Histórias sobre o dia a dia de garotas com poderes mágicos não são realmente uma novidade no mundo dos mangás (ou da cultura pop em geral). O próprio gênero mahou shoujo surgiu de narrativas assim e muitas de suas tramas são mais focadas no lado slice of life de suas protagonistas do que no conteúdo sobrenatural (aliás, podemos dizer que as primeiras tramas do que se chama por garotas mágicas são assim).

imagem: cena do mangá com um quadro cortado por uma grande onomatopeia "GYAAAA".

Foto: Pedro Vieira/JBox.

Tendo isso em vista, fica a questão: o que Flying Witch, mangá publicado pela JBC que tem exatamente essa premissa tão conhecida, pode trazer de diferencial? A resposta é: uma história tão simples quanto cativante, recheada de personagens engraçados e carismáticos.

A obra de Chihiro Ishizuka (que poderia ser classificada como mahou shoujo se formos para a raiz do gênero, mas é mais conhecida como iyashikei) é focada na vida da bruxa adolescente Makoto, que vai morar com parentes no interior do Japão para aperfeiçoar suas habilidades mágicas.

Quase uma iniciante na arte da magia, Makoto passa a maior parte de seu tempo indo à escola, fazendo amizades e cuidando do jardim da casa em que mora. Essas são, basicamente, as principais situações dos dois primeiros volumes dessa história.

Para alguns, pode parecer um tanto quanto mundano, sem charme, mas a forma como Ishizuka constrói as narrativas de cada capítulo é bastante divertida. Em um momento, Makoto se perde pela cidade em que mora, em outro tem problemas ao colher ervas ou se encontra em situações constrangedoras para ela. São pequenos momentos do dia a dia que se tornam fatos interessantes e levam ao rosto um sorriso ou uma boa risada.

imagem: cena de flying witch.

Foto: Pedro Vieira/JBox.

Ao redor de Makoto está um elenco que dá mais caldo para essa trama mundana. Há Kei, o primo um tanto quanto irônico da protagonista; Chinatsu, a prima mais nova que está fascinada em ter uma bruxa morando com ela; Akane, a irmã totalmente avoada de Makoto; e Nao, uma colega simples de escola que acaba sendo alvo de muitas boas piadas do roteiro (mesmo quando uma trama não é focada nela). Claro, há ainda Chito, a gatinha preta de personalidade forte que acompanha Makoto e vez ou outra coloca sua dona em enrascadas.

imagem: cena colorida do mangá

Foto: Pedro Vieira/JBox.

Sem grandes pretensões em sua trama, mas conseguindo unir esses personagens em capítulos divertidos, Flying Witch é um slice of life cômico e empolgante de se acompanhar.

Se para o mangá falta uma trama rocambolesca, ele compensa com tiradas engraçadas sobre uma personagem cheia de otimismo, mas que ainda está se encontrando tanto no universo mundano, quanto no mundo da magia. Nesse processo, há uma descoberta do mundo como algo mágico por si próprio, o que torna tudo ainda mais adorável.

Para compor essa história, Ishizuka aposta em desenhos simples, sem grandes detalhes, mas muito bonitos. Há algo de encantador nessa arte singela que torna este um mangá fácil de acompanhar, gostoso de ler e bonito de ver.

A única coisa que talvez falte nessa obra é mais “magia”. Por mais que vejamos muitos personagens e objetos mágicos no cotidiano de Makoto, poucas vezes vemos de fato eles usando seus poderes ou fazendo algo que seja realmente “fantástico”.

Isso torna o sobrenatural um elemento altamente secundário em uma história que poderia aproveitar melhor parte de sua premissa.

O que falta de magia em Flying Witch, o mangá compensa com tramas charmosas e hilárias. O tipo de história que nos faz sorrir em um dia triste e dá vontade de acompanhar apenas pelo prazer de ver Makoto e seu grupo de amigos passando por mais um momento divertido de suas vidas.


Galeria de fotos

Confira nos álbuns abaixo alguns registros da edição nacional.

 

Volume 1

 

Volume 2

 

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imagem: capa do volume 1 de flying witch pela jbc. imagem: capa do volume 2 de flying witch pela jbc.

Volume 1 | Volume 2


Essa resenha foi feita com base nas edições cedidas como material de divulgação para a imprensa pela editora JBC.


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