Haikyu!! The Dumpster Battle estreou nos cinemas brasileiros, e é a primeira etapa do projeto FINAL, que deve adaptar todo o fim da obra do animê de vôlei em apenas 2 filmes (pelo menos até segunda ordem). Optar por não adaptar em uma temporada de 25 ou 26 episódios foi a decisão mais confusa dos últimos anos, dada a popularidade da série, e até hoje gera milhões de dúvidas.
Como um grande fã de Haikyu!!, é muito difícil colocar em palavras tudo que sinto em relação a este filme. Este é, pra muitos, o melhor jogo da obra, pela quantidade de sentimentos e laços desenvolvidos com estes personagens durante as 4 temporadas anteriores. Por isso achei melhor dar voz aos meus dois lados: o lado emocionado de “fã babão” e o lado chato do que acha que não foi “bom o bastante”. Espero que vocês possam compreender os dois lados de maneira equivalente (ou, pelo menos, tentar).
Primeiro vamos falar de coisa boa. Aqui temos um filme excelente, tanto da parte técnica, quanto na questão de ser convidativo para quem nunca viu a série anteriormente. Mesmo que a trama se foque principalmente na rivalidade de Shoyou Hinata e Kozume Kenma, cada personagem tem um momentinho para chamar de seu ou para trabalhar uma rivalidade antiga e já estabelecida.
Para quem chega agora, precisa saber que Karasuno e Nekoma são rivais assim como Rio e Osasco na Superliga de vôlei e vão, finalmente, se enfrentar em um campeonato valendo tudo pela primeira vez em sua história — que começa muitos anos atrás com os treinadores do time.
Não seria exagero dizer que os espectadores podem acabar se “viciando em vôlei” e saiam da sessão querendo assistir os episódios da série ou pior: querendo aprender a jogar. A cena do último ponto é simplesmente absurda no quesito de transposição de uma mídia para outra e te deixa na ponta da cadeira. Vai emocionar!
A mixagem de som está realmente excelente, já que o filme te dá a sensação de estar dentro de uma quadra cheia de gente com os mais diversos estímulos sonoros. Também deu para conferir uma grande evolução na dublagem brasileira em relação aos episódios da temporada 1 e 2 (disponíveis nas plataformas da Crunchyroll e Netflix), algo natural, já que é comum os atores de voz encontrarem suas formas de interpretar a medida que as séries avançam.
Divulgação: P-IG/T.
Já para a animação, a direção volta às mãos de Susumu Mitsunaka, que trabalhou nas primeiras temporadas e consegue polir o atual estilo de arte dando todo o drama necessário e peso para as jogadas. E para isto foi um desafio e tanto da parte de adaptação, já que a equipe do filme penou para conseguir condensar nada mais e nada menos que 33 capítulos do mangá em (somente) 85 minutos de longa-metragem, o equivalente a 4 episódios do animê.
Se levarmos em consideração que o jogo anterior contra a Inarizaki possui 43 capítulos adaptados em cerca de 10 episódios (tão grande quanto o jogo da Shiratorizawa na temporada 3), este filme teve que fazer quase um milagre, já que conseguiu manter uma trama coesa e com um fluxo constante para não deixar (com o perdão da piada) a bola cair em nenhum momento.
Mas é aí que eu começo a dar espaço para meu lado “fã chato”, que queria ver cada momentinho dos seus personagens favoritos na tela grande já que é sobre isso que a história de Haikyu!! sempre nos mostrou: garotos do ensino médio que se desenvolvem a partir do clube de vôlei.
De certo modo, a base e os sentimentos estão lá, mas tudo isso resumido ou, até mesmo, removido porque a adaptação precisa fazer escolhas que caibam no tempo de um filme. Entre as “vítimas”, estão os treinadores das equipes Karasuno e Nekoma, que iniciaram a tradição da “Batalha do Lixão”, mas seu passado foi resumido a um aperto de mão (que pode passar desapercebido por muitos). Asahi, o ace da Karasuno ficou totalmente ofuscado e teve seu início de desenvolvimento de “canhão” totalmente removido. E até mesmo Nishinoya perdeu seus momentos “maneiros” como é comum vermos.
Divulgação: P-IG/T.
Fora outros personagens da própria Nekoma, que perdem espaço de brilhar e mostrar mais camadas. Quem mais aparece aqui é o Kuroo, por ter uma infância ligada ao protagonista do filme (totalmente resumida também) e ter seu embate particular com Tsukishima, outro que tem um destaque a mais para alegria de nós, “viciados em vôlei”.
Dito tudo isso, ainda foi ótimo ver como o quebra-cabeça para a adaptação foi pensado e, como dito anteriormente, é um filme que consegue transmitir as maiores qualidades do desenho: emoção, personagens carismáticos e uma história deliciosa.
Muita coisa foi cortada e ainda será no próximo filme que ainda virá, que vai ter um trabalho ainda mais difícil por ter que adaptar ainda mais material. O que faz com que nós, consumidores da obra, fiquemos arrancando os cabelos de ansiedade.
Por isso, fica minha recomendação para você que está lendo, de ir para o mangá e ver mais destes personagens tão queridos ou então acompanhar o meu conteúdo no canal PED Games, o maior canal que fala de Haikyu!! no Brasil.
Haikyu!! The Dumpster Battle estreou nos cinemas brasileiros em 30 de maio, em cópias dubladas e legendadas.
O Rio Grande do Sul segue em situação de calamidade pública, passando por uma das piores tragédias da história do estado, após fortes chuvas e enchentes que permanecem em algumas regiões. O governo estadual reativou o PIX do “SOS Rio Grande do Sul”, criado ano passado, quando o estado foi também assolado por fortes chuvas, para receber doações que serão direcionadas para dar apoio humanitário às vítimas. Para ajudar, doe pela chave CNPJ 92.958.800/0001-38.
O governador do estado, Eduardo Leite, recentemente informou que o dinheiro doado será utilizado com foco na reconstrução da vida das pessoas afetadas pelas chuvas e enchentes, e não em assistência premente. Caso prefira doar para uma instituição da linha de frente nos resgaste e auxílios imediatos, a Vakinha está realizando o Movimento SOS Enchentes. Outros movimentos confiáveis também estão recebendo doações, como o Cozinhas Solidárias, do MTST, que está oferecendo comida para desabrigados e necessitados. Os Correios estão recebendo doações de insumos (roupas, itens básicos, alimentos etc) para envio sem custo às vítimas. Se preferir, doe para outra instituição de sua confiança.
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O texto presente nesta resenha é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site JBox.
Sempre acho legal quando gente "de fora" é convidada para fazer resenhas aqui
Canetou, PED!
Valeu equipe do JBox pela oportunidade!!
É nóis, mano!
acho que as minhas únicas críticas ao filme são o ritmo dele, no início o filme da um saltos muito grande resumindo coisas, cortando coisas, eu não li o mangá pq tinha feito essa escolha de só acompanhar Haikyuu por anime, mas ainda sim, senti que teve várias cenas removidas e momentos mais rápidos do que deviam ser, achei também desnecessário o tanto de flashback que teve, po mano teve flashback do flashback no meio da partida, o pessoal da minha sessão até fez piada se perguntando se isso era Haikyuu ou Naruto, mas pra mim, esse tratamento que Haikyuu ta tendo é estranho, é uma obra grande no Japão, esse filme mesmo já demonstra isso arrecadando muito dinheiro na bilheteria e com isso eu me pergunto, pq a Production I.G escolheu adaptar mais de 100 capítulos em 2 filmes, poderia muito bem ser no formato padrão de um anime, e eu como fã se fosse preciso esperaria até 4 anos pra ter uma temporada e mais 4 pra próxima, seria bom se ao menos a Production I.G fizesse igual a Ufotable fez com Kimetsu e lançasse os filmes em formato de anime com as cenas que foram cortadas do mangá, mas tenho certeza que ela não vai fazer isso, já que é o mesmo estúdio que pegou Prince of Tennis q também é uma grande obra no Japão e ta fazendo a pior adaptação que um anime já teve, transformando 200 capítulos em 20 episódios, é foda ver algo que você gosta ter o seu potencial desperdiçado e ser tratado desse jeito
Vai ser mpossível animar tudo que falta num único filme.