Depois dos melhores episódios de sua temporada até agora, Hirogaru Sky! Precure (Soaring Sky! Precure) resolveu apresentar alguns de seus capítulos menos inspirados.
Num contexto geral, isso em nada fere a qualidade da série, que tem tido mais acertos do que erros, e mesmo quando está em seu ponto mais baixo, ainda entrega um roteiro com o mínimo de qualidade. Entretanto, quando esses episódios mais recentes são vistos de forma fechada, é impossível não ficar com a sensação de que algo ali poderia ser melhor.
Um gostinho de Delicious Party
Este é o caso do décimo capítulo da temporada, que parece ter se inspirado em partes em Delicious Party Precure. A trama do capítulo se desenrola em torno de algo que acontecia muito comumente na série passada: as Precures se reúnem para preparar um prato específico para uma celebração — no caso, a comida favorita de Tsubasa.
Com isso, temos diálogos sobre como os alimentos mexem com nossa memória, reflexões sobre as emoções de comer algo que gostamos… enfim, todo o tipo de coisa já vista em Delicious Party e que muitas vezes deixavam os capítulos enfadonhos.
Há uma tentativa de se aprofundar melhor nas características da personalidade de Mashiro, bem como de trabalhar os sentimentos de Tsubasa. Quando há um foco nesses pontos, o resultado não é ruim, mas também não chega a ser interessante. No caso de Mashiro, aliás, nada do que é mostrado aqui parece se distanciar muito do que já conhecemos da garota de capítulos prévios.
Ao menos tivemos a presença do vendedor de batatas Kabaton para salvar (ou destruir) o dia com sua deliciosa participação.
Amizade difícil
Ainda trazendo foco em Tsubasa, Hirogaru Sky! se empenhou em fazer com que o herói criasse um vínculo de amizade com outra personagem da série: Ageha.
Aparentemente, a ideia é que os dois formem uma dupla especial, do mesmo modo como Sora e Mashiro formam um duo memorável. Acontece que, pelo menos no que foi mostrado no episódio 11, Tsubasa e Ageha não têm a mesma química que as cures Sky e Prism.
Toda a forma de interação entre os dois se mostrou forçada, sem graça e mal desenvolvida, muito porque a aversão de Tsubasa à personalidade de Ageha parecia um tanto quanto gratuita. Mesmo o desafio das charadas a serem solucionadas, usado aqui como um MacGuffin para a narrativa avançar, não trouxe qualquer entrosamento interessante entre eles ou forte exposição de suas características dissonantes.
É muito diferente do que foi visto entre Sora e Mashiro, que mesmo opostas, parecem complementar-se tão bem que foi fácil construir uma amizade sólida em poucos episódios.
Em determinados momentos do capítulo, há a sensação de que o roteiro vai mostrar que a antipatia de Tsubasa é na verdade uma forma dele se proteger de um certo interesse romântico na moça (como nas histórias em que o menino adolescente se apaixona por uma garota mais velha), mas tudo ficou apenas no campo da sugestão.
O ponto mais engraçado em tudo isso é que, os poucos momentos de interação entre Tsubasa e Ageha no episódio seguinte, foram melhores e mais engraçados do que tudo o que foi mostrado nesse capítulo 11.
Cure Sky vs. Kabaton
E por falar no episódio seguinte, chegamos ao ponto alto dessa última leva de capítulos: o embate entre Sora e Kabaton.
Uma trama focada quase completamente no vilão porco não poderia ser melhor: teve ação, teve comédia e até um pouco de drama.
Entretanto, por mais que Kabaton naturalmente roubasse a cena, Sora também teve seus momentos de estrela. A protagonista da temporada tem se mostrado uma heroína que entende que seu papel verdadeiro é “salvar pessoas” e não “derrotar o vilão”. Trata-se de uma visão muito madura por parte da personagem — e vale ainda citar que foi muito bonito o momento em que ela não pensa duas vezes antes de salvar Kabaton.
É verdade que a animação da luta em si não foi nada incrível, ao contrário de outras temporadas em que o embate das precures com um vilão principal era cheio de sequências memoráveis. Entretanto, isso não chega a ser um problema que prejudique o capítulo, que consegue manter-se bem desenvolvido em outros pontos.
O roteiro deixa no ar diversas questões que deverão ser respondidas em breve, mas é empolgante vermos que mais vilões vão finalmente dar as caras na história — antes até da Cure Butterfly fazer sua estreia propriamente dita.
A única parte triste disso é que perdemos momentaneamente a presença de Kabaton, mas ele ainda deve fazer uma ou outra aparição na série.
Confira as outras resenhas da série:
Soaring Sky! Pretty Cure é exibido pela Crunchyroll com legendas em português de forma simultânea com o calendário japonês. A empresa fornece ao JBox um acesso à plataforma.
O texto presente nesta resenha é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site JBox.
A luta do Kabaton vs Cure Sky pra mim, foi a maior decepção da temporada. Porque eu achei a luta chata e sem graça.
(se é que podemos dizer que teve luta nesse episódio)
Edit: sobre o Tsubasa poder ou não estar apaixonado pela Ageha, eu acho até compreensível se for verdade, afinal, ela é uma garota bonita e alegre, sem contar que eu me indentificaria👉👈. Mas eu não acho que isso vá acontecer, ele não deu nenhuma coradinha 😳.
(se eles forem namorar saiba que, a idade não importa)
Eu achei o ep10 uma “versão melhor” de um episodio estilo Delicious Party, mostra eles engajados fazendo comida com algumas trivias aqui e ali que raramente Delicious Party fazia (no entanto KiraKira Precure fazia mais, de fato Delicious Party não foi uma boa “temporada de comida”). O que o episodio trabalha sutilmente é justamente a baixa-estima da Mashiro, que considera os aliados fortes mas pensa baixo de si mesma, isso foi mostrado também no episodio 4 (primeira transformação) mas faz sentido que ela ainda não superou completamente e ficou aquela pulga atrás da orelha, principalmente por que ela ainda não descobriu qual é o sonho dela ainda.
No ep11, é verdade que tem um certo atrito entre Ageha e Tsubasa, mas começar com uma estrada esburacada é algo clássico que faz o relacionamento dos personagens parecer mais forte depois, eu acho que o ponto de vista da Ageha é que ela viu o Tsubasa ser heroico no ep9 e confia nele, mas o Tsubasa não conhece muito da Ageha, então fica nesse impasse que Ageha confia nele mas ele não confia nela, eu também acho interessante o lado “pirralho” que Ageha consegue extrair do Tsubasa, eu curti que isso dá pra ver até no ep12 quando Tsubasa tem que ir pro banco de trás pela falta de espaço mas Ageha acha ele fofo, e mais tarde ele tira proveito do “ops” de Ageha em levar eles pro lugar errado pra fazer graça dela, eu não diria que a dinamica deles mudou completamente, só ficou uma versão mais “saudavel” da dinamica do ep10, por que agora o Tsubasa manja que Ageha é alguém que ele pode confiar (como dizem ela errou o lugar por que tava sobrecarregada com um trabalho na escola, ele reconhece que Ageha é esforçada mas talvez esforçada demais as vezes kkk)
No ep12 eu concordo com a resenha, bom episodio apesar que a animação da luta pecou, tava esperando uma sakuga um pouco maior, de resto ele fez bem.
No aguardo de ver o próximo general e o Império Underg.
Não acho que o Tsubasa gosta da Ageha na minha cabeça ele gosta da Sora;-;