No dia 26 de julho, saiu, na revista impressa Gundam Ace, uma entrevista de Lynn e Kana Ichinose, respectivamente, as vozes originais de Miorine Rembran e Suletta Mercury em Mobile Suit Gundam: The Witch from Mercury — em dado momento, Ichinose se refere às protagonistas como “as duas, casadas” (結婚した2人, kekkonshita futari).
Contudo, na edição digital da revista, publicada hoje (28), esse trecho foi alterado para apenas “as duas” (2人, futari), conforme fãs identificaram:
Reprodução: Zeonic Scanlations.
Até o momento, não se sabe o motivo da mudança, mas a censura à referência ao casamento das personagens, que é inegável ao fim da série, causou revolta nos fãs.
Em um post mais recente da Gundam Ace no Twitter, sem relação a G-Witch, há vários comentários reclamando, e foi levantada a hashtag #スレミオ結婚 (#sulemiokekkon, SuleMioCasadas).
Como já mencionado em outras postagens, no Japão, a união civil homoafetiva não é legalmente permitida, apesar da maioria dos habitantes ser a favor de mudarem a lei.
Algumas prefeituras japonesas, no entanto, reconhecem a união civil homoafetiva, pelo menos em parte — Tóquio recentemente foi uma das que entrou nessa lista. Com isso, dentro de funções que são específicas das prefeituras, os casais homoafetivos têm os mesmo direitos que os heteroafetivos — mas as responsabilidades das prefeituras são muito limitadas em relação aos direitos que o reconhecimento do governo central trariam.
A KADOKAWA, editora responsável pela revista, e o Sunrise, estúdio que produziu o animê, se pronunciaram em relação ao caso, causando mais revolta — confira aqui.
A primeira série animada Mobile Suit Gundam (Kido Senshi Gandamu) conta com 43 episódios, tendo sido exibida na TV japonesa entre 1979 e 1980 e hoje disponível com legendas em português na Crunchyroll.
Não completamente satisfeito com o resultado e atendendo ao interesse repentino do público (a série não foi muito bem de audiência no começo), o criador e diretor Yoshiyuki Tomino reeditou o material posteriormente em uma trilogia de filmes, mudando várias coisas (como armas e sequências de batalhas). Esses filmes foram lançados originalmente entre 1981 e 1982 e estão na Netflix, com legendas -- o streaming possui também os filmes Gundam: Char Contra Ataca e Gundam: Hathaway, que se passam após a série original.
O enredo básico do Gundam original apresenta um universo onde a Terra precisou criar colônias no espaço para suportar a superpopulação e a poluição do planeta. Uma nova era espacial foi iniciada com o título de UC 0001, até que chegou ao UC 0079. É nesse período que uma colônia independente da Terra, Zeon, declara guerra sob controle de uma família tirana.
A batalha desproporcional causou bilhões de mortes e um acordo de paz foi selado por pouco tempo. Quando um navio de guerra da Federação é perseguido pelas tropas de Zeon, um novo conflito se inicia, mas o jovem Amuro Ray encontra o Gundam RX-78-2, uma arma robótica construída pela Terra como resposta aos robôs inimigos. Ray lidera então o contra-ataque a Zeon reunindo civis e refugiados.
Frente ao enorme sucesso, a franquia se dividiu entre novas séries e produtos, incluindo o Gundam Wing, talvez a série mais famosa no Brasil, exibida dublada pelo Cartoon Network nos anos 2000 e disponível com legendas pela Crunchyroll. Alguns animês da franquia, incluindo o original, foram exibidos via streaming pela Crunchyroll e Netflix.
apoio a lgbt de empresas grande do entretenimento vai até a página 1 para conseguir propaganda de graça no twitter e venda de quinquilharia imediata, depois joga no lixo
A principal especulação é medo de repercussão negativa da China – do governo, não do povo – que poderia até barrar a comercialização da série lá. Curiosa essa “sutileza”, eles conseguem mostrar na série o suficiente pra qualquer um entender que é isso, conversam sobre elas estarem juntas nos programas de rádio, mas temem uma palavra que crave a certeza.
Só espero que a horda do Twitter não arraste a coitada da Ichinose a forçar um comentário sobre isso.
Na Ásia, apesar da população ser a favor de casamentos LGBT+, os governantes estão cada vez mais determinados a combater isso na mídia; devido a visão conservadora dos idosos e devido a queda preocupante nos nascimentos por lá.
Há 3 anos, a China apertou regras contra VESTUÁRIO (!) na mídia, homens não podem usar brincos ou usar roupas afeminadas. Dramas que tinham yaoi implícito foram eliminados dos streamings.
O Japão sempre foi hipócrita e incoerente sobre esses temas, a visão particular das pessoas sempre é mais liberalista do que a versão oficial que eles falam. A maioria da população aprova em tese, mas se houver um debate público, a grande maioria sempre rejeita modificar leis e tradições sobre este tema.
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literalmente o video do “olá, gays”
A principal especulação é medo de repercussão negativa da China – do governo, não do povo – que poderia até barrar a comercialização da série lá. Curiosa essa “sutileza”, eles conseguem mostrar na série o suficiente pra qualquer um entender que é isso, conversam sobre elas estarem juntas nos programas de rádio, mas temem uma palavra que crave a certeza.
Só espero que a horda do Twitter não arraste a coitada da Ichinose a forçar um comentário sobre isso.
Na Ásia, apesar da população ser a favor de casamentos LGBT+, os governantes estão cada vez mais determinados a combater isso na mídia; devido a visão conservadora dos idosos e devido a queda preocupante nos nascimentos por lá.
Há 3 anos, a China apertou regras contra VESTUÁRIO (!) na mídia, homens não podem usar brincos ou usar roupas afeminadas. Dramas que tinham yaoi implícito foram eliminados dos streamings.
O Japão sempre foi hipócrita e incoerente sobre esses temas, a visão particular das pessoas sempre é mais liberalista do que a versão oficial que eles falam. A maioria da população aprova em tese, mas se houver um debate público, a grande maioria sempre rejeita modificar leis e tradições sobre este tema.