Pokémon – 2ª Temporada

Pokémon, a 2ª temporada
Pocket Monsters (Monstros de Bolso)

[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=S6R2NF03II0 480 320]

Produção: Shogakukan Productions, 1998
Episódios: 48 p/ tv
(52 no pacote ocidental que inclui 4 episódios pulados)
Criação: Satoshi Tajiri
Exibição no Japão: TV Tokyo (13/08/1998 – 22/07/1999)
Exibição no Brasil: Rede Record – Cartoon Network – Rede Família – Rede TV! – Tooncast
Distribuição: Televix (Tv paga) – Swen (tv aberta)

Última Atualização: 08/08/2013

Por Larc Yasha e Jiback

O que acontece quando um anime de sucesso é feito simultâneo ao mangá e acaba por alcançá-lo? Exemplos não faltam: Os Cavaleiros do Zodíaco, Dragonball Z, Sailor Moon, InuYasha e mais recentemente Naruto. Todos esses megahits têm em comum os temidos “fillers”. O termo filler é usado para definir episódios ou até sagas inteiras feitas diretamente na TV e que não existem no roteiro original do mangá, servindo de enrolação até terem um bom número de histórias pra que a série volte à linha normal.

Mas o que as sagas de Asgard e Garllic Jr têm a ver com a 2ª temporada de Pokémon? Como todos estão cansados de saber, Pokémon veio de um jogo. Acontece que o anime alcançou uma popularidade tão absurda que não podiam parar por ali. Então até que existissem novos jogos para serem trabalhados na telinha (coisa que já começava a acontecer com o surgimento do fofitcho Togepi), surgiu a Liga Laranja, tida por muitos como a responsável pelo declínio de Pokémon. Leiam a matéria e tirem suas próprias conclusões.

A história continua
Na segunda temporada dos monstros de bolso, vemos primeiro a conclusão da saga iniciada anteriormente, com Ash (Satoshi) pegando as últimas insígnias e ingressando na Liga Pokémon. Não é exagero dizer que a última luta de tal liga é um dos momentos mais emocionantes do anime todo (em níveis de programa infantil, claro). Ash perde – mas perde pra dar continuidade pra Pokémon. Ora, vocês acham que os roteiristas que idealizaram a série pra ter por volta de 100 episódios planejavam encerrar com uma derrota? Obviamente que não e, assim, Ash, Misty (Kasumi) e Brock (Takeshi) partem para a ilha de Valência (parece nome de mercado XD) com o objetivo de pegar a misteriosa Pokébola GS (que num abre nem com macumba forte) das mãos da Professora Ivy.

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Estando lá, Brock fica mais apaixonado do que de costume (hehehe) e decide ficar no laboratório ajudando a professora gostosona. Ao invés de voltar pra casa e encerrar sua jornada, Ash parte para o arquipélago das Ilhas Laranja (que não tem nenhum pézin da fruta…) com devida autorização do professor para assim desafiar os líderes de ginásio e chegar a uma liga local (a Liga Laranja). Pra ocupar o espaço vago por Brock, chega o nem um pouco carismático observador Pokémon, Tracey Sketcher (Kenji). O garoto tem como hobby o simples hábito de bisbilhotar o comportamento dos Pokémons alheios e desenhá-los. Ô falta do que fazer, né?! A única coisa interessante na fase da Liga Laranja é uma certa fuga da rotina. As batalhas de ginásio deixam de serem somente lutas, passando por provas de testes de capacidade e habilidade do treinador e seus monstrinhos. Ah! E agora eles não precisam gastar as solas do sapato, pois navegam livremente pelos mares com um Lapras hipnotizado, digo, capturado por Ash no começo da fase.

Porém, sem a irreverência (?_?) do Brock, o grupo de Ash fica mais morto do que já era. Por sorte, temos a Equipe Rocket sempre roubando a cena e salvando o anime. A coisa mais chata é o pé-no-saco-protótipo-de-fofura do Jigglypuff que desde o início da temporada (ainda em Índigo) persegue o grupo por todo lugar. Os episódios menos ruins da temporada são justamente os últimos (não, não é porque acaba =P). Em um vemos um capítulo quase todo dedicado ao convívio de Pikachu e Meowth que eventualmente ficam perdidos de seus donos (ahhhh… É fofinhu *_*). Por fim, o capítulo em que finalmente Charizard reconhece o fedelho de Pallet como seu “mestre”. Se muitos dizem que Pokémon perdeu a graça aqui é porque não chegaram a ver o miolo de Johto pra comparar…

As novas peripécias da 4kids
Depois do Pokérap, a 4kids passou a usar o fim dos episódios pra divulgar um CD de músicas do desenho, lançado em praias gringas. A terrível “Jukebox do Pikachu” trazia em cada encerramento trechos das músicas do disco – adaptadas pro português precariamente no estúdio de dublagem, diga-se de passagem. Até aí tudo bem, não fosse a triste ideia de inserir as canções pra dentro do anime! Sim coleguinhas, as partes mais “emocionantes” de Pokémon foram embaladas ao som das músicas da trilha sonora gringa. Apesar dos pesares, a 4kids continuou assegurando boa parte das BGMs originais, sendo a sua maioria de versões orquestradas dos sons do jogo. A segunda abertura yankee até que ficou legal, e arrisco dizer que ficou com um ritmo mais contagiante que “Rivals”, correspondente japonesa. O “quem é esse Pokémon?” continuava lá, mas por aqui teve um adicional: ao revelar a sombra era emitido um som. Na verdade, isso sempre aconteceu, só que na Master Sound eles limaram o som enquanto na BKS o som apareceu. Só que agora pasmem: o som dos Pokémons na BKS foram refeitos aqui, aparentemente pela mesma pessoa @_@.

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Por um milagre não compreendido até hoje, resgataram quatro episódios ignorados da temporada anterior que foram incorporados ao 2º ano, causando um grande furo na cronologia. Dois desses episódios são regulares da série e os outros dois são especiais de inverno que iriam originalmente ao ar depois daquele fatídico caso do Porygon. Os episódios “Princesa contra Princesa” e “O Herói Perfeito”, que abriram a temporada mas na verdade são os capítulos 52 e 53, foram ignorados antes por simples frescuragem americana: representam datas comemorativas tipicamente japonesas que não existem no ocidente, o dia das meninas e o dia dos meninos. Porém, como no primeiro a Jesse captura um novo monstrengo esquisito pra sua equipe, era essencial a presença dele. O outro veio de brinde. =P

Já um dos especiais de inverno não teria vindo antes por causa de um ser bem “polêmico”: o traveco Pokémon Jynx. Por algum motivo bizarro, enxergaram na Jynx uma imagem desrespeitosa aos estereótipos negros, principalmente os africanos. Lábios carnudos, vestimentas “escandalosas” e preta de cabelos loiros! Você conhece um negro que se pareça com isso? Ahn… Fica quieeeeto +_+. Mas por que então de uma hora pra outra resolveram levar à tona esses especiais e até mostrar a Jynx em um “quem é esse Pokémon?”. Isso é uma coisa que nunca poderemos ter certeza… Mas um motivo de terem colocado esses 4 capítulos é o fato do pacote de episódios que os japas enviaram ter sido menor que o anterior. Assim eles cumprem a tarefa de alongar um pouco a temporada e fechar nos 52 episódios. Querem saber o resultado disso tudo? A Nintendo passou a pintar a Jynx de roxo!

Vale lembrar o furo absurdo que a exibição fora de ordem do episódio “Perdidos na Neve” causou. Quando produzido, o Charizard de Ash ainda era um Charmander e muito pirralho (eu incluso) não entendeu porque de repente o grandalhão tinha regredido. E quase 20 anos depois ele continua sendo reprisado na ordem errada…

Pokémon: Os dois primeiros filmes
Os dois primeiros longa-metragens da série do Pikachu foram lançados em seu apogeu no ocidente. O primeiro filme possui uma pequena conexão com o final da primeira temporada, enquanto o segundo é mais um daqueles longas feitos pra faturar din din – não que o primeiro não tenha sido… Resolvemos então falar de cada um dos filmes dentro de cada matéria da temporada que eles têm alguma relação.

O primeiro filme distribuído pela Warner no ocidente, teve músicas da trilha sonora produzidas na gringa e gravadas pela empresa – que faturou horrores com o CDzin. Tal trilha era composta por grandes estrelas pops estadunidenses da época como o trio Clube do Mickey: Britney Spears, Christina Aguilera e Justin Timberlake (N’SYNC). Um cortezinho aqui, outro ali e erros básicos que fazem qualquer fã babão ficar de cabelos em pé não foram capazes de prejudicar o sucesso absurdo do filme. Por exemplo, em uma sombra do Scyther, a equipe Rocket afirma com convicção se tratar do Alakazam (e eu pensava que ninguém podia errar o “quem é esse Pokémon”…).

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Quando lançado em VHS (é… O DVD ainda não tinha se tornado rei), a 4Kids tratou de fazer um preview muito do safado. Na série original japa, a cada fim de episódio, o professor Carvalho dá uma aula sobre algum monstrinho. O que a 4kids fez? Sorteou uma dessas cenas em seu lixão secreto, deu uma maquiada e usou como preview antes do filme começar. Ao invés de vermos a liçãozinha sobre um pokémon qualquer, assistimos magicamente o professor mostrar em sua tela os logos do curta e do longa a serem apresentados…

No segundo filme o corte foi maior. Limaram praticamente toda a explicação do professor sobre os desastres ecológicos que estavam acontecendo. Sinceramente, não era uma cena tão importante assim, mas nem por isso o fã fica sorrindo serelepe por pagar um material incompleto. O que foi? CDZ não pode e Pokémon sim?! Trocas de nomes, BGMs e etc, etc… Tudo que você já sabe rolou no segundo filme também.

Pokémon – O Filme: Mewtwo Contra-Ataca!
Pocket Monsters: Myuutsuu no Gyakushuu
Curta: As Férias de Pikachu (Pikachu no Natsu Yasumi)

[youtube:https://www.youtube.com/watch?v=ItSzaQRosZU 480 320]

Produção: Shogakukan Productions, 1998
Criação: Satoshi Tajiri, com roteiros de Hideki Sonoda e Takeshi Shudo
Exibição no Brasil: Cinemas – SBT – Cartoon Network – HBO
Distribuição: Warner Home Video
Disponível em: VHS e DVD

Mewtwo Contra-ataca!
Antes do filme principal, vemos um curta-metragem onde só os monstrinhos atuam (ignorem a narração). De férias no parque (com o letreiro japa devidamente -mal- maquiado), todos os Pokémon do grupo se espalham para se divertir ou simplesmente sossegar. O problema é o nosso amado Togepi (tchuki tchuki *_*) que arruma os mais diversos problemas pro grupo de babás liderados por Pikachu. De um simples choro a corridas em leitos de rio, o pokémon kinder-ovo pentelha muito até conseguir dormir. Não bastasse isso, nossos aventureiros acabam trocando farpas com uma “gangue”. Raichu, Cubone e os novos (na época) Snubull e Marill (que uns malucos chamavam de Pikablue antes do filme estrear) travam as competições até uma delas provocar a ira de Charizard, que acaba literalmente enfiando a cabeça no cano. Sem conseguir retirar o cocoruto do lugar, o dragão vai às lágrimas (eu chorei nessa parte quando era criança, mas não vem ao caso xD). Nisso, os rabugentos se unem a Pikachu e companhia e com o trabalho em equipe salvam nosso lançador de chamas. Fofo, não? =P

O filme começa com o superclone Mewtwo mergulhado em fluído, questionando sobre razões da existência e tendo lembranças de uma outra vida. O Pokémon foi uma experiência de clonagem modificada de um DNA coletado a partir de um cílio encontrado em um antigo fóssil do pokémon Mew na América do Sul (eita, respira! x_x). Mas ele se rebela ao acreditar que para os humanos ele não passa de uma mera experiência sem nenhuma importância afetiva, destruindo todo o laboratório a sua volta. Em meio ao fogo, Mewtwo tem um encontro com o líder da Equipe Rocket, Giovanni. Este propõe uma aliança com o Pokémon humanoide mas, por mais uma vez, Mewtwo se sente um objeto de manipulação e desiste de dar chance aos humanos. Começa aí a ambição de Mewtwo em eliminar toda a nossa raça do planeta (mau né? \o/). Essa primeira parte do filme inclusive tem uma rápida passagem na série de tevê, uma com o Gary batalhando no ginásio de Giovanni e outra do Mewtwo fugindo pelos céus.

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Minutos de bláblá se passam com os heróis e a musiquinha tema, até que o pirralho principal recebe um convite para lutar contra o “melhor treinador Pokémon do mundo”. Mewtwo envia esses convites pra diversos treinadores, mas somente os corajosos que desafiarem a tempestade criada por ele chegarão a dar de cara com o mesmo. Chegando ao castelo (que tem uma porta 3D, grande efeito em 1998 =P) começa a confusão. Numa batalha frustrante entre os Pokémon normais e os superclones criados pelo Mewtwo (é, o bicho além de parecer um marshmallow ainda é cientista), os treinadores são derrotados e vários Pokémons são roubados para serem clonados. Ash dando uma de “o fodão” tenta lutar sozinho contra o plano de Mewtwo – o pirralho até sai caminhando no meio de uma fumaça danada como se fosse um Ikki da vida.

O lendário Mew, que todos acreditavam estar extinto, aparece e o negócio perde o controle com os monstrinhos praticamente se matando até que o salvador da pátria se mete no meio pra parar tudo e acabar virando pedra. Todo mundo cai em lágrimas e essas lágrimas (sempre elas), salvam o garoto (alguém aí sabe se lágrima de japonês cura câncer? As de Chuck Norris curam, pena que ele nunca chorou =P ~tum dum tsss~). Um humano se sacrifica pra salvar os Pokémon. Isso foi o bastante pra Mewtwo mudar o seu pensamento, pegar o beco e fazer todo mundo esquecer o que aconteceu.

Relacionado ao filme, os japas fizeram um especial sobre a origem de Mewtwo que mostra seu primeiro contato com humanos. No caso, uma garota que o faz sonhar pela primeira vez numa cena bem piegas. Esse especial apareceu como extra nos DVDs gringos.

Pokémon – O Filme 2000: O Poder de Um
Pocket Monsters: Maboroshi no Pokemon Lugia Bakutan
Curta: Pikachu ao Resgate! (Pikachu Tankentai)

[youtube:https://www.youtube.com/watch?v=B0GRQUeVym0 480 320]

Produção: Shogakukan Productions, 1999
Criação: Satoshi Tajiri, com roteiro de Takeshi Shudo
Exibição no Brasil: Cinemas – SBT – Cartoon Network – HBO
Distribuição: Warner Home Video
Disponível em: VHS e DVD

O poder do dois
O curta-metragem antes do filme passou a ser obrigatório, e nesse segundo vários monstrinhos da nova geração deram o primeiro ar da graça. Novamente, o centro das atenções é Togepi, que foge do grupo pra dar uma passeadinha. Pikachu e sua equipe de resgate partem para encontrá-lo, até o acharem num ninho de Exeggcute (um pokémon composto por… 6 ovos O_o). Porém ocorre uma grande tempestade na floresta e a luta pra manter Togepi seguro é suada. Só com a ajuda (ou não) de Snorlax a situação fica confortável. Basicamente é isso.

Lawrence III é um colecionador ambicioso que sonha em capturar quatro aves lendárias. Segundo uma profecia antiga, aquele que quebrar a harmonia de Articuno, Zapdos e Moltres (uno, dos, tres, fantástico isso, né? XD) despertará a ira da fera do mar, o passarão Lugia (passáros vivendo no fundo do mar? Ignora…). Movendo-se em uma nave gigantesca, cheia de apetrechos tecnológicos pra grandes capturas feitos de um CG (hoje) irritante, o vilão segue para as ilhas do arquipélago Laranja, onde as três aves guardam suas respectivas ilhas. A ira dos galináceos gigantes começa a provocar os mais variados desastres climáticos, mais sentidos pelos Pokémon.

Perto disso, o trio paspalho – Ash, Misty e Tracey – chega a uma ilha e aprende mais sobre as lendas. Uma fala sobre um escolhido, aquele que reunirá as três esferas das ilhas das aves e com uma canção trará novamente a paz no mundo (zzz…). Nosso senhor fogo-no-rabo não perde tempo e parte no barco pra procurar as tais esferas. Depois de todas as confusões enfrentadas, Lugia surge para ajudar o herói a salvar o mundo. Ash coleta as três bolas (opa) e leva para um templo guardado pelo Pokémon Homer Simpson – Slowking (que fala no filme). Melody, a menina que contou a história pro moleque toca uma bela musiquinha em uma ocarina estranha, e faz Lugia despertar da surra que levara. Assim o clima da Terra volta ao normal e o idiota se sagra herói do dia. O destaque do filme fica por conta da Equipe Rocket. Ver Jesse e James ajudando o pirralho do Ash é a cena mais emocionante desse filme que concorre pelo Oscar de um dos mais chatos já feitos pra Pokémon (e como sabem, opinião é que nem…).

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Pokémon no Brasil em 2000 – ápice
Além do incrível relógio com depósito para chiclete, o ano de 2000 foi marcado pela total ascensão da mania Pokémon no Brasil. O estouro dos cofres começou em 7 de janeiro, quando estreava nos cinemas de todo o país o 1º filme dos monstrinhos. Antes de tudo, todos os veículos de imprensa encheram a bola da produção, incluindo a toda poderosa Rede Globo. Não deu outra, em apenas 3 dias de exibição, o longa rendeu 2 milhões de reais e um público de mais de 450 mil, abocanhando a colocação de filme infantil mais visto do Brasil até então, desbancando até a Disney!

A livraria Devir aproveitou a deixa para o pré-lançamento do cardgame por aqui (er… estampas ilustradas se preferir @_@). Cada pirralho que adquirisse um ingresso levava uma cartinha promocional de um estoque que logo se esgotou. Como Pokémon – O Filme era distribuído pela Warner do Brasil e não pela Swen, levaram pra ser dublado no Rio pela Delart, com exigência de se manter o elenco paulista principal. Não sabemos se a Warner bancou a viagem ou se a Delart alugou estúdio em São Paulo, mas houve baixa nas vozes do professor Carvalho (que aparece no preview do VHS) e do Giovanni. Com a dublagem carioca, ficou marcada a presença de Guilherme Briggs emprestando sua voz imponente ao Mewtwo. Na busca por uma “voz infantil” pra dublar o Tema de Pokémon no filme, a Warner (a gravadora) caçou um artista no seu catálogo classe E e acabou escolhendo Mano Junior (um maluco que vendeu a TV pra ter seus minutos de fama no Faustão, o que acabou lhe rendendo um disco de relativo sucesso). A versão que ficou com uma melodia diferente da TV acabou entrando como bônus na trilha sonora. Agora vem cá, a Warner realmente se empenhou na busca hein? Se bem que, antes Mano Junior do que Rafael Ilha, Vinny, Pepê e Nénem…

Nota: Mano Junior foi encontrado morto no dia 24 de janeiro de 2008, em Ceilândia/DF.

Passado esse furacão, no mês seguinte, o extinto site Zipkids (ainda existe um site com esse nome, mas é outra coisa) realizou um megaevento no Parque do Ibirapuera em Sampa pra celebrar o lançamento de seu hotsite de Pokémon. Apoiados pela Devir, Conrad e várias empresas, as mais de 20 mil pessoas que compareceram pararam pra admirar uma fila de três FordKa fantasiados de Pikachu que buzinavam “Pikachu, Pikachu” (coisa linda *__*). Curiosamente, nos EUA os carros eram da VolksWagen…

Com tanto movimento, os fãs se questionavam: “onde diabos está o 2º ano de Pokémon?”. A segunda temporada deveria estrear em 12 de dezembro do ano anterior, porém a Record resolveu guardar o ouro e os novos episódios só foram ao ar em 21 de abril, pouco antes da estreia no Cartoon! Levado aos estúdios da odiosa BKS, o novo pacote sofreu algumas alterações na direção de Patrícia Scalvi (a dona que realizou a “brilhante” direção de Sailor Moon R…). Nas vozes, as mais significativas foram o narrador e o Meowth (embora tenham conseguido manter o Carvalho e a mãe do Ash), além de uma dezena de figurantes vividos por Daniela Piquet (a voz da Sakura Card Captor e que é filha de quem era dona da BKS na época…).

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Armando Tiraboschi (o Meowth e o Narak em Inu Yasha) recusou-se totalmente a fazer seu trabalho no estúdio. Aliás, dizem que alguns dubladores foram pressionados ao máximo para aceitarem a dublagem (muitos profissionais têm treta com o estúdio e a dublagem de Dragon Ball Kai tá aí pra provar…). A voz da Policial Jenny também foi mudada em uma ocasião, mas essa foi por indisponibilidade mesmo. Em comparação à versão Master Sound, golpes mudaram de nome (o que era aquele “folha Gillette” fazendo propaganda gratuita? =P), pronúncias mudaram, além de alguns nomes aportuguesados voltarem ao normal. A segunda abertura ficou a cargo de Nil Bernardes, que já havia trabalhado no CD da série e acabou fazendo também a tenebrosa, mas nostálgica, Jukebox do Pikachu (Eeeequipe Rocket… Eles querem pegar o Pikachuuuuu!).

Em 2006, a Rede Família, emissora ligada à Record, começou a reprisar o 2º ano da série, ignorando o primeiro. Em 2008, foi a vez da Rede TV! apresentar a série, dando continuidade à exibição do anime – para alegria dos fãs, que acreditavam que a série fosse sair do ar a qualquer instante, para dar lugar ao programa do Supla (hein?). Também rolou uma reprise pelo Tooncast, o porão perdido do Cartoon Network.

Ao mesmo tempo que os fãs deliravam com as novas aventuras de Pikachu e cia., os gamers deliravam com Pokémon Stadium, que por fim chegava oficialmente ao Brasil no meio de uma enxurrada de produtos licenciados: figurinhas e Tazos da Elma Chips, chiclete, pirulito, artigos pra festa, jogos de tabuleiro, ovo de Páscoa, tatuagem à base d’água, unhas, skate de dedo, material escolar, João bobo, pelúcias, linha completa de cosméticos… Até açougueiro lucrou na mania Pokémon! O maior destaque em todas essas bugigangas era o Guaraná Caçulinha, que trazia 40 miniaturazinhas junto da garrafinha, bem feitinhas até.

21 de julho. Pokémon chega a uma importância tão enorme que o 2º filme ganha uma estreia simultânea Brasil – EUA (talvez até ocidental). Novamente dublado no Rio, Pokémon – O Filme 2000 sofreu mais com as vozes, só quatro puderam ser mantidas: Ash, Misty, Jesse e James. O dublador do Tracey (Rogério Vieira, repórter do TV Fama na época e mais recentemente do Programa do Ratinho @_@) estava viajando, aliás, esse é o único trabalho “importante” dele em dublagem. Pra interpretar o tema do filme, “Mundo Pokémon”, recrutaram o grupo pop SNZ (uma tentativa fracassada de juntar três filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil na música). Curiosamente, uma pequena cena do vilão Lawrence III foi dublada por Hermes Baroli (Pokémon realmente é azarado em dublagem, consegue ter duas vozes pra um personagem em um filme só x_x).

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Novamente você podia ganhar uma carta promo ao assistir o filme (ganhei duas, pois tava com a mamãe =D), fato que se repetiu no lançamento em VHS e DVD do 1º longa. Anos depois, os dois filmes passaram a ser exibidos até dizer chega no SBT, chegaram até a passar em horário nobre (pra quem não lembra, o canal do Silvio Santos tem contrato fiel com a Warner há tempos). Ambos também passaram no Cartoon Network e HBO.

Pra fechar a turbulência, todos os 100 novos Pokémon chegaram pra cá em setembro, nos novos jogos de Game Boy, o Pokémon Gold e Silver. A Conrad ainda arriscou com mais publicações, como uma revistinha de passatempos, relançamento do mangá (que nunca continuaram) e uma novelização dos primeiros episódios em livro. Falou-se tanto em Pikachu em 2000 que o negócio começou a encher o saco. Desgastaram tanto a marca que a força foi começando a esfriar. Na próxima matéria, tudo sobre o último ano de glória de Pokémon no Brasil e como um anime de sucesso vira uma piada da noite pro dia.

Clique aqui e leia a matéria da 3ª temporada!

 

Elenco de dublagem (reparem a baderna):
Ash Ketchum: Fábio Lucindo (Shinji em Neon Genesis Evangelion)
Misty: Márcia Regina (Shampoo em Ranma ½)
Brock: Alfredo Rollo (Vegeta em Dragon Ball Z/GT)
Tracey na série: Rogério Vieira
Tracey no 2º filme: José Leonardo (Kaoru em Mirmo Zibang!)
Jesse: Isabel de Sá (mãe do Oliver em Super Campeões)
James: Márcio Araújo (Miro de Escorpião em Os Cavaleiros do Zodíaco, redublagem)
Meowth na série: Marcelo Pissardini (Alexander Anderson em Hellsing)
Meowth no 1º filme: Armando Tiraboschi (Barão em Reino dos Gatos)
Meowth no 2º filme: Márcio Simões (Cyborg 0010 em Cyborg 009, remake)
Gary Carvalho: Rodrigo Andreatto (Yahiko em Samurai X)
Professor Carvalho na série: Wellington Lima (Rokusho em Medabots)
Professor Carvalho no preview do 1º filme: Antônio Moreno (Jason em Power Rangers)
Professor Carvalho no 2º filme: Carlos Seidl (Seu Madruga em Chaves)
Delia Ketchum na série: Vanessa Alves (Atamasado em Saber Marionette)
Delia Ketchum no 2º filme: Miriam Fischer (Patamon em Digimon)
Enfermeira Joy: Fátima Noya (Shin-chan)
Policial Jenny: Raquel Marinho (Zoe em Digimon 4)
Giovanni na série: Afonso Amajones (Tigre dos Ventos em Monster Rancher)
Mewtwo: Guilherme Briggs (João em Hamtaro)
Lugia: Maurício Berguer (Lanterna Verde em Liga da Justiça)
Melody: Christiane Monteiro (Yugi em Tenchi Muyo!)
Lawrence III e Giovanni no 1º filme: Luis Feyer Mota (Toguro mais novo em Yu Yu Hakusho)
Lawrence III em uma cena: Hermes Barolli (Roy Mustang em Fullmetal Alchemist)

Checklist episódios
060 – E tome charada!
061 – Pânico no vulcão!
062 – Desmaios na praia de Blastoise.
063 – A sereia Misty.
064 – Contos Clefairy.
065 – A batalha pela insígnia.
066 – A hora do Mr. Mime.
067 – Batalha no Pokécurral.
068 – A solução da evolução.
069 – O Pi-kahuna.
070 – A hora do Gloom.
071 – Luz, câmera, quack-ação!
072 – Vá para Hollywood, Meowth!
073 – Domando um Onix pirado!
074 – O antigo quebra-cabeça de Pokémópolis.
075 – Um osso duro de roer!
076 – No maior fogo!
077 – Começa o primeiro Round!
078 – Fogo e gelo.
079 – O difícil quarto turno.
080 – Amigo de verdade!
081 – Amigo e inimigo.
082 – Amigos até o fim!
083 – Uma festa de arromba!
084 – Susto no ar!
085 – A Pokébola misteriosa.
086 – O Lapras perdido.
087 – Maré de sorte.
088 – A revolta de Pikachu.
089 – O Onix de Cristal.
090 – Tudo rosa!
091 – A revolta dos fósseis.
092 – Uma briga teatral.
093 – Adeus, Psyduck!
094 – Enfermeira de Pokémon.
095 – Manobras radicais!
096 – Fome de Snorlax.
097 – Fantasmas camaradas.
098 – O rei Meowth.
099 – Um novo amigo para Tracey!
100 – Mas que dia!
101 – Batalha errada na Ilha Mandarin!
102 – Onde estás, Pokémon?
103 – Vai nessa Pokémon!
104 – A ameaça misteriosa!
105 – Misty encontra um par!
106 – Arranjando encrenca!
107 – Fica frio, Charizard!