O mangá Shinshoku Kiss da autora Kazuko Higashiyama, foi originalmente lançado na revista Spica da editora Gentosha em 2004. Possui ao todo 10 capítulos divididos em 2 volumes. Foi também publicado nos Estados Unidos pela TokyoPop, na Rússia pela Comix-ART e agora no Brasil pela NewPOP. A autora é a mesma de Tactics, produzido em conjunto com Sakura Kinoshita (cujo mangá Alice será lançado em breve também pela NewPOP).
O título significa “beijo usurpador” e trata-se de um josei bem leve (não é shoujo, viu NP?), com muito sobrenatural, fantasia e uma pitadinha de romance e comédia non-sense. A história gira em torno da sonhadora Kotoko, uma garota esforçada, que deseja com todo o seu coração fazer bonecas tão lindas quanto as de seu ídolo Fool. Por causa disso a garota esforça-se diariamente tirando fotos de pessoas bonitas – não só de rosto, mas de corpo também – além de participar de todos os concursos que pode.
Durante uma de suas “caçadas” em busca de modelos, acaba encontrando um rapaz sentado num banco de praça carregando um buquê. Kotoko fica impressionada com as mãos, o rosto delicado e indiferente e decide tirar algumas fotografias. Ao chegar perto do rapaz algo a repele dele. Ainda assustada e confusa com o que acabou de acontecer se vê sendo raptada pelo belo homem!!
Kotoko é levada (à força) para uma casa, onde é mantida prisioneira (com muito esforço por parte do sequestrador). Outro jovem entra em cena, o “moço de óculos”, a princípio seu salvador, mas logo ela descobre que ele é igualmente maníaco! Ele lhe oferece (ou seria convoca?) um emprego, o que ela nega sem pestanejar. Isso não agrada os raptores que, enquanto a gorota foge desesperada, adverte que, se ela não aceitar trabalhar para eles, morrerá!
Kotoko não leva nem um pouco a sério, e mais tarde estranhas ligações e ameaças são feitas. Surpreendentemente todas começam a acontecer, o que faz a garota perceber que o negócio é sério. Decidida a resolver as coisas, Kotoko vai até a casa de seus ex-sequestradores. A garota acaba sem alternativas, é morrer ou trabalhar, e desesperada ela aceita a proposta. E assim o jovem de óculos se revela ser “Fool” seu ídolo! O acordo acaba sendo selado com um beijo.
A partir de agora Kotoko trabalha para Fool, aprendendo e aperfeiçoando suas habilidades de fazer bonecas… Mas esse é só o começo, algo nela parece ter mudado, ao invés de fotos, agora basta um beijo para capturar as qualidades de seu modelo, um beijo usurpador (Shinshoku Kiss)! Kotoko começa a se perguntar por que ele precisa dela. E mais mistério entra em cena quando ela ouve falar de uma boneca chamada “Star” cujo olhar destrói as pessoas.
O trabalho da NewPOP ficou bom, embora eu tenha encontrado algumas onomatopeias ignoradas. Também não gosto da fonte deles, em todo caso é fato que há uma simplificação delas, muitas diferenciações são feitas apenas com negrito e itálico, o que desaprovo… A encardenação ficou com páginas cinzas (papel brite) – podia ser off-set que nem os volumes únicos – e capa cartonada.
Esse mangá é uma mistura entre romance e drama com um leve non-sense sobrenatural.
Título: Shinshoku Kiss
Editora: NewPOP
Autora: Kazuko Higashiyama
Formato: 12,7 x 18,9 cm, 200 páginas aproximadamente.
Preço: R$ 10,00
Definições de gêneros não são uma regra exata, pode haver variações de interpretações… no caso, acredito que Shinshoku seja bem mais um shoujo do que um josei… e “josei leve” hehehe…
Amar, ser Amado (Aishi Aisare) sim, é um josei.
E sobre usar offset (papel branco) em tudo, isso é uma analise que ainda esta sendo feita, pois na hora de comprar, uma das coisas que pesam para a maioria (a partir do momento que ela tem interesse no mangá) é o preço.
Estou cansado de ver leitores comparando o valor de Grimms com séries regulares diversas, ou seja, as vezes o mercado não aceita bem um aumento de valor, mesmo com uma qualidade maior.
XXXXXXXXXX
A questão das fontes poderia escrever um livro, risos… mas tudo bem ^^
Acho que é uma discussão que não consegueria expor meus pensamentos, só falando mesmo… ficaria confuso.
Faltou comentar das traduções que não fazem sentido (na parte de confecções de bonecas, acredito que a pessoa que traduziu não saiba nada sobre a confecção de bonecas) em que frases e mais frases desconexas ficam soltas no meio do texto em um estilo bem dadaísta…
Aliás, tem alguns erros de gênero, não me lembro bem mas tinha uns rapazes falando no feminino.
Quando li esse mangá achei que faltou muita atenção por parte da edição da Newpop (pelo menos o volume 1, aqui não chegou o 2), Shinshoku Kiss e Vampire Kisses me fizeram ficar com desconfiança da Newpop por um novo “Savana Way of life” com erros bobos e traduções que não fazem sentido.
acho que vou comprar, me interessei pela historia.
pelo menos, pelo que vi na resenha, os defeitos apontados
não comprometem a leitura. toleraveis . estante garantida.
:smile: :smile: :smile: :smile: :smile: :smile:
Não é achismo, é só olhar a revista que foi lançado. A Spica é Josei “médio~leve”, não é comprado por garotas, mas por “jovens mulheres”. Tanto que Shinshoku Kiss não possui romance shoujo, várias cenas também não são “morais” para uma criança. Tão tem nada de shoujo em Shinshoku Kiss e isso é fato. o.o
vamos nos do jbox criar uma nova definiçao de genero , o genero jbox1° ( sera para esse manga,pois sera um meio termo entre um josei medio/leve e um shoujo )
A revista que é publicado as vezes não condiz com o genero, isso abre um leque muito grande para discutir alguns mangás do CLAMP, por exemplo.
E outra, você afirmar que a Spica não é comprada por garotas é a mesma coisa que você dizer que a Shonen Jump não é comprada por determinado tipo de leitor, meninas por exemplo, hehehe.
E no caso da Gentosha, não há tantas variações de publicações periodicas, até por isso, fica aina mais complicado defininir o genero pela revista em que ela é publicada.
De fato, demografia não se estipula pelo estilo, mas pela revista em que ela é lançada.
É bom que uma editora de mangás tenha essa noção, até mesmo pra saber pra qual tipo de público eles provavelmente vão vender.
Não importa se o mangá tenha “cara de shonen” ou “cara de shoujo”, se saiu em uma revista josei, É JOSEI!
Alguém pode me dizer se editora new pop colocar o preço um pouco mais caro, pelo fato das folhas serem mais de qualidade do que a panini que é bom ou é aquele jeito de folhas feitas jornal reciclado da jbc.
Pela livre mistura de generos nos mangás!!!!!!
Tem que lembrar que quando falamos de demografia e que ciclano compra estamos nos referindo ao Japão, não ao Brasil. No Japão garota comprar Jump é no mínimo caso raro. E homem comprar shoujo então…
Além disso “Josei”, “Shoujo”, “Shounen”, “Seinen” e “Seiji” não é gênero, é faixa etária. Se existe uma obra numa revista Josei, ela será Josei. Independe o fato da obra distoar do resto ou se ela poderia ser lançada num shoujo. Se uma obra numa revista sai do padrão e faixa etária de uma revista o problema é entre o autor e os editores.
Se uma revista se diz Josei, não tem sentido discutir se deveria ser Shoujo. É que nem um autor de quadrinhos dizer que a obra dele é para adultos maiores de 18 e nós discutirmos que deveria ser para criança. Se deveria ou não não muda o fato que a faixa etária OFICIAL é 18.
E como uma garota poderia comprar um volume de uma revista com coisas de maior nela? Que mãe japonesa ia permitir isso sendo eles tão puritanistas? Tem que lembrar que na Spica saiu “Gravitation EX” (Shounen-ai), “Meisai Harem” (com harem!) e “M” (que é “smut”, ou seja, cenas de sexo e relações amorosas). É até proibido vender algo assim para uma garota de 10 a 18 anos. Depois disso é tudo Josei. Até o “Steamy Shoujo” não é Shoujo, é Josei, mas ainda lembra muito os temas de shoujo, tirando os estupros, sexos, mortes e traições.
Diga-se de passagem, a Gentosha não tem nenhum shoujo, ela não trabalha com isso. Ela trabalha com Josei leve (ou seja histórias mais leves) que é a Spica (que faliu e virou online). Ai vem outro Josei leve mas focado em “Yaoi” a Rutile Sweet, ai tem os Josei Yaoi: Shousetsu Lynx, LYNX E RuTiLe (deve ter diferença, mas não é a minha área…). Ai ela tem a GENZO que é Seiji, Comic Magna que é Shounen e a Comic Birz que é Seinen.
eu não concordo…
o gênero é sim definido pela revista
obvio que não se trata de “só é shonen se é lido apenas por garotos, só é shoujo se só é lido por garotas”
mas a revista em que um trabalho é publicado divide os consumidores e separa-os em públicos algo, e aí que entra a classificação.
no caso de uma revista ter um mangá com caracteristicas shoujo não importa, pois se é publicado em revista jousei, acaba impedindo que todas as possiveis leitoras shoujo tenham acesso a obra. ou seja, o label dele continua sendo josei, e não shoujo, pois é bem se trata de um público-alvo diferente.
…
e realmente nao entendi o comentario da clamp, sabe xD
pra mim o genero das historias delas é bem claro..
tsubasa é shonen,
kobato é shoujo,
card captor sakura é shoujo…
o resto tmb vai na mesma lógica
não vejo muita confusão xD
ahuaha
bem, é isso!
abraços!
[corrijam aí qualquer erro meu! obrigado!]
Kobato é seinen (Fail)
Ótima explicação Allena, mas ainda assim, discordo um pouco dessas coisas, há casos em que não adianta seguir uma regra, há variações.
Claro que, em momento algum, vou dizer que há um shoujo numa revista que publica hentai, e que qualquer leitor poderia comprar a mesma, pelo amor! hehehe
E assim, estou me baseando no mercado brasileiro OK? Eu trabalho no Brasil, vendo para o Brasil, aqui, os generos ficaram muito mais ligados a determinado estilo, do que a faixa etaria.
E as vezes, no geral, o pessoal tem que se lembrar que as editoras precisam pensar no mercado daqui, e não do Japão, isso vale inclusive, para qualquer critica.
Mas como disse, concordo com o que você disse, no Japão.
Kobato eh puro seinen \o\ -n
e sobre comprar mangá shoujo no Japão, temos o Asuka-senpai de otomen 8D (BIG fail)
Não é bem assim, principalmente nos dias de hoje.
Veja Vinland Saga. Aquilo ali é shonen puro, apesar de ser publicado na Afternoon. Mas a história começou na Shonen Magazine semanal e como o autor não aguentou publicar semanalmente, o levaram para a Afternoon.
Outro exemplo é xxxHolic, que NUNCA foi seinen, apesar de ter começado a publicação na Young Magazine, e agora ela está na Shonen Magazine mensal.
Essa história de que a revista decide o gênero da obra não é mais tão válida assim, e há vários outros exemplos por aí.
O primeiro Kobato eu não sei, mas esse segundo, que sai na NewType, tá mais para o infantil do que para o seinen. Mas como virou moda taxar títulos infantis de seinen (Yotsuba&!, por exemplo), acho que o argumento é válido.
100%Meio off-topic, mas…que é seiji?Ótima resenha ^^
Espero ler um ótimo mangá agora ^^v
JR:
Mas deturpar um “gênero” japonês (que é escrito em japonês) para se adequar ao Brasil é meio sem noção, né não? Se acha que o usar o gênero não vai trazer nenhuma coisa boa, devia ignorá-lo, não alterá-lo a bel prazer.
R. Moss:
Existe sim exceções aqui e ali, Vinland Saga sempre foi um Shounen um pouco diferente, mais adulto, indo para a Afternoon o autor até ganhou mais liberdade e tal…
xxxHolic também é seinen, sim senhor, é um tipo de Seinen que aqui no Brasil é difícil de entender. Existe no Japão uma gama enorme de Seinens que lembram muito shoujo e que no Brasil não agradam homens de jeito nenhum. Não sei se conhece, mas “Emma” e “Chi’s Sweet Home” são Seinen. E a prova que eles não são para criança é que são todos escritos em kanjis, geralmente sem furigana.
O Lully:
Putz, escrevi errado, é seijiNNNNNN.
Seijin significa “adulto”. A gente usa ele para falar de algumas obras ou revistas que são voltadas para ambos os públicos masculino e feminino. Uma revista seijin pode lançar de tudo um pouco. Raramente se usa isso numa obra, mas existe muitas revistas seijin.
O que me lembra, pulei Kodomo!
Não é deturpar, acho que no Brasil, as coisas ficaram na verdade um pouco mais simplificadas, hehe.
ahuahuah
ops…é epic fail pra mim xDDD
mas eu nunca li kobato…
so via as imagens coloridinhas, ai pensei que era shoujo…
admito meu erro!
desculpa aew! xDD
Lembrando que shoujo, josei, shonen e seinen não são gêneros, são demográficos. Se fossemos comparar com o Brasil eu poderia dizer que a Todateen é uma revista shoujo, que a Nova é uma revista josei, que a Veja é uma revista seinen e a Super Interessante é uma revista shonen. Entretanto apesar dessas revistas serem direcionadas a públicos específicos de idades específicas qual foi a garota que nunca pegou a Nova da tia, o garoto que nunca fuçou a Todateen da irmã e a criança que nunca leu a Veja dos pais? Apesar de uma revista ter um determinado perfil é óbvio que pessoas diferentes do perfil do leitor médio vão acabar comprando e sempre tem alguma coisinha direcionada àquelas pessoas que não são o leitor padrão. Por exemplo, a Jump que é uma revisa shonen tem Reborn! que queiram admitir ou não é direcionado para garotas apesar de ser um shonen em todos os sentidos.
E o R. Moss deveria parar de repetir tudo o que o Lancaster do Maximum Cosmo escreve pq o Lancaster as vezes não sabe diferenciar o achismo dele com fatos reais. Não é pq ele leu 2 ou 3 capítulos de xxxHOLiC que ele pode se achar no direito de dizer que HOLiC é shonen. Um mangá que fala de temas como canibalismo e abuso infantil jamais seria classificado como material shounen seja aqui ou no Japão. Sem contar que toda a estrutura seja gráfica, editorial ou narrativa de um mangá seinen é completamente diferente da de um material shonen, até o tipo de retículas que vai em um mangá varia de acordo com a revista, em revistas shonen não se pode usar retículas muito delicadas pq a impressão é grosseira (e consequentemente mais barata o que influi no preço final da revista já que uma revista shonen visa atingir um público maior) e retículas com traços muito fino podem acabar borrando ou as vezes nem saindo.
*Assina embaixo do Kuroi* Sempre uma delícia ler o que essa criatura escreve xD
Não consigo ver Kobato como um seinen. Por que a série é classificada assim?
kobato é seinen, podemos dizer q um seinen moe, oq define a obra é a revista, mas tem umas obras que poderiam ser outro genero. Kobato acho que podia ser shoujo mas tbm pode ser seinen, a newtype japonesa so publicou seinens até hoje. E kobato migrou da GENEN X que é uma revista seinen da shokakugan(n sei se escreve shokakugan assim)
e eu não sei se ta cer mas Aishi Aisare não seria shoujo?
É josei.
Maruko, li 4 capítulos de Kobato, então não sei o tema o bastante para explicar ou justificar algo. Mas talvez você devesse analisar os tipos de situação que a garota passa e dar uma olhada se elas são assuntos para crianças de 9~18 anos.
aishe aisare não saiu em revista nenhuma, mas o baka updates diz que é shoujo, e ese site nunca ta errado.
14 de maio de 2010, 18:47
aishe aisare não saiu em revista nenhuma, mas o baka updates diz que é shoujo, e ese site nunca ta errado.
anham! e a wikipedia tbm nunca mente!
bem o lance de kobato ser seinem(eu ainda achava que aquilo era josei), é pelo fato de se falar em divorcio, laranjas(no sentido de extorsao), trabalho e sua valorizaçao, padroes de comportamento humano.
kobato tenta traçar o perfil da vida recem adulta que precisa ser aliviada por kobato.
Que bonitinha a guriazinha da capa…
Maass como assim?! Cada um diz uma coisa! u_ú ‘
Concordo com o Kuroi.
Allena, você disse isso:
“No Japão garota comprar Jump é no mínimo caso raro. E homem comprar shoujo então…”
Mas eu já li que a Jump (Shonen Jump) ficou em primeiro lugar em uma pesquisa que a Oricon fez com leitoras de mangá perguntando qual a sua revista favorita. (Em 2007)
http://www.animepro.com.br/noticias.php?IdNoticia=30&Data=042007
É como o Kuroi disse: “Por exemplo, a Jump que é uma revisa shonen tem Reborn! que queiram admitir ou não é direcionado para garotas apesar de ser um shonen em todos os sentidos.”
Beijoos a todos! ;* o/