O segundo dos três anúncios reservados para este sábado (3), dia em que a série original de Kamen Rider completa 50 anos de sua estreia no Japão, agitou as redes sociais, especialmente entre o fandom brasileiro de tokusatsu. Vem aí Kamen Rider Black Sun, o reboot do clássico Kamen Rider Black (1987~88), com estreia prevista para a primavera japonesa de 2022 (entre março e junho). A divulgação aconteceu às 10h da manhã (22h de sexta pelo horário de Brasília).

Dirigido por Kazuya Shiraishi (Kyoaku e The Blood of Wolves), esse novo projeto inovará as perspectivas para uma nova interpretação do personagem criado pelo mangaká Shotaro Ishinomori (1938~98), segundo nota oficial.

Foto: Divulgação/Ishimori Pro/ADK Emotions/Toei Company

O logo de Kamen Rider Black Sun foi desenvolvido pelo artista Masato Suzuki (Flying Bell Company) e teve a caligrafia feita por Souun Takeda (Souun Office).


Status do homem mutante no Brasil

Numa live transmitida em 10 de maio de 2020, Nelson Sato, presidente da distribuidora, havia comentado sobre a possibilidade de adquirir duas séries Kamen Rider, sendo Black e uma série da era Heisei. Com a aquisição do clássico de sucesso na extinta Rede Manchete, a Sato Company anunciou em 16 de agosto, num painel do evento online Geek Nation, a estreia de Black na Band, substituindo Jaspion.

Em 3 de setembro de 2020, a versão brasileira sofreu uma suspensão pela lei dos direitos conexos. Após a exibição dos dois primeiros episódios, em 30 de agosto do mesmo ano, Black foi cancelado da programação da Band.

Esse foi um dos motivos pela saída das séries tokusatsu da emissora do Morumbi em 13 de setembro, somado à falta de patrocínios. Cogitava-se a possibilidade de outro horário para as séries tokusatsu na Band, já que a programação esportiva voltou a ocupar boa parte da grade dominical desde 20 de setembro.

Adicionado em outubro passado, Kamen Rider Black estava disponível no Prime Video até meados de março, apenas com áudio original e legendas em português. Com a recente negociação dos direitos conexos, é possível que a série retorne ao catálogo em algum momento com a dublagem original da extinta Álamo e mais a versão brasileira do último episódio (inédito na TV brasileira) realizada pela Centauro.

Kamen Rider Black estará disponível no canal TokuSato (188), que estreia nesta terça (6) na plataforma gratuita de streaming Pluto TV.


Fonte: Kamen Rider Official


Sobre Kamen Rider Black

Imagem: Kamen Rider Black lutando contra um dinossauro.

Kamen Rider Black foi exibido pelas emissoras japonesas TBS e MBS, de 4 de outubro de 1987 a 9 de outubro de 1988, totalizando 51 episódios (e mais dois para o cinema). Sendo a oitava série da franquia dos motoqueiros mascarados, a proposta inicial era ser um “marco zero”. Ou seja, um novo começo e sem relação com seus antecessores (mas essa ideia logo foi descartada). A trama envolve os irmãos adotivos Issamu Minami (Kotaro Minami) e Nobuhiko Akizuki, que nasceram durante um eclipse solar e foram destinados a disputarem pelo título de Imperador Secular do satânico Império Gorgom. No dia em que completaram 19 anos, Issamu e Nobuhiko foram submetidos a uma metamorfose para se tornarem Black Sun e Shadow Moon, respectivamente. Apenas Issamu consegui escapar, mas adquiriu superpoderes. Como Kamen Rider Black, o jovem enfrenta os monstros da semana enviados pelos sacerdotes de Gorgom. O nascimento de Shadow Moon marca o início da fase final da série, marcada pela morte e ressurreição do “homem mutante”.

Em 1995, a Manchete exibiu a sua continuação, Kamen Rider Black RX (de 1988). Issamu Minami ganha novos poderes e passa a enfrentar os invasores espaciais do Imperio Crisis. Durante a trama, RX ganha duas formas: Robo Rider e Bio Rider. Black RX foi adaptado nos EUA para o bizarro Saban’s Masked Rider, que foi exibido no Brasil pelo extinto canal pago Fox Kids, ao mesmo tempo que a versão original era exibida na TV aberta. Atualmente os direitos de Black RX estão expirados desde quando a Disney era a detentora de Power RangersVR Troopers e Beetleborgs na década de 2000.