Como divulgado no começo do mês, o Globoplay estreou Dragon Ball em seu catálogo, trazendo de volta ao público brasileiro um título muito pedido… aos serviços de streaming já conhecidos pela oferta de animês (mesmo aqueles conhecidos por animês ruins em CG terrível).
78 episódios chegaram, mais ou menos a metade da série, apenas em opção dublada — são 153 no total nessa fase, exibida originalmente de 1986 a 1989 no Japão.
A abertura foi regravada (de novo, é a 4ª versão) — a voz é de Ricardo Júnior, conhecido por fansings da série (ele foi contratado para esse trabalho) — mas a dublagem é a versão da Álamo, com os mesmos cortes herdados da versão mexicana.
Importante destacar também que, mesmo do episódio 61 em diante, é a versão Álamo, como exibida no Cartoon Network e Tooncast — em sua primeira exibição na Globo, a partir de 2002, Dragon Ball foi dublado pela DPN desse episódio em diante).
Alguns já pediam o retorno do título à Globo, mas junto a um pedido de volta da TV Globinho — essa segunda parte segue improvável de ser atendida.
De qualquer modo, o streaming não tem “tradição” com animês, a maioria das animações nipônicas por lá são coproduções internacionais (e não no modelo de encomenda, como faz a Netflix com vários originais), embora recentemente tenha entrado um filme de My Hero Academia e algumas outras coisas via Telecine.
Dentre as poucas séries japonesas no streaming, temos Sonic X, da TMS, e Pingu na Cidade, produzido pelo estúdio Polygon Pictures em parceria com Dandelion Animation Studios, Sony e Mattel.
O serviço ainda possui Miraculous – As Aventuras de Ladybug, com envolvimento da Toei Animation e da própria Globo a partir das temporadas mais recentes; e Mega Man: Potência Máxima, animação do personagem da Capcom feita pelo coletivo americano Man of Action em parceria com a filial americana da Dentsu Entertainment e o estúdio canadense DHX.
Dragon Ball já esteve disponível no Now e alguns episódios de Dragon Ball Z já estiveram no Now e LATAM Play. A Crunchyroll possui Dragon Ball, Dragon Ball Z e Dragon Ball GT, mas apenas com legendas em inglês.
O Warner Channel recentemente começou a exibir a série Kai, que chega em julho na HBO Max.
Fonte: Globoplay
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Dragon Ball surgiu como mangá em 1984, sendo uma criação de Akira Toriyama, que anteriormente já tinha emplacado no Japão o sucesso Dr. Slump. Adaptando livremente o conto chinês Jornada ao Oeste, começa contando a história do pequeno Goku, um garoto com uma força extraordinária e um rabo de macaco, que viveu até então isolado da humanidade. Sua vida muda quando uma jovem aventureira chamada Bulma o conhece, procurando por uma das lendárias Esferas do Dragão. Juntos eles entram numa jornada atrás das 7 esferas existentes, que reunidas podem conceder qualquer desejo.
Os quadrinhos viraram uma série animada em 1986, pela Toei Animation. Após 153 episódios, continuou com o título Dragon Ball Z, a partir de 1989. Com os personagens mais velhos, em Dragon Ball Z o foco se consolida na ação, com Goku e outros lutadores enfrentando grandes ameaças contra a Terra.
O mangá original foi publicado no Brasil a partir de 2000, pela Conrad Editora e posteriormente foi republicado pela Panini. O animê Dragon Ball estreou no Brasil em 1996, pelo SBT, que exibiu 60 episódios dublados pela Gota Mágica. Em 2002, a série teve todos os episódios exibidos pela Rede Globo, com uma redublagem pela Álamo, finalizada pela DPN. Uma outra reprise, dessa vez com todos os episódios dublados na Álamo, aconteceu posteriormente no Cartoon Network e Tooncast. Alguns episódios também ficaram disponíveis pelo NOW.
Dragon Ball Z estreou no Brasil pelo Cartoon Network e Bandeirantes em 1999, sendo exibido também pela Rede Globo a partir de 2001. Mais recentemente, teve exibição em HD pela Rede Brasil e teve alguns episódios disponíveis pelo NOW. A Panini publica atualmente uma Edição Definitiva do mangá original.
Dragon Ball Super, sequência da história da série de TV produzida em 2015, é exibido na Crunchyroll, tendo passagem pelo Cartoon Network. Um mangá derivado é publicado pela Panini.
As cenas censuradas foram simplesmente cortadas ou exibiram com legendas?
Foram cortadas, pelo visto é a fita mexicana. Mas seria ótimo um dia uma versão dublada sem cortes, usando a fonte as fitas remasterizadas tanto americana como a japonesa, apesar de que a americana tem uma imagem melhor.
Aquele ínfima chama de esperança que eu tinha de um dia ver essa série com uma nova dublagem sem cortes acaba de se apagar…
Sera que deu problema com um dos cantores das outras versões da abertura? pra terem se dado o trabalho de refazer kkk
Podiam ter negociado com a Toei uma versão de imagem melhor, né :/
Engraçado que no encerramento mantiveram a mesma versão gravada na Álamo pela Vera Campos e que o Ricardo Júnior regravou a abertura do Anísio Mello Jr. com a mesmíssima letra, ao contrário de todas as outras regravações, em que a letra teve muitas mudanças. Direitos conexos?
Vocês sempre são parciais falando de lançamentos ridículos da Toei, né?
Por que não mencionaram que é áudio baixado de internet e que tem áudio japonês entrando em cenas sem dublagem? Da mesma forma que abafaram que Sailor Moon S só foi pro catálogo da Netflix porque a Toei não tinha o áudio do resto das temporadas?
já existe até bluray, a toei que não faz o mínimo de esforço
Se for direitos conexos, não seria mais fácil pagar ao próprio Anísio Mello Jr. para ele cantar de novo? rs
Aliás, por falar nisso, eu acho curioso: Dragon Ball foi dublado para passar apenas na TV (aberta e a cabo), e agora está passando tranquilamente em streaming. E os animes da Animax foram dublados para passar apenas na TV a cabo, mas ESSES sim tem problemas de direitos conexos para irem para o streaming. Eu já desisti de tentar entender esses acordos, do que pode e o que não pode.
Ao que parece, o problema não é com os direitos conexos no caso do Animax, mas uma bagunça entre duas empresas independentes entre si, mas que são ambas da própria Sony: Aniplex e Funimation. A primeira possui os direitos sobre as dublagens, enquanto a segunda teria que pagar à primeira para usar, o que incluiria os direitos conexos.
O que acho mais curioso é que há anos ouço falar de uma porrada de dublagens em posse da Aniplex, mas nunca ter visto ela fazer nada com elas.
Essa minha dúvida surgiu em um vídeo do Mitsubukai onde a própria Úrsula Bezerra falou que já tentaram entrar em contato com eles (para lançar a dublagem do Sony Spin de FMA Brotherhood), mas que não chegaram a um acordo. Depois, em uma entrevista para outro canal (não lembro agora), o Glauco Marques (que fez pontas em FMAB) também falou que o problema era esse, que não chegaram a um acordo de valores, então não puderam reutilizar essa e outras dublagens.
E o problema não é só as dublagens que foram lançadas. Nós também temos animes que foram dublados e que nunca foram exibidos, como Dancouga Nova, Gallery Fake, a segunda temporada de Hell Girl, e o infame Immoral Sisters. Se o que foi exibido já é difícil de vermos de novo oficialmente, essas daí já dão para considerar como perdidas.
Sei dessa história, mas veja o exemplo do conteúdo da Televix/Viz Media (Shaman King, Inuyasha, Death Note, Naruto, Bleach etc.) ou até mesmo da Toei. Nunca houve impeditivo legal de utilizar as dublagens já realizadas no streaming, só acontece com o que é da Sony.
Então a culpa é realmente das restrições à publicidade infantil e não a migração desse público para outras mídias? 🤔