A livraria Saraiva, um dos maiores nomes no ramo, anunciou na última quarta-feira (20) que dispensará todos os seus colaboradores de operações presenciais. Esta medida vem com a decisão de fechar as lojas remanescentes do grupo e focar apenas no e-commerce.

No último ano a empresa fechou 30 lojas pelo país. Agora, chegou a vez das 5 derradeiras; sendo 4 no estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul — os colaboradores também serão dispensados.

Além disso, houve uma dança das cadeiras no alto escalão da livraria. Jorge Saraiva Neto renunciou aos cargos de diretor-presidente e diretor de Relação com Investidores. Junto a ele, Oscar Pessoa Filho abandonou a posição de vice-presidente. Ambos atribuíram a decisão a questões de foro íntimo. As vagas serão ocupadas por Marta Helena Zenir e Gilmar Antônio Pessoa, respectivamente.

Um dia antes do anúncio da demissão em massa, os conselheiros também se demitiram, alegando insatisfação com os rumos tomados. Vale destacar que o atraso de pagamentos, visto até então como um mal que assolava somente os funcionários das lojas, chegou até o Conselho da empresa.

Fundada em 1914 pelo imigrante português Joaquim Saraiva, a livraria se tornou referência no mercado de varejo e uma das principais do ramo no Brasil. Porém, vem enfrentando uma recuperação judicial desde 2018. Na época, a empresa alegou ter contraído uma dívida de R$ 675 milhões. Desde então, não era incomum ano após ano lojas fecharem.

A Saraiva alega que o cenário do mercado de varejo e a recuperação a fizeram reduzir suas operações.


Fonte: g1, Publishnews