no Brasil estão em êxtase com o retorno, na TV aberta, de uma das séries mais cultuadas da chamada “Geração Manchete”: Black Kamen Rider – ou Kamen Rider Black, se preferir.
Além de imagem com um elevado padrão de qualidade e o áudio da versão brasileira dos anos 1990 restaurado, foi prometido, na última quinta (27), um adicional especial: um novo tema em português da música de abertura da série, interpretada por ninguém menos que Ricardo Cruz, conhecido cantor no cenário de cultura pop japonesa brasileiro, além de um assumido fã de tokusatsu.
Mas como tudo é muito imprevisível na Band, algo deu errado e a abertura original (interpretada por Tetsuo Kurata, que fez o papel de Issamu Minami na série) foi ao ar. O mistério em torno do resultado dessa nova versão foi desfeito quando o canal TokuSato (ex-Tokusatsu TV) disponibilizou os dois primeiros episódios da série no YouTube.
Para finalizar esse dia, Ricardo Cruz lançou em seu canal o videoclipe da versão – que contou também com parte da versão japonesa da música, similar ao trabalho realizado no clipe da abertura de Kamen Rider Black RX.
A versão brasileira teve a letra escrita pelo próprio Ricardo, criada a partir da tradução da letra original de Youko Aki. Já os arranjos contaram com a participação de seu inseparável parceiro, Lucas Araújo.
Confira o resultado abaixo:
Teve outra versão em português?
No ano de 1991 as séries tokusatsu dominavam a TV brasileira, com produções indo ao ar em praticamente todos os canais. Além de muitos brinquedos, fitas VHS, álbuns de figurinhas e histórias em quadrinhos, alguns super heróis japoneses também tiveram suas músicas lançadas em discos de vinil (os LPs) e fitas K7.
Black Kamen Rider foi um deles. Ou melhor: Black Man.
Tal como Spielvan era comercialmente chamado de Jaspion 2 pela Everest Vídeo, Black Kamen Rider teve esse (infeliz) nome utilizado em seus produtos lançados no Brasil.
No LP lançado (capa acima) pela finada RGE do Brasil, eram apresentadas em 10 faixas algumas versões brasileiras de canções que tocavam na série transmitida pela Rede Manchete – que estranhamente também usava o nome Black Man nas legendas de anúncio da transmissão.
Destas 10 faixas, 3 músicas ( “A Beatriz”, “A Língua do P” e “Venha Balançar”) pertenciam originalmente à trilha sonora de outras séries – Goggle Five, Bioman e Sun Vulcan respectivamente. O que essas músicas faziam aí? Mistérios indecifráveis daquela época…
A primeira versão do tema de abertura de Kamen Rider Black foi interpretada com a voz marcante do cantor Toninho Ghizzi, mas nunca foi ao ar na Rede Manchete. Por isso muita gente ainda toma um susto quando se depara com a versão hoje em dia. Sobre a letra adaptada por Ciro Carvalho… Bem, por mais “séria” que a trama fosse, o personagem era destaque numa programação infantil e a letra tinha somente a preocupação de encaixar na melodia original e fazer algum sentido para as crianças da época, fãs do personagem.
Em 2013, o grupo Anime Voices convidou Toninho Ghizzi para uma regravação da canção que o trouxe pro mundo dos heróis japoneses e disponibilizou a gravação em seu canal no YouTube. Se você ficou surpreso e curioso com tudo isso, confira no vídeo abaixo como foi a primeira versão “perdida” da abertura do Kamen Rider Black em nosso país!
Mano nada contra mas ficou meio ruim, por mim tinha e deixaria a original
Palhaçada isso. Passaram os outros tokus com as aberturas originais intactas, aí quando vem a melhor série de todos os tempos, me enfiam uma versão nacional que mais parece hino de igreja crente. Na boa, até desanimei de ver na TV.
a band nao exibiu as musicas dubladas pelo ricardo cruz, exibiu em japones.
As viúvas da Manchete estão locas nos comentários. rsrs
Ficou bom demais c é loko, até arrepia.
Concordo com você
Ricardo Cruz esqueceu que gravava música de abertura e cantou como se estivesse num show.
A versão do Toninho ficou mais fiel, sem essa firulas de show de rock do Ricardo.
concordo! kkkkk
Não ficou ruim a versão do Ricardo Cruz, o problema é que ficou tão fiel à original que as frases são enormes e parece que estamos ouvindo uma abertura legendada cantada em português.
A versão do Toninho Ghizzi, mesmo não tendo sido fiel à original e por mais aleatória que tenha sido a composição da letra, comparando com a do Ricardo Cruz, tinha a letra com o significado parecido e não forçava frases grandes nos versos, o que facilitava o encaixe da melodia.
P.S.: Bem que a Sato Company poderia ter encomendado uma versão em português do encerramento também, né? Fica muito estranha uma série com a abertura em português e o encerramento em japonês. É incoerente.
Eu, que já tinha visto a bastante tempo a versão do Toninho Ghizzi, já havia me acostumado, porque ela acerta na melodia como mencionado na noticia, gosto demais demais do Ricardo, mas vamos lá, como em toda e quaisquer composição adaptada ela precisa exclusivamente com a métrica da música, eu não sou nenhum músico, mas do que eu entendo, vamos a um exemplo com a abertura de Kamen Rider Black RX:
“Ele vive a cada instante
Combatendo o inimigo fatal
É o nosso eterno vigilante
Um mutante contra as forças do mal…..”
Vc percebe que a cada duas estrofes tem um “ante” e “al”, e não é que precisa bater com uma rima, mas que precisa casar com ritmo dela!
É mais um caso de adaptações brasileiras terem duas versões, como foi caso de DB Clássico, a primeira exibida pelo SBT e a segunda exibida pela Globo/CN/Tooncast.
(PS: espero que se caso fizer bastante sucesso novamente no decorrer das exibições,que a Sato possa ter os direitos do RX tbm.)
Meio que broxa mesmo, se for assim, que deixe tudo em japonês como na primeira exibição na Manchete.
Adorei a versão do Ricardo. Fenomenal!