Os Guardiões do Universo (Fuuma no Kojiro)
[div coluna1]Os Guardiões do Universo
Fuuma no Kojiro (Kojiro do Clã Fuuma)
Produção: Movic – Toei Animation, 1989
Episódios: 12 p/ vídeo + 1 longa metragem
Criação: Masami Kurumada
Distribuição: Sato Company
Mangá: Shonen Jump
Disponível em: VHS
Última Atualização: 24/06/2008
Por Tio Cloud
Masami Kurumada é conhecido principalmente pelo seu mal humor. Odeia dar entrevistas e, apesar de criticado pela sua anatomia “perfeita” e por ser repetitivo (de onde tiraram essa ideia? Só porque a Saori é raptada umas 500 vezes durante o anime?…) o autor está entre os 10 mangakás mais ricos do Japão. Mesmo ocupando um lugar privilegiado nesse ranking, não é exagero dizer que esse posto não lhe é merecido. Por quê? Apesar de ser o “pai” de um dos 10 animes que mais faturou no ocidente (vou precisar falar qual?), é fato que o moço tem uma capacidade criativa um “pouquinho” limitada.
Sei que tem otaku babão que vai chiar, mas não dá pra negar: o moço desenha mal (apesar de ter melhorado muuuito de Cavaleiros pra cá) e escreve mal. Todas as suas obras são xerox maquiadas umas das outras. Duvida? Então vamos pra um exemplo prático: compare Cavaleiros do Zodíaco, Bt’X e o menos conhecido Fuuma no Kojiro. Notou a semelhança? Poizé, além de personagens idênticos, no contexto das histórias a coisa não muda muito não (guardando devidas proporções, é claro…).
Kojiro: o Anime
Apesar de toda essa ‘criatividade transbordante’, as obras do cara costumam fazer sucesso (otaku é tapado, fazer o quê, né?) e faz com que cada novo trabalho do figura ganhe uma versão animada. Com Fuuma no Kojiro não foi diferente. No ano de 1989, Saint Seiya estava dando o fora da TV japa. Diz a lenda, que Masami percebeu a fortuna que a Bandai estava ganhando vendendo bugigangas com a marca dos seus personagens, enquanto ele ganhava míseros royalties, e bateu o pé querendo mais grana. Como a Bandai era (e é) osso duro de roer, disse-lhe um sonoro NÃO. Com isso, ele vetou a continuação da série de TV até que recebesse mais pelos direitos dos personagens. Parece que 15 anos depois sua birra surtiu efeito, né?
Aproveitando a situação (fãs de Saint Seiya órfãos de um desenho cheio de pancadaria e repetitivo pra kralho), a Toei Animation lançou no mercado de vídeo japonês o primeiro volume de Fuuma No Kojiro. O que chamou logo a atenção do público era o fato de que parecia ser um novo anime de Seiya e cia, já que os personagens eram IDÊNTICOS aos vistos no anime dos defensores de Athena. E não é culpa do character design não (Shingo Araki, que trabalhou tanto em SS quanto em Fuuma), pois todo mundo sabe como Kurumada é talentoso pra criar personagens diferentes uns dos outros.
Todos, sem excessão, estavam lá. Pra tapiar, colocaram uma cicatriz aqui, uma bandagem ali, mas o que parecia ser um trunfo (a semelhança com um anime de sucesso) acabou se tornando a cruz da produção: apesar da animação bacaninha (mesmo inconstante), a crítica caiu em cima e a série de OVAs acabou prematuramente, sem cobrir todos os volumes do mangá no qual se baseou. E olha que nem levaram em consideração a história, que é bem ao estilo de Kurumada, onde todos os seus elementos estão presentes. Preciso dizer quais? Exemplo: os heróis se separam pra enfretarem, cada um, um inimigo. Apanham, apanham, e só na hora fiinal arrumam força sabe-se lá de onde pra vencer o adversário. Nem mesmo os diálogos clichês escaparam…
O anime rendeu um total de 12 episódios (6 da primeira fase e mais 6 da segunda) e um longa metragem de quase 1 hora de duração.
O mangá
O mais notável de Kojiro é que, apesar da semelhança inegável, ele veio beeem antes de Os Cavaleiros do Zodíaco. Enquanto trabalhava em Ring Ni Kakero (seu primeiro trabalho ‘profissional’… rss), o autor começou a publicar na Shonen Jump o mangá Fuuma no Kojiro, no ano de 1982. A obra, que tinha elementos da mitologia chinesa (humm…) misturados com o tema ninja (que não são aqueles encapuzados que saem por aí atirando estrelinha grudados em paredes XD) durou bastante tempo até, rendendo (pasmem!) 10 volumes encadernados.
De certa forma, Fuuma serviu pra moldar o que veríamos 4 anos depois em Saint Seiya. A história ficou esquecida por quase 10 anos, até que se lembraram dela e resolveram faturar em cima. Afinal, todo mundo- em tese- iria ver pensando que era Saint Seiya… Quebraram a cara feio…
A saga de Kojiro pode ser dividida em duas partes: na primeira, temos a disputa entre o clã dos Fuuma (do qual, Seiya.. Opss.. Kojiro é o representante principal) e dos Yasha, pela posse de uma espada mística; Na 2ª (mais focada no anime) temos uma disputa interna de poder dentro do clã Fuuma, e Kojiro tem que por um ponto final nisso. Empolgante, né? A história nem importa muito, tanto que nem se desenvolve (marca do Kurumada?) e o que se tem impressão é que tudo foi feito pra mostrar os personagens dando porrada. Tem dúvidas?
O Live-Action
O que parecia impensável aconteceu: Kojiro ainda ganhou um live-action na tv japonesa, exibido pelo canal Tokyo MX de outubro a dezembro de 2007. A baixa repercussão fez com que fossem engavetadas ideias para continuações do seriado bem intencionado, que consegue divertir, apesar das caracterizações um pouco alteradas em relação ao anime.
No Brasil
Em 1997, a Flashstar Home Vídeo tinha um grande interesse em animes. Após vender milhares de cópias dos especiais dos Cavaleiros em VHS, a empresa se empolgou e queria mais. Só que não havia nada além dos 4 longas que ela lançou no mercado de vídeo. Foi então que entrou em cena a Sato Company, que havia trazido ao Brasil o tal (quem adivinhar ganha uma VIP da Sandra Monte autografada!) Fuuma no Kojiro. Os executivos da Flashstar ao verem do que se tratava ficaram doidinhos da silva, afinal, os personagens eram idênticos aos do anime da Manchete (e quase todas as vozes também!) e o sucesso era, em tese, garantido, pois tudo que tinha Seiya estampado na capa vendia igual à Coca-Cola no deserto (a Herói que o diga…).
Oportunamente, a empresa lançou imediatamente 3 volumes de Os Guardiões do Universo (aproveitaram o tema da primeira marchinha bizonha de CDZ?), nome com que o anime ficou conhecido por aqui. Conhecido é ironia, já que, apesar de ter até comercialzinho durante o intervalo dos animes da Manchete (lembra? Aparecia uma luazona… XD) as fitas não venderam muito bem e pararam por aí.
Cada fita continha 2 episódios de um total de 14 trazidos pela Sato (12 correspondentes à série original de OVA’s e mais 2 que na verdade seriam o movie dividido em 2 capítulos).
Mesmo com as vendas mornas, o anime começou a ser negociado com a Manchete, que não escondia o interesse em exibí-lo (seria uma ótima oportunidade pra mostrar as “novas aventuras dos Cavaleiros”, que já davam sinais de que não aguentariam o “tranco’ por muito tempo). Na época, as negociações chegaram a ficar bastante avançadas e, apesar de todo o interesse, não foram adiante. Ninguém sabe explicar o porquê, mas o canal preferiu exibir os animes da Suntoy (Sailor Moon, Samurai Warriors) e da Tikara (Shurato e Yu Yu). Depois disso, especulou-se uma possível exibição dentro do Japan Action, bloco de séries japonesas do canal em parceria com a Sato. Ficou só na especulação mesmo.
Passaram-se aproximadamente 5 anos desde tal “ameaça” (Kojiro na tv XD) e os então orfãos d’Os Cavaleiros puderam por um instante sonhar com a exibição do anime ‘irmão’ de Seiya na telinha. A série em “teoria” deveria ter sido transmitida pela CNT na tal Sessão Super Heróis – que era produzida pela própria distribuidora do anime, a Sato Company.
Só que o programinha (tooosco que só vendo) foi pro saco (junto com toda a programação do canal) e de Kojiro só se viu trechos na abertura do programa.
Existem pessoas que juram que assistiram um episódio da série numa noite de sábado (?) mas no final das contas, só temos 6 episódios à disposição. Se você procurar com carinho acha… Agora se você se arrepender depois, não nos culpem ^^ .
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