A editora JBC anunciou hoje (2), em seu painel na CCXP, que publicará o clássico mangá Astro Boy (Tetsuwan Atom). Esta será a primeira vez que a versão original da obra chega ao Brasil. O lançamento chega em algum momento de 2023.

Publicado entre 1952 e 1963 nas páginas da revista Shonen (sim, a revista tinha só esse nome mesmo), da editora Kobunsha, e rendendo 26 volumes encadernados, o mangá é uma das principais obras de Osamu Tezuka.

imagem: capa japonesa do mangá astro boy

Capa japonesa. | Imagem: Reprodução

Astro Boy acompanha um menino robô, criado a partir da imagem do filho falecido de um cientista. Com poderes atômicos, o pequeno Astro acaba por se tornar um super-herói, lutando pela paz em um mundo compartilhado por humanos e robôs.

A editora Panini trouxe duas outras versões do mangá: Astro Boy (2004), de Akira Himekawa, que pegava carona na  na série de TV de 2003 e Pluto (2003-2009), de Naoki Urasawa, que trazia um tom mais sombrio e de mistério para a trama.

 

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Fonte: JBC na CCXP 2022


Um dos maiores clássicos da animação japonesa, Tetsuwan Atom, ou Astro Boy, como conhecemos do lado de cá, é uma criação do “deus do mangá” Osamu Tezuka, que publicou o mangá original entre abril de 1952 e março de 1963.

A primeira série, datada de 1963 e inédita por aqui, é considerada o primeiro animê no formato de programa comercial de meia hora para TV. No Brasil, assistimos pela Record, nos anos 1980, O Menino Biônico (Jetter Mars), uma “versão genérica” do Astro criada pelo próprio Tezuka junto à Toei Animation. Em 2003, tivemos um remake do herói original, que passou aqui pelo Cartoon Network, Rede Globo e Loading, além de ter sido lançado completo em DVD e exibido pelo streaming do Crackle.

Em 2007, três volumes de um mangá de AstroBoy foram lançados no Brasil pela Panini. O título em questão é uma releitura de Akira Himekawa, portanto a obra original de Tezuka continua inédita por aqui.

Em 2009 foi lançada uma versão em CG para os cinemas, sob responsabilidade do estúdio Imagi, de Hong Kong (que também fez aquele longa animado das Tartarugas Ninja). O filme era a grande aposta da Imagi para garantir sua sobrevivência e concluir outro projeto, um longa CG baseado no clássico Gatchaman. Infelizmente a bilheteria foi baixa e o estúdio fechou as portas no ano seguinte.

Em 2012, um especial da Turma da Mônica Jovem reuniu figuras como Kimba, o próprio Astroboy e a Princesa Safiri (de A Princesa e O Cavaleiro) com Mônica, Cebolinha e os demais em uma história ecológica. Novos crossovers surgiram anos depois nos quadrinhos.