A Nova Zelândia, local onde foram produzidas 18 séries da franquia Power Rangers, não vai mais ser o palco das cenas ocidentais. Segundo um comunicado da Hasbro, emitido para a 1News, a produção das séries será interrompida no país. Porém, sem grandes detalhes.
Um porta-voz da Hasbro, empresa que detêm os direitos dos Rangers atualmente, deu a seguinte declaração:
Estamos comprometidos em manter Power Rangers atualizado, reimaginando a marca e a forma como levamos entretenimento à vida para nossos consumidores. Manteremos contato com as equipes para garantir que estejam preparadas para terem sucesso em suas próximas aventuras. Tivemos o prazer de trabalhar com equipes incríveis e talentosas na Nova Zelândia e pretendemos manter contato para quaisquer projetos futuros que possam ser adequados para Power Rangers ou outras de nossas futuras produções de entretenimento.
Depois de serem produzidas nos EUA por 10 anos, as séries Power Rangers mudaram para a Nova Zelândia em 2002, para redução de custos, principalmente logísticos, devido à proximidade geográfica com o Japão. Segundo dados da 1News, a produção impactava diretamente no mercado de trabalho local, fornecendo oportunidades para atores e equipes de produção, além de fomentar a economia, trazendo mais de 340 milhões de dólares no período.
Em depoimento à emissora TVNZ, de Auckland, a atriz Sally Martin, integrante de Tempestade Ninja, a primeira temporada realizada na Nova Zelândia, declarou: “Eu era a única Ranger mulher em minha série e uma das duas neozelandesas. Já tinha trabalhado alguns anos na indústria, mas nada poderia me preparar para esse tipo de cronograma e estilo de filmagem”.
Teuila Blakely, que estrela a próxima temporada, Power Rangers Cosmic Fury, como a Comandante Shaw, disse à TVNZ: “Entre a equipe e o elenco, há um grande sentimento e uma conexão incrível. Estou muito triste da produção deixar a Nova Zelândia”.
Integrantes da indústria acreditam que esse corte possa estar relacionado ao incentivo fiscal para filmes da Nova Zelândia, que atualmente é de 20%, com um adicional de 5% se a produção atender a certos critérios. A presidente da Screen Production and Development Association (Associação de Produção e Desenvolvimento), Irene Gardiner, afirmou à TVNZ que é importante a Nova Zelândia consiga se manter competitiva no cenário mundial. “Essa é uma das grandes preocupações para nossos produtores que trabalham em produções internacionais. Talvez não sejamos tão competitivos como poderíamos ser no mundo, com 20-25%”, disse ela.
Ainda não há informações oficiais sobre qual país vai receber as próximas séries dos Power Rangers. A 30ª temporada da franquia e a última filmada na Nova Zelândia, Power Rangers Cosmic Fury tem como grande diferencial finalmente trazer uma mulher como líder, trajando a cor vermelha. Está programada para ser lançada ainda este ano na Netflix.
Fonte: 1News
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