Cyber Team in Akihabara
Cyber Team in Akihabara
Akihabara Dennou Gumi
[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=50e_4KOI_t0 480 320]
Produção: Ashi Production, 1998
Episódios: 26 p/ tv + 1 Movie para cinema
Criação: Tsukasa Kotobuki
Exibição no Japão: TBS (04/04/1998-26/09/1998)
Exibição no Brasil: Locomotion
Mangá: Nakayoshi
Última Atualização: 25/07/2007
Tem certos animes que enganam a gente. Às vezes você vai assitir a algo que à primeira vista parece legal, mas fica com a cara no chão ao perceber a furada em que se meteu (Shinzo?). Mas, felizmente o oposto também ocorre. Produções que parecem bombas se revelam mais interessantes do que se possa imaginar. E Cyber Team in Akihabara (Akihabara Denou Gumi no original) se encaixa perfeitamente nesse exemplo. Com um visual beeem kawai (fofinhuuu!!), o simpático traço do anime foi cortesia de Tsukasa Kotobuki, criador da série e também responsável pelo character design de Saber Marionette J – daí a semelhança entre ambos.
A história surgiu nas páginas da revista Nakayoshi em meados de 1998, e não demorou muito pra ganhar a versão televisiva feita pela desconhecida Ashi Production (responsável também por Maho no Princess Minkii Momo) e exibida pela TBS (famoso principalmente por ser o canal que exibe as séries da família Ultra no Japão).
Por ser uma série voltada prioritariamente ao público infantil (principalmente meninas de idade entre nove e doze anos), Cyber Team mistura elementos das magical girls com a fórmula dos monstrinhos colecionáveis. Aproveitando-se do fato da saída de Sailor Moon da tv japonesa, e da carência do público por aventuras mahou shoujo – lembrando que as “substitutas” da Serena e cia nas telinhas nipônicas, Cutey Honey Flash e Utena, não deram conta do recado – a série até conquistou a simpatia do público.
Com essa mistura de elementos consagrados, a produção esperava matar dois coelhos de uma única vez e de quebra, faturar horrores vendendo toneladas de quinquilharias pra molecada (ou você pensou que fizeram o anime porque acharam o traço bonitinho?). Mas, o tiro saiu pela culatra: os produtos inspirados na série não venderam tão bem e a TBS encomendou uma pesquisa cujo resultado não poderia ter sido mais surpreendente: o público que assistia ao anime não eram as crianças e sim homens com idade acima de 30 anos! O motivo? Como foi dito, a princípio Cyber Team dá a impressão de ser apenas uma mistura oportunista entre Sailor Moon com Pokémon, mas aos poucos vai se revelando um produto com vida própria e acaba por mostrar uma trama bem mais “adulta” que seus concorrentes (considerando as devidas proporções, é claro…).
Mesmo sendo “superior” à maioria dos seus concorrentes, as aventuras de Hibari e cia possuem todos os elementos shoujo encontrados em todas as séries das chamadas “Magical Girls”: príncipes encantados, mascotes fofinhos (no caso os Patapis, que fazem as vezes dos Pokémon), colegiais que ganham poderes de uma hora pra outra, roupas berrantes, muito colorido, coraçõezinhos por todos os lados, e tudo que você já viu antes em trocentos lugares. Mas as semelhanças param por aí, pois, quando as garotas se transformam, ou melhor, se fundem com os Patapis, elas se tornam uns “mulherão” com direito à armadura tecnológica (a la Bubblegum Crisis, mas um pouco mais pobre :P) e partem para uma pancadaria que se difere em muito dos golpes e mágicas mirabolantes como as vistas em Sailor Moon.
A historinha
Em 2010 o bichinho virtual Patapi é febre entre as garotas. A doce Hibari sonha em possuir um Patapi, mas seus pais recusam lhe dar um (Ei, Medabots bebeu dessa fonte :P). Ela sonha em encontrar um príncipe encantado (é anime pra menina, esqueceu?) e certo dia, vê debaixo de uma árvore uma pessoa muito parecida com seu amado. Ao chegar ao local, ela encontra um Patapi, que mais tarde revela possuir poderes para se fundir à Hibari e a transformar em uma mulher robô chamada de Diva, para junto de suas amigas Tsugumi, Suzume, Tsubame e Kamome (que possuem Patapis especiais como o dela) defenderem a Terra (Japão…) da organização Rosen Kreuz, que quer capturar os Patapis das garotas custe o que custar. Bem básico, não? Mas espere por algumas reviravoltas e um desfecho bem legal.
Moviezinho
Depois dos 26 episódios da série de tv, ainda foi lançado um movie da série intitulado Akihabara Dennou Gumi – 2011 Nen no Natsuyasumi (Cyber Team in Akihabara – Férias de Verão em 2011). O filme produzido em parceria com Xebec e Production I.G melhorou consideravelmente o que foi apresentado na TV e se passa um ano após os eventos da série televisiva. As meninas estão tentando descansar um pouco, mas uma ameaça do espaço sideral põe em risco o bairro de Akihabara e todas precisam se unir novamente para dar cabo da ameaça – e de quebra salvar o príncipe Crânio (errr… Esse é o nome dele mesmo x_x). A ação do filme demora um pouco pra acontecer e ter visto ele sem conhecer a série de tevê o torna deveras chatinho… Você não viu? Acredita que passou na Fox Kids?!?! Ah! A intérprete dos temas de abertura e encerramento do filme, Masami Okui, já esteve no Brasil no evento Anime Friends mas nem pediram prela cantar a musiquinha do filme…
Akihabara no Brasil
A série começou a ser exibida no Brasil pela Locomotion no início de 2002, e se na época você não ficou sabendo da estreia, não se assuste, já que as “revistas especializadas” estavam muito ocupadas gastando metade de suas páginas fazendo resumos monstruosos de Dragon Ball Z. A única menção à exibição do anime que vi, foi na excelente Herói Mangá (R.I.P) na sua parte de programação da tv por assinatura. Feliz ou infelizmente, a série de tevê foi exibida legendada. Era muito difícil saber o que era mais abominável na Locomotion: as dublagens bizarras feitas em Miami ou as legendas porcas e sem sincronia qualquer com as falas.
Mais sorte (?) teve o movie. Exibido de supetão na Fox Kids (quando ele ainda era um canal que prestava… Sim um dia ele prestou O.O) o movie só passou uma única vez e teve uma versão brasileira muito boa feita nos estúdios da Áudio News (de Yu Yu Hakusho e Ultraman Tiga). Tal exibição gerou muitas especulações acerca da estreia da série de tevê dublada no canal. Só que tal fato nunca se consumou. Ainda sobre o filme, na época em que estava começando a entrar no mercado de DVDs de anime, o Studio Gabia tinha planos de lançar o mesmo em DVD. Só que depois do preju com os DVDs dos Super Campeões, Vampire Pricess Miyu e Shaman King, o projeto foi pra gaveta (junto com o movie de Nadesico).
Akihabara?
No anime, as garotas moram nesse importante bairro de Tóquio. Na vida real, Akihabara é um dos mais importantes pólos comerciais da capital japonesa, sendo um local onde se encontra de tudo, principalmente quando se trata de novidades eletrônicas. Mas, nos últimos anos, o bairro também passou a ser conhecido como a “Meca dos Otakus”, devido a quantidade de lojas que trabalham com todo o tipo de produtos relacionados a animes e games. Desde já, se for ao Japão, não deixe de visitar e trazer uns badulaques pra nóiz de lá. ;)