O Brasil sempre foi de múltiplas dublagens (e por vezes de múltiplas vozes). Com isso eu quero dizer que já faz décadas que é bem raro um filme ser dublado só uma vez aqui, por uma colossal gama de razões – às vezes o direito de determinada dublagem está atrelado a canal X ou licenciante Y, às vezes o novo distribuidor ou canal de exibição quer uma dublagem nova, às vezes a produtora passou a desgostar da antiga dublagem por um motivo ou outro e encomenda uma nova… e por aí vai.
Na verdade, é bem difícil acompanhar quantas dublagens determinado filme tem ou quais dubladores estavam no elenco – até bem recentemente, essas informações não eram divulgadas (e mesmo hoje, não são sempre divulgadas, apesar de ser previsto em lei). Existem grupos dedicados de fãs que tentam arquivar esses dados, mas nem eles conseguem ficar a par de tudo.
E por pior que isso fosse antes, se intensificou pra caramba após a invasão dos serviços de streaming. O motivo exato… eu sinceramente não sei; mas imagino que seja uma mistura de fatores, desde qualidade de áudio indesejável de dublagens pré-era digital, até a falta de vontade de negociar os direitos de dublagens antigas, sendo fazer uma nova mais simples e rápido.
E, naturalmente, animês também estão inclusos nisso. Nos últimos anos temos visto um número cada vez maior de animês mais antigos, que já tinham sido dublados, recebendo novas dublagens para streaming; alcançando o nível da incredulidade este ano, quando o previamente nunca dublado (fora o filme) Cowboy Bebop ganhou duas dublagens, uma para a Funimation, outra para a Netflix, com poucas semanas de diferença entre o lançamento de uma e outra.
Mas estamos nos adiantando. Como muitos já devem saber (e estão prestes a me avisar nos comentários), redublagens de animê já aconteciam muito antes de streaming se tornar parte integral do nosso mundo. Não com tanta frequência quanto filmes – afinal, redublar 50 episódios de um desenho é muito mais trabalhoso que redublar 90 minutos de um filme – mas ainda assim, não eram incomuns.
Vamos começar com o exemplo mais antigo que eu consigo lembrar: o bom e velho Speed Racer, ou Mach GoGoGo, como é conhecido no Japão. Um dos primeiros animês a ser trazido para o Brasil e um queridinho da WarnerMedia, era de se esperar que ele fosse redublado algumas vezes. A primeira dublagem foi produzida pela Riosom, contando com Cleonir dos Santos no personagem-título, estreando em 1969 na Rede Globo e também passando na TV Tupi.
Algum tempo depois, alguns episódios foram lançados em VHS, e esses foram dublados na SC São Paulo, com Orlando Viggiani (o Ryu de Street Fighter II V) no papel do protagonista.
E por fim, uma terceira dublagem foi produzida na Sincrovídeo, com Peterson Adriano (Koenma em Yu Yu Hakusho, Puck em Re:ZERO) interpretando o piloto do Mach 5. Essa dublagem continua em circulação até hoje – se você pegar algum episódio desse clássico na TV ou esbarrar com o DVD, essa é a dublagem que estará nele.
Mas ainda não acabou! Um outro tipo de redublagem que também pode acontecer é a de episódios seletos de uma série, por razões de certos episódios estarem com áudio danificado, indesejável, ou indisponível por algum motivo.
E isso aconteceu com Speed Racer – para o lançamento em DVD, alguns episódios foram redublados no estúdio Gabia, e contaram com Wendel Bezerra no papel do corredor, que também fez a versão repaginada dele no remake As Novas Aventuras de Speed Racer (Shin Mach GoGoGo/Speed Racer X, não o americano New Adventures of Speed Racer – sim, é confuso), que passou por aqui no Cartoon Network.
Mas quando falamos de animês antigos, o caso de redublagem mais conhecido provavelmente é o de Os Cavaleiros do Zodíaco, visto todo o seu sucesso. Em seu lançamento original pela Manchete, em 1994, a série foi exibida com uma dublagem produzida pela extinta Gota Mágica. Cerca de uma década depois, ela recebeu uma nova dublagem para reexibição no Cartoon Network, em 2003.
Diferentemente do que aconteceu com Speed Racer, a redublagem de Cavaleiros reuniu o maior número possível de dubladores da primeira dublagem, já tão queridos pelo público… mas também manifestou outro aspecto interessante de redublagem: uma coisa que eu chamo de “canonizar os erros”.
A primeira dublagem de Cavaleiros era falha e continha diversos erros de adaptação no texto; golpes com nomes errados, traduções estranhas de termos… a lista é longa. E via de regra, muitos deles foram corrigidos na redublagem; o Seiya nunca mais chamou seus punhos de “ken”, o cavaleiro de ouro Mu não é apresentado como sendo da constelação de Touro, dentre outras coisas mais.
Mas por outro lado, a nova dublagem não ousou mexer em… “erros” (talvez “peculiaridades” seja uma palavra melhor?) que já tinham caído nas graças do público. Como o Seiya exigindo que Pégaso lhe desse a sua força em certas cenas, certas alterações inexplicáveis de nome (como de “Miho” para “Mino”), ou a cavaleira Shaina (“Shina” – outro erro mantido) ocasionalmente chamando seu ataque “Garras do Trovão” de “Venha, Cobra”, por algum motivo.
Dá para levantar uma discussão em cima disso – é certo uma nova dublagem manter esse tipo de coisa? Porque essencialmente, apesar de algumas dessas coisas poderem ser explicadas como licença artística, outras são simplesmente erros, e erros não deveriam ser corrigidos? O que vocês acham?
Seguindo, outro caso de redublagem que eu acho fascinante é Evangelion. A série de TV já foi dublada três vezes – uma pela Mastersound, outra pela Álamo, e mais recentemente pela VoxMundi para a Netflix.
Alguns membros do elenco foram trocados em cada uma delas, enquanto outros, como os três pilotos Shinji, Asuka e Rei, ficaram fixos. E através das dublagens, fica bem evidente como as vozes dos dubladores mudaram através desses 20 anos.
E claro, a série também contou com certas peculiaridades de adaptação. A mais chamativa para mim é como os inimigos da série, os Anjos, eram chamados de “Angels” na primeira dublagem (note que na versão japonesa eles são chamados pelo nome japonês dessas figuras bíblicas: tenshi).
Outra bem chamativa é como a primeira versão pronunciava o nome da personagem Asuka rimando com “açúcar”, enquanto que as demais dublagens a aproximaram à pronúncia original: “Á-ssuka”.
Dito isso, Evangelion também serve para mostrar que redublagens não são imunes a cometer novos erros. Na segunda dublagem do primeiro episódio da série, as famosas palavras do Shinji, “não posso fugir”, foram traduzidas como o oposto: “tenho que fugir”. Ops.
E também tem o caso de duas dublagens feitas sobre duas versões internacionais de um mesmo animê. A primeira que me vêm à mente foi o estranho caso de Robotech.
Robotech é um compilado americano de três animês: Super Dimension Fortress Macross, Super Dimension Cavalry Southern Cross e Genesis Climber MOSPEADA. Como típico dos americanos, essa versão inclui vários cortes, nomes trocados, e enredo modificado para combinar essas três séries.
Robotech foi exibido dublado aqui em 1990, pela Globo… e anos antes, Macross, desassociado de Robotech, passou sem alarde em canais locais, sob o título “Guerra das Galáxias” (não confundir com Batalha dos Planetas!) — com reprise em 1994 pela CNT/Gazeta. E para deixar a situação ainda mais surreal, ambos foram dublados na Herbert Richers, mas com elencos diferentes.
Bom, nem preciso dizer que as duas dublagens têm roteiros e terminologias bem diferentes, como definidas por suas “versões base”.
Porém não é só isso: antes de ir para a TV, Robotech teve um lançamento em VHS em 1987, com um elenco de dublagem paulista. E ainda teve o filme Macross: A Batalha Final, com mais dois outros elencos (um da fita que também saiu no fim da década de 80 e outro da exibição pelo Locomotion no começo dos anos 2000).
Mas o exemplo mais famoso desse “caso Robotech”, naturalmente, é One Piece: originalmente exibido por aqui através da velha versão americana editada, dublado pela DPN, o animê ganhou uma segunda chance na Netflix, agora dublado na Unidub em cima da versão original.
A adaptação da DPN naturalmente tinha o roteiro bem afetado pela versão americana, mas o trabalho dela sobre a terminologia da série foi interessante. Basicamente, foi uma tentativa de adotar as escolhas de tradução da (então-publicadora do mangá por aqui) Conrad na dublagem, um “malabarismo” das decisões da versão americana e as da editora.
Por exemplo, o protagonista ficou com o nome “Ruffy”, que era adotado pela Conrad, em oposição ao mais universalmente utilizado “Luffy”. As “Frutas do Diabo” ficaram com esse nome, em oposição ao termo mais leve que a dublagem americana adotava (“Cursed Fruit”, ou “Frutas Amaldiçoadas”), e vários golpes foram revertidos ou a seus nomes originais, ou a adaptações de seus nomes originais, como o “Gomu Gomu Pistola” do Luffy (esse foi bem inconsistente, diga-se de passagem – em alguns episódios ele era chamado de “Gomu Gomu Explosão”, provavelmente derivado do nome que a dublagem americana usava, “Gum Gum Blast”).
Já a nova dublagem optou por manter o maior número possível de termos em japonês, baseada no fato da maioria dos fãs pré-existentes de One Piece no Brasil fazerem o mesmo. “Akuma no Mi” ao invés de “Fruta do Diabo”, “Gomu Gomu no Pistol” ao invés de “Gomu Gomu Pistola”, etc. O elenco foi todo trocado (com aval da Toei) após novos testes… com algumas exceções aqui e ali, como o Sanji.
Como já dá deve ter dado para notar pela coluna, eu adoro comparar múltiplas adaptações de um mesmo produto; é divertido ver como cada equipe aborda o texto do seu próprio modo, por bem ou por mal… por mais frustrante que possa ser para os fãs das primeiras dublagens!
Bom, quero ouvir de vocês: que outras redublagens de animê vocês conhecem? Qual vocês gostaram ou desgostaram? Acham que eu não sei do que estou falando e que “Venha, Cobra” é um nome muito legal para um ataque? Soltem aí nos comentários e até a próxima!
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Pra CDZ e Yu Yu hakusho por exemplo, achei valido redublagem, ja que as 1º dublagens tão com qualidade horrível, tecnologia antiga e cheio de erros na dublagem. Se for pra consertar, como foi, é valido.
Pior que tem um casos como os filmes de Saint Seiya que ganhou a redublagem eu acho a direção péssima, sempre vi e revejo a primeira dublagem da gota mágica (até pela sua trilha sonora exclusiva BR que gosto mais que a versão original japonesa), pode ter textos errados (ou até personagem sendo dublado errado numa cena por outro dublador) mas ainda sim a emoção da interpretação é muito mais forte do que a versão redublada na dubrasil no começo de carreira, coisa que já não aconteceu mais tipo na dublagem prólogo do céu que o marcelo dirigiu extremamente bem.
Eu não gosto muito das redublagens de Cavaleiros do Zodíaco, pelo simples fato que não sou muito fã da original.
Apesar dos dubladores serem bons, acho vários muito mal escalados, com vozes que não combinam com os personagens (principalmente entre os Cavaleiros de Ouro). E lembrando da história caótica da dublagem da série no Brasil, faz todo sentido isso ter acontecido.
Porém em toda dublagem que CDZ recebe, é sempre o mesmo elenco, favorecendo a nostalgia em vez da qualidade. Além da já citada manutenção de erros.
Isso ficou mais grave pra mim no filme “A Lenda do Santuário”, que os personagens receberam novos designs que fez com que várias vozes ficassem ainda mais deslocadas, mas em prol da nostalgia mantiveram os mesmos dubladores (sendo que na maioria dos países todo o elenco foi trocado).
Por isso que gosto muito da dublagem do Lost Canvas. Mesmo os personagens sendo equivalentes do original, colocaram um elenco novo cujas vozes se encaixam bem melhor nos personagens.
Faltou a analise das dublagens de Yu Yu Hakusho. Eu não tenho muito na memoria a nova dublagem (pois não acompanhei o relançamento), e não sei como se saíram na adaptação de algum termos usados na primeira versão como o famoso Ah! eu sou Toguro (em referencia ao Ah! Eu to maluco, que era usado na época), uma vez que com o passar dos anos, tal referencia se perdeu e parecia estranha e sem graça em dublagens atuais.
Sobre as adaptações de CDZ, realmente se prenderam a nostalgia (que sabemos, muitas vezes atrapalha) e perderam a oportunidade de corrigir os erros citados, o mesmo vale para a nova dublagem de Sailor Moon na época da BKS que insistiram em continuar chamando a gata de LUA ao invés de LUNA.
Em Evangelion, confesso que algumas trocas me soam até hoje um estranhamento (como a voz da Misato e da Ritsuko, onde para mim as primeiras dubladoras combinavam mais com as personagens), e sei que a pronuncia de Asuka ficou mais próxima do original, mas já tinha acostumado com o “Azuca” e ouvir um “Aska” toda vez soa estranho.
Não consigo ver os filmes redublados, principalmente o filme do Abel, pois a trilha sonora brasileira deram outra emoção (ou será o lado nostálgico? Mas o solinho de guitarra com o refrão da musica de abertura nas cenas tristes dá toda uma emoção na gente) nas cenas, e as originais já ficam muito sem graça, principalmente a abertura da Saori encontrando o Abel.
No caso específico de CDZ, não vejo problemas em terem mantido os nomes “trocados” da Mino e da Shina. Pra mim, entraria simplesmente como uma “pseudo-localização” dos nomes.
Agora em questão dos nomes dos ataques, foi mancada mesmo já que os dubladores conseguiam usar a versão de tradução correta muito bem, obrigado.
Para você ta gostar da dublagem antiga com erros e tecnicamente pior, é apenas nostalgia/saudosismo. Nossa mente prega peças.
Entendo total o que você ta falando. Amo as vozes que eles já tem na redublagem por ser minha referência de sempre. Nostalgia. Meu cérebro ta acostumado com eles. Shaka mesmo, a voz dele é de idoso, sendo que não tem nada a ver com personagem, mas meu saudosismo me faz gostar dela.
Mas não é pior mesmo, a interpretação é ótima e pra mim numa obra como saint seiya onde o texto é tão pífio, simples e tosco não to me importando do seiya falando princesa athena em vez de deusa athena, são erros insignificantes pra leitura da obra.
Não é nostalgia, a entonação, o elenco que foi mudado, tudo é muito superior, diferente da redublagem que é péssima, não tem sentimento, é robótica e travada nos diálogos. Não falo por mente pregando peças como se tivesse preso ao passado, pq eu acompanhei a dublagem da manchete, eu era pra ser acostumado com ela, mas prefiro mil vezes a redublagem do álamo na série de TV de saint seiya, é a mesma coisa pra DragonBall que prefiro a redublagem do clássico, é só questão do que é qualidade (pra mim é passar o sentimento da cena, entonação, a personalidade), a redublagem dos filmes pode ter um texto certinho mas não adianta nada se ela não tem atuação (inclusive mesmo na redublagem você vai ver erros, uma sincronia ruim de som e tals então…).
Eu acho valido uma redublagem com o elenco original e não colocando gírias moderninhas.
O cuidado do material do áudio dublado que o dono tem em mãos acho muito ruim de modo geral do tipo de arquivamento que é dotado. duplicação das masters o por ai vai… anos 80 e 90 nem se fala.
Eu amo a direção do Shigeyasu Yamauchi, eu gosto da trilha escolhida para o longa, é o tipo de narrativa dramatúrgica e serena que o Yamauchi é mestre em fazer, não tiro nenhum valor da trilha japa mas eu fico bastante surpreendido com a releitura brasileira em conseguir fazer uma trilha nova que se encaixasse também na obra de uma outra maneira, não é algo comum de se ver, por mim é mais emocionante a trilha da gota mágica pelo instrumentação que usam mesmo, mas tbm é algo que o Yamauchi nunca deveu na sua direção e trilhas fantásticas de outros filmes como prólogo do céu ou a fase Hades.
Eu prefiro manter mesmo, acho todos perfeitos para seus personagens.
Sei não, os nomes dos golpes ficaram bem marcados, o pessoal que acostumou a gritar “Cólera do Dragão” não ia passar a usar “Dragão ascendente de Rozan”. Pelo menos consertaram o “Raio se Gelo” do Hyoga.
Tendo a concordar, embora tenha havido correções na tradução perdeu-se muito das inflexões e emoções que eram melhor transmitidas na primeira versão, e esse filme é um bom exemplo. Suponho que seja influência da direção. Duas cenas em que dá pra perceber demais a perda: o diálogo entre Berengue e Hyoga que antecede sua luta (e até mesmo o que eles discutem enquanto travam o combate), e a lição de moral que o Saga dá no Seiya fazendo ele “acordar” pra missão. Aliás, me incomoda como o Gilberto Baroli abusou do tom vilanesco em todas as redublagens do Saga, gostava muito quando ele intercalava com um tom mais sereno quando a cena pedia.
Não é anime, mas quando se fala de redublagem sempre me lembro do Inspetor Bugiganga. Enquanto ele passava no SBT, tinha uma versão com outra dublagem na Record onde ele era chamado “Inspetor Gandaia”.
Os dubladores do Máscara da Morte e depois o do Hiei são os mais impressionantes de se ouvir nas duas dublagens. Os quase 10 anos de diferença fizeram eles parecer outra pessoa falando.
CDZ tem pra mim o elenco de dublagem mais superestimado de todos os tempos, e tudo em nome da nostalgia cega de fãs que permeia essa franquia. As vozes escolhidas simplesmente não casam com a idade dos personagens em descrições e até na aparência, mas o público não permitiu que isso fosse mudado para depois ser avaliado o resultado final mesmo em versões alternativas que sequer os agradavam à primeira vista, como o filme A Lenda do Santuário e a versão da Netflix, a base de fãs dessa série aqui no Brasil é um saco.
Yahahahaha!!! O Sahgo já adivinhando as correções da galera nos comentários.
A q marca pra mim é a de Dragon Ball Kai q a troca do elenco e ainda a decisão de se usar a versão americana da tradução tornou a exibição mas problemática do q realmente deveria ser, o mais bizarro q nos eps da Saga Boo eles se aproximam mais da dublagem de DBZ.
Sobre os erros de CDZ sou contra, erro é erro e tem de arrumar, adaptar pra melhor compreensão é uma coisa, isso é só o adaptador querendo manter uma nostalgia besta, inclusive esse “Venha Cobra” da Shiana me irrita pq as vezes usam o nome correto do golpe e da uma confusão do caramba.
Pode crer. Essas últimas obras de CDZ q tentam fazer o personagens realmente parecerem adolescentes ficaram ainda mais prejudicada com essa nostalgia besta.
Pior q tem um video do Hermes Baroli falando q quando ele faz a voz do Seiya ele tenta imitar a voz dele mais novo.
Mas é aquilo o fã é um porre e vai encher o saco.
Sailor moon e Sakura card captors tiveram as vozes de suas protagonistas invertidas ao decorrer dos lançamentos aqui no Brasil… Sailor moon inclusive recentemente recebeu uma nova dublagem meio cofnusa na netflix…. Não sei tanto de animês, mas os filmes do de volta pra o futuro tem umas duas~três dublagens…
A, e na dublagem do novo anime de shaman king, o dublador brasileiro do menino baixinho, Jesus, a voz mudou demais do original pra dublagem do atual da netflix…
Vários filmes famosos dos anos 80 e 90, Karate Kid também tem 3 dublagens.
O pessoal confunde a qualidade daquela dublagem com o sucesso que a série teve, se não me engano, ela foi a primeira a ser realizada pela Gota Mágica, com certeza a toque de caixa e com pouco recurso humano à disposição por tratar-se de um então estúdio de dublagem recém fundado, mas só porque a série alcançou um sucesso inesperado no Brasil tornando os próprios dubladores envolvidos famosos, não falta fã saudosista babão pra afirmar que é uma das “melhores dublagens de animes de todos os tempos”.
Uma das maiores aberrações de todos os tempos.
Fullmetal Alchemist Brotherhood, que além de troca de alguns dubladores sofreu com o politicamente incorreto na dublagem.
Por sinal, CDZ também sofreu com isso… Lembro do Mestre do Santuário perguntar o que Aiolia faria com o Milo caso este fosse enviado para matar Seiya, ou Saori, sei lá… e na primeira dublagem o cavaleiro de leão que cortaria a cabeça do cavaleiro de escorpião ali mesmo. Na redublagem, disse que iria derrotá-lo. O que, convenhamos, não é tão agressivo quanto a primeira fala.
A versão da BKS de Sailor Moon corrigiu algum erro da Gota? Pelo contrário, a única coisa que eles sabiam dessa dublagem era que a Marli protagonizou (até tentaram chamar ela de volta, mas ela recusou). Eles não só trabalharam no produto sem saber dos erros antigos pra tentar melhor, como também fizeram o favor de acrescentar um monte de erros novos.
Impressão sua. Redublagens acontecem à torto e à direito no exterior.
Interessante que mantiveram o “Venha a Cobra” da Shina só no clássico, porque na Saga de Hades, ela só usou o “Garras do Trovão” mesmo.
Realmente o filme “A Lenda do Santuário” e a série “Knights Of The Zodiac” da Netflix deveriam ter apostado em novas vozes para os protagonistas, por serem animações com outra proposta (não são em 2D, não foram feitas para o mesmo público da época, etc.).
Sainthia Sho, até pelo trailer dublado que soltaram na CCXP, e dado o nosso cenário, ainda acho válido manter as vozes clássicas (principalmente por eles não terem muitas falas), mas se vier um reboot em 2D (ou 3D que imite o 2D, como já está virando tendência), aí não tem como defender a manutenção das mesmas vozes (principalmente porque, nessa altura do campeonato, acho bem possível começar a haver desfalques importantes, que vão gerar reclamações do mesmo jeito).
A redublagem de Yu Yu Hakusho que é terrível. A emoção transmitida pelos dubladores, mesmo que muitos fossem da primeira dublagem, foi uma negação total. Foi um trabalho totalmente pasteurizado, de linha de montagem.
Uma temporada da série foi exibida na Record e ganhou dublagem carioca, de onde tiraram essa tradução Gandaia, apenas para combinar com o G de Gadget. As outras temporadas foram compradas pelo SBT posteriormente, ganhando o nome Bugiganga na tradução.
Essa temporada exibida na Record foi redublada e reexibida na TV Aparecida algum tempo atrás.
Diria que foi negócio mal feito mesmo. Um pedaço da série na Record com o nome Gandaia, outro pedaço no SBT com o nome Bugiganga. No caso faltou cuidado do distribuidor.
Por isso que quem tem culhões desapega. Quem não tem fica nesse mantra repetitivo até descer a sepultura.
A redublagem do Hiei ficou horrorosa. Quase não dá pra associar que é a mesma pessoa.
Na primeiro dublagem da pra sentir a raiva e arrogância no tom de voz.
Na segunda não tem graça nenhuma