Após um hiato de 2 semanas, retornamos com o nosso post dos mangás mais vendidos do Japão segundo a Oricon. Nesta lista, que cobre o período de 1 a 7 de março, é possível visualizar um volume maior de vendas, comparado às duas últimas semanas de fevereiro. O 1º colocado dessa semana vendeu quase 10x mais do que Kaguya-Sama: Love is War #21 havia vendido entre 15 e 21 de fevereiro (120.724 cópias), quando ficou na liderança. Em sua semana de estreia, Yotsubato! #15 fez 194.159 exemplares, ocupando o lugar mais alto do pódio entre 22 e 28 do mesmo mês.
Vejamos a lista da vez:
Para a surpresa de muitos (!), Jujutsu Kaisen é o 1º do ranking com seu novo tomo. Com 1.138.798 cópias vendidas, Jujutsu #15 chegou perto de bater a marca de One Piece #98 que, em sua semana de estreia, teve cerca de 1.273.929 exemplares vendidos (curiosamente, também em 4 dias).
Embora não tenha ultrapassado a franquia de maior sucesso dos últimos anos da Shonen Jump, é assustador o número desse volume inédito do mangá de Gege Akutami sobretudo se considerarmos que o hype em torno da campanha promovida pela Shueisha — em comemoração ao capítulo 1000 da série sobre os piratas do bando do chapéu de palha — foi o fator decisivo para que o último encadernado lançado por Eiichiro Oda alcançasse tamanha façanha.
Ao todo, contando os volumes da série regular mais o prequel Jujutsu Kaisen 0 e o fanbook lançado no último dia 4, detentor da 2ª posição da lista (362.151 cópias vendidas), o atual megahit da revista shounen de maior sucesso vendeu por volta de 3.179.952 exemplares.
Das 10 primeiras posições, apenas três não são volumes de Jujutsu: Chainsaw Man #11, o último da chamada “1ª fase” da série; Kaiju No. 8 #2 e Yotsubato! #15. Os três, ocupando 3º, 4º e 5º lugares respectivamente, fizeram uma ótima semana.
É de se destacar a belíssima estreia do segundo volume de Kaiju No. 8. A obra de Naoya Matsumoto cresce a cada capítulo e chamou a atenção por se tornar a série da Shonen Jump + (revista digital da Shueisha, disponível gratuitamente através do MangaPLUS) que mais rápido atingiu a marca de 1 milhão de cópias em circulação. Salvo algum acidente de percurso, é quase certo que o mangá ganhará uma adaptação animada. Tem toda a atmosfera para tal, só falta manter a popularidade e chegar a um número razoável de capítulos para que se possa produzir uma temporada de animê com maior proveito.
O 10º volume Wotakoi chega perto dos 300 mil exemplares vendidos em sua segunda semana de disponibilidade. Cabe lembrar que este tomo ganhou um número limitado de cópias contendo um episódio inédito da animação. Este episódio é focado em Naoya e Kou. Uma ação como essa dificilmente seria possível no Brasil, já que por aqui os direitos de publicação do mangá e de exibição do animê são divididos de acordo com a atuação das empresas, naturalmente.
No entanto, não se trata de algo impossível. De repente, a Panini e a Amazon (os 12 episódios produzidos pela A1-Pictures estão no Prime Video) poderiam se juntar e oferecer um voucher acessível através de uma plataforma digital, seja numa página específica na internet ou dentro do próprio Prime Video. Talvez estejamos sonhando demais…
Outro que merece destaque é Mashle #5. A comédia escrita por Hajime Komoto vem agradando o público da Jump desde o lançamento, no início de 2020, o que lhe garante boas posições no Table of Contents da revista (o sistema de ranqueamento das séries com base em sua popularidade).
O Analyse It fez uma análise interessante sobre o mangá, que mistura elementos de One-Punch Man com Harry Potter. 74.222 cópias em 4 dias é um número bastante razoável para um título jovem (o que, aliás, ressalta o tamanho do barulho de Kaiju No. 8).
Tal como Mashle, Ayakashi Triangle #3 e Undead Unluck #5 aparecem na lista em sua semana de estreia, mas com números menos expressivos comparados ao seu colega de Shonen Jump.
Apesar disso, os números são satisfatórios, sobretudo se consideradas as colocações que ambos costumam ocupar na ToC — sempre no meio da tabela. Na lista da Oricon, as séries só costumam a aparecer na primeira semana de vendas.
Os três números novos de Dragon Quest se saíram bem mais uma vez. Com cerca de 38 mil cópias vendidas cada, a edição nova do pequeno guerreiro tem tido uma média estável de vendas e costuma aparecer no ranking marcas que variam entre 30 e 40 mil por edição. Na última live, a JBC comentou que sempre teve o desejo de publicar o mangá por aqui, mas esbarrava num problema: o autor não liberava o título para o ocidente. A
inda sem pintar nos EUA, parece que agora Shueisha começou a oferecer a licença do mangá de Riku Sanjo para países de cá (a JBC afirmou estar de olho na situação). O sucesso da nova animação, exibida oficialmente pela Crunchyroll, deixaria o cenário favorável para a publicação do título por aqui. Em parceria com a plataforma de streaming, o JBox produziu um vídeo especial sobre a franquia, comentando sua trajetória desde o surgimento de Dragon Quest como videogame, na década de 80, até as adaptações em várias mídias, a passagem pelo Brasil e a animação de 2020.
Por fim, a parte debaixo do ranking é ocupada por uma grande quantidade de volumes de Demon Slayer – Kimetsu no Yaiba, que vendeu ao todo cerca de 607.902 cópias durante o período. Na top 10 de vendas por série, disponível abaixo, nota-se o isolamento de Jujutsu diante das demais, embora valha considerar o fato de nenhum outro grande concorrente ter ganhado um novo tomo na semana. O crescimento de Kaiju No. 8 se percebe até mesmo nesse top 10, no qual aparece pela primeira vez desde o início de sua publicação.
As 10 séries mais vendidas da semana
- Jujutsu Kaisen, 2.668.453 cópias vendidas;
- Demon Slayer – Kimetsu no Yaiba, 607.902 cópias vendidas;
- Chainsaw Man, 488.354 cópias vendidas;
- Jujutsu Kaisen Fanbook, 362.151 cópias vendidas;
- Kaiju No. 8, 351.744 cópias vendidas;
- Yotsubato!, 192.006 cópias vendidas;
- Jujutsu Kaisen 0, 149.348 cópias vendidas;
- Attack on Titan, 145.583 cópias vendidas;
- Wotakoi, 127.407 cópias vendidas;
- Dragon Quest New Edition, 126.026 cópias vendidas;
Fonte: Oricon
Jujutsu é a nova máquina de fazer dinheiro, até shingeki no kyojin que é um mega hit tá vendendo 18x menos em comparação com jujutsu.