DNA²

DNA²
DNA²- Dokade Nakushita Aitsuno Aitsu

[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=j3au84QL_Q8 480 320]

Produção: Mad House – Studio Deen, 1994
Episódios: 12 p/ tv + 3 OVAs
Criação: Masazaku Katsura
Exibição no Japão: NTV (07/10/1994-23/12/1994)
Exibição no Brasil: Animax
Distribuição: Sony Pictures
Mangá: Shonen Jump

Colaboração de Horo-Horo

Imagine que você tenha na constituição do seu ácido desoxirribonucleico um loci que lhe confere o poder de se transformar num cara irresistível pra tudo quanto é mulher da face da Terra. O quê? Você não sabe o que é ácido desoxirribonucléico e não faz a mínima ideia do que é loci? Não esquenta! Pra curtir DNA² (DNA ao quadrado que se lê, e não DNA dois XD) você só precisa curtir comédias românticas! E se for fã de Masazaku Katsura, autor de Video Girl Ai, vai se amarrar de montão!

Primeiro o mangá
Masazaku Katsura é dono de um traço foderoso que já havia feito um sucesso do caramba antes de iniciar DNA² nas páginas da Shonen Jump (achou que só de Dragon Balls, Saints Seiyas e Narutos vivia a revista?). Entre seus títulos já conhecidos do público brasileiro estão Video Girl Ai – que a gente pôde ler graças a editora JBC – e I’s. Diz a lenda que no ano de 1993, Masazaku estava criando o character design para a animação baseada em Zeiram (Iria: The Zeiram Animation) e foi então que surgiu a inspiração pra desenhar Karin – heroína de DNA².

Comparando o traço do cara em DNA² e Video Girl, vemos uma grande evolução e uma certa definição de estilo no mesmo, se comparado com as obras lançadas após DNA. O mangá rendeu “apenas” 5 volumes encadernados e foi publicado na Jump entre 93-94. O sucesso fez com que pintasse rapidinho uma animação baseada no mesmo. Eis que em 1994, estreia na TV…

DNA² – O anime
Adaptando com fidelidade o traço do autor (que convenhamos, é muito bonito e detalhista) a Madhouse e o Studio Deen (que dispensam apresentações) produziram 12 episódios que foram exibidos pela NTV, baseando-se no que foi publicado no mangá até então, quase que numa transcrição. Como toda adaptação, temos um pouquinho de encheção de linguiça, mas nada que “deforme” a história. A conclusão da série foi lançada sob formato de OVA, sendo que foram mais três partes. Assistindo tudo de uma vez, você fica com a ideia fixa que só os 12 episódios da tv estavam bons demais, porque o desfecho no OVA é bem inferior – mesmo que o final da tv não seja “o” final – deu pra entender?

O anime é bem feito, coisa e tal, mas nada supera a abertura! Aliás… ‘A’ música de abertura. Cantada pelo grupo de J-Pop/Rock L’arc en Ciel, a música conquista 11 a cada 10 otakus que a ouvem (o um a mais é um transeunte que ouviu por acaso :P). Combinando com as imagens que passam, Blurry Eyes, se tornou presença obrigatória em qualquer animekê que se preze, e fez com que a banda de jpop japa se tornasse extremamente popular no país. Ainda sobre a produção, destaca-se no elenco de dublagem a artista/dubladora/cantora e sexy simbol de otaku babão, Megumi Hayashibara – como a voz da safada Tomoko Saeki. Entre os trabalhos mais marcantes da muieh constam a voz de Lina de Slayers e a Rei Ayamani em Evangelion.

Historinha
No futuro, o mundo sofre com o problema da super-população. Tudo isso tem um motivo chamado Junta Momonari. Devido a um estranho DNA que lhe confere um “poder” que o transforma no Mega-playboy. O que é isso? – você pergunta. Simples: é aquilo que eu pedi pra vocês imaginarem lá no começo da matéria! Um cara que nenhuma mulher resiste em se “entregar de corpo e alma” (captaram XD?). Me diz qual cara não passaria o rodo em um monte de mulé dando mole pra ele? Shun? General Blue? Ah é… Esses nunca seriam Mega-playboys da vida :P.

O Mega-playboy ‘traçou’ nada mais que 100 minas diferentes que deram a luz à 100 crianças com os mesmos poderes do papito (putz!). E adivinha o que aconteceu? 100 netinhos pro Junta! E depois? Mais 100 bisnetinhos!!! O_O … E assim o mundo entupiu de gente. Para por um fim a este problema, o governo (japonês – é claro) ordenou uma missão especial a uma operadora de DNA. Essa missão consiste em um retorno ao passado, para bloquear o loci no DNA do Mega-playboy antes de seus poderes despertarem. Isso seria feito através de uma bala (de revólvi!) especial. Plano perfeito! Isso é claro, se não fosse pela encarregada da missão… Karin Aoi!

Com seus cabelos azuis, uma roupa pra lá de transada e um jeitinho meio Serena de ser (vai ver ela é filha do Mega-playboy com a Sailor Moon :P), seu grande sonho é ter uma bela casa com lar-doce-lar na porta, um bichinho de estimação e um marido inteligente e bonito. Ao chegar no passado (o que seria o tempo presente no anime), Karin executa sua missão depois de alguns rolos. Só que ela descobre que ao invés da bala correta, ela pegou uma bala que acelera a transformação de Junta em Mega-playboy! Merda feita, a garota precisa de alguma forma reverter isso.

A resposta pode estar em Ami Kurimoto – vizinha de Junta que parece ser a única imune ao “charme” do Mega-playboy. Amiga de Junta desde a infância, a garota cresceu nutrindo sentimentos por ele, sendo que o pastel nem se dá conta. Como ela se apaixonou pelo Junta boboca, os poderes do Mega-playboy não a afetam. Percebendo isso, Karin passa a querer juntar os dois na esperança de que Ami consiga evitar as transformações do cara com o poder do amor verdadeiro.

O plano parece ser ótimo, mas pra executá-lo Karin vai precisar suar muito a camisa, pois o Junta versão Mega-playboy sai papando todo mundo! Entre suas “vítimas” está Tomoko Saeki. A mais linda menina do colégio, não dava a mínima pro Junta bobão até ele virar o Mega-playboy. A safada usava o moleque pra causar ciúmes em seu namorado (Ryuji Sugashita) que tratava ela como “mais uma” conquista. Só que quando ela fica caidinha pela versão comedora do Junta, o tal do Ryuji vira bicho e quer desgraçar o moleque de qualquer forma. Achou que não teria um vilão né?

Conseguirá Karin desfazer o rolo que cometeu sem que ela seja seduzida (também) pelo poder do Mega-playboy? Romance, aventura, comédia, suspense… Tudo isso e mais um pouco te aguarda em DNA². Em tempo: o subtítulo de DNA² é Dokade Nakushita Aitsuno Aitsu, que traduzindo fica: Algo que eu Esqueci Sobre Você. E Junta não ter reparado nunquinha na melhor amiga durante os 16 anos de sua vida dá eloquência nisso! E olha que ela nem é como aquela sua amiga gorda que te ama secretamente XD.

No Brasil
Tal como Nadesico, DNA² chegou ao Brasil em meados de 1997 via fansubbers e logo caiu na graça do público frequentador dos “esconderijos” otakus que promoviam vídeo-exibições. O sonho de ver a série dublada em nossa tevê parecia distante até o começo de 2005. Passando um anúncio bem entusiasmante de que “novidades” estavam chegando, a Locomotion atiçou o público que veio a descobrir que a novidade não se restringia só a DNA² e outras séries… Era na verdade o “preview” do Animax camuflado!

Deixando isso de lado, DNA² deu o ar de sua graça no Animax que o exibiu semanalmente até o final e ainda meteu os 3 episódios lançados em OVA (esticando o anime para 15 episódios). Depois de uma reprise o anime saiu da grade do canal sem muita explicação (junto com Lain, Sol Hunter…), ganhando direito pra uma nova reprise um tempo depois.

O texto adaptado pela equipe da JBC deu uma personalizada nas piadas tentando fazer o mesmo que a Audio News fez no Rio com Yu Yu Hakusho. Realmente é engraçado ouvir o Junta mandando um “chuta que é macumba!” num episódio, mas daqui a uns anos isso não vai ter graça ou sentido algum :P. Na dublagem, o destaque vai para Vagner Fagundes como Junta e Alfredo Rollo (o Vegeta de DBZ) como o canalha Ryuji. Aliás, ele quem dirigiu a dublagem. Uma pena que o elenco de vozes femininas deixou um pouco a desejar… Karin com a voz da(o) Shippou (Priscila Concépcion) é algo meio barra… Apesar de boas profissionais, não rolou aquele “encaixe” bacana de vozes como o que ocorreu na dublagem de Get Backers, por exemplo.

Apesar da animação já não deslumbrar tanto hoje em dia quanto em idos de 1997/98, quando o anime era um grande sucesso no mundo dos fansubbers, a série possui uma história bacana, capaz de conquistar qualquer fã de anime que não seja tarado por histórias de porradaria. E mesmo que o anime não seja apreciado por esses fãs, a abertura pelo menos deve ser :P. E bem que o mangá podia sair por aqui. Lançam tanto lixo…

Checklist de episódios
01- A garota do futuro – Karin
02- O nascimento do Mega-Playboy – Junta
03- A noite do festival está – Ami
04- Para quem é o colar – Tomoko
05- Não posso contar a ninguém – Kotomi
06- O que o Junta fez a Kotomi
07- Quero dar a você tudo o que tenho
08- Você sempre esteve comigo
09- A Bala Atinge o Peito de Ryuji
10- O perigoso Poder do Perigoso Ryuji
11- Não seja um Mega-Playboy
12- Bye Bye Mega-PlayBoy
13- A Mesma Máquina do Tempo
14- Futurama, o melhor jeito de viajar no tempo
15- Já te esqueci há 100 anos atrás