Quem andou pelo centro de São Paulo nas últimas semanas talvez tenha reparado, em mais de um lugar, algumas ilustrações de personagens de Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) um tanto… sugestivas, com uma pegada mais adulta.
Os lambe-lambe, como são chamados pôsteres artísticos colados em espaços públicos, de Cavaleiros são uma iniciativa do artista Rodrigo Kupfer, com quem o JBox teve a oportunidade de conversar. Kupfer conta que ama arte de rua e já tinha há algum tempo a ideia de fazer a homenagem.
O primeiro da série foi do Seiya, colado em torno de agosto do ano passado no bairro da Santa Cecília. Ele conta ter escolhido a série por ser fã, e sentir que a franquia conversa de alguma forma com o “universo homo” [percepção compartilhada também por quem vos escreve].
ATENÇÃO: A galeria abaixo possui ilustrações com nudez, semi-nudez e temas eróticos, embora não haja imagens explícitas de órgãos ou atos sexuais ou algo do tipo. Caso não se sinta confortável, não prossiga.
Por enquanto, foram coladas 4 ilustrações da franquia: o Seiya, na Santa Cecília; Shun e Hyoga no bairro da Liberdade; e o Ikki na República. Mas já estão a caminho Shiryu e Aioria/Aiolia, e também em produção um do Shaka.
Essa não foi a primeira vez que Rodrigo trabalhou com lambe-lambe. O artista experimentou pela primeira vez colar esse tipo de produção em 2015, em uma viagem para Paris. Depois disso, ele também fez outros, aqui em São Paulo. Rodrigo conta gostar de fazer séries, para as pessoas procurarem pela cidade.
O JBox agradece pela oportunidade. Lembramos também que há algumas semanas um outro artista homenageou a série pintando um muro de 150 metros no Ceará. Ambos projetos são feitos por fãs, sem relação oficial com a franquia, mas demonstram a força de um animê que cativou milhares de brasileiros nas décadas de 1990 e 2000.
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Os Cavaleiros do Zodíaco
Saint Seiya
Os Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) estrearam nas páginas da revista japonesa semanal Shonen Jump em dezembro de 1985. Com autoria de Masami Kurumada (Bt’X, Ring ni Kakeru), a trama rendeu uma versão animada em 1986 pela Toei Animation (Dragon Ball, Sailor Moon), patrocinada diretamente pela Bandai, marcando época com os bonecos derivados que vestiam armaduras de metal.
A história narra a saga de um grupo de jovens que protegem a Terra guiados por Saori Kido, a reencarnação da deusa Atena. Treinados desde crianças, órfãos de todos os cantos são recrutados para vestirem armaduras mitológicas, baseadas nas constelações.
Exibido no Brasil a partir de setembro de 1994 na extinta Rede Manchete, foi um fenômeno comercial que abriu porta para as animações japonesas no país. A série clássica foi reprisada anos depois pelo Cartoon Network, Band, Play TV, e teve passagem recente em alta definição pela Rede Brasil de Televisão.
A Crunchyroll e a Netflix também disponibilizam a série por streaming, com dublagem. A obra ainda foi lançada por completo em DVD pela PlayArte, que posteriormente lançou uma versão em Blu-ray.
O mangá original foi publicado por aqui pela primeira vez no fim de 2000, pela Conrad Editora. Ganhou nova edição pela mesma empresa e depois pela Editora JBC, que publica atualmente uma edição de luxo, Cavaleiros do Zodíaco: Kanzenban.
Há 3 histórias extras (Episode Zero, Origin e Destiny) publicadas pelo Kurumada entre 2017 e 2019 na revista Champion RED, detalhando eventos até então não aprofundados, como a fuga do Aiolos e a história de Saga e Kanon. Elas não estão, por enquanto, compiladas em encadernados.
Saint Seiya gerou vários derivados entre animações e quadrinhos, sendo continuações ou spin-offs. Entre os mangás e novels, os títulos Gigantomaquia, Episódio G (todos da Conrad), Next Dimension , Lost Canvas e Saintia Shô (todos da JBC) foram publicados no Brasil. A NewPOP vai relançar Episódio G.
Há ainda alguns inéditos no país, como as continuações da saga G: Episode G Assassin e Episode G Requiem; a novel Golden Age e o mangá isekai Dark Wing. Um quadrinho francês oficial chega em 2022.
Entre os animês, Os Cavaleiros do Zodíaco: Hades (2002-2008), Saint Seiya: The Lost Canvas (2009), Os Cavaleiros do Zodíaco: Ômega (2012), Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro (2015) e Saintia Shô (2018, apenas legendado) também foram exibidos oficialmente por aqui. De todos, apenas Saintia Shô não saiu em formato home-vídeo no país.
Em janeiro de 2020, foi lançado o final da primeira temporada do remake produzido pela Netflix junto ao estúdio Toei Animation, intitulado de Saint Seiya: Os Cavaleiros do Zodíaco, mas popularmente conhecida pelo nome em inglês: Knights of the Zodiac.
Você pode conferir um pouco mais da história da série no Brasil no nosso TriviaBox.
kkkkk Só faltou o Shiryu. Ficou legal o traço, porque ta fiel ao anime, mas que gosto peculiar em? kkkkkkk
Assim, as piadas com a pseudo-homossexualidade do Shun vão voltar com força, até agora o único personagem gay de CDZ é o cavaleiro de câncer do next dimension, o Shun e Hades são exemplos do arquétipo bishounen, têm nada de homossexualidade envolvida porque no Japão eles não caem nesse estereótipo ruim (de personagem afeminado=gay) que o ocidente criou.
O mais irônico é que o Shun nessas ilustrações parece ser o que está “menos gay”…
Delicia e faz mais que tá pouco kkkkk.🤣🍦
O bom é a ajuda a divulgar os quartos que tem vaga
Tive a oportunidade de ver a do Hyoga na Liberdade, adorei kkkkk
Que M. Um desrespeito ao trabalho do autor. O sujeito “artista” tem autorização para fazer essa M. com os personagens ?
Pelo menos isso.
Se era pra fazer uma ilustração do Shun sem camisa, podia ter colocado a June pra ficar bem agarradinha com ele.
To cansado de ver os ”fãs” de CDZ tacharem o Shun de gay.
Na boa, eu gosto de ver imagens de animes na rua, mas isso foi muito inapropriado.
O negócio é que a intenção desse artista de rua foi outra, mas acho que nem eu e talvez nem você somos o “público alvo” do que ele se propôs a fazer…de qualquer forma, acredito que ele quis homenagear a série e seus personagens, do próprio jeito dele…
Adorei!
Vi a arte do Aioria no instagram dele, e sinceramente, vou encomendar a camisa pra ontem! <3
Cavaleiros do Zodíaco sempre foi uma obra que, querendo ou não, já aplicava o chamado “Queerbaiting” desde os anos 80. O animê, que sempre teve um elenco predominantemente masculino, é bem sugestivo em todas as suas nuances sobre a possibilidade de relações mais estreitas entre o corpo de personagens masculinos. Não sei como o Japão, que é um país tradicionalmente bem machista, consegue naturalizar certos tipos de “contornos” sobre “amizades heteromasculinas”.
Mas no ocidente, Cavaleiros do Zodíaco esbanja suas entrelinhas e subtextos insinuativos de forma bastante perceptiva, e NÃO, eu não estou falando apenas do Shun ou mesmo da famigerada cena da casa de Libra. Quem realmente conhece a obra, sabe que isso é apenas a “ponta do iceberg”.
A grande questão de Cavaleiros do Zodíaco, não é o estereótipo do personagem. A questão está no texto, no enredo, na forma como eles desenham e conduzem as relações de “amizade” entre um elenco de personagens predominantemente masculino e “heterossexual”. É muito sugestivo, há muitas entrelinhas, muitas questões que são óbvias, são profundas, mas não são exploradas, muitas coisas que apenas ficam “no ar”.
E no ocidente, onde as relações de amizade entre homens heterossexuais não são tão ambíguas, é óbvio que há margens nessas entrelinhas para interpretações vastas sobre sentimentos, vontades, questões intimistas e muito mais.
Kkkkk pois é, ia comentar isso mas achei que pudesse levar hate ou ban do Jbox (embora aqui nunca tenham me censurado, diferente do anmtv).
Gostei do seu comentário, mas discordo mesmo assim, um exemplo é Sakura card captors onde a relação do Yukito e Toya é falada até por figurantes mulheres (e só um cego não vê que são um casal LGBT) até o Shaoran gostava do Yukito no começo, em CDZ não vi isso, nem mesmo de forma implícita (a cena da casa de Libra foi pra agradar as fujoshis na época, até os traços do anime foram refeitos pro público feminino curtir mais o anime).
Desculpa, mas uma pessoa que conhece completamente a obra, não pode afirmar que não há, e eu posso dar inúmeros exemplos, tanto no mangá, quanto no animê, de relações de personagens que mostram contornos ambíguos e cuja a explanação deixaram claro que ali, havia mais do que a obra gostaria de mostrar.
Entre tais, posso ressaltar a relação entre Ikki e Hyoga, principalmente na batalha dos cavaleiros de bronze contra Ikki, na cena do soco no coração e da choradeira que veio depois.
A relação de amizade muito intimista entre Mu de Áries e Aldebaran de Touro, que inclusive, veio do mangá e de nuances mostradas no “Episódio G“, e que é evidente na Saga do Santuário e na de Hades.
A descarada relação de “amizade“, “confiança” e “respeito mútuo” de Aioria de Leão e Shaka de Virgem, com momentos absolutamente notáveis no mangá do Episódio G, na Saga das 12 Casas, na Saga de Hades e até no jogo Soldier’s Souls do PS4.
A também muito conhecida “amizade” entre Camus de Aquário e Miro de Escorpião, que também foi melhor explicada no Episódio G, e teve momentos na Saga do Santuário e em Soul of Gold.
Também devo reconhecer a relação entre Afrodite de Peixes e Máscara da Morte de Câncer, que embora também esteja presente no mangá, também surge no animê na Saga de Hades e no Soul of Gold.
O diálogo descarado de “flerte” entre Ikki de Fênix e Mime de Benetnasch, na Saga de Asgard, onde com um sorrisinho safado e um olhar apaixonado no rosto, o Mime diz que, “se fosse em outras circunstâncias, ele adoraria ter conhecido Ikki melhor“, e Ikki prontamente responde que sim, com o mesmo sorriso “safado” no rosto, dizendo que “também adoraria isso“, e os dois caem no chão.
E claro, a cena descarada, descabida e fora de contexto entre Hyoga e Shun, na casa de Libra, que ali sim, foi completamente fora de noção, diferente até do que estava no mangá oficial, então disso, você pode falar.
Mas que é fato que CDZ esconde muita coisa no armário, isso é!
achei bem inusitada a homenagem kkkkkkk
mas me diverte esses baits com a sexualidade dos personagens, especialmente com a galera q compra os baits e fica mto doída kkkkkk
E olha q sou MTO fã da série
Só esperando a Record ver isso aí…
Ok…que gosto mais peculiar…se bobear só vai servir pra aumentar o “pré conceito” que as pessoas tem da gente….
Bons pontos, mas as partes fillers (embora boas) como Asgard e Soul of Gold não devem ser levadas a sério porque (infelizmente) não são canônicas, mas de resto como na saga de Hades parte santuário reconheço seus argumentos.
Concordo plenamente
Com certeza que foi mesmo
Mano para de viajar e não mistura uma coisa que tem nada a vê com essa sua percepção doentia distorcida, base de cdz é totalmente hetera e focada nos valores principalmente da amizade
” Pre-conceito”??? Vcs que não são se o respeito e querem taxar de preconceito?? Se pensa diferente e não aceita a opção de vcs é preconceito agora a tá, o mundo já tá perdendo a paciência e boa vontade com essas palhaçadas de vcs, Deus criou o Homem e a mulher, e a ciência apenas dois cromossomos, podem viver uma vida inteira de mentiras e ilusões mas jamais mudaram essa verdade
Isso foi um baita desrespeito com a série, cdz não tem nada a vê com isso
Aprende a ler primeiro….é “pré conceito” e não preconceito ai depois vem mandar textão ok? Tem uma grande diferença….abcs
Infelizmente a porcaria do corretor atrapalha, enfim, não muda nada, uma minoria que não representa nem 1% da população jamais mudará um fato, homem e mulher, o resto é só gambiarra
O pior cego é o que não quer ver! Só te digo isso!
Mi-mi-mi, chora não pervertido
Obrigado.
Eu ate entendo.
Mas acho que isso pode passar a ideia errada.
Ridiculo, imoral e desrespeitoso… Isso não é, de forma alguma, algo feito por um artista, mas sim por alguém perturbado…