Recentemente, a China passou uma diretriz proibindo homens com “estética afeminada” na TV. Essa determinação foi aparentemente estendida para a indústria de jogos, e já foram comunicadas algumas grandes empresas, como a Tencent e a NetEase.

Segundo comunicado pela agência estatal de notícias Xinhua, foi pedida a remoção de conteúdos “obscenos e violentos”, e também das chamadas tendências prejudiciais à saúde, como a “adoração ao dinheiro” (provavelmente mirando gachas) e “afeminação”.

Ainda sobre a afeminação, pediram para as empresas adicionarem mais qualidades “masculinas” nos personagens homens. Na fonte consultada, não há uma definição do que seria considerado afeminado, nem violento ou obsceno.

O jogo Saint Seiya Awakening, produzido pela Tencent em parceria com a Kurumada Pro, poderia ser afetado em várias frentes. Afinal, um dos protagonistas, o Shun, é conhecido por ser um rapaz mais “afeminado”, e há outros personagens assim, como Afrodite e Misty.

Além disso, a série é também conhecida pela violência e esse game, bem, possui mecânicas de gacha. Não por menos, é um dos mais rentáveis no mercado brasileiro de jogos para celulares, inclusive tendo um destaque que os jogos mobile da Bandai nunca conseguiram por aqui.

A diretriz vale, obviamente, apenas para o território chinês – particularmente, o vício em jogos é aparentemente uma preocupação do governo, que vem, inclusive, limitando o tempo que crianças e adolescentes podem gastar em games online. Ainda não há um pronunciamento sobre se ou como os títulos da empresa serão impactados.

Outros jogos também podem acabar afetados – a Tencent é dona da Riot e, por consequência, de League of Legends, Valorant e Legends of Runeterra. Também possui 40% da Epic Games e ações de diversas outras empresas do meio de jogos.

Uma de suas subsidiárias, o estúdio TiMi, é responsável por Pokémon UNITE, o primeiro (e por enquanto único) MOBA da franquia.

O governo chinês também vem batendo de frente com empresas bilionárias, especialmente as do ramo da tecnologia, em nome de um país mais igualitário, segundo alegado pelo governo.

Novas medidas tomadas pela gestão de Xi Jinping buscam frear as chamadas “gigantes da internet”, como Tencent e Alibaba, trazendo diretrizes de como lidar com as informações recolhidas de usuários (similares às políticas de uso de dados da União Europeia) e impedir (ou quebrar) monopólios, segundo as informações divulgadas pelo governo.


Fonte: Globo


Os Cavaleiros do Zodíaco

Saint Seiya

Imagem: Os 5 Cavaleiros de Bronze no mangá.

Os Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) estrearam nas páginas da revista japonesa semanal Shonen Jump em dezembro de 1985. Com autoria de Masami Kurumada (Bt’X, Ring ni Kakeru), a trama rendeu uma versão animada em 1986 pela Toei Animation (Dragon Ball, Sailor Moon), patrocinada diretamente pela Bandai, marcando época com os bonecos derivados que vestiam armaduras de metal.

A história narra a saga de um grupo de jovens que protegem a Terra guiados por Saori Kido, a reencarnação da deusa Atena. Treinados desde crianças, órfãos de todos os cantos são recrutados para vestirem armaduras mitológicas, baseadas nas constelações.

Exibido no Brasil a partir de setembro de 1994 na extinta Rede Manchete, foi um fenômeno comercial que abriu porta para as animações japonesas no país. A série clássica foi reprisada anos depois pelo Cartoon NetworkBandPlay TV, e teve passagem recente em alta definição pela Rede Brasil de Televisão.

A Crunchyroll e a Netflix também disponibilizam a série por streaming, com dublagem. A obra ainda foi lançada por completo em DVD pela PlayArte, que posteriormente lançou uma versão em Blu-ray.

O mangá original foi publicado por aqui pela primeira vez no fim de 2000, pela Conrad Editora. Ganhou nova edição pela mesma empresa e depois pela Editora JBC, que publica atualmente uma edição de luxo, Cavaleiros do Zodíaco: Kanzenban.

Há 3 histórias extras (Episode ZeroOrigin e Destiny) publicadas pelo Kurumada entre 2017 e 2019 na revista Champion RED, detalhando eventos até então não aprofundados, como a fuga do Aiolos e a história de Saga e Kanon. Elas não estão, por enquanto,  compiladas em encadernados.

Saint Seiya gerou vários derivados entre animações e quadrinhos, sendo continuações ou spin-offs. Entre os mangás e novels, os títulos Gigantomaquia, Episódio G (todos da Conrad), Next Dimension , Lost Canvas e Saintia Shô (todos da JBC) foram publicados no Brasil. A NewPOP vai relançar Episódio G.

Há ainda alguns inéditos no país, como as continuações da saga G: Episode G Assassin e Episode G Requiem; a novel Golden Age e o mangá isekai Dark Wing. Um quadrinho francês oficial chega em 2022.

Entre os animês, Os Cavaleiros do Zodíaco: Hades (2002-2008), Saint Seiya: The Lost Canvas (2009), Os Cavaleiros do Zodíaco: Ômega (2012), Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro (2015) e Saintia Shô (2018, apenas legendado) também foram exibidos oficialmente por aqui. De todos, apenas Saintia Shô não saiu em formato home-vídeo no país.

Em janeiro de 2020, foi lançado o final da primeira temporada do remake produzido pela Netflix junto ao estúdio Toei Animation, intitulado de Saint Seiya: Os Cavaleiros do Zodíaco, mas popularmente conhecida pelo nome em inglês: Knights of the Zodiac.

Você pode conferir um pouco mais da história da série no Brasil no nosso TriviaBox.​