Entra em cartaz hoje (16), em algumas salas de cinema pelo país, o filme Sol de Inverno (Boku no Ohisama), de Hiroshi Okuyama. A iniciativa marca também a estreia da distribuidora Michiko Filmes, que tem o filme japonês como seu primeiro título no portfólio.
O longa competiu no último festival de Cannes, sendo indicado à Queer Palm, e correndo também pela Un Certain Regard, uma mostra paralela que premia e dá visibilidade a cineastas pouco conhecidos.
A história é ambientada numa nevada cidade rural, girando em torno de dois jovens aspirantes a patinadores do gelo. Takuya (Keitatsu Koshiyama) é um garoto gago, que de início vive a frustração de ser ruim no hóquei. Já Sakura (Kiara Nakanishi) é uma garota que está aprendendo a patinação artística com Arakawa (Sousuke Ikematsu), um homem gay que deixou de lado o seu desejo de virar um atleta.
Para essa primeira semana, o filme chegará a 5 cidades (lista abaixo). Entretanto, os responsáveis pela Michiko Filmes comentam em suas redes que estão negociando com mais salas de cinema pelo país para a próxima semana. Como é uma distribuidora iniciante, tudo é feito de forma “artesanal”, desbravando esse mercado aos poucos.
As primeiras sessões serão as seguintes:
CURITIBA
- Cine Passeio, sessão de 16 a 22 de janeiro, às 15h40
RECIFE
- Cinema da Fundação Porto,
qui 17h10 e 19h
sex 15h30 e 17h40
sáb 17h40 e 19h30
dom 14h30 e 18h30
ter 15h e 19h
qua 17h10
RIBEIRÃO PRETO
- Casa Belas Artes, sessão de 16 a 22 de janeiro, às 15h
RIO DE JANEIRO
- Estação NET Rio, sessão de 16 a 22 de janeiro, às 17h05
- Estação NET Botafogo, sessão de 16 a 22 de janeiro, às 19h15
SÃO PAULO
- Cinemark Shopping Santa Cruz, sessão de 16 a 22 de janeiro, às 15h
Sol de Inverno foi exibido ano passado durante a 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, já sob a distribuição da Michiko Filmes, mas com o nome em inglês “My Sunshine”.
A distribuidora foi criada por dois amigos cinéfilos, Michel Simões e Chico Fireman, que se conheceram na mostra há mais de 20 anos e resolveram eles próprios distribuírem os filmes que gostam e que tem poucas chances de chegar por aqui — saiba mais sobre a história deles em matéria publicada por O Globo em outubro do ano passado, ou pela live que ambos fizeram pelo Instagram no link abaixo, onde os detalhes dos bastidores de aquisição do longa são descritos.
Várias situações curiosas do ponto de vista experimental rondam a produção de Sol de Inverno. Começando pelo básico, o título do filme em japonês, que é o mesmo de uma música do duo japonês Humbert Humbert. O diretor Hiroshi Okuyama, que roteirizou o longa com base em sua própria experiência com a patinação por 7 anos na juventude, ouviu a canção (lançada em 2014) e decidiu dar o título dela para a produção.
Os jovens atores principais são ambos novatos, já tinham prática na patinação e foram selecionados durante uma audição. Esse é o primeiro papel como atriz de Kiara Nakanishi, que vive Sakura.
Quanto às falas, conta-se que a maioria delas foi de improviso. Okuyama quis trazer o máximo de naturalidade para as cenas, passando ali mesmo no set alguns pontos do roteiro, deixando que os atores se virassem para completar as falas.
Fonte: Michiko Filmes (Instagram)
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