“De espadas seu corpo é feito, de ferro seu sangue, de vidro seu coração. A incontáveis batalhas sobreviveu, sem jamais recuar, sem jamais ser compreendido. Ele sempre esteve só, intoxicado pela vitória na colina de espadas. Assim, essa vida não teve significado. Sem dúvidas, de espadas esse corpo é feito”
“Fate de novo?”. É por uma boa causa, juro.
Da última vez, falamos sobre o TV Anime de Fate/Stay Night e em como ele falhou ao tentar adaptar em uma só série todos os elementos da Visual Novel. Mas, independente de todas as falhas, Fate foi um sucesso e seis anos após a estreia do anime, chega aos cinemas japoneses Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works.
Adaptação da rota Unlimited Blade Works, a segunda da Visual Novel, a história gira em torno da Guerra do Santo Graal, um conflito em que sete Mestres invocam sete heróis lendários como seus Servos para lutar pelo Santo Graal, uma relíquia milagrosa capaz de realizar qualquer pedido. Emiya Shirou está nessa Guerra, porém sua maior preocupação não são os outros Mestres, mas Archer, um misterioso Servo que tenta a todo custo matá-lo. Aliado a Rin Tohsaka, a Mestra do rebelde Archer, ele deve sobreviver e tentar impedir que a tragédia de dez anos atrás se repita.
Várias vezes comentei que a maior dificuldade em se adaptar uma Visual Novel está na multiplicidade de rotas e possibilidades do gênero. Então, seria a melhor escolha de todas adaptar apenas uma rota de uma Visual Novel num filme? Honestamente, não acho que esse seja o caso. Mas vamos por partes.
O primeiro grande problema da escolha do formato filme é sua brevidade. Cada rota de Fate/Stay Night tem por volta de 15 horas de duração (Fate/Stay Night completo é mais longo que toda a trilogia do Senhor dos Anéis). E como resumir isso em cerca de 105 minutos? Fazendo cenas extremamente rápidas e deixando muitas informações de fora, é o que disse o estúdio DEEN.
Se já foi difícil de entender o TV anime, imaginem tentar fazer o mesmo quando cerca de 80% dos fatos relevantes não são mostrados. E não estou brincando com essa estatística, podem ter certeza disso.
O segundo grande problema é que Unlimited Blade Works depende demais do contexto dado por Fate (a rota inicial da Visual Novel) e sem esse torna-se impossível entender muito do que está acontecendo na tela. Os dois minutos iniciais do filme, por exemplo, resumem muito mal o que no TV anime dura um episódio. E apesar da interessante trilha sonora de Kenji Kawai ajudando a cena, o resultado não deixa de ser catastrófico. E isso não é sequer o pior momento do filme.
O fato é que Unlimited Blade Works é menos um filme do que um enorme fanservice para aqueles que leram a Visual Novel. É como as ilustrações das edições especiais de livros que estão lá apenas para ser vistas, mas que, no fundo, não adicionam absolutamente nada ao enredo em si. E nem sequer o fandom mais fervoroso da Type-Moon se agradou do filme, que era aguardado com muita ansiedade por todos (mas não tanto quantos Heaven’s Feel). A situação chega ao ponto de muitos negarem a existência do anime (o que parece bem comum com adaptações das obras da Type-Moon…).
Entretanto, o filme não é um desperdício completo de dinheiro. Com bastante tempo para trabalhar e uma verba relativamente alta, o estúdio caprichou na animação. Algumas das lutas ficaram extremamente fluídas e empolgantes (algo que faltou em Fate/Stay Night) e a trilha sonora está ainda melhor do que antes. O simbolismo de alguns momentos, herança da literatura de Kinoko Nasu, autor da Visual Novel, é interessante também, ainda que não tenha a força que tem na obra original.
A climática batalha entre Archer e Shirou, em que os dois se confrontam com espadas num duelo que é, acima de tudo, de ideais, brilha de um modo especial, pois ilustra muito bem o conflito central de todo universo de Fate: ideais e esperança contra cinismo e estoicismo.
E que lugar melhor para se explorar isso que numa guerra entre os maiores e mais nobres heróis do mundo? E se na rota Fate o idealismo venceu, em Unlimited Blade Works tal vitória se repete, mas é muito mais custosa e prenuncia o que vem a seguir, quando as verdades são reveladas e a muralha de idealismos desmorona diante de um mundo manchado por um mal que não pode ser eliminado. E então se deve escolher entre perseguir a utopia sonhada (a Avalon de Arthur) ou viver na realidade que, ainda que despida de todo o manto da glória, possui dentro de si uma magia própria.
No fundo, talvez a mensagem maior de toda a franquia seja de que, acima de tudo, a vida é feita para ser vivida como é e não como uma busca desesperada por algo que sequer se sabe que existe. E então os instantes passageiros de alegria tola, os sorrisos trocados e os momentos em que simplesmente estamos com quem queremos estar, tranquilamente cozinhando ou simplesmente ficando junto, tornam-se o mais valioso dos tesouros.
Esse tema da valorização apaixonada do dia-a-dia é recorrente nas histórias de Nasu e um elemento definidor de sua obra. Estamos, afinal, falando do homem que acredita que “a vida cotidiana não pode ser mostrada em menos de trinta dias”. E, novamente, Unlimited Blade Works falha em captar esse sentimento, tornando uma reflexão sobre a vida numa simples sequência de cenas de ação.
O filme vendeu bem, tanto nos cinemas quanto em Home Video, e recentemente foi lançado com áudio em inglês nos Estados Unidos pela Sentai Filmworks. Mas não esperem que isso signifique nada, já que Kara no Kyoukai saiu em versão dublada na Alemanha, França e Itália (países onde o Nasuverso é bem popular, estranhamente…), mas jamais chegou ao Brasil. No fim, essa é mais uma daquelas obras que só se encontra em fansubs ou em barraquinhas de “divulgação”.
No geral, Unlimited Blade Works não é um filme que eu aconselharia exceto para aquelas pessoas que leram Fate/Stay Night e gostariam de ver suas cenas favoritas animadas, pois qualquer outro passaria a ter aversão pelo universo de Fate (e até pelo Nasuverso) após o filme. E isso não é bom, afinal, existe algo muito bom baseado nesse universo, não é?
E para fechar essa nossa pequena saga por Fate, da próxima vez iremos de volta ao zero!
Título: Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works
Estúdio: DEEN
Direção: Yuji Yamaguchi
Trilha Sonora: Kenji Kawai
Duração: 105 minutos
O meu primeiro contato com o universo Fate está sendo com a animação que está em exibição atualmente, Fate/Zero, e estou achando espetacular. O problema é que o restante das animações ligadas a esse universo ao que parece são bem ruins, o que é uma pena, pois trata-se de uma história muito boa. Eu até iria atrás das visual novels, mas atualmente estou sem paciência (e sem tempo) para aumentar a minha carga horária de leitura. Então o jeito é ver o desfecho de Fate/Zero e posteriormente ler as visual novels e talvez assistir Fate Stay/Night, para ver se tão ruim como dizem.
olha sinseramente eu assiti stay night não achei tanta perca de tempo assim,’melhor que filler de naruto’ Unlimited Blade Works tambem tem um visual legal não e tão ruim assim ,logico que para se adimirar a serie e preciso jogar o console e ler o manga,num geral pra quem não tem nada pra faser e uma otima ideia acompanhar o anime e o filme, quando eu arrumar tempo vou ver o zero,estou ancioso pois disseram que ela ficou bem melhor
OUT LINK TOTAL:A cabo de ler no Anikenkai que a edição especial de Sakura Card Captors vai sair com páginas coloridas ao preço de R$14,90 & Freezing vai ter páginas coloridas por R$12,90.É a JBC correndo atrás do prejuizo que causou aos leitores na era Del Grecco?..
Meu filhote:
http://i290.photobucket.com/albums/ll266/EAimg/fateUBW_BDbox.jpg
Não importa o que digam. A existência desse filme é uma bênção. Na maioria dos animes baseados em novel games, apenas a rota principal leva atenção e as outras são expremidas ou ignoradas.
O filme veio para saciar a sede de ver as principais cenas de UBW (a melhor rota) animadas, e com isso ele cumpre o papel. Analisá-lo como uma super adaptação do jogo é inviável. Justamente por ser apenas um filme. É um passa-tempo lindo para quem jogou o jogo e uma resposta para “quem é o Archer” que ficou meio batida na série.
UBW > Heaven’s Feel > Fate
Em anime, Zero >>>>>>>>>>>> UBW >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Fate.
Muito boa a análise feita em cima do filme. Mas acho que Fate/Stay Night pode ser considerado uma obra péssima, como também uma obra excelente. Tudo depende do ponto de vista em questão. Certo, se como uma adaptação ele falhou, devemos analisá-lo vendo-o como um anime, como outro qualquer, ao invés de uma simples adaptação. Confesso que Stay Night, o anime, foi meu primeiro contato com o universo de Fate. Não me decepcionou. A história, partindo do zero é bem contada. Tem lá suas falhas e defeitos, mas num geral é uma boa obra.
Odeio ‘comentar’ coisas que não tem a ver com o post… mas enfim,
Jbox, vocês nem postaram sobre o fato de Persona 4 the Animation ter ganho um filme contando a parte ‘True Ending’ do jogo, e agora, Persona 3 também vai ganhar um filme (no fim do filme do P4, o protagonista do P3 apareceu, e foi confirmado que será um filme).
Enfim, espero que postem noticias sobre esses filmes ^^
Infelizmente, creio que nesse artigo, muita coisa sem sentido foi dita, entenda a Visual Novel, entenda as raízes dessa Visual Novel, entenda a seguir como e seguindo que conceito foi feito o filme. Por último, lembre-se que o filme não foi feito para brasileiros ‘amantes de enredo’ (como foi a pessoa que fez esse artigo), mas sim em uma cultura totalmente diferente, se você não gostou/entendeu o Unlimited Blade Works, definitivamente não entende tanto sobre Fate/Stay Night quanto acha que entende.
Interessantemente o próprio Nasu não gostou muito do resultado do trabalho da DEEN, tanto que foi atrás de outro estúdio para adaptar KnK e Fate/Zero. Still, posta o que achou do anime. Quem sabe não me mostre alguma coisa que eu deixei passar :]
Pfff…Se eu quisesse ver um monte de imagens impactantes sem nenhum roteiro costurando a ação, assistiria “A pedra do Reino”, aquela desastrosa adaptação do clássico de Ariano Suassuna pela Rede Globo. Merda por merda, pelo menos seria um produto nacional, baseado (muito mal), em conceitos da nossa cultura.
Os próprios japoneses preferem dar respaldo ao produto nacional em detrimento dos importados.É o caso das sofríveis adaptações de X-Men feitas por mangakás japoneses, muito inferiores ao trabalho de mestres como Chris Claremont & Jack Kirby.
Senhor Gustavo Martins, com todo o respeito mas discordo com o que você disse no post, e muito sinceramente você deveria rever o que falou em relação a esse anime, vamos por partes:
Primeiro, não se esqueça que o Fate/Stay Night é de 2006, você pode comparar muitas coisas de Fate desse ano com os restastes animes que estava sendo exibidos até lá, muita coisa que Fate teve, outros não tinham, e em alguns aspectos nem esses mais recentes tem.
1º-graficamente o anime sem dúvida era o melhor, por muito que muita gente não repare, é algo que fate que na minha opinião sempre teve em relação aos outros animes, até aquela data os gráficos eram de Fate sem dúvida, e seus efeitos estavam bem trabalhados comparado com os restantes.
2º-animação, não era ruim como dizem, de longe ser ruim, aliás depois de ler esse artigo fui procurar o de Artigo de FSN que fez e digo-lhe algo muito sinceramente, Archer vs Berserker, melhor cena animada no FSN ?! por amor de deus cara, esse luta foi a menos animada possível em todo o FATE até hoje, até a luta de Saber vs Lancer no inicio foi bem mais animada e lhe que mesmo essa poderia sr melhor, posso também citar, Saber vs Berserker, Saber vs Assassin as duas partes, o Mestre de Caster vs Saber, Rin e Shirou, e outras mais, se você não se lembra, é melhor não falar, ou então referir que não se lembra no post.
3º- Concordo plenamente com o que o Jack disse acima, não é porque o anime/filme não esteja com os pormenores todos do Manga/Novel que tem ser ruim, aliás, não há nenhum anime que esteja completamente fiel ao Mangá/Novel, nenhum mesmo.
4º-falando do UBW, coloco tudo que disse acima também para o filme também, cara até há data, graficamente sem dúvida o filme com melhor gráficos, melhor história(mesmo não estando completa), são as lutas mais belas e mais bem animadas, que quer mais para um filme?
5º- apesar de aqui não ter ainda referido, Fate Zero só vem distanciar a qualidade de todo Fate para com os outros todos, por impossível que parecesse, conseguir estar melhor onde já não precisava, gráficos do melhor que há, excelente animação, e história espectacular.
Se o animes e os Mangás/novels tivessem que ser iguais, neste preciso momento já não haviam anime e só havia manga e novels, por isso que essa diferença entre anime e manga/novel tem sempre que existir.
Acho que já falei de mais.
Fique bem ^_^
Concordo com o Jack e com você também, mesmo o Nasu não gostando muito do resultado, adaptar uma alternate route em um filme… meio idiota não acha? é o preço pago por não fazer do UBW um anime completo, mesmo assim, o Jack tá certo em querer dizer q o filme não foi feito pra mostrar o Stay Night e sim o Archer, o foco é outro!
E GoldenBoy, quer algo nacional e sem história? Assista, até mesmo eu admito q o UBW não tá essas maravilhas, mas cumpre o foco principal que era tirar a dúvida sobre Archer = Shirou. Cumpre mal, mas cumpre, agora, a cultura é outra, e os recursos também, pro resultado final, de 0 a 10 eu daria uma nota 6, mas estou satisfeito que pelo menos tenha saído!
Eu nao vi nem as visual novels e nem sequer joguei um dos varios jogos de fate porem, achei fate stay night um anime interessante e unlimited blade works simplesmente fantastico pq achei a historia muito boa so q faltava algo e esse algo eu encontrei em unlimited blade works e tbm no fate zer
Wow, não falou demais não. É ótimo ter um opinião contrária que tem argumentos para se defender.
Vamos por partes, aye?
Na verdade, se você comparar Fate com outros animes mais antigos, como Beck e até mesmo Mahoromatic (tudo bem que os dois são de estúdios bons, mas…) fica claro que Fate foi bem mal feitinho. Parte disso é culpa da verba curta. Eles simplesmente não queriam arriscar dinheiro demais. E a luta de Archer vs Berserker não é a mais bem animada, mas é a melhor executada em questão de direção. Foi a mais tensa.
O problema de manter pormenores de fora é que fica MUITO difícil entender. Você provavelmente entendeu UBW por ter assistido ou conhecer Fate, mas alguém que fosse diretamente para o filme não entenderia nada. E para uma obra que se sugere a ser algo que funcione sozinho, isso é uma falha. Os animes mangás e novels não têm de ser iguais aos animes, mas é necessário que a história seja mantida integralmente o bastante para poder ser compreendida. O momento em que Lancer usa a Gae Bolg contra o Archer em UBW, por exemplo, ficou gratuito sem o build up prévio. O mesmo vale para a projeção do Rho Aias no final. Aquilo foi o Archer quem projetou, não o Shirou, que não teria como projetar um arma que nunca viu. A luta inicial no cemitério é outra falha. No filme, a Saber quase é derrotada pelo Berserker, dando a entender que o Archer estava tentando salvá-la, quando na Novel ela estava vencendo e ainda assim o Archer atacou, pois ele queria matar o Shirou. Essas falhas é que ferem a integridade estrutural do todo. Ainda assim, o filme tem seus méritos. Como você mesmo disse, as lutas são lindas, especialmente Archer vs Shirou, entretanto só isso não basta.
Anyways, obrigado por comentar. Repito, sempre é bom receber opiniões contrárias que tenham argumentos.
Uau, nível dos comentários altíssimo, nível zero de flamewares, e até a citação que o Sky King fez a mim, respeitosa!
Parece que jogar visual novels faz bem para o cérebro!!
Confesso que não sei sobre o Nasuverso mais do que leio aqui nestes posts, e as opiniões são tão díspares que não me estimularam á buscar conhecê-lo ainda.
E, sem dúvida, se eu quisesse produto nacional sem história, opção é o que não iria faltar, :tongue:
Opa, obrigado Goldenboy! ;D
Lembrando Gustavo Martins, sua citação sobre o Rho Aias, o Archer É o Shirou, se ele criou essa arma foi porque algum dia o Shirou a criou antes, ou seja, o próprio Archer a criou quando ainda não era Archer, nada impessa que portanto, segundo o fluxo atemporal imposto pelo Graal, e a aceleração nas habilidades de criação e cópia do Shirou obtidas com as lutas contra o Archer, tenham acelerado também que o Shirou possa ter criado o Aias antes da hora, lembre-se, não é apenas uma habilidade de cópia, mas também de criação, sei que vai dizer que “Se ele nunca viu, não tem como criar!”, mas até o próprio autor de Fate poderia rebater essa com uma resposta tão besta quanto “Se o Shirou tiver visto um escudo semelhante ao Aias em um mangá ou tokusatsu enquanto criança, aquela pode ser a versão recriada de tal escudo, ao ver do próprio Shirou”.
A propósito… comparar um Rhytm anime igual Beck com Fate? é como comparar K-On e Naruto, ambos vão ser melhores que o outro em suas partes únicas, pois são de generos diferentes, não acha?
Pra finalizar…. a obra não se sugere funcionar sozinha, assim como no game, Unlimited Blade Works é uma rota que acontecesse a partir da decisão do Player de enfrentar Archer ou não, tal como, essa rota muda boa parte das lutas da rota normal, faz com que algumas nem sequer venham a acontecer, e ainda muda o resultado final… portanto, não foi um filme feito para “ganhar dinheiro conquistando um público”, e sim para “lançar uma franquia já poderosa e que possui muitos fãs, e responder a isso!”, sinceramente, quem começaria a assistir O Senhor dos Anéis começando pelo O Retorno do Rei? :S
Por fim (agora por fim mesmo), há anos acompanho o JBox e comento por aqui, não tenho como negar que mesmo muitas vezes discordando do Tio Cloud, ele é o que mais traz informes e opiniões cultas por aqui, mostrando sempre que possível os dois lados da moeda, é triste (sem ofenças Gustavo) ver que o JBox aceitou alguém que valoriza mais a própria opinião do que faz um artigo neutro que gera uma discussão interativa entre seus leitores (e não entre leitores e escritor). Não sou escritor, colunista ou coisa do tipo, como disse, não é para ofender, EU não faria melhor, mas acho sinceramente, que poderias ser ainda melhor do que és, Gustavo-san, e para isso, deves deixar de lado as ‘espetadas’ e ‘encrencas’. (tais como as espetadas feitas ao Jack com a sua citação de “opiniões com argumentos para se defender”, em anos de JBox nunca vi outro colunista fazer isso por aqui, não desse jeito, fica claro que não gostou da crítica, e portanto, aprenda a aceitá-la primeiro, torna-se desrespeitoso e poluído ao leitor ler algo do tipo, assim como ler o que acabei de escrever por inconformidade de suas ações.)
Para ser honesto, aquilo foi só um cumprimento apenas. Não me referi a ninguém em especial, mas é fato que existem muitos haters por aí.
Mas o fato é que mesmo comparando com outras séries, a animação de Fate AINDA é inferior. Pergunte para qualquer pessoa e lhe dirão o mesmo.
Sobre opinião, sempre achei que o ponto de tudo é dar meu pitaco e depois ouvir o que os outros pensam.
E essa opinião não é só minha. Se você procurar o que dizem no Beast’s Lair (o fórum anglófono do fandom Type-Moon) a opinião geral é que, sim, UBW falha nesses pontos, especialmente em se justificar.
Se tem algo que aprendi é que o espectador comum não busca a obra original quando vai ver uma adaptação, portanto, para se ter uma adaptação funcional é necessário que ela se justifique a si própria. O mesmo vale para livros. Eu mesmo comecei As Guerras do Mundo Emerso pelo segundo livro e li Eureka Seven AO sem ler Eureka Seven. Dizer que ninguém faz isso é um tanto quanto irreal. E o exemplo de SdA foi bem falho, pois o terceiro filme TEVE mais espectadores que os outros dois. O fato é que pessoas tendem a ir aos cinemas e ver o que está passando, muitas vezes sem ter um background coerente.
Para ser honesto, eu tenho a tendência a ver animes (e tudo mais) como arte e, portanto, como algo que deve se justificar, ter uma coerência interna. UBW não tem essa coerência interna. E falo isso como fã de Fate e da Type-Moon.
Sobre a projeção do Rho Aias… Não, simplesmente não. Nasu disse que o Archer projetou e que não teria como o Shirou projetar uma arma que ele nunca viu de verdade (o caso da Caliburn foi uma exceção devido à ligação com a Saber). Não tem nada de erro de fluxo temporal, o anime falhou em mostrar isso. Mas, para ser justo, a VN também falhou nesse ponto, logo, é justificado.
E não, não me sinto ofendido. As pessoas têm todo o direito de gostar ou não gostar de algo. É só que textos neutros não são a proposta dessa coluna, assim como textos de opinião não são a proposta de matérias de jornal.
Como comparação apenas, seguem as reviews que o ANN e do Nihon Review.
Hater!
Useless!
Não dá assim man! Sorry, você não vale mais o tempo, bye! ;D
Assisti pela primeira vez Fate na velha Animax no Fate/Stay Night e gostei muito adorei a Sabre e a Rin ela são bem gostosas um pedação do paraíso se bem que eu gostei mais da Rin eu não gosto muito de louras elas me lembram artificialidade,mulher oriental é tudo de bom.
Anime ruim, filme ruim, não consegui terminar o anime e terminei o filme quase chorando por ter perdido tanto tempo assistindo, claro, gosto é gosto, eu simplesmente achei terrível
agora… Fate/Zero <3
Gostei bastante do filme mesmo tendo jogado todas as rotas no PS2 o jogo All Family, realmente pareceu um pouco corrido, mas pensando bem não da pra adaptar tudo em um filme só.
Achei interessante o (a) SSTHZero gostar mais da rota UBW, normalmente o pessoal é muito fã da Heaven Feel por ter o fim das três etapas da vida do Shirou de como ele começa entender realmente o Kirisugu quis mostrar em ser um “herói de verdade” e o seus próprios limites.
Sobre a animação anterior (a série) acho que os problemas não estão na animação mas sim na tentativa de adaptar 3 rotas em uma.
O que acho muito bom do filme é a possibilidade de outras obras de serem adaptadas com o tempo.
Eu não conheço a novel, apenas acompanho as séries e o filme, mas uma coisa me deixou intrigado: em resumo, você disse que a novel tinha como mensagem o valor do cotidiano, entretanto, tanto em Zero quanto em UBW o que interpretei foi o contrário. Foi uma alegação de que a vida cotidiana é feia, fria e cruel. Vou explicar a minha interpretação abaixo, com spoilers.
Em Zero, existe uma sequência terrível que dá a entender isso. Uma criança está amarrada>> seus pais estão mortos >> o vilão a libera>> ela corre para a porta e para >> ela tem medo >> o vilão (Caster) a mata.
Ainda em Zero, vemos esposas quebrando dedos de maridos, Lancer perdendo a dignidade, o mestre de Berserker (Kariya) perdendo o juízo e matando a quem ele ama em um estrangulamento.
Ou seja, os elementos acima são amostras da violência cotidiana que pode ser achada nesta realidade. É um manifesto de que a franquia Fate interpreta a realidade de forma desesperadora, em que a realidade é brutal. Sem esperanças, sem rodeios e sem dignidade.
No filme baseado em UBW essa realidade, pelo tempo de exibição, é menos explorada, mas ainda assim presente. Note que a violência retratada em Zero é cotidiana, acontecendo inúmeras vezes, em inúmeras cidades ao redor do mundo.
Poderia, então, retratar esta realidade desnuda como tendo magia própria? Enaltecer o dia-a-dia, de uma realidade assim, é muito controverso. Engrandecer o lavar de um prato, sabendo que, voltando ao Zero, inúmeras crianças são raptadas por um serial killer? Torna-se banal quando levamos em conta o universo criado que espelha-se em uma realidade violenta.
Eu interpreto de forma diferente. A busca pelo ideal do Shirou é o brilho idealista, pois é a magia verdadeira da série. O trauma do Emiya (Fate/Stay) torna-o o herói que quebra toda a marginalidade da vida cotidiana e sua violência, dando-nos a ilusão de que os ideais honrados ainda são a verdadeira magia a ser engrandecida. Shirou se coloca à frente do combate, como que querendo parar a violência do cotidiano. Ele busca uma solução para um conflito. Se há alguma magia no universo Fate, ela pode ser representada pelas decisões e pela busca do Emiya. Interpretei que , assim como o universo de Fate é igual, em crueldade, ao nosso, que a verdadeira magia está no ideal que o Shirou representa.