Recentemente, a editora JBC anunciou que publicará no Brasil o mangá Dragon Quest: As Aventuras de Dai em sua versão reeditada, com 25 volumes. Intitulada como Perfect Edition (“edição perfeita”) e contando com novas capas, essa nova edição veio acompanhando o animê “reboot” Dragon Quest: The Adventure of Dai, da Toei Animation, que estreou ano passado e segue em exibição, hoje já com 60 episódios disponíveis aqui no Brasil através da plataforma de streaming Crunchyroll.
Tendo como inspiração a série de RPG da Square Enix, o mangá Dragon Quest: As Aventuras de Dai foi seriado na Shonen Jump de 1989 a 1996, sendo, durante muito tempo, um dos títulos de maior vendagem da editora Shueisha. Um primeiro animê foi produzido pela Toei a partir de 1991, que inclusive foi exibido aqui no Brasil no SBT com o título Fly – O Pequeno Guerreiro, mas acabou finalizado às pressas, com 46 episódios, após uma mudança brusca na programação da emissora japonesa TBS. Com isso, bem pouco do que havia do mangá à época chegou a ser adaptado.
O anúncio da chegada da nova edição do mangá por aqui é uma boa desculpa para quem ainda não acompanha o animê, enfim, dar uma chance. Essa é uma das produções mais bacanas da Toei nos últimos tempos.
A direção é de Kazuya Karasawa (primeira direção geral em um animê, mas esteve em diversos episódios de Dragon Ball Super e foi diretor assistente no filme Dragon Ball Super: Broly) e o roteiro é de Katsuhiko Chiba. A dupla, acompanhada dos demais integrantes da staff, conseguiu um feito bem interessante: contar um tipo de história “das antigas” utilizando a forma atual de fazer animês.
Na trama, acompanhamos Dai, um menininho bem poderoso que foi criado em uma ilha de monstros, vivendo aventuras ao lado de amigos que ele conquista pelo caminho, para enfrentar um grande mal que assola a Terra.
Deixei a sinopse bem genérica de propósito, para ilustrar o quão “clássico” é o modelo de história utilizado aqui. Não é pra menos, já que Dragon Quest data de uma época onde a grande maioria dos clichês de mangás de aventura estavam em seu máximo. Com outros, ele influenciou uma porção de obras que viriam a seguir.
É uma espiral fácil de seguir: o herói entra na história ao conhecer o vilão e outros que estão enfrentando ele; é treinado e começa a desenvolver seus poderes quanto mais participa de batalhas; os coadjuvantes acompanham esse crescimento com suas próprias habilidades; a primeira ameaça desperta outra maior, que atrai outra ainda maior, que desemboca e outras ainda mais gigantes, até que chegam ao chefão final no ápice de seus desenvolvimentos.
Ocorre que o jeito como os animês hoje são feitos atende a um novo público. Enquanto a adaptação dos anos 90 trazia os trejeitos daquela época, com sequências de lutas que duravam vários episódios, uma lentidão maior ao esticar a trama e um humor “erótico” um tiquinho mais afiado, o animê atual condensa o grosso contado nos 46 episódios do antigo em apenas 25. A trama não toma tanto tempo, as batalhas são mais rápidas. E as piscadelas eróticas foram reduzidas. Não julgo que exista uma maneira melhor de fazer o animê. Cada uma faz jus à sua época.
Por isso, The Adventure of Dai pode ser visto como uma boa série que aproveita os conceitos de mangás e animês de aventura de antigamente, mas formulada para agradar ao público atual e funcionar dentro de uma estrutura de produção interna já bem maior e massificada. É um encontro bem interessante entre o “clássico” e o “contemporâneo” da cultura pop japonesa.
E acima de tudo, é um desenho bem legal de ver. O character design dos heróis, vilões e coadjuvantes é bem caprichado, os cenários são muito bonitos e há uma sensação radiante em tela provocada pelas cores vibrantes. Os personagens são recheados de carisma, as motivações deles são bem construídas e as interações em diferentes núcleos são muito bem montadas. Mesmo o uso do cgi funciona, já que cola com a aparência cartunesca da produção toda.
As batalhas são empolgantes, há um ar de “coolness” nos heróis e vilões que deixa tudo com cara de algum jogo de videogame de luta de fliperama exagerado, mas com muita personalidade. E por mais que, pra quem já é velho de guerra nesse universo de animês, a crescente da história até seja um pouco óbvia, a experiência de assistir vale por si só.
Pois, ao fim, Dragon Quest: The Adventure of Dai é um grande desenho de manhã de sábado, onde heróis são heróicos, vilões são vilanescos e cada segundo de duração parece planejado para momentos de pura diversão ao espectador.
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Dragon Quest: The Adventure of Dai é exibido simultaneamente do Japão com legendas pela Crunchyroll, e a plataforma concede ao JBox um acesso de imprensa.
O texto presente nesta resenha é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site JBox.
Ainda vou assistir. Parece ser legal.
Essa resenha é um bom lembrete de que o anime acabou e agora posso voltar a assistir u.u
Minha única crítica a esse remake,é a falta de “ketchup”,o ecchi eu nem ligo,mas tem algumas batalhas que eu senti um pouco a falta de sangue.
Tirando isso,eu estou amando,e estou gostando de como a Toei está cuidando bem dessa adaptação,um cuidado que infelizmente ela não teve em Dragon Ball Super.
E espero que a Crunchyoll possa dublar esse remake,de preferência trazendo parte do elenco original que ainda está vivo,algo que a Netflix fez com o remake de Shaman King.
O anime está sensacional. Toei tá se redimindo de muitos dos seus pecados passados.
O Pop é praticamente o protagonista moral do anime. Disparado teve o melhor desenvolvimento. Vê-se que o Riku Sanjo tinha predileção por ele. Maan segue o padrão da personagem feminina obrigatória do Riku Sanjo. Ou seja, só mais pra fanservice, ficar com fama de mandona, ser o alvo de atração de meio mundo, se preocupar “com os homens” e tal. Não chega a ser tão ruim quanto a Nene do Digimon Xros Wars mas longe de ser uma personagem marcante. Crocodine também teve um desenvolvimento legal. Hyunckel é um Ikki da vida mas funciona. Dai é um protagonista mas é muito dentro do padrão.
Mas só um adendo: o que deve ter ajudado o anime a ficar bom é o fato da obra já ter terminado. Estar em andamento não é empecilho pra se ter um bom anime (Kimetsu, MHA e Jujutsu são bons exemplos, apesar que eu não acompanho os dois últimos) mas deve ter ajudado pra equipe de produção montar bem o negócio.
Concordo.
Queria muito que esse novo anime do Fly fosse dublado.
Se esse novo ”Toonami” não fosse uma versão bugada do antigo, com certeza teríamos As novas aventuras de Fly dublado, junto com muitos outros e todos tendo ate suas musicas dubladas.
Perfeito. Tenho acompanhado o anime desde o inicio e ele é sensacional. Cheio de momentos piegas dos mangás shonen mais ainda sim muito bem feitos e emocionantes, com discurso de coragem e motivação, puro suco de anime de porradinha das antigas.
A animação tá incrivelmente bonita e cada ep simplesmente enche os olhos de tão bem feito e me faz questionar pq a Toei n deu o mesmo tratamento a DBS.
O ritmo tbm tá bem atualizado e dinâmico, algo q duraria 8 episodios no antigo dura no maximo 2 nesse novo e tudo feito de uma maneira q n parece q estão correndo apressadamente com a história como ocorre com o novo Shaman King.
Jbc tem q agradecer a esse anime, só vou gastar tubos de dinheiro com o mangá por conta dessa animação.
Cabou n. Ainda tá rolando.
Ô porra, achei que tinham feito o texto porque tinha acabado
É isso, vai voltar pra fila kkkkk
Deve falta uns 4 ou 5 eps pro fim. Tá no final já, mas creio q o texto só foi feito pra pegar aquela carona anúncio do mangá.
Apenas para informar, faltam 140 capítulos do mangá para serem adaptados. Vão ser pelo menos mais 30 episódios.
KnY já estava terminando quando o anime foi lançado, então não acho q dê exatamente pra incluir nesse caso.
O legal desse remake é que ironicamente hoje depois de adulto ele ajuda a deixar os meus sábados tão animados quanto nos tempos em que era moleque e o acompanhava pelo SBT… Ele foi uma verdadeira aula de como se fazer um remake de uma série antiga de forma competente, é uma pena que Digimon Adventure e Shaman King não tenham tido a mesma sorte.
Kimetsu estava acabando, mas foi porque a autora precisava com urgência cuidar da saúde dos pais e a editora permitiu encerrar o mangá mais rápido, o que abriu precedentes para que novos autores possam criar histórias mais curtas e aliviando um pouco as correntes contratuais.
Essa nova versão está ótima, só sinto falta do tempero ecchi que a original tinha, matou umas boas piadas.
Eu sei dos pormenores, mesmo assim não é um caso q possa ser incluído aqui.
Amo esse anime, assisto todo fim de semana e puta merda, cada episódio é uma enxurrada de lembranças! Além de ser uma história bem emocionante, que mostra valores como honra, coragem, heroísmo e outros que não se dá tanto valor hoje em dia.