Kumar Sivasubramanian, tradutor de japonês-inglês no MANGA Plus, divulgou em sua conta no Twitter que, após o capítulo 13, não traduzirá mais Cipher Academy para o serviço. Junto ao comentário, ele publicou um texto do site Screen Rant chamado “Um novo mangá da Shonen Jump se tornou impossível de traduzir” (em tradução livre).
O artigo comentado fala sobre os capítulos mais recentes do mangá, onde foram usados jogos de palavras baseados em lipogramas — textos que tem propósito de serem restritivos, proibindo o uso de certas letras ou sílabas. Na versão do MANGA Plus, Sivasubramanian decidiu por não adaptar a versão original japonesa para o inglês, deixando o texto original junto de uma tradução literal do que se falava.
Confira abaixo alguns exemplos das escolhas do tradutor para o mangá:
Apesar da escolha de não traduzir parecer falta de profissionalismo para quem olha de fora, lipogramas e jogos de palavras como um todo podem ser bem difíceis de traduzir. Anteriormente, no próprio Cipher Academy, aconteceram outros jogos de palavras que foram totalmente adaptados para o inglês, porém acabou sendo traçado um limite nos acontecimentos mais recentes quando foi feito o uso de lipogramas.
Kumar não comentou diretamente seus motivos para abandonar o projeto de tradução de Cipher Academy, porém chegou a retweetar algumas pessoas falando que o tradutor merecia maior pagamento pelo trabalho no mangá. Outro ponto importante de se destacar é que Cipher Academy está sendo publicado no MANGA Plus simultaneamente com o Japão, o que dificulta ainda mais o processo de adaptação pela falta de tempo.
O MANGA Plus não se manifestou se a saída de Kumar Sivasubramanian do projeto afetará a publicação dos próximos capítulos. Hoje, dia 19, foi lançado o capítulo 12 do mangá.
Cipher Academy (Angou Gakuen no Iroha) é um mangá escrito por NisiOisin e ilustrado por Yuji Iwasaki que está em publicação desde novembro do ano passado, saindo originalmente na Shonen Jump. As obras de NisiOisin, como um todo, contam com bastante jogos de palavras, sendo uma forte característica do autor, com talvez os casos mais populares sendo de Medaka Box, mangá do autor em parceria com Akira Akatsuki onde era constante o uso de enormes paredes de texto durante argumentações entre os personagens.
Na história de Cipher Academy, Iroha é um aluno recém-matriculado na Academia dos Códigos, uma escola onde jovens são treinados para resolver mensagens criptografadas de uso militar. Lá, ele recebe um par de óculos misteriosos de Kogoe que têm relação com a resolução de códigos.
Quem quiser se aventurar pela obra, pode ler Cipher Academy exclusivamente em inglês no MANGA Plus.
Felizmente os tradutores das scans, são mais perseverantes !
mas são bons?
São “pika !”
Como assim pode “parecer falta de profissionalismo”? Nós estamos lendo, à décadas, mangas que não são traduzidos 100%… hoje em dia que o pessoal frutinha passou a adaptar tudo que aparece pela frente.
Nem tudo deve ou pode ser traduzido/adaptado, a não ser que você queira um resultado totalmente diferente. Se esse é o caso, nem sei porquê você quer ler a obra.
Como tradutor eu posso dizer com confiança que a tradução é uma arte, não uma ciência, amigo. Tal qual tem muitas obras que se beneficiam pela permanência de elementos da língua original, tem outras cuja localização completa é capaz de transmitir a mensagem original muito melhor do que uma tradução literal. “Pode parecer falta de profissionalismo”, sim, porque o cara literalmente deixou de fazer o trabalho dele, mas eu mesmo não faço ideia nem por onde começaria a traduzir isso, tradutor empacar é a coisa mais normal que tem.
Aí você tem que se questionar, esses mangás que você citou não eram traduzidos 100% porque era melhor assim, ou porque o tradutor não sabia como adaptar certo termo? E isso não é culpa dele, tem coisas que são literalmente impossíveis de traduzir mesmo (vide a palavra schadenfreude).
E por que razão a adaptação/tradução tornaria a obra algo “completamente diferente”? Você realmente acha melhor ler esses painéis assim, com falas completamente desconexas, que até dá pra tirar um sentido depois que você ler a página toda, mas não é nada agradável de ler?
Sem contar na birutice de perguntar ao leitor hipotético o motivo dele ler a obra, como se ele tivesse qualquer controle prévio sobre a tradução de algo que até então ele não conhecia.
Depende da scan, boa parte fazem um bom trabalho
Menos a galera que quer pika, esses são uns bostas e nazis.
Eu discordo totalmente sobre a tradução ser uma “arte”, a tradução tem o simples objetivo de passar o texto, e o conteúdo original do texto, para outra língua, se tal texto não pode ser traduzido, é melhor que ele não seja. Eu acredito que o melhor seria apenas colocar uma explicação sobre o conteúdo, como nota de rodapé ou algum local do tipo (Mais como uma explicação da palavra/termo, igual temos em vários livros de outras línguas ).
Na maior parte dos casos, a solução para esse problema tem sido remover a palavra ou adaptar ela, fazendo uma aproximação… O japonês tem muitas palavras que possuem um significado especifico que não tem como ser passado por tradução, assim como “onii-chan”, “onii-san” “Aniue”, etc. Qualquer tradução ou adaptação dentro dessas palavras remove o sentido e o objetivo do texto, o mesmo para os sufixos, é impossível usar uma palavra da nossa língua para passar o mesmo sentido. Mas a solução que as pessoas acharam, hoje em dia, é só remover tudo e colocar uma aproximação como “Irmão” ou só o nome do personagem.
Eu não estou falando que adaptação é algo totalmente ruim, claro que não, estou falando que é ruim quando o objetivo é substituir algo para trocar o sentido…
Me lembrou certas romanizações em One Piece, em que na época que foram lançadas foram traduzidas de um jeito, mas recentemente foram escritas oficialmente de outro, como Marijoa/Mary Geoise e Laftel/Laugh Tale… Creio que com o tempo, e com o andar da história, esse jogo de palavras possa ser melhor traduzido, ou até mesmo adaptado, para que faça melhor sentido em outros idiomas! 😉👍
Uga buga nazi
Não sabia que usar um estereótipo era nazismo, estranho comediantes(os que são judeus também) não terem sido acusados disso por conta de piadas com o mesmo intuito, já que a maioria ja fez piada com judeu ser pão duro.
E eu acho que você nem sabia que terem chamado judeu de pão duro era o motivo de estarem acusando a scan de ser nazista(chefe da reze falou uma parada e no original ela chamou ele de pão duro, na tradução eles mudaram pra algo mais engraçado que ja foi bem usado em palcos por comediantes), uma acusação bem séria devo dizer, e a comunidade que queria pika, os dubladores não terem botado pika no negócio foi bem chatinho, e acusar a scan disso e daquilo simplesmente porque parecia bom foi coisa de arrombado que pega evidência pela metade e assume um culpado(ja me desculpo pelo linguajar)
Cara, a grande maioria que defende a “Pika” da o argumento de que “Pika” não mostra nada de Nazismo, e acontece que não tem mesmo, só que tem muito mais frases nos mangas que essas Scans traduzem (SS Clube e Nakama Scan) que tem algo sobre isso, meu maior problema é que isso é isso não condiz com o manga o personagem quando muda seus diálogos muda sua personalidade, não vou disser que é falta de profissionalismo sendo que eles não são e nem estão sendo pagos e nem ganham nada para fazer isso, mas essas Scan tem um Discord nojento (so para piorar) e os adm tambem são, então não é exatamente o “Pika” e sim tudo que era problemático e o que a Scan representa e faz.
Já me desculpo por te bloquear…
Esses scans BRs, traduzem mal do inglês para um português sofrível.
Já vi traduzirem “as far as Noah is concerned” para “tanto quanto Noah se preocupou”. Não lembro o título do mangá, mas lembro que cheguei nele pelo saudoso Anime Blade.
De toda forma, o otaku brasileiro da década de 20 é um jovem adulto imaturo, preguiçoso e que mora com os pais. Eu nem perco tempo discutindo com esse povo.
Seu nickname é literalmente Ariel, a Grande Sereia, vc realmente acha q pode falar alguma coisa dos outros?
Lógico que posso. Não só sou consumidor, como devo ter idade pra ser seu pai. Limitar o que falo apenas ao meu nick idiota só prova meu ponto sobre a imaturidade de vocês, jovens de 20 que não trabalham e vivem às custas dos pais.
Concordo com o rapaz, adaptação e tradução é uma arte, saber adaptar algo a primeira vista impossível atingindo uma forma de dar o mesmo sentido que o original ainda tornando acessível ao leitor de forma orgânica requer astucia