Quando saíram as primeiras informações de Fena: Pirate Princess, nada chamou muito a minha atenção. A impressão, no entanto, mudou com a divulgação dos primeiros vídeos promocionais. A animação me fisgou (e a presença de Yuki Kajiura na trilha sonora também, afinal eu gosto dessa mulher até fazendo música de animê que eu não gosto – sim, até você, SAO).
Como já divulgado anteriormente nas sinopses e trailers oficiais, a história gira em torno de Fena Houtman, uma jovem que acabou parando – e crescendo – num bordel após uma aparentemente invasão ao navio onde ela viajava com seu pai.
Uma “celebridade” nesse bordel por sua beleza, a garota é leiloada por sabe-se-lá-quanto-dinheiro, comprada por um nobre rico. Mas tudo que Fena quer desde sempre é fugir dali. E isso acontece, de forma bem diferente de como ela havia planejado.
Salva basicamente por toda uma equipe de resgate, sem ela mesma entender o que está acontecendo, Fena vai parar em um lugar onde, querendo ou não, se reconecta com seu passado. Ela não lembra de muitas coisas, mas lembra o suficiente para decidir embarcar em uma jornada, buscando terminar aquilo que seu pai começou, seja lá o que isso for, mas se relaciona com um tal “Éden”.
Essa sinopse pode soar vaga em alguns momentos, mas não é para esconder spoilers. Quer dizer, em parte, é sim, mas os dois primeiros episódios passam por diversos eventos sem muitas explicações, e isso é bom. Não tem coisa mais chata que série que entope o espectador com mil informações logo de cara. Então há mistérios para prender a atenção e especular sobre. É muito melhor assim.
A história começa bem e pode ficar ainda mais interessante, mas o tom humorístico de algumas passagens atrapalha um pouco, principalmente no primeiro episódio. Algumas piadas ou tiradas soam, por vezes, forçadas, podendo tirar um pouco da imersão, mas dá para levar.
O interesse maior fica, claro, em tudo ao redor da última viagem e morte do pai da protagonista. Mas seus anos vivendo em um bordel também chamam a atenção – por enquanto, pouca coisa foi mostrada desse passado de Fena, que certamente deve ter um grande peso na personagem e em seu desenvolvimento.
De qualquer forma, esse início entretém com uma história bacana, com um bom ritmo. A animação do Production I.G é bonita e flui bem, a trilha sonora é da Kajiura (e nada mais precisa ser dito) e a Fena é bastante carismática, assim como a maioria dos personagens, exceto o Yukimaru. E há muitas coisas para querer saber mais sobre.
É sempre difícil tentar prever o rumo que uma série vai seguir ao longo dos episódios, pois as possibilidades sempre são muitas, mas essa aventura promete ser divertida de acompanhar. Resta saber o que nos aguarda.
Fena: Pirate Princess, uma produção original da Crunchyroll e do Adult Swim, estreia dia 14 de agosto na Crunchyroll (mundialmente) e no Adult Swim (nos EUA).
O JBox foi convidado pela Crunchyroll, junto com diversos outros veículos da imprensa especializada, para participar de screener antecipado dos dois primeiros episódios da série.
O texto presente nesta resenha é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site.
Fena me chamou atenção desde o anúncio, pelo fato de ser um anime cuja história não acontece no Japão. E com o trailer, o hype aumentou. Agora, a análise me faz esperar ainda mais pelo lançamento. Aliás, a Crunchyroll lançará os dois primeiros episódios de uma vez, ou será um episódio por semana?
Obs: Lendo a análise dos episódios, pensei que tinham lançado. Aí li a nota do convite da Crunchyroll pro JBOX. As vantagens de ser da imprensa especializada (como diria a saudosa Mara, do Mais de Oito Mil, pffft…)
Eles não disseram nada se a estreia no dia 14 é com um episódio duplo ou apenas o 1º episódio. =/