Em entrevista sobre sua carreira, Ryosuke Kabashima, um dos editores mais importantes da história da Shonen Jump, comentou sobre a importância de Ring ni Kakero no início de sua carreira.
Ryosuke Kabashima | Divulgação
Durante a entrevista, ele cita que, na época, o mangá de Masami Kurumada, mesmo autor de Os Cavaleiros do Zodíaco, era disparado o mais popular da Shonen Jump e, como novato, ele se desafiou a entender o motivo do sucesso da obra. Ele notou alguns padrões como o uso de páginas duplas impactantes durante os finais dos capítulos, mas ao mesmo tempo percebeu que autores que copiavam isso não alcançavam o mesmo primor.
Com o tempo, ele viu que Kurumuda conseguiu criar em Ring ni Kakero um firmamento muito forte na realidade, conseguindo passar muito bem o desenvolvimento dos personagens. O editor cita que uma coisa que quem tentava copiar o sucesso não conseguiu foi notar que apenas 1/3 dos capítulos eram dedicados às lutas. A maior parte do tempo era dedicada ao desenvolvimento de personagens, algo que, segundo Kabashima, era feito com destreza pelo mangaká.
Observando o trabalho de Kurumada, Kabashima alinhou como iria seguir na sua linha editorial e, no fim das contas, parece que deu bastante certo, considerando principalmente que ele foi o primeiro editor de JoJo’s Bizarre Adventure, um dos maiores sucessos da Shonen Jump até hoje.
Fonte: Manba
Espero que um dia venha Ring ni Kakero sendo publicado pela Jbc ou Panini.
Algumas pessoas teimam em dizer que CdZ não fez sucesso no Japão, mas erram feio. Fez muito sucesso, chegou a ser top 3 de vendas mensal numa época que Dragon Ball liderava. Tanto Saint Seiya quanto Ring ni Kakeru são referências para vários mangaká famosos e são obras conhecidas pelo público geral. Obviamente o peso de CdZ é muito maior no ocidente, o que não quer dizer que não tenha feito (e ainda faça) sucesso no Japão, vendeu muito mais que obras elogiadas atualmente e ainda é top 5 em lucratividade para a Toei.
O mangá de Cdz até hj é muito reconhecido, diferente da versão anime que não agrada muitos.