Não é nenhuma novidade que muitos grupos e bandas japonesas não têm interesse no sucesso fora do Japão. Até meados de 2019, a empresa Johnnys & Associates não tinha canal do Youtube e nem permitia redes sociais para os Johnny’s (como são conhecidos os idols da empresa), centralizando completamente a imagem e venda de seus grupos no país. Talvez seja um dos casos mais extremos, mas a falta de interesse em globalizar a imagem de músicos é muito comum, principalmente em grupos idols.

Porém, o novo grupo SG5 tem um plano completamente diferente, fazendo seu debut oficial e primeira performance no Anime Expo, em Los Angeles, na próxima semana.

Sailor Guardians 5, ou SG5, é um grupo de 5 mulheres que se inspiraram na franquia de Sailor Moon para seu conceito. “Um super grupo pop intergalático que protege o universo contra o mal, a injustiça e a negatividade”, é como se apresentam.

Apesar de serem um grupo novo, todas as mulheres já tem uma carreira estabelecida na indústria de J-pop. Sayaka, Ruri, Miyuu e Kaede fazem parte do Happiness e já fizeram parte do E-girls. Rui integra o iScream, que iniciou as atividades em 2021 (e ainda é incerto se Rui continuará no grupo ou irá sair para se concentrar nas atividades do SG5, mesmo que seja comum que idols façam parte de diversos grupos ao mesmo tempo).

Para terem a autorização da imagem e poderem utilizar o nome de Sailor Moon, o SG5 teve que fazer uma performance para a própria Naoko Takeuchi (autora da série) que, aparentemente, concordou e oficializou a colaboração entre a franquia e o grupo musical. Mas apesar de serem parceiras oficiais, o grupo defende que musicalmente não será retrô.

Trabalhando com o produtor BloodPop (Lady Gaga, Madonna) que será produtor executivo e diretor criativo de seu primeiro álbum, podemos ter uma ideia (e esperamos) que seu som terá uma vibe de pop futurístico. Também são gerenciadas por duas produtoras, a LDH Japan Inc. (Happiness, iScream, Miyavi) e a Three Six Zero (Will, Jaden e Willow Smith).

O SG5 tem o objetivo de “exportar a música japonesa”, se apropriando da estética de animês, e suas músicas terão letras em japonês e inglês — assim elas podem se conectar com outros países e melhorar também suas habilidades com a segunda língua.

O grupo deu uma entrevista para o site Rolling Stone, mostrando sua ansiedade e expectativa por poderem performar fora do Japão e se comunicar com fãs estrangeiros.


Fonte: Rolling Stone