Todos sabemos que Dr. Slump e, principalmente, Dragon Ball foram sucessos enormes da carreira de Akira Toriyama como mangaká. No entanto, mesmo que Toriyama tenha sido um criador de extrema influência para a cultura pop como um todo, os mangás dele que conseguiram maior renome param por aí.

O autor acabou sendo uma figura que cresceu no cenário dos jogos, sendo a cara da franquia Dragon Quest, mas sua produção de mangás após Dragon Ball foi voltada apenas para obras bem curtas, normalmente de volume único, então não houve espaço para a criação de um grande hit.

Provavelmente pensando nisso, em 2022, foi anunciado por Toriyama em parceria com a Shueisha e a Bandai Namco uma espécie de revival de Sand Land, obra publicada durante o ano de 2000 no Japão. Além de um filme adaptando o mangá original (que posteriormente foi transformado em série com episódios inéditos), também confirmaram um jogo que contam com um arco completamente novo para a história, idealizado pelo próprio Akira Toriyama, chamado Forest Land.

imagem: Beelzebub sob à luz absorvendo energia da escuridão em Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

O novo animê está em exibição desde março pelo Star+ e, neste mês de abril, saiu o jogo de Sand Land, com distribuição pela Bandai Namco e desenvolvimento pela ILCA. Quem quiser aproveitar tanto o animê quanto o jogo, mas está com receio do processo de repetição, não precisa se preocupar. As adaptações, apesar de serem semelhantes em conceito, são completamente diferentes em sua execução.

 

A história de dois países

Em Sand Land acompanhamos a história do país homônimo, local que há vários anos foi tomado por uma enorme seca e o rei limita toda água disponibilizada para a população. Visando se livrar dessa tirania, o xerife Rao vai até o Vilarejo dos Demônios atrás de ajuda para atravessar o deserto em busca de uma fonte lendária de água. Beelzebub, o Príncipe dos Demônios, consegue autorização de seu pai para ajudá-lo, e leva junto Thief, um outro demônio da vila.

Ao decorrer da viagem, o grupo acaba chamando a atenção de bandidos e também do Exército Real, que é a grande fonte de conflito da história. Além disso, Rao descobre segredos de seu próprio passado ao conversar com Beelzebub e Thief, fazendo que seu rancor pelo Rei e pelo Exército Real aumente ainda mais.

imagem: Rao andando como passageiro de um tanque em Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Em todos esses quesitos, a história é igual à do mangá e também à do animê, no entanto o jogo já apresenta uma diferença significativa ainda no início: a introdução de Ann, personagem principal do arco de Forest Land. Enquanto o animê apresenta Ann apenas no novo arco, sem mexer de forma significativa na adaptação do conteúdo original do mangá, no jogo os heróis já resgatam Ann, que foi presa depois de ter provocado o Exército Real, logo nas primeiras horas.

Essa introdução precipitada de Ann já apresenta um dos primeiros problemas do jogo: a presença dela no primeiro arco não é nada natural. Enquanto o jogo não está produzindo conteúdo inédito com foco na personagem, todos os diálogos dela parecem deslocados do resto da narrativa. Durante diversas interações entre Rao, Beelzebub e Thief, as falas de Ann simplesmente não encaixam, várias vezes soando como uma inclusão de última hora. Tanto que, em certo momento, ela acaba sendo “abandonada” durante a primeira parte do jogo e o foco volta a ficar apenas no trio original.

Outro grande problema na narrativa do jogo é a forma com que, buscando aumentar o foco em Beelzebub, o personagem jogável, acabaram tirando o destaque dos outros personagens. Rao e Thief, ao contrário do mangá e do animê, muitas vezes parecem ser apenas acompanhantes do Príncipe dos Demônios em sua aventura.

Na história original, Rao definitivamente é a figura central e mesmo Thief conquista seu espaço como piloto ao longo da obra. Beelzebub também tem seu devido destaque como protagonista, mas no jogo isso é aumentado de forma exponencial e a história pouco a pouco parece ser apenas sobre ele e o que ele quer. Até mesmo estratégias de batalha e de pilotagem, que eram trabalhos de Rao e Thief na trama original, no jogo ficaram à cargo apenas de Beelzebub.

imagem: Rao, Thief, Beelzebub e Ann reunidos em uma garagem ao lado de uma moto em Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Na segunda parte, apesar da importância de Ann aumentar, as coisas continuam bem “beelzebubcentristas”. Durante esse arco, forças militares misteriosas começam a aparecer em Sand Land, e logo descobrimos que elas têm envolvimento com Ann.

Com isso, depois de ainda passar um tempo considerável explorando Sand Land, o grupo de heróis vai até Forest Land, um lugar cheio de vegetação e água, ao contrário do país vizinho. Lá, o objetivo é salvar o Rei Jam, que foi deposto por um golpe militar executado por Bred, general de Forest Land, e Muniel, que assumiu o poder depois da saída de Jam. Para isso, os protagonistas se unem à Resistência, formada por seguidores fiéis do antigo rei.

Nessa parte, quem estiver acompanhando o novo arco pelo animê, já conseguirá perceber a drástica diferença entre os acontecimentos. É possível notar que o mesmo rascunho básico foi utilizado em ambas histórias, porém há bastante diferenças na interpretação do animê para a do jogo. Além da diferença drástica de execução, o jogo dá destaque para três figuras inexistentes na adaptação animada: os generais Krowa, Epi e Rosetta.

Ao contrário do animê, onde os embates contra Bred e Muniel são feitos de forma mais direta, os inimigos mais constantes do segundo ato de Sand Land no jogo são esses três personagens, enviados sempre para atrapalhar os planos da Resistência. Krowa e Rosetta acabam sendo adições bem agradáveis porque existe um cuidado com a escrita deles que torna a dupla bem fácil de gostar, mas Epi é uma figura completamente descartável. Por outro lado, a presença do trio de generais acaba tomando boa parte do roteiro, então o impacto de Bred e Muniel como verdadeiros grandes vilões acaba não sendo muito bem repassado ao jogador em comparação ao animê.

imagem: Bred mostrando que é parte robô em Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Outras adições para o roteiro do mundo de Sand Land são feitas durante a exploração, já que os personagens constantemente conversam durante as viagens. Além dos diálogos darem dicas para o jogador de como agir em batalhas e na exploração do mundo, eles também fornecem detalhes sobre a história dos países e de alguns personagens. No entanto, esses diálogos podem ser bem irritantes, já que muitos deles são repetidos exaustivamente, mesmo alguns que, dependendo do ponto da história que o jogador tá, já se tornaram obsoletos.

O jogo também expande sua história através de Spino, uma cidade praticamente abandonada que era usada pelo Exército Rebelde durante os conflitos que aconteceram no passado de Sand Land e acaba virando sua base de operações. Lá, o foco do jogador é contribuir com missões, em sua maioria, paralelas, que visam o crescimento da cidade e sua população.

Isso dá acesso a diversas instalações, incluindo lojas de itens, mecânicos, caçadores de recompensas e até mesmo a quartos que podem ser customizados com móveis e outras decorações. A cidade acaba virando uma presença constante também na história principal, já que muitas coisas que movem a narrativa partem de lá, principalmente por ser onde Ann passa a maior parte do tempo no primeiro arco da história, ajudando como uma mecânica de veículos.

 

Navegando por um mundo motorizado

Falando em veículos, provavelmente são o maior motivo de Ann aparecer tão cedo na história de Sand Land, por serem essenciais para progredir no jogo. Além do tanque e o do carro utilizados pelo grupo de protagonistas no mangá original, diversos outros veículos podem ser obtidos durante a jornada, tanto através da progressão pela história quanto pela construção de máquinas do zero.

imagem: um tanque derrapando nas areias do deserto de Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Enquanto avançamos, notamos que não conseguiremos acesso a algumas áreas de Sand Land apenas usando o tanque, então com a entrada de Ann para o grupo principal, aos poucos conseguimos acesso a veículos diversos, como um Pulabot, que serve para alcançar lugares altos demais para se alcançar normalmente, e uma moto, que, além de acelerar o processo de exploração pelo vasto deserto, também nos ajuda a pular por precipícios impossíveis de passar mesmo com o Pulabot (que tem mais foco em cobrir distâncias verticais).

Todos os veículos de Sand Land vêm equipados com, pelo menos, dois tipos de armas, e isso é vital para vencer os embates do jogo. Apesar de Beelzebub ter suas próprias habilidades de batalha, incluindo uma árvore de talentos que dá acesso a combos, novos golpes e habilidades especiais, e os outros membros do grupo também contarem com suas árvores de habilidades, voltadas ao suporte durante as batalhas e exploração, algumas lutas são basicamente (outras literalmente) impossíveis de serem vencidas apenas no soco.

Os inimigos que enfrentamos durante a jornada por Sand e Forest Land muitas vezes são enormes, então lidar com eles apenas lutando normalmente não acaba sendo uma boa ideia. Sem falar que muitos são bem mais rápidos do que Beelzebub, além de outros que voam ou ficam em lugares impossíveis de alcançar apenas com as habilidades físicas do protagonista, então veículos acabam sendo essenciais. Algumas batalhas até podem ser vencidas sem depender deles, mas é algo que é recomendado apenas para quem quiser elevar de forma masoquista a dificuldade do desafio.

imagem: Beelzebub encarando uma barragem de mísseis usados por um robô controlado por Epi durante uma batalha de Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Com essa extrema dependência das máquinas, pode-se considerar que Sand Land é um jogo de “ação em veículos”, já que você com certeza vai passar a maior parte do tempo utilizando eles. Mas não tema. Apesar de muitos jogos que misturam uma ação mais padrão com a de carros acabarem errando, esse não é o caso aqui. Muito pelo contrário: é o que faz o jogo valer a pena.

Além de ser bastante prazeroso usar veículos para eliminar inimigos pelo deserto enquanto coletamos materiais e peças de outras máquinas derrotadas, o jogo também tem batalhas contra chefões extremamente divertidas e bem elaboradas, sejam elas contra criaturas gigantes, sejam contra generais pilotando tanques ou outras máquinas enormes.

A maior parte dos combates utiliza muito bem o cenário ao seu favor, tornando possível para o jogador bolar estratégias utilizando rochas e relevo dos terrenos para se posicionar de maneira adequada. Claro, isso não é perfeito, já que algumas lutas podem ser vencidas sem problemas apenas circulando seu inimigo com o tanque, mas a maior parte de batalhas desse tipo são opcionais — apesar de, infelizmente, o último chefão do jogo poder ser vencido facilmente dessa forma.

Outra coisa que deixa as lutas e também a exploração mais dinâmicas é poder usar e trocar de veículos a qualquer momento, mesmo dentro de lugares fechados. Existem momentos que você é obrigado a passar a pé, mas boa parte das ruínas antigas e naves abandonadas, por exemplo, podem ser exploradas sem sair dos veículos em momento algum. Mesmo quando você se depara com uma portinha pequena demais para um tanque, é possível trocar para uma moto e continuar explorando com tranquilidade. Não há motivo para se limitar a só uma máquina.

O uso dos veículos só não flui muito bem quando o jogador está a pé e decide “invocar” um deles, já que para esse processo sempre é executada uma animação relativamente longa onde Beelzebub joga uma cápsula de armazenamento de veículos no chão e sobe no veículo escolhido. Já dentro do veículo, a animação de troca entre eles é bem rápida e não atrapalha a fluidez do gameplay.

imagem: uma luta de um tanque contra o Pulabot, robô saltador de Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Os veículos podem ser personalizados de maneiras bem diversas — durante o jogo é possível encontrar e construir não só armas para eles, mas também peças de motor e suspensão, além de acessórios a mais que dão mais opções no combate, como mais armas ou uma blindagem aprimorada.

Também é possível usar chips que melhoram habilidades específicas de seu veículo, como dano das armas ou velocidade. Canhões, por exemplo, além de contarem com diferenças na potência e trajetória, podem ter características que forçam um veículo inimigo a ficar imóvel por alguns segundos, algo que também pode acontecer com você, mas existem peças que podem dar maior resistência contra esses golpes. Considerando o quão essenciais os veículos são para a progressão, tudo isso faz com o que jogador precise explorar mais se quiser conseguir peças ou materiais que sejam mais adequados para seu estilo de jogo.

A personalização também existe de forma vasta na questão visual, já que é possível pintar as máquinas parte por parte como desejar, com várias opções de cores e estampas, que podem ficar ainda mais variadas ao cumprir missões paralelas ou outros objetivos. Além das cores, também é possível usar uma grande gama de adesivos, que também podem ser obtidos durante o jogo. Isso sem falar que as peças que alteram as capacidades das máquinas também causam alterações visuais, então realmente não faltam opções nesse sentido.

Além disso, a maior parte dos veículos contam com opções alternativas que cumprem funções similares. Por exemplo, para trafegar com alta velocidade, além da moto, o jogo também conta com um buggy, um carro e até mesmo um aerojato, que por si só já é uma versão alternativa do aerocarro, veículo utilizado para passar por trechos onde são necessárias funções de flutuação. Já como alternativa do Pulabot, o jogo tem o Saltador, um robô bem mais leve e menor, que torna mais fácil explorar áreas mais apertadas. Todos os veículos também contam com armas únicas, permitindo variedade também no combate.

imagem: Blindado de Batalha, um robô de Sand Land, na tela de personalização de peças

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

No entanto, não é sempre que veículos vão te ajudar na exploração como deveriam, principalmente os com funções de salto. Existem limitações programadas nos próprios cenários que impedem, por exemplo, o jogador de cortar caminho escalando uma montanha, em vez de usar a estrada que o jogo te força a utilizar. Isso limita bastante a liberdade do jogador, que costuma ser justamente um dos grandes atrativos de títulos de mundo aberto, ainda mais que não é apenas durante acontecimentos da história que essas limitações surgem.

Além disso, as paredes invisíveis do jogo são feitas de forma pouco natural, o que acaba atrapalhando principalmente em lutas da história que, em teoria, são em espaços abertos, mas eventualmente notamos que nossa liberdade não é tão grande assim quando, de repente, colidimos com o nada. Também há o problema do jogo simplesmente não deixar você pular de algumas áreas altas em específico, sendo às vezes aparecem locais ainda mais altos onde é possível fazer isso, mesmo que Beelzebub e seus veículos sofram dano.

Outro problema envolvendo a exploração envolve as naves e ruínas. Com algumas poucas exceções, elas seguem um padrão extremamente parecido, tornando frustrante o sentimento de entrar em uma área nova e perceber aos poucos que você só está repetindo os mesmos passos que já tinha tomado anteriormente em outro local. E, infelizmente, isso acontece até mesmo durante a história principal.

Essa questão fica mais óbvia quando se coloca em consideração que, mesmo sendo um grande deserto, Sand Land tem paisagens distintas que impactam a exploração de forma bem variada, assim como Forest Land, que consegue passar um sentimento parecido mesmo sendo menor e bem mais linear.

imagem: um aerocarro, veículo flutuante de Sand Land, andando por uma floresta cheia de neblina

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Fora de ruínas, o jogo também conta com um sistema de furtividade dedicado à exploração de bases do exército, que é bastante criativo. Nesses momentos, o jogador fica impossibilitado de entrar em combate, tendo opção apenas de incapacitar os inimigos na base do susto.

No entanto, é possível ver que os soldados contam com uma boa inteligência artificial, e notam facilmente qualquer movimento exagerado, sendo necessário pensar bem em que rota fazer. Um bônus das partes furtivas é que em algumas delas é possível jogar com Thief, porém, como ele tem habilidades mais limitadas que Beelzebub, acaba sendo mais desafiador explorar sem ser notado. Só é meio triste quando chegamos à conclusão que usar Thief para todas as partes de furtividade seria o ideal para aumentar o destaque que foi retirado dele durante o roteiro.

 

Aproveitando Sand Land ao máximo

Fora do progresso principal, o jogador tem a opção de enfrentar a Arena de Batalha, onde é possível encarar lutas com algumas limitações e condições impostas. Além de desafios bem únicos, aqui também temos a possibilidade de refazer combates da história principal.

A grande vantagem da arena é que, além de ser o lugar mais desafiador que o jogo oferece (claramente voltado para quem quer aproveitar mais de Sand Land após o fim da história), é possível usar moedas conquistadas durante as batalhas para conseguir peças raras para seus veículos.

Outros lugares que oferecem recompensas que não podem ser obtidas normalmente são as corridas. Nelas, é possível utilizar diversos tipos de veículos em percursos tradicionais de corrida com carros ou motos, mas também em alguns voltados para os veículos de salto, criando outro tipo de desafio.

Essas corridas podem tanto ser testes de tempo quanto corridas diretas contra outros veículos. Elas exigem bastante controle de recursos pelo jogador, já que usar impulsos de forma descompromissada com certeza vai te levar à derrota. Para mim acabaram sendo bastante bem-vindas, ainda mais levando em consideração que sou um grande fã desse tipo de conteúdo em Jak 3.

imagem: Beelzebub pilotando um robô Saltador durante uma corrida em Sand Land

Reprodução: Bandai Namco, ILCA.

Como citado, o jogo também conta com sidequests. No geral, o procedimento delas é bem simples, se limitando ao padrão de “derrote tal inimigo” ou “procure tal coisa”, mas, apesar de não terem exatamente histórias caprichadas, algumas ainda conseguem passar narrativas curtas, mas interessantes. Além das missões paralelas tradicionais, o jogo também conta com missões de caça de recompensas, que, por não aplicarem um limite de nível no que você pode aceitar, podem ser bons desafios para quem quiser se arriscar.

 

Concluindo

Apesar de alguns problemas na execução narrativa e na exploração, Sand Land é um jogo decente. O sentimento aventuresco é bem repassado, mas infelizmente acaba sendo danificado pela insistência no foco apenas em Beelzebub, principalmente se considerarmos que, apesar de ser um “demônio bom”, existe um exagero no quão cortês o jogo o deixa, papel que poderia ser repassado muito bem para os outros personagens.

Ann também acaba sofrendo bastante com isso, principalmente se a colocarmos em comparação com sua versão do animê, pois sua versão do jogo não se expressa tão bem e acaba sendo pouco cativante. Mas, o que mais entristece é o apagamento da presença de Rao, já que, tanto no mangá quanto nas adaptações para animê, ele é a figura que dá mais dimensionalidade para a história.

Felizmente, a jogabilidade consegue superar os problemas e ser bem competente, permitindo uma experiência agradável de exploração e batalhas, com o sentimento de empolgação que o jogo não consegue repassar apenas com o roteiro.

Colocando tudo em consideração, provavelmente a melhor forma de acompanhar uma adaptação de Sand Land ainda seja através da série animada. Claro, ela não irá proporcionar uma imersão tão grande quanto o jogo dentro desse fantástico mundo criado por Akira Toriyama, mas honra muito melhor a criatividade e memória de um dos últimos trabalhos desse grande autor.


Sand Land já está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e PC. O JBox recebeu gratuitamente uma cópia para PC pela assessoria de imprensa da Bandai Namco para a produção desta resenha.


O texto presente é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site JBox.