Uma pesquisa realizada pela Quadrinhopédia confirmou o que todo mundo já imaginava: com relação a quadrinhos publicados por editoras, a Panini, filial de uma multinacional com sede na Itália, representa a maior fatia do mercado nacional, sendo responsável por 51,2% das publicações.
As publicações da Panini estão divididas por selos, sendo o Planet Manga o maior selo da editora (em quantidade publicada), respondendo por 15,3% do mercado nacional — ele é seguido, dentro da Panini, por Marvel Comics (13,6%), DC Comics (13%), MSP (7,5%), e o restante soma 1,8%.
Já a editora Mythos aparece como a segunda maior, respondendo por 8,8% do mercado — a Mythos tem recentemente investido mais na publicação própria de mangás, mas, em questão de produção, deve representar uma fatia um pouco maior, já que presta serviços terceirizados para a Panini.
A editora JBC representa 6% do mercado, um número alto para uma editora praticamente dedicada a mangás, mas que ainda assim representa menos da metade do que o Planet Manga coloca no mercado, em quantidade de publicações. Lembramos que a editora foi por um bom tempo independente, mas integra atualmente a Companhia das Letras, que por sua vez é parte da multinacional Penguin House.
Em relação à NewPOP, cujas publicações são, em maioria, mangá (mas com um portfólio que também abriga quadrinhos chineses, coreanos e alguns brasileiros), a representação é de 1,6% do mercado — quase o mesmo que Pipoca & Nanquim (1,5%) e Devir (1,4%), que são editoras que investem em mangá, mas também trazem diversos outros tipos de quadrinhos.
Panini, JBC e NewPOP representam juntas 95% dos títulos japoneses publicados no Brasil.
A pesquisa analisa as publicações feitas entre 2021 e 2022. Pelos dados, é possível observar um (facilmente sentido) aumento na quantidade de títulos acima de 100 reais, que foram de 6% para 10% do mercado — é um número ainda pequeno proporcionalmente, mas que pode representar uma tendência; no nicho de mangás essas publicações são ainda bem incomuns. Em parte, os aumentos são em função de questões macroeconômicas, como aumento do preço do papel, entretanto, há também um investimento das editoras em publicações mais luxuosas.
Já os títulos que custam até 10 reais são, num geral, infantis: Disney e Turma da Mônica somaram 75% deles em 2021, mas há iniciativas de editoras em trazer quadrinhos a preços mais módicos, como o projeto HQ para Todos, da Conrad.
A pesquisa foi desenvolvida pelo quadrinista e pesquisador Lucio Luiz, com inspiração no Rapport Sur la Production d’une Année de Bande Dessinée Dans l’Espace Francophone Européen, relatórios que o francês Gilles Ratier publicou entre 2000 e 2016 sobre a produção anual de língua francesa na Europa.
Fonte: Publish News
A Panini tbm é a editora mais canalha q tem, nprecisa nem de pesquisa. Yahahahahaha!
A JBC parece ter encolhido com o passar dos anos, talvez fruto de suas próprias decisões. Já a Panini com a estrutura logística dela, faz mais dinheiro já que tem muito mais variedade de produtos.
É assustador a Panini ter metade do mercado nacional, e nesse ponto já é uma situação definitiva, ter DC, Marvel e a maioria dos títulos da Shonen Jump e Kodansha.
Falar em competição olhando isso já é tarde demais.
Quando a JBC teve chance de dominar o mercado lá com a Conrad falindo, ela quis encarecer até mangá meio tanko e jogar só porcaria no nosso colo, Panini só aproveitou.
É lógico que Panini, JBC e NewPOP representariam a maioria, afinal elas trazem as obras mais famosas pra cá, então mesmo com o aumento de preço abusivo, ainda venderá muito, mais a tendência é termos menos leitores, já que nem todo mundo tem 40, 50, 100 reais pra ficar dando em manga, isso desmotiva a colecionar mangas ou até mesmo a ler de forma oficial.
Isso é em todos os mercados que a mesma atua, aqui no Brasil, já nem é competição, fora que a mesma dita o mercado e faz o que quer por não ter concorrentes a altura
A panini deve aproveitar o alcance internacional e compra as licenças em grandes pacotes, vários países ao mesmo tempo. A velocidade com que isso acontece só deve permitir com que as outras editoras peguem as “sobras” da Marvel, DC, Shueisha…
“Penguin House” não. Penguin Random House, simplesmente o MAIOR conglomerado editoral do MUNDO.