Eu fui à pré-estreia de SPY x FAMILY CÓDIGO: Branco, seja lá qual for a estilização correta desse título. Mas esse texto não é sobre o filme. O que me chamou a atenção, no entanto, foi o quão modesta foi essa pré-estreia. Ok, uma sala IMAX, mas isso já é meio padrão de cabines de imprensa ou pré-estreias, não conta.
Na parte de fora da sala tinha um telão com o trailer do filme e uma área ali com um painel para tirar foto — literalmente, um tapete e um “pôster gigante” do filme.
Foi um dos envelopamentos mais “qualquer coisa” que já vi numa pré-estreia da Crunchyroll. E tem sido perceptível. A pré-estreia do especial da nova temporada de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba tinha um cenário mais caprichado que a de SPY X FAMILY, mas era Demon Slayer. A gente espera mais de Demon Slayer pelo fenômeno que a série se tornou.
Na de Kimetsu, havia vários pôsteres gigantes, um minicenário com personagens — o que não tinha era tempo para tirar foto (os portões abrindo em cima da hora com uma fila gigantesca) e nem espaço, porque era muita gente. Parecia que os organizadores não tinham noção do tamanho do evento que eles mesmos prepararam.
O cenário montado lá em 2022 na pré-estreia de Dragon Ball Super: Super Hero não era muito diferente do de Kimetsu em questão de “espaço instagramável”. Porém, apesar de Dragon Ball ser uma série de peso, aquele evento era muito menor que o último especial de Kimetsu, deste ano. Em tamanho mesmo, inclusive de público. Claramente outra época em questão orçamentária. A impressão é que podiam ter feito algo ainda mais legal com Demon Slayer.
Tem outra coisa: na pré-estreia de Super Hero nós entrávamos logo e ficávamos esperando ali no “cenário” e, com isso, podíamos encontrar os dubladores e, se eles quisessem, produzir algum conteúdo rápido com eles. Em alguns momentos, eles eram chamados pela equipe de redes da Crunchyroll para produzir conteúdo.
Nós podíamos aproveitar os cenários, a presença de outros colegas, conhecer os dubladores do filme, enfim, aproveitar o evento como um evento (apesar de que esses eventos são para mim parte de um trabalho, e não um momento de simplesmente curtir).
A pré-estreia de SPY x FAMILY estava no nível das de episódios iniciais de animês da temporada — eventos restritos à imprensa e de porte muito, mas muito menor que os de filmes, coisa de menos de 30 pessoas no evento. Com a entrada abrindo bem perto da hora da exibição, não tinha muito tempo para produzir quase nenhum conteúdo. E, por isso, as poucas coisas que tinham formavam fila.
Os dubladores do filme (e da série) estavam lá, mas só soubemos disso quando estávamos na sala. O elenco principal foi para a frente, perto da tela, e respondeu perguntas da Crunchyroll — ou seja, nada que vale a pena ser replicado por quem não quer ser um braço extra do perfil institucional do serviço, e postar algo que será compartilhado pelas contas do streaming em qualidade muito melhor.
Tem distribuidoras que pegaram outros filmes de animês e montaram eventos maiores, ou ao menos mais interessantes. A pré-estreia de ONE PIECE FILM RED, pela Diamond com a Panini, tinha até um espaço giratório para filmar ou tirar foto. Eles alugaram um espaço enorme do Cinemark do Pátio Paulista. A pré-estreia de THE FIRST SLAM DUNK, pela Cinecolor, apesar de um espaço menor, tinha até cesta de basquete. E tinha tempo para checar tudo e pensar em formas de montar conteúdo.
Não se enganem. Não sou sommelier de pré-estreia. Eu odeio o conceito de local “instagramável”. Mas eu saí da pré-estreia de SPY x FAMILY me perguntando por qual motivo fizeram ela. A falta de decoração, como já pincelado, é também falta de incentivo para fazer os influencers tirarem fotos e postarem em suas redes (eu não sou um deles, mas até gosto de tirar fotos quando o espaço é legal) — eles fizeram isso assim mesmo. Mas, não era mais fácil só fazer uma cabine de imprensa?
Fica parecendo que não há uma grande aposta em CÓDIGO: Branco como um sucesso de bilheteria. Porém, se não há aposta, pra que fazer pré-estreia? Poderiam fazer só uma cabine de imprensa (com raras exceções na minha experiência, não é um evento de pompa), se ainda quisessem apostar na reação da crítica, ou simplesmente não fazer nada.
Fizeram o evento para torcer que os influencers impulsionem o marketing do filme nas redes e ele consiga uma bilheteria? Ou SPY x FAMILY é uma aposta de bilheteria minimamente razoável e só faltou visão no evento?
Mudanças estruturais e uma possível crise
Eu fiquei realmente confusa. Não consigo desassociar essas pré-estreias, que parecem cada vez mais modestas, da debandada de funcionários que a Crunchyroll teve nos últimos meses, incluindo pessoas-chave no funcionamento da empresa no Brasil — mas não somente, o antigo diretor operacional geral (COO) saiu da empresa depois de mais de 10 anos.
A nova gestão parece deixar o Brasil um pouco de lado — é bem claro que o novo CEO da empresa (é o “moço das IA”) privilegia o mercado indiano. Eu sei, eu sei, a Índia tem tido um crescimento gigantesco, especula-se que ela vai tomar o lugar da China como “motor do mercado global”.
O Brasil não cresce tanto assim, mas ele é cada vez um player global mais expressivo, e o segundo maior mercado da Crunchyroll no continente americano (o maior se excluirmos os EUA). Além de ser visto como um agente importante e uma liderança do “sul global” no momento geopolítico que vivemos… que é delicado.
Toda empresa que quer sobreviver precisa se atentar aos movimentos que ocorrem em momentos delicados. Não vamos entrar, no entanto, na discussão política da coisa.
Está claro qual é o lado da Crunchyroll no momento nesse contexto, é evidente qual caminho ela quer seguir com esse foco no mercado indiano. É uma aposta que pode ou custar caro, ou dar muito certo dependendo dos próximos anos, mas me parece uma aposta arriscada, porque não consigo ver um “plano B”, que me parece importante numa conjuntura de disputa geopolítica. Problema da Crunchyroll.
Enfim, voltando ao nosso assunto, não estou aqui para reclamar de decoração de pré-estreia. O que me chama a atenção é que esse movimento, junto às trocas de funcionários, agravam minha visão de que há uma crise na Crunchyroll. Não sei se é uma crise da empresa crescer menos que o esperado, mas é com certeza uma questão organizacional, que pode ou não estar associada a um problema financeiro.
Por aqui, isso tem parecido cada vez mais evidente. A presença da empresa em eventos, por exemplo, mudou bastante de uns tempos para cá. Em parte, há mudanças esperadas após a compra e todas as implicações operacionais dela, mas em parte também parece uma crise de identidade misturada com um grau de desinteresse no mercado brasileiro.
Às vezes, a empresa cresce bem, tem retorno bom, mas a gerência trabalha com projeções absurdas… ou só não sabe lidar com funcionários. Tem vezes que não há salário que pague o estresse de uma gerência que não sabe gerenciar nem organizar.
A compra a Crunchyroll pela Funimation/Sony parece ter caído mal com parte da equipe brasileira, e pelo jeito com parte da equipe americana. Isso não é bom. Desde as saídas, é perceptível que há desencontros em questões da empresa, existe uma desorganização ali que fica evidente para quem está de fora, mas tem alguma familiaridade com o modo como a empresa vinha trabalhando.
Se minha impressão, que não é de hoje, está correta, só o tempo dirá (se disser mesmo). Só sei que fui a uma pré-estreia e saí de lá achando que tinha algo muito esquisito naquilo tudo. E, não, a questão principal não é que a decoração era chocha (mas era chocha, sim, podia ter sido uma cabine online).
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Minha visão é a oposta. A questão é que antes eu não via um filme sequer chegar aqui nos cinemas da Paraíba e quando chegava no caso de Boku no Hero e afins era um filme solto, nem sei se não era a Sato. Agora nós temos vários filmes de anime chegando ao longo do ano e com a marca da Crunchyroll se tornando mais popular. Tivemos Kimetsu e agora vamos ter Spy x Family, vai ter Blue Lock e Haikyuu e ainda nem estamos na metade do ano. Saliento ainda mais, a distribuição está fazendo chegar no interior daqui, o que não acontecia antes.
Talvez aí pareça mais tímido até porque eles não acham que precisem investir muito mais pra atrair a depender da propriedade intelectual, agora do lado de cá melhorou bastante!
Enfim, ainda assim, pode ter melhorado aqui, piorado aí e os dois pontos de vista se complementam, vai saber.
Oi! Eu escrevi uma coluna sobre filmes anos atrás (https://www.jbox.com.br/2022/08/16/estamos-entrando-numa-era-de-filmes-de-animes-no-brasil-coluna-cafe-matcha-20/), mas é uma política que já se desenhava antes da compra, até porque não tem só a Crunchyroll como player. Isso, contudo, não é impeditivo de que a empresa passa por uma crise gerencial. São coisas diferentes.
Por que lança esses filmes no streaming, só só filmes com orçamento de TV
É tudo uma aposta, afinal a chegada de filmes de animes por aqui no cinema sempre foi algo discreto pelas empresas, algumas faziam algo bem feito, outras nem tanto, ao mesmo tempo que o mercado brasileiro é muito importante, fatores como o pós compra pela funimanion e saída de alguns membros da equipe antiga concerteza impactaram a instrutura da empresa como um todo. Uma hora a Crunchyroll vai ter que colocar as ideias e a casa em ordem, caso contrário, o descontamento é a perda de assinantes no futuro pode acontecer em breve
Aposta era em 2019-2020, agora esse mercado já está aquecido em certo grau. Mas fica claro que houve um direcionamento que deixa o Brasil mais no escanteio.
Foi o que aconteceu com a Funimation, que após não ter disponibilizado o 3° filme de My Hero Academia no streaming, acabou sofrendo com a fusão e fechou.
Talvez o fator do Brasil ainda ter um mercado de mídia que oscila entre as idas e vindas na mensalidade do streaming, no “compartilhamento de contas” e na pirataria, isso talvez de fato possam contar como fatores que desestimulam o mesmo. E não sei se falo besteira pois tou bem por fora, mas não noto um esforço para pegar produtos como Spy X Family e similares (que são animações bem abrangentes em demografia) e oferecer à emissoras de TV. (Sim, sei que as emissoras no Brasil são bem “mão de vaca”, diga-se). Também não vejo tantos produtos de algumas licenças (Spy x Family mesmo não tem – ao que notei, mas talvez eu não esteja lendo tanto o J-Box). Cadernos, brinquedos/lembranças, produtos em parceria (tal como no Japão). Claro que o risco de pirataria de produtos também há, mas imagino que menos quando falamos de produtos de consumo popular.
O Brasil não tem o mesmo costume japonês de “parcerias de marca”, talvez por traumas ou medo. Ou por uma regulação comercial que não permita ou inibe dado custo-benefício.
Isso acaba valendo à Crunchy/Funanimation: dado que o mercado quer o lucro, lugares que não tem tantas formas de lucrar acabam em segundo plano. “Ah, mas o Brasil tem condições”… de fato tem se por exemplo fosse fácil ter uma conta e assistir em qualquer lugar – só lembrar das inúmeras reclamações nas redes seja pela ausência do app em alguns lugares (TV Smart por exemplo) ou seja pela qualidade do player. Um catálogo de animações bem abrangente (quanto não, “monopolizado”) daria direito a fazer parcerias comerciais para trazer produtos de marcas (Dado os exemplos de Demon Slayer por exemplo). Enfim, vamos ver como vai andando a Crunchyroll e até onde irá assim. É desejar boa sorte e esperar que um vento de mudanças ajude a mesma. Ou sei lá, se um dia a Crunchy desistir do Brasil, sobra as latinas como a Anime Onegai ou a pirataria que vem e vai sendo a lotação da mídia…
Estão licenciando sim alguns materiais tipo caderno, roupas, e tal. Mas, é bem tímido esse movimento por enquanto.
Obrigado. Eu acabei esquecendo das empresas que ofertam produtos como a Piticas. Eles são bem especializados, o que é legal. Mas ao mesmo tempo é o “nichado”/tímido
Sinceramente, eu vejo mais um sentimento de “conformismo” por parte dos executivos da Crunchyroll. É sempre bom lembrar que a empresa só começou a dar mais atenção pro mercado brasileiro (e latino americano por consequência) a partir do momento em que novos players (principalmente a Funimation) entraram na jogada. Foi na mesma época que começou o aumento de simuldubs e um maior contato entre plataforma e usuário. A partir do momento em que a Funimation e Crunchyroll se fundem, a plataforma laranja ganha o monopólio de exibição de animes em streaming. Nisso, não se torna mais necessário dar tanta atenção ao mercado brasileiro. E nisso ocorrem situações como a debandada de antigos colaboradores, o fim das “Quintas da dublagem”, entre outras ações (lembro que recentemente publicaram uma imagem promovendo um anime, em espanhol, no perfil Br). A empresa crê que não precisa tomar tantas ações pra promover seu serviço. Talvez a vinda de um outro concorrente de peso os faça mudar de atitude (não será a Anime Onegai).
eu falei desde sempre que essa compra da Sony não ia prestar, más riram de mim, inclusive um certo ADM de uma antiga página sobre dublagem de animes que nem existe mais, eu dei meus argumentos, falei que iria acabar com a concorrência, lembre-se Netflix nunca teve foco nesse tipo de conteúdo, há más agora tem a Anime Onegai, vocês realmente querem comparar uma empresa pequena com um grupo gigante como a Sony? maldita hora que a Warner quis vender pra pagar sua dívida, só nós resta torcer pra que algum outro grupo gigante venha investir na área.
Mas fica a questão: quem seria esta outra concorrente? E se realmente viria e se de fato alteraria as atitudes. “Gato escaldado teme água fria”.
O Streaming de certa forma está com o mercado “saturado” (muito player para pouca margem de gasto do cliente comum) e se estuda formas de corrigir isso;
Vir uma nova plataforma para produtos asiáticos seria realmente viável, dado que a Crunchy hoje tem um portfólio que não abriria mão fácil? Mesmo a brasileira Sato tentou beliscar um pouco e se viu barrada pelo peso de tanta coisa que tem que se fazer ao trazer conteúdo para o país (licenciar marca, acertar valores de dublagem, etc…) A Anime Onegai sei lá. Como só acompanho a JBox para ter ideia de como vai as coisas no mercado, noto que não se fala muito sobre.
Um PS que não sei se conecta com o tema: as duas tentativas de fazer um canal com conteúdo em parceria com a Crunchyroll (a PlayTV/Loading) será que também não contribuiu para a desanimada?
SÓ TEM UMA A MINHA ÚNICA DÚVIDA SE ELA REALMENTE QUE ISSO ESTOU FALANDO DA NETFLIX ELA TEM MUITO MAS ASSINANTES E DINHEIRO SÓ BASTA A NETFLIX QUERE
Engraçado que não é de hoje que a Sony (que infelizmente comprou a Crunchyroll) vem adotando posturas que cada vez menos parecem se preocupar com seu próprio público consumidor.
E dá pra se tirar essa base a partir de como vem sem sendo a gestão da mesma com a Playstation, algo que pelo que parece, ela leva para todos os outros segmentos.
Ainda que hoje tenhamos uma boa chegada de longas anime para os cinemas e muitas localizações, fica meio difícil entender esse modelo de gestão que não tenta entender a forma como lidar com o público de locais importantes do mercado global, como o Brasil hoje é.
Só que, como muitas empresas do hemisfério norte, parece que a Sony segue tendo a mesma lógica de que por se tratar de um país que não está entre os mais ricos ou que não está entre aqueles de crescimento acelerado (caso da Índia), pode-se fazer qualquer coisa que o público aceita. O pior neste último caso é que na grande maioria dos casos, o público age exatamente dessa forma, aceitando muitas vezes coisas que desrespeitam o consumidor, apenas pra manter um eventual status.
A questão é observar como a coisa seguirá nos próximos anos, mas definitivamente é preocupante que desde a compra da Crunchyroll não termos visto nenhuma movimentação positiva em relação ao mercado brasileiro no que se refere a gestão
“Claramente outra época em questão orçamentária.”
Devolva-me a equipe antiga!!! tragam eles de volta!!! daqui a pouco o evento vai ser a nível fraco a ponto de comparar aqueles eventos antigos do Animax nos meados da década de 2000. Jesus!! quando tiver assim o CR estará ensaiando a Hime a como se deitar num pijama de madeira.
Contar com apoio de influencer mediante aquelas atitudes escrotas que aconteceram ?? difícil dificílimo. Viraram a chave de volta e querem apostar no boca boca dos influencers? credo… RESPEITO, COMPORTAMENTO PARCIAL mediante aos demais funcionários é fundamental para que crie um elo forte de respeito reciproco da Crunchyroll assinastes. pois eles não poder serem tratados como simples numero de $$$$$ mas os assinantes tem uma paixão pela marca de qualidade que cada anime resulte num ponto satisfatório no qual ele consome. Se o assinante se sentir chutado por mensagens infelizes diretas/indiretas (redes sociais) ou perceber que as dublagens estão decaindo, eventos fracos tanto de exposição quanto presença de publico é o momento de acender o alerta e corrigir os erros para não haver uma decida forte nos resultados dos maus investimentos.
Não tenho nada contra o país da Índia. mas se a CR não ser cautelosa mesmo. O que a Laura disse na matéria tem chance forte de acontecer se repetindo um cenário semelhante ao que me lembrou o que ocorreu com o Animax numa certa época (2008~2011). começaram a perder clientes, anunciantes, baixa procura pelo canal e com isso foi pra lixeira. em quanto na Índia. o canal não tinha levando a mesma pancada como ocorreu aqui colocando Séries baratas, reality (ao invés dos Animes HellGirl Futakomori, Dancouga Nova e Gallery Fake que acredito que apesar de haver recurso financeiro para uma dublagem priorizou licenciamentos de forma desesperada para trazer um publico que nunca existiu para o canal. que coisa louca!!).
Eu vejo que este ano de 2024 a Crunchyroll esta num ritmo desacelerado em inovar com seus catalogo de animes com dublagens. esta ocorrendo isso Rafinha! sim. é notável mas é uma maquiagem para que confundi os assinantes que experimentaram os CR ver 2017 a 2019. Tinha gente dizendo que a febre dos animes voltaram com tudo. pois a febre já acabou e o canal esta dando para trás (ooo amizade) tendo medo do futuro somada a sua ganância, meta de mercado estrangeiro, ou liderar como marca no país do qual esta ela ambicionando.
2025 será um ano importante. pois ate lá saberemos as posições que ala mais acertou e o que ela mais errou. depois disso ou se cria boas expectativas mediante a um fato real ou tonaremos ex-assinantes realista por decisões fracassadas do qual ninguém foi obrigado a aguentar mediante as mudanças negativas internas da empresa.
Se ela acham que deixar de investir vai fica tudo mantido como nos meses anteriores ele vão se assustar com o rendimento baixo e de seus altos custo mensais que precisa por para fazer a logística do entretenimento andar.
Verdade. Apesar da lei de propaganda terem flexibilizado recentemente a favor do empresario ter coragem de cobrar licenciamento dos animes para aplicar em suas marcas e produtos, tá muito longe da realidade do que foi um dia aquelas propagandas que passava na Tv.
CALMA, NÃO PRECISA GRITAR!
Falando sério, a Netflix mesmo aparentemente queria estar melhor, mas sabe que estagnou. Salvo engano, de players principais, creio que são 7 mundiais (Netflix, Disney, Paramount, Hulu, Amazon, Apple e HBO/Max). Desconto a Crunchy pois ela é “nicho”, tal como Mubi por exemplo.
Quando começou a era dos streamings, existia muito a ilusão de que todo mundo sairia ganhando com os menores preços. Na prática, ignora-se que há um custo para TER um produto no catálogo, se paga para ter um desenho, uma série. E paga-se todos os custos relativos também (direitos correlatos, diga-se).
A Netflix parece que tentou algo com animês há alguns anos, mas desistiu também. Vamos ser francos: animações ainda são vistas muito como “coisa infantil” e pespegou na cultura. Tentativas de mudar a visão disso foram em vão em alguns casos. Lembrando sempre que fala-se de animês, aí vem sempre a lista dos famosos que são vistas por crianças de todas as idades (sarcasmo): Cavaleiros, Dragon Ball, Naruto..
Obrigado e tem razão.
Eu, assim como muitos, ainda tenho alguma vã esperança de ver mais animações na tv aberta. O Brasil não é um país que tem leis que pagam taxas para os canais, diga-se (salvo engano alguns países europeus e o Japão tem, algo que poderia até ser tema de matéria, diga-se). Por isso, ter um produto na tv aberta é meio que uma aposta sem muitos ganhos. Ainda mais em relação a 20 anos atrás, antes da popularização total da internet. Hoje tudo é online, e diluiu-se os ganhos da publicidade.
Mas bem, torço realmente por uma maior valorização das mídias. E quem sabe, até produções nacionais? Temos já um bom portifólio (lembrando que muitas animações infantis para nosso mercado são produzidas no Brasil e temos estúdios e artistas ótimos). Isso daria uma boa balanceada, diga-se.
NÃO ESTOU GRITANDO EU SÓ ESCREVO COM LETRA MAIÚSCULA POR MUITO BEM SIMPLES QUESTÃO DE PREFERÊNCIA OU SEJA POR QUE EU GOSTO NADA MAIS NADA MENOS
Sobre os cenarios instagramaveis. Bom vou dar minha opinião e senta que vai ser um textão:
Eu fico muito triste em ver coisas exclusivas como os “cenarios instagramaveis” em cabines de imprensa, pois pelo nome é somente para a imprensa e também para convidados como influencers, famosos e alguns cosplayers que tem contatos e geralmente quando vão ficam “olha eu fui convidado e tirei foto no cenario de kimetsu e você não!” e dentro da comunidade cosplay existe um problema serio sobre a rivalidade entre cosplayers de um querendo ser melhor que o outro.
Fora que existe até mesmo um risco de que caso alguém quisesse fazer uma replica do “cenarios instagramaveis”, pode haver reclamações de infringir direitos autorais, só por fazer replica disso, pois em teoria somente o distribuidor tem direito de fazer isso.
A saida mesmo é reaproveitar e colocar os “cenarios instagramaveis” para os eventos de anime e geek, pois seria mais aberto para o publico e a Crunchyroll fez isso na ultima CCXP onde tinha um cenario de Spyxfamily onde qualquer pessoa podia tirar foto e outro do Shingeki no Kyojin onde pode fazer pose em uma mesa, pois tirando a CCXP. Em outros eventos como o Anime Friends é uma porcaria para tirar foto, pois está em fazendo cosplay de um personagem mitologico japones em um cenario de ficção cientifica e poderia ter esse reaproveitamento dos “cenarios instagramaveis” e dos “brindes exclusivos” nos eventos de anime, para quem é fã de anime que gosta de material oficial e exclusivo e também para os cosplayers que gostam de tirar fotos em ambientes que combinam com seu cosplay.
Falo isso pq até mesmo nos eventos de anime, fora do Brasil tem cenarios instagramaveis para qualquer cosplayer.
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https://www.anime-expo.org/2016/09/14/makes-cosplay-photo-sets/?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR1d9P-WIkcjmkz7wucrFMbYEA6taHO3fu82sg6oqsc2JCGTQInsRkcOkOI_aem_AZkp2XPJu9Tz0wQkFgQKo51h-DOoakkH-cUZp_Wn1M7LPxM8v-F0cI0c4fugByfGQQ5bE2Am0AEhBLsTnUdK8k8m
comcordo plenamente, os animes chegavam no sul, mas aqui nunca tinha sessão. então eu vejo como uma melhora. Era ruim saber que em cidades até proxima as vezes tinha o filme e aqui na Paraíba não.
Acredito que o fato da “pouca” importancia do cenario, pode ter vindo de N fatores, até mesmo da equipe escolhida pra fazer a merchandagem, ou o tempo pra trabalhar. ou quem sabe o material não ter ficado pronto a tempo. Nunca sabemos o que passa por trás…
Situação complicada e estranha.
Dizem que ninguém tá indo pra sessão
A verdade é que a competição está bem grande, animes já não são mais uma categoria de nicho. Netflix está se saindo muito bem, com uma estratégia de trazer animes antigos, como Nana, GTO, Hajime no Ippo, entre outros tantos. E além disso, apostando em novos animes, diferentes das formulas mais “tradicionais”. Querendo ou não, Netflix tem um “poder de fogo” muito maior em tudo, números, recursos e dinheiro p torrar. Mercado já não é mais japonês, e sim global, e quem hoje é uma plataforma global? Crunchyroll eu acho muito limitado, aplicativo não é bom, catalogo super confuso, perdeu muitos títulos tbm…