Pouco mais de um ano após encerrar o serviço de mangás da Crunchyroll, a Sony anunciou ontem (06) durante a CES 2025 que um novo serviço está a caminho, e deve chegar ainda este ano.
O serviço de mangá será um complemento premium, e reutilizará o nome Crunchyroll Manga (o aplicativo de celular anterior também se chamava assim). Inicialmente, será apenas um app para Android e iOS, mas posteriormente terá suporte para navegadores (o trajeto oposto do serviço anterior). Não está claro se haverá preço extra; a versão antiga era também exclusiva para assinaturas pagas (só havia uma modalidade de assinatura).
Há planos de lançar o app em outros idiomas além de inglês, mas é preciso ter cautela, pois a Crunchyroll também chegou a prometer anteriormente que o Crunchyroll Manga teria suporte a outros idiomas e isso nunca ocorreu.
“Parceria” Sony-Kadokawa
No final de 2024, foi confirmado que a Sony adquiriria 10% das ações da Kadokawa, um dos maiores conglomerados japoneses no ramo de entretenimento, atuando nos setores de mangás, livros, animês e jogos. No comunicado oficial, o COO da Sony, Hiroki Totoki, disse que a “aliança de negócios” tinha como objetivo trabalhar na estratégia global de “media mix” da Kadokawa, o que incluiria também livros.
Agora, parece que a Crunchyroll faz parte dessa estratégia não apenas como distribuidora de animês, mas de mangás e possivelmente de novels. Vale pontuar que, nos EUA, a Kadokawa é uma das donas da editora Yen Press, mas a Crunchyroll permitiria um alcance mais global, similar ao da Manga Plus para a Shueisha.
Desativar o Crunchyroll Manga foi um erro?
A recente reportagem da Bloomberg detalhando tensões internas e externas da Crunchyroll cita, entre outras coisas, que parte dos funcionários ou prestadores de serviço sente que a nova gerência não entende bem o público. A Bloomberg parece se referir ao antigo serviço no trecho “Espectadores podiam maratonar mangás entre temporadas em vez de pausar a assinatura mensal ou comprar colecionáveis de seus personagens favoritos”.
Apesar do streaming divulgar pouco o serviço de mangás, havia alguns títulos grandes, como Attack on Titan, além de muitas opções de séries de nicho. Claro, pela ausência de tradução para outros idiomas, a Crunchyroll Mangas também nunca conseguiu se destacar muito, ao menos fora dos EUA. Contudo, a reportagem parece indicar que este modelo de negócios era mais acertado do que as escolhas feitas após a compra pela Sony.
Portanto, é um pouco difícil saber se o retorno do serviço é em função de conversas com a Kadokawa, um reposicionamento que a Crunchyroll já vinha planejando ou as duas coisas juntas.
Fonte: Crunchyroll
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