Digimon Tamers
Digimon Tamers
Digimon Tamers
[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=w2MfsiOHfPk 480 320]
Produção: Toei Animation, 2001
Episódios: 51 p/tv
Criação: Akiyoshi Hongo
Exibição no Japão: TV Fuji (01/04/2001 – 31/03/2002)
Exibição no Brasil: Fox Kids – Rede Globo
Distribuição: Imagine Action Dálicença (tv aberta)
Última Atualização: 23/04/2008
Vamos ser francos: a segunda temporada de Digimon deixou a impressão de que foi feita para servir de alavanca pra Bandai despejar no mercado centenas de brinquedos com a marca da série. A história forçada, os personagens fracos (não que na primeira fase os personagens também não fossem assim… :P) e aqueles “digimons reciclados”, colaboraram pra que a franquia deixasse de ser aquilo que Pokémon até hoje nunca conseguiu ser: interessante! E tentando resgatar o interesse do público novamente, a equipe de Akiyoshi Hongo (pseudônimo do diretor de marketing da Bandai) resolveu ignorar a continuidade da série e criara, assim, uma nova temporada bem legalzinha: Digimon Tamers.
A série foi incrementada com uma nova apelação comercial que estava em moda na época: os cardgames. E em todo canto da série, o tal cardgame dos monstrinhos é estampado, pra que no mundo real a criançada saia comprando os pacotinhos nas bancas de jornal da vida. No anime, todo moleque “normal” adora as cartinhas e existe até uma rainha do jogo (imagina como deve ser tosco ser parada na rua e ser reconhecida como “rainha de um joguinho de cartas”… XD). Pra “variar”, a melhor coisa no uso das cartinhas não é o poder que ela oferece pro Digimon dos guris, mas sim a musiquinha que toca na hora em que o “domador” (não é mais digiescolhido!) faz suas poses (ridículas :P) com o pedaço de papel na mão.
Mesmo com a ideia não sendo muito original (afinal, esse papo de cardgame era a base principal de Yu-Gi-Oh!), o recurso foi bem empregado e sequer lembra a série do moleque com o penteado mais bizarro dos animes. Se deu certo? Ahn… Você viu cardgames em Digimon Frontier?
Para a direção de Tamers foi chamado Yukio Kaizawa, um diretor não muito experiente que se destaca por participar posteriormente da equipe de One Piece e Zatch Bell. Apesar disso, o rapaz se saiu muito bem, deixando o enredo do desenho atraente – contando com a ajuda de Chiaki J. Konaka (que trabalhou em vários animes de sucesso, como Hellsing, Lain e Vampire Princess Miyu). O tema de abertura, como nas demais séries de Digimon, foi interpretado por Kouji Wada, que novamente trouxe uma canção viciante – ou você nunca cantou, murmurou ou assobiou The Biggest Dreamer?
Digi-mistérios ao cubo!
No universo de Digimon Tamers, a grande mania da garotada é um jogo de cartas baseado nos Digimons. O sucesso é tanto entre a pirralhada, que existem até um Rei e uma Rainha da jogatina. Os cards são bem bolados e existe até um “aparelhinho” (os “D-Arks”, que fazem o papel de Digivice na série) onde a molecada passa os cards para incrementar os poderes de seu bicho durante um “duelo”.
A história começa quando um garoto chamado Takato dá uma de Serena (a Sailor Moon, caso não saibas :P) e sai correndo atrasado pra escola. Ao tropeçar, o garoto deixa todos os seus cards cairem e nota a existência de um cartão azul que não existia antes em seu deck. Ao passar o cartãozin por seu “D-Ark” uma forte luz é emitida e Takato pensa que seu brinquedin quebrou. Na verdade seu “D-Ark” virou um tipo de scanner fodáximo que transforma em dados (do nada…. Aliás, diversas situações ocorrem do nada em Digimon Tamers o.o) uns rascunhos de desenho, do que seria o digimon ideal pro garoto – feitos durante o castigo por ter se atrasado pra aula.
Quando pega seu “D-Ark”, Takato fica surpreso ao notar que o aparelinho agora é uma espécie de Tamagochi. Seguindo o mapa que aparecera no visor, o guri vai pra um lugar meio sinistro e presencia o nascimento de um Digimon… O seu Digimon! Chamando a criatura de Guilmon, Takato mal suspeitara que esse momento mágico despertava a atenção de outras duas crianças (que têm digimons como ele) e também de uma organização secreta estranha chamada HYPNOS.
A HYPNOS monitora o movimento de “intrusos” do digimundo em nossa realidade. Sua missão seria acabar com eles, mas quem faz esse trabalho sempre é uma criança acompanhada de seu Digimon. Além de Takato, a garota Ruki (a tal rainha Digimon) e o geninho Jenrya Lee possuem seu bicho de estimação vivo. Tal como no jogo de cartas popular, Takato, Ruki e Lee travam batalhas para fazer seus Digimons “evoluirem”. Só que os inimigos são os Digimons intrusos. A razão pela qual esses Digimons vêm ao nosso mundo é só um dos muitos mistérios que permeiam a série.
No decorrer da trama, ficamos conhecendo o fofinho Culumon (que parece ter sido criado pra competir com o Togepi do Pokémon na venda das pelúcias XD) que sempre emite uma estranha luz da testa quando um Digimon evolui. Ele fica perambulando pela Terra com outro Digimon, que parece com o gato ciborgue Kurochan (um daqueles ícones de fofura pros japas, como a Hello Kitty e o Doraemon) chamado Impmon. Impmon possuía um casal de irmãozinhos como donos que os abandonou e passou a sentir ódio dos humanos. Seu sonho (como o dos outros digimons dos pirralhos) é digievoluir para formas cada vez mais poderosas. Meio malvadinho, mas ao mesmo tempo engraçado, os melhores momentos da série são quando ele interage com Culumon (que vive falando “Culu” – e ainda tem aquela voz fofinha da Lindinha das Meninas Super Poderosas *.*): ele chuta, amarra, xinga e faz o diabo com o “irmão perdido” do Togepi.
Também surgem os estranhos “Devas”, que são baseados nos signos do horóscopo chinês e espalham destruição em nosso mundo. A origem de HYPNOS, o que é o Culumon, o que tem no Digimundo, novos “domadores” (o termo mais correto deveria ser treinador como em Pokémon, mas a dublagem chamou a molecada assim na série) e um monte de situações mirabolantes vai guiando o roteiro da série – que consegue ser emocionante em determinados momentos e até imprevisível @_@. Tudo isso, claro, ao som de muitas songs de digievolução. Aliás, as musiquinhas de Tamers são as melhores da franquia! Quem quiser os nomes pra baixar, procurem por Cardslash; Evo e One Vision.
Digimon Tamers rendeu 2 especiais para cinema que nunca chegaram por aqui. Mesmo com tanta confusão (ao final da série as explicações que dão pra tantos mistérios não conseguem convencer muito) e quebra de continuidade do que foi visto nas séries anteriores (uma iniciativa que se mostrou muito bem vinda e se tornou regra pras fases de Digimon seguintes), o anime pode ser visto como um dos poucos bons no estilo “criança+monstrinho” já produzidos. Pena que perderam a mão pra fazer a fase seguinte… :(
No Brasil
A febre dos monstrinhos digitais no Brasil já andava bem morna juntamente com Pokémon (devido, em parte, à Record, que manteve por um longo tempo a 4ª temporada do Pikachu no freezer). Seguindo a anuidade de estreia de um novo Digimon, a Fox Kids passou a exibir Tamers em 2002 – em meio a Shinzos e Flints. O lançamento serviu como trunfo no bloco de animes capengas que o canal exibia (e ainda dizia promover uma “Invasão Anime”). Mesmo com uma nova série da franquia em exibição, o canal não deixou de lado as fases anteriores! E dá-lhe reprise de Digimon 1 e 2 em outros horários da programação… Mas o público foi pego de surpresa por uma novidade. Pela primeira vez (e foi a única), uma série Digimon teve a sua abertura exibida no idioma original (tirando a pré-estreia do primeiro Digimon), alegrando os fãs mais puristas. O mesmo não pode se dizer do encerramento – que foi limado nos EUA.
A dublagem continuou no Rio de Janeiro, na tradicional Herbert Richers, com a direção de Ângela Bonatti (que no mesmo ano dirigiu Mon Colle). Houveram alguns deslizes, mas nada comprometedor, tirando a penca de vozes estranhas (cortesia de dubladores novatos) que enfiaram na trama, incluindo o protagonista.
O anime chegou no 2° semestre de 2002 na Rede Globo que torceu o nariz para a abertura japa. Resultado? Devolve e dubla! Até que não ficou tão ruim – com uma adaptação parecida com a letra original. Mas escolher qualquer um que esteja agonizando de caxumba pra cantar, não dá né? Curiosamente a emissora carioca nomeou a série pelo nome original, sendo que na Fox Kids chamavam de Digimon 3.
A venda de produtos baseados na marca já havia esfriado na época do Digimon 2 e o fato da saída prematura da série em rede nacional, fez com que rolasse um breve intervalo de tempo sem um Digimon na tv aberta. Nisso, a revista oficial da Abril foi pro saco e só vimos umas besteirinhas de Tamers sendo lançados por aqui, como revistas pra colorir. Também era possível encontrar jogos pra Playstation via ParaguaiCorp. Aliás, falando do jogo, “Digimon 3” é uma cópia descarada dos joguinhos de Pokémon pra Game Boy. A fórmula é igual, as batalhas, até insígnias e “líderes de ginásio” tem no negócio!
Digimon nunca deixou de ser uma forma da Toei faturar em cima do sucesso de animes do gênero que Pokémon ajudou a crescer. A “sorte” é que Digimon sempre teve uma personalidade própria e mesmo quando se aproveitam da “inspiração” alheia (é impossível dissociar o cardgame digimon ao monstros de duelo de Yu-Gi-Oh!), conseguem não irritar como outros animes “não tão originais” (alguém falou em Monster Rancher ou Flint?). Vai ligar pra isso? Então deixe de assistir 80% dos animes que curte. Tudo é cópia de alguma coisa… E viva a falta de criatividade!
Checklist Episódios
01 – O nascimento de Guilmon
02 – Surge Terriermon
03 – Renamon contra Guilmon
04 – Derotem Gorimon
05 – Culu, culu, vamos nos divertir com Culumon
06 – Renamon digivolve
07 – Guilon em perigo
08 – Guilmon digivolve
09 – O pânico de Growmon
10 – Ruki em dúvida
11 – Confronto em um minuto e meio
12 – Ruki e Renamon, amizade em crise
13 – Um mau pressentimento
14 – O nascimento de Megalogrowmon
15 – Pânico no mêtro
16 – Digimons vão acampar
17 – Ache o cartão azul
18 – Taomon sob o luar
19 – O orgulho de Impmon
20 – O cartão azul da amizade
21 – O desejo de Kato
22 – Protejam a nossa cidade
23 – Avançando contra o vento
25 – A partida para o Digimundo
26 – No Digimundo
27 – O vale dos ventos
28 – Belzebumon , o rei das trevas
29 – O domador lendario
30 – O castelo mal assombrado
31 – O nascimento do domador Kazuo
32 – O fundo do mar misterioso
33 – Shu shong vai para o Digimundo
34 – A luta final de Leomon
35 – Surge Dukemon
36 – Dukemon contra Belzebumon
37 – A batalha contra Zutsemon
38 – A verdadeira ameaça
39 – A digievolução de Sakuiamon
40 – A evolução brilhante
41 – Devolta ao mundo real
42 – A invasão
43 – O retorno de Belzebumon
44 – O mensageiro do Digimundo
45 – Enfrentando o matador
46 – Surge Justimon
47 – O surgimento de Grani
48 – Salvem a Kato
49 – O Mundo em Perigo
50 – Proteja aqueles que você ama
51 – Esperanças, sonhos e Futuros