Apesar de ser ainda um produto “de nicho” por aqui, o sucesso de One Piece é gigante, principalmente dentro do Japão. A série é o mangá mais vendido de mundo (até o momento), com 470 milhões de cópias mundialmente. Mas, dessas, 390 milhões são no Japão – ou seja, mais de 80% das vendas da série são em seu país-natal. Não por menos, foi lá mesmo que a franquia ganhou um “presente” diferente: um parque próprio de diversões.
One Piece é publicado desde 1997 na Shonen Jump por Eiichiro Oda. Aparentemente, a série começou bem na Jump e foi ganhando cada vez mais popularidade. Certamente, o animê produzido a partir de 1999 pela Toei ajudou ainda mais na popularização do título. A franquia frequentemente bate recordes e recordes de vendas.
A coisa é tão quente dentro do Japão que quando uma série vende mais que One Piece, como Kimetsu possivelmente fez no ano passado, é um acontecimento raro e bastante surpreendente. É até um pouco curioso o fenômeno não ter sido “replicado” proporcionalmente em outros países – alguns pesquisadores inclusive se atentam ao fato de séries com metade dos números de vendas de One Piece dentro do Japão se tornem hits internacionais, como foi com o Naruto.
O início de um sonho
No meio de tanto sucesso, One Piece ganhou um parque temático próprio em 2015, o One Piece Tokyo Tower. A franquia já tinha feito “collabs” dentro de parques japoneses, em eventos específicos, mas uma tal Amusequest Tokyo Tower, provavelmente uma entidade legal fruto de alguma parceria, resolveu bancar um parque próprio de Luffy e cia. Bem, o conceito em si não é tão distante de um Parque da Xuxa ou da Turma da Mônica.
O começo, aparentemente, não foi tão empolgante, pois o parque passou um tempo fechado para umas reformas parciais e reabriu em 2016. Mas a ideia em si não é ruim: um local para fãs de One Piece encontrarem jogos, atrações, shows, mercadorias específicas e lojas temáticas, além de eventos temáticos da série favorita de muitos japoneses. Tudo isso dentro da Tokyo Tower, um dos pontos turísticos de Tóquio (por um tempo, ela foi o prédio mais alto do país).
As atrações
Já que estamos aqui, vamos falar um pouco sobre o parque em si. Como esperado, ele tinha atrações inspiradas na série, a maioria temática de um personagem específico. Vamos começar então com o protagonista: Luffy’s Endless Adventures, nessa você andava, passando por estátuas em tamanho real, painéis e chegando a um curta, disponível apenas nesse parque.
Outra era a atração temática de Zoro, na qual os jogadores deviam destruir bolas de canhões vindas de uma tela com uma espada. Havia também várias armas em exposição dentro dessa atração.
A atração da Nami era um cassino, a brincadeira era apostar Berries para tentar ganhar um prêmio. Quem conseguisse ganhar uma quantia específica de Berries ganhava um cartão VIP. Já na do Usopp, tinham que usar um estilingue para derrubar inimigos da Marinha.
Na do Chopper, os visitantes andavam pelo Thousand Sunny, o segundo navio da trupe, passando pela cozinha, quartos dos personagens e por assim vai. Na “brincadeira” da Robin, os visitantes recebem um “caramujo” para encontrar pistas escondidas por todo o parque, até achar o Poneglyph.
Na área do Franky, há um pinball e um café. A do Brook é uma “casa assombrada”, na qual os participantes devem derrotar os zumbis. Além disso, havia dois teatros: o 360 Log, com uma apresentação especial projetada numa tela de 360º e um outro teatro onde ocorriam apresentações ao vivo com atores interpretando os personagens.
Havia também várias lojas, como o já citado café do Frank. Dentre todas, os maiores destaques talvez fiquem para o café e a loja Mugiwara, com comes e bebes inspirados na série, além de livros da franquia do mundo todo disponíveis para a leitura e, na loja, produtos temáticos especiais. Também havia o restaurante do Sanji, com opções de buffet e a la carte, dependendo do horário.
Deu tudo errado
Apesar de já ter sido recomendação de sites de turismo, a pandemia deixou o parque em uma situação complicada. Em julho deste ano, foi anunciado o fechamento do parque, concretizado ainda no fim daquele mês. O estabelecimento havia fechado temporariamente no final de fevereiro, por causa do novo coronavírus e, provavelmente, ficou sem receita para continuar.
Mas ele ainda se despediu de um jeito curioso. Ingressos gratuitos foram distribuídos nas duas últimas semanas de atividade, em número controlado para evitar a disseminação do vírus e seguindo protocolos lá dentro (na minha opinião, continua perigoso).
A nota de despedida ainda parecia deixar a intenção de, no futuro, oferecer outros serviços do tipo. Talvez, ainda haja perspectiva de um novo parque da série ou, como faz Naruto, colaborações com outros parques para uma área temática da franquia (apesar de que Naruto também teria um parque só seu em Shangai).
O futuro?
Popularidade dentro do Japão para novas empreitadas certamente não falta. A Toei também parece querer levar a série para um novo patamar, buscando expandir o público internacional. Seguindo a “onda” dos EUA, veio a estreia na Netflix aqui, causando bastante barulho, muito em função da nova dublagem. Afinal, há anos, os fãs ansiavam por uma versão dublada sem cortes da turma do Chapéu de Palha.
Mesmo com as tentativas do estúdio DPN em driblar os problemas da edição da 4 Kids nos anos 2000, na qual o cigarro de Sanji vira um pirulito, o animê não deu muito certo por aqui. Felizmente, em algum momento, a Toei aparentemente entendeu que o sucesso de One Piece está bem… em o que One Piece é, e não desistiu de lançar uma versão dublada, que poderia atingir um público maior que os serviços de streaming legendados conseguem.
Não temos como saber até onde a série chega agora, vivemos em uma época diferente dos anos 1990 e 2000, quando a TV aberta conseguia, de forma bem mais democrática, tornar esse tipo de conteúdo acessível para um público realmente muito amplo. Mas os 17 milhões de assinantes da Netflix brasileira também não são número pequeno e a estreia tem o potencial de atingir um público que, até então, jamais teria dado um chance para a série.
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Achei interessante este post é uma pena que o parque do One Piece infelizmente foi uma das vítimas desta pandemia, espero que no futuro ele seja reaberto,ou que outros parques “adotem” o Luffy e cia como atração permanente….Off.:Conheço OP porque na época tinha tv a cabo e parece que chegou a passar no SBT (não lembro direito), Off.: diferente das Eras Manchete, da Era Pokemon e afins, não há mais a necessidade de se ficar implorando por um espaço nas tvs aberta e fechadas, uma vez que as mesmas vem perdendo espaço e audiência, graças a web,games e afins…..ou seja uma evolução natural,assim como foi do rádio que foi substuído pela tv….Off.:Cabe aos fãs e afins exigirem uma dublagem de qualidade não só de OP,mas de outros animes,séries e outros, se não os estúdios, distribuidores e cia, vão achar que sempre podem destratar os fãs/consumidores….Off.: O irônico é que as próprias tvs,leis absurdas e afins jogaram o público nas graças da internet,games e agora tentam desesperadamente trazê-los de volta,já que a tendência, é que a nova geração cada vez mais apele pro streaming e afins….daqui um tempo nem vai lembrar quem foi um Silvio Santos,Faustão,Huck,Datena,Angélica, Eliana,Xuxa e afins, ou estou errado?
Acho que lembram sim, ainda mais porque não está tão longe assim. E também porque nossa geração volta e meia vai comentar e eles vão ficar sabendo quem são. Ah, One Piece passou sim no SBT, o curioso é que ao invés de usarem o rap americano na abertura, eles fizeram uma versão brasileira de We Are. Também tem uma versão em português de Memories, mas não posso te confirmar se também passou na TV ou foi só nos DVDs.
Só nos DVDs
Interessante relembrar isso de OP Off.: Todos estes apresentadores que citei são da “velha guarda” da Època do Auge da Tv, mas e daqui um tempo?Será que é por isso que Xuxa,Datena e cia vivem se envolvendo em polêmicas,para não serem esquecidos?
Quem sabe?
Eu tive a minha época, e aos poucos deixei de ver tv, principalmente depois que eventos como a F1 e a Copa deixaram de ser irrelevantes, depois veio o fim da programação infantil com desenhos e séries interessantes como Ryukendo,TF:Prime e outros,daí veio a morte de meus pais e depois fui morar com uma irmã e ela ainda tinha tv a cabo,que passava desenhos, aos quais pude assistir a última temporada como Penn Zero,Apenas um Show, tinha os programas da Play Tv e seus animes que assisti até terminar o contrato com a operadora,depois perdi o interesse de vez….o pouco que eu sei sobre tv é graças a sites como este….Off.: Graças ao coronga, só fico na web,games e afins….porém espero voltar a ir a supermercados, shoppings e outros,espero poder ficar longe dessa imundice da mídia,por um tempo….