Estamos aqui novamente para bater um papo sobre animação, em mais uma edição da Sakuga no Hanashi!
Em outubro de 2023, tivemos a estreia da adaptação para animê de Sousou no Frieren (Frieren: Beyond Journey’s End), ou Frieren e a Jornada para o Além, baseado no mangá escrito por Kanohito Yamada (山田 鐘人) e ilustrado por Tsukasa Abe (アベ ツカサ), publicado pela revista Weekly Shonen Sunday desde abril de 2020.
As expectativas para a série dispararam quando foi anunciado que ela seria produzida pelo estúdio Madhouse, juntando o produtor de animação Yuiichirou Fukushi e o diretor Keiichiro Saito.
Com sua estreia, a jornada de Frieren se tornou um dos animês mais impressionantes de 2023, e que ainda continua entregando resultados espetaculares em sua segunda cour nessa primeira temporada de 2024.
Esse texto está dividido em diversos tópicos. Caso queira pular para algum deles, é só clicar no título do menu abaixo:
1. Yuichiro Fukushi e o Madhouse
2. Keiichiro Saito e Yuichiro Fukushi
3. A equipe
3.1 Designs
3.2 Direção de ação
3.3 Direção de arte
3.4 Direção de fotografia
3.5 Estruturação
4. MV de “Yuusha”
5. Aberturas e encerramentos
5.1 OP1
5.2 ED1
5.3 OP1 & ED2
6. Uma visão geral de Frieren
1. Yuichiro Fukushi e o Madhouse
A adaptação de Sousou no Frieren foi contemplada com a presença de Yuiichirou Fukushi (福士 裕一郎), atuando como produtor de animação do projeto. Fukushi é nada mais do que o melhor produtor de animação do estúdio Madhouse, onde no passado, foi responsável por algumas das melhores e mais famosas produções do estúdio, como One-Punch Man (2015), ACCA (2017), Boogiepop and the Others (2019) e Sonny Boy (2021).
As produções do Madhouse tendem a variar bastante em relação à sua qualidade de projeto a projeto, o que leva muitos a julgarem o estúdio de forma errada. Muitos comparam a qualidade impressionante de um animê como One-Punch Man — que também viu um surto de popularidade igualmente impressionante na época — com produções posteriores e menos populares da casa, como Overlord (2015), e se perguntam: por que a qualidade dos animês da Madhouse caiu?
A verdade é que não caiu. O que de fato determina a qualidade do projeto é a equipe ligada a sua produção. E Fukushi sempre entregou projetos de altíssima qualidade.
Como produtor de animação, ele é responsável por recrutar os membros que irão compor a equipe de produção de um animê. E nessa função, Fukushi parece sempre poder contar com bons contatos na indústria, sejam eles freelancers talentosos, veteranos de renome ou jovens promissores criando uma carreira nesse mercado.
2. Keiichiro Saito e Yuichiro Fukushi
Um desses muitos artistas promissores no acervo de contatos do Fukushi, era o jovem animador Keiichiro Saito (斎藤 圭一郎), que trabalhou como animador-chave em sua produção seguinte após One-Punch Man, o animê original ACCA: 13-Territory Inspection Dept. (2017). Até então, Saito havia apenas feito alguns poucos trabalhos como animador-chave, em produções como Flip Flappers (2016) e no animê para TV de Little Witch Academia (2017), por Yoh Yoshinari e o estúdio Trigger.
Keiichiro Saito deve ter deixado uma boa impressão aos olhos de Fukushi, porque já em seu próximo projeto, Boogiepop and the Others, o produtor daria ao jovem animador a oportunidade de comandar dois episódios, atuando como artista de storyboard e diretor desses episódios.
Essa parceria continuaria a cada novo projeto do Madhouse em que Fukushi estivesse responsável como produtor, como em ACCA: 13-Ku Kansatsu-Ka Regards (2020) e Sonny Boy, além do especial — ou OVA — ACCA: 13-Ku Kansatsu-Ka Regards — que marcou a primeira vez em que Keiichiro Saito liderou uma produção como diretor interino.
Saito é adepto ao estilo e ensinamentos do diretor Shingo Natsume (夏目真悟) que, por sua vez, foi o diretor responsável pela produção de ACCA: 13-Territory Inspection Dept. — então nada mais adequado ter alguém como ele para comandar o especial de 40 minutos. E quando Natsume voltou ao Madhouse para produzir seu novo animê original, Sonny Boy, Saito teve a oportunidade de dirigir dois episódios dessa série.
Em 2022, Keiichiro Saito fez sua grande estreia como diretor geral de uma produção para TV, com um dos melhores e mais populares animês daquele ano, Bocchi the Rock! (pelo estúdio CloverWorks), sendo uma indicação de Kerorira, o designer de personagens da série. E foi aqui que Saito conseguiu mostrar todo seu o potencial como diretor, novamente acompanhado por outro produtor de animação fortíssimo: Shouta Umehara (梅原翔太), o mesmo de Wonder Egg Priority, My Dress-Up Darling e da futura adaptação de The Elusive Samurai.
Não é novidade para ninguém que Bocchi the Rock! foi um grande sucesso, rapidamente se tornando um dos animês mais queridinhos dos fãs na época. Sucesso esse não só derivado da qualidade do material original por Akime Hamaji (はまじあき), como também pela suas qualidades técnicas; sua direção criativa, storyboards e composição de cenas muito bem estruturados, animação charmosa e expressiva, além de outros aspectos que fizeram da estreia do Saito como diretor em Bocchi algo tão especial.
É aí que chegamos em Frieren, de volta ao estúdio Madhouse; novamente ao lado de Yuiichiro Fukushi para o segundo projeto onde Keiichiro Saito assume o papel de diretor geral.
3. A equipe
Yuiichiro Fukushi e Keiichiro Saito são sem dúvidas os dois maiores nomes por trás da produção de Frieren e a Jornada para o Além, mas não são apenas eles que são merecedores de destaque, pois como mencionado, o animê está repleto de nomes de peso em meio a todos os seus departamentos. Muitos deles, assim como Saito, parceiros de longa data de outros projetos produzidos por Yuiichiro Fukushi.
3.1 Designs
Reiko Nagasawa (長澤 礼子) foi escolhida para adaptar os designs de Frieren para animação. Ela é outra antiga parceira de Fukushi e pode-se assumir que também de Saito. Nagasawa atuou como animadora-chave e diretora de animação em múltiplos animês produzidos por Yuichiro Fukushi, como One-Punch Man, ACCA, Boogiepop and the Others e Sonny Boy; todas séries em que Keiichiro Saito também estava envolvido de uma forma ou outra, seja como animador ou diretor.
E um desses projetos mais recentes foi takt op. DESTINY (2021), uma coprodução entre os estúdios Madhouse e MAPPA, onde Nagasawa teve a oportunidade de atuar pela primeira vez como designer de personagens.
Pode-se assumir que essa conexão entre os três levou Nagasawa a ser escolhida para trabalhar no novo projeto da dupla, ficando encarregada da função de designer de personagens de Frieren. Os designs de Nagasawa no animê trazem um equilíbrio entre a relativa simplicidade da arte original de Tsukasa Abe — o artista responsável por desenhar o mangá — e a tridimensionalidade natural da animação, sendo capaz de transmitir grande expressividade e sentimentos, se colocado nas mãos habilidosas de um time de animadores e diretores capazes.
Daiki Harashina (原科大樹) é encarregado de adaptar o design dos monstros e demônios de Frieren. Ele havia atuado como designer de roupas e diretor de animação em Boogiepop, e posteriormente como designer de monstros em takt OP. DESTINY.
3.2 Direção de ação
Tooru Iwazawa (岩澤 亨) é outro nome promissor ligado à produção de Frieren. Com uma carreira marcada por cenas de ação impressionantes, ele é alguém com experiência não só com a animação de sequências desse tipo, como também na direção delas.
Nos últimos anos, Iwazawa desempenhou o papel de diretor de ação em animês como Black Clover (2017), takt OP. Destiny e Lycoris Recoil (2022), e essa é exatamente a sua função em Frieren.
Como diretor de animação, Tooru Iwazawa é responsável por comandar as suas sequências de ação e supervisionar o trabalho dos demais animadores. E assim como em outros animês produzidos por Fukushi, Frieren está repleto de grandes animadores.
Então, junta-se uma equipe de animadores de peso, com a supervisão de um diretor de ação tão experiente quanto Iwazawa, e o resultado são cenas de ação com coreografias impressionantes e uma animação de altíssimo nível.
3.3 Direção de arte
Sem dúvidas, um dos aspectos mais deslumbrantes da adaptação de Frieren são seus belíssimos cenários! É impossível não se impressionar com alguns dos ambientes e paisagens desse mundo.
O estúdio Wyeth é o principal responsável por produzir os backgrounds do animê, sob a supervisão de Sawako Takagi (高木 佐和子), atuando como diretora de arte do projeto — ao lado de Shinji Sugiyama (杉山 晋史), como designer de cenários, também parte do estúdio Wyeth.
Takagi tem um longo histórico e acervo de experiência atuando como diretora de arte, tendo exercido essa função em múltiplos projetos ao longo dos últimos 25 anos, em animês como Hikaru no Go (2001), Bleach (2004), Dagashi Kashi (2016), Dropkick on My Devil (2018), BLUELOCK (2022), dentre outros.
Ainda nesse aspecto estético do mundo de Frieren, ao lado de Takagi e Shinji, temos também a importante presença da diretora de arte de ACCA: 13-Territory Inspection Dept., Seiko Yoshioka (吉岡 誠子); responsável por criar as artes conceituais que serão usadas como base para que Takagi e sua equipe do Wyeth criem os belíssimos cenários e paisagens do animê.
3.4 Direção de fotografia
Akane Fushihara (伏原あかね), do estúdio MADBOX, é outro nome recorrente em todos os animês produzidos por Fukushi. Ela é a sua primeira escolha para o papel de diretora de fotografia, função essa que ela exerceu em One-Punch Man, ACCA, Boogiepop e Sonny Boy, e agora exerce também em Frieren, sendo a responsável pelo trabalho de composição/fotografia do animê.
3.5 Estruturação
Por último, temos mais um nome recorrente em Tomohiro Suzuki (鈴木智尋), o responsável pela estruturação da série e o desenvolvimento do roteiro principal do animê. Suzuki é outro parceiro de longa data das produções de Yuiichirou Fukushi, tendo trabalhado com a estruturação e roteiros de shows como One-Punch Man, ACCA e Boogiepop.
4. MV de “Yuusha”
Agora que Yuiichiro Fukushi, Keiichiro Saito e alguns dos demais membros da equipe por trás da produção de Sousou no Frieren foram devidamente apresentados, podemos voltar nossa atenção ao resultado dos esforços dessa equipe sob a direção de Saito. Começando pelo primeiro contato que tivemos com o produto final desta produção, um vislumbre do que estaria por vir.
Em junho de 2023, junto ao segundo trailer (PV) da série, tivemos a confirmação de que o animê de Frieren faria sua grande estreia de uma forma inusitada, com seus primeiros quatro episódios sendo exibidos no formato de um especial de duas horas no dia 29 de setembro. Sem dúvidas uma grande exibição de confiança por parte da equipe e do estúdio, ainda mais porque esses quatro episódios não foram a única coisa a estrear no dia 29.
Naquele mesmo dia 29, também foi divulgado o videoclipe, ou MV oficial, para a música de abertura do animê, “Yuusha”, pelo duo YOASOBI. Esse MV se tornou uma amostra perfeita do potencial dessa equipe e do que o público poderia esperar dessa adaptação; direção criativa e uma animação de primeira! Ele é completamente composto por material original produzido pela equipe da série, e dirigido pelo próprio Keiichiro Saito, que também seria responsável pelas duas aberturas.
E por que esse videoclipe é uma amostra perfeita do que se pode esperar de uma produção dirigida por Keiichiro Saito? Assim como em seus trabalhos anteriores, sua direção é diversificada, e muito criativa na maneira como ele usa ângulos, cores e efeitos através de diferentes abordagens estéticas para a animação desse vídeo.
A direção de Saito sempre expressa uma atenção especial aos detalhes, por menores que sejam, e isso é exposto aqui a cada corte que se segue. Cada um deles é repleto de detalhes meticulosamente planejados, seja na maneira como ele enquadra uma cena, determinando os ângulos, e como cores, efeitos e iluminação contribuem para um resultado final estonteante. Ou mesmo na escolha em como abordar a animação, que técnica usar para expressar o sentimento ou ideia necessária.
Saito emprega abordagens diferentes à animação e à estética através da sua direção. Ao decorrer do clipe ele apresenta cenas de atuação que transmitem sentimentos através de movimentos sutis do corpo e das feições dos personagens em desenhos mais detalhados e volumosos; em contrapartida, temos cenas que adotam uma abordagem minimalista, buscando expressar sentimentos e emoções através de movimentos fluidos, utilizando apenas de desenhos simplificados, nada mais do que simples silhuetas.
Saito também traz abordagens estéticas completamente diferentes, como nos cortes iniciais do MV, que adotam uma estética similar às ilustrações encontradas em livros de contos de fadas. Um visual que se encaixa perfeitamente à temática e em um mundo fantasioso como o de Frieren, dando toda uma elegância única a essas cenas; principalmente quando acompanhadas por uma animação que busca se enquadrar ao visual adotado especificamente nessas cenas.
5. Aberturas e encerramentos de Frieren
Todas essas ideias visuais e o potencial criativo de Keiichiro Saito como diretor são expostos aqui, em uma primeira impressão do que a série teria a oferecer. Diversidade visual, direção e animação cuidadosa, almejando um resultado final genial. E tudo isso ainda se aplica à abertura de Frieren, também dirigida por Saito.
5.1 OP1
Como em seu videoclipe para “Yuusha”, a abertura da série também esbanja do mesmo cuidado com sua apresentação visual e diversidade estética, porém dando ainda mais ênfase no uso de cores na composição de cada corte — um trabalho que remete bastante à abertura de Bocchi the Rock!, que também foi dirigida por Keiichiro Saito.
Esse é um dos principais destaques visuais da abertura, sem falar obviamente na sua excelente animação e representação de ideias essenciais da obra, que são transmitidas por Saito através de uma direção e animação repleta de significados.
Para alcançar esse resultado fantástico, o diretor teve o contínuo apoio de Seiko Yoshioka, responsável por criar as bases conceituais do animê. Aqui, Yoshioka desenvolveu a paleta de cores e os cenários utilizados, para que Saito pudesse expressar sua visão da obra.
5.2 ED1
E falando sobre apresentação visual e diversidade estética, não se pode deixar de ao menos dedicar um espaço para citar o espetacular encerramento de Frieren, uma verdadeira obra de arte criada por Hohobun, dando espaço para que um artista traga seu estilo único e não convencional para o animê, resultando em um show de expressividade e individualidade.
Hohobun foi encarregado por trazer seu estilo artístico característico ao animê; dirigindo, supervisionando e ilustrando as artes utilizadas na composição desse belíssimo encerramento.
A propósito, sabiam que o Frieren tem um encerramento extra? Como mencionado, o animê teve sua estreia no Japão em formato de filme, compilando os primeiros quatro episódios. Para nós que assistimos o animê através de serviços de streaming, esses episódios foram exibidos individualmente, e não tivemos a oportunidade de assistir ao encerramento do filme, feito por ninguém menos que Koh Yoshinari (吉成 鋼), uma lenda da indústria de animês.
Yoshinari foi o responsável por animar esse encerramento por completo, com sua animação característica, trazendo um senso de tridimensionalidade quase inigualável através de suas ilustrações.
5.3 OP2 & ED2
E rapidamente abordando a segunda abertura e segundo encerramento do animê — antes de fecharmos com uma visão técnica geral de Frieren até então.
A segunda abertura também conta com a direção de Keiichiro Saito, e os mesmos destaques feitos em relação à primeira, podem também ser aplicados aqui. Destacando-se principalmente a ênfase no uso de cores, efeitos, iluminação e a diversidade de técnicas abordadas na animação, que a propósito, é novamente de altíssimo nível, cheia de nomes de peso creditados à abertura.
O segundo encerramento novamente dá palco para artistas inusitados para esse tipo de projeto, mais uma vez apostando pesado em estilos não convencionais, normalmente não associados a animês, nesse caso o stop-motion. Talvez um dos mais árduos, e ao mesmo tempo mais charmosos, tipos de animação.
O encerramento é uma combinação entre o stop-motion feito por Leina Muramatsu (村松怜那) — que também é responsável pela direção do encerramento — e as ilustrações e pinturas por Yume Ukai (鵜飼ゆめ).
Ambos os encerramentos de Frieren, trazem aquele mesmo apreço de Saito por integrar diferentes tipos inusitados de visuais e animação aos seus projetos, algo que talvez seja ainda mais evidente em seu projeto anterior, Bocchi the Rock!
6. Uma visão geral de Frieren
Não dá para encerrar sem antes destacar os resultados alcançados pela equipe por trás dessa espetacular adaptação de Sousou no Frieren. Essa será uma síntese resumida da produção do animê, ressaltando de forma breve os principais aspectos de destaque ao longo dos, até o fechamento desse artigo, 26 episódios da série.
Nota do editor: no momento de publicação do texto, o animê já conta com 28 episódios.
Sousou no Frieren é um animê meticuloso em relação a sua atenção aos detalhes, em praticamente todos os sentidos, desde a sua direção e animação, até os aspectos estéticos do animê, tudo é muito bem trabalhado. E, o mais impressionante, é que a sua equipe consegue manter esse mesmo nível de qualidade e cuidado ao longo de todos os seus 26 episódios. Essa é uma produção, sinceramente, muito impressionante.
Em relação a sua direção e animação, Frieren se encontra muito acima do que se normalmente se espera de uma produção para TV, tanto em relação à fluidez da animação e o cuidado minucioso que pode ser encontrado em cada pequeno movimento, cada gesto ou expressão; quanto também na consistência dos seus desenhos, todos sempre muito bem desenhados e altamente expressivos. E a direção do animê sempre busca dar ênfase à essa expressividade através da animação, elevando o realismo e a carga dramática de qualquer cena de forma grandiosa, criando algo cativante, mesmo impactante para a audiência.
A atuação dos personagens é talvez o aspecto de predominante destaque ao longo da adaptação de Frieren. Elas são muito bem dirigidas e animadas, e o mesmo pode ser dito para as suas sequências de ação grandiosas. E isso se dá graças à presença de Tooru Iwazawa como o diretor de ação da produção, e ao acervo de animadores extremamente talentosos que Fukushi, Saito e Iwazawa conseguiram trazer para trabalhar no projeto — o que é algo de proporções insanas, para falar bem a verdade.
E não é nenhum exagero dizer isso, quando temos episódios como #06 ou #09, onde Iwazawa e Fukushi conseguiram trazer veteranos e lendas para essa produção, como Shingo Yamashita (山下 清悟), Yutaka Nakamura (中村 豊), Hironori Tanaka (田中 宏紀), Tatsuzou Nishita (西田 達三), Shun Enokido (榎戸 駿), Takahito Sakazume (坂詰 嵩仁), Tatsuya Yoshihara (吉原 達矢), Kazuhiro Miwa (三輪 和宏), Kouki Fujimoto (藤本 航己), muitos deles juntinhos trabalhando em um episódio dirigido pelo próprio diretor de ação da série, Tooru Iwazawa, que também seria a estreia do mesmo como diretor de episódio no #06, ou então, juntos novamente na estreia de Kouki Fujimoto como diretor, no episódio #09.
É um episódio que não se destaca somente pela suas cenas de ação, mas também com sequências de atuação à altura da equipe insana participando do episódio, com a participação de Toshiyuki Sato (佐藤 利) e Hiroo Nagano (永野 裕大). Tudo muito bem acabado, com desenhos bem detalhados e cheios de volume e peso junto à sua animação.
Sua direção é fenomenal, ambiciosa e criativa. São episódios fenomenais, e isso são só os ápices da primeira cour do animê; com o ápice da segunda ainda se desenrolando enquanto escrevo esse texto, com os episódios #24, #25 e #26 alcançando níveis de qualidade que se equiparam, se não, até superam os da sua primeira cour.
Como mencionado, todo o animê possui uma atenção especial aos pequenos detalhes, e isso não se limita somente a sua direção e animação. Todo o seu aspecto estético, abordando cenários, cores e fotografia, são igualmente impecáveis, e a sua direção consegue utilizar desses elementos para criar composições visuais estonteantes. Keiichiro Saito é um mestre nesse aspecto, e isso é muito bem representado ao longo de todo o decorrer do animê, através da sua escolha de enquadramento e uso de cores, unidos aos belíssimos cenários criados por Sawako Takagi e Shinji Sugiyama.
A marca do animê
Frieren e a Jornada para o Além se torna mais uma superprodução e outro grande sucesso na carreira de Yuiichiro Fukushi como produtor, e de Keiichiro Saito como diretor, novamente firmando e fortalecendo a parceria entre os dois.
Uma produção que excede os padrões esperados de uma produção para TV, entregando resultados espetaculares semana após semana, juntando artistas talentos e veteranos renomados da indústria sob um projeto que é tão ambicioso, quanto é minucioso em sua arte. Frieren se tornou muito mais até do que se poderia esperar, de uma equipe tão forte quanto a sua.
Então aqui se encerra mais uma edição do Sakuga no Hanashi. Novamente, espero que esse texto tenha sido informativo, como também proveitoso para os leitores! Ajudando a conhecer quem são os principais responsáveis por trás do animê de Frieren, e dar uma perspectiva do porquê de sua produção ter se tornado algo tão especial e grandioso.
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Sakuga no Hanashi é uma coluna assinada por Tonatiú Saraiva, sendo um espaço para abordar questões técnicas e discutir sobre a produção das animações japonesas.
O texto presente nesta coluna é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site JBox.
É, n tenho cm discordar de nda dito no tópico 6. P quem n assistiu, pode ler a achar exagero, mas nós sabemos o quão sério foi o trabalho nessa produção – é só ver os envolvidos. Sousou no Frieren foi o melhor animê de 2023, isso p ficar só no mínimo. É simplesmente estupendo o negoço. 28 episódios um mais interessante e bonito de ver q o outro. Mas, cm bem diz o ditado, n se pode querer td. P n dizer q achei a produção perfeita, os temas das openings e endings… Achei bem “marron”. Fazer o q né 🤷🏽♂️
Ler as matérias do JBox é um tempo q eu gasto c prazer. Vcs, junto do Sushi Pop do Nagado, carregam a cena do jornalismo brasileiro de cultura pop do Japão nas costas. Louvo o trabalho de vcs 👏🏽👏🏽👏🏽
Abraços
Acabei de assistir ao anime, e achei fantástico. História, arte, aberturas e encerramentos, dublagem… tudo incrível e muito bem feito. Adorei.